José Ribeiro revela que a principal motivação para avançar para este livro de poesia prende-se com a necessidade que sentiu de “homenagear a capacidade de resiliência, de serem altruístas para com outros”, de várias pessoas que de alguma forma o têm marcado no seu percurso. “O José Neto, que é o padrinho da minha mulher, tem-me ajudado sempre na correção de textos. O Hélder Sobral, pela sua condição física, mas que ainda assim consegue superar-se, ainda ser ele a tomar conta da família. A Nené, como carinhosamente a trato, a Maria Manuela de Menezes Fernandes, que é uma senhora que conhecemos e que é o sinónimo máximo da resiliência, porque tem tido doenças, supera-as, e tem sempre uma palavra de carinho e de esperança e de enfrentar a vida. Não poderia deixar de mencionar isso no livro. Também o Duarte Luz, porque tem estado sempre presente e faz questão de estar presente nestes momentos. E o Hugo Ribeiro, que também me ajudou mais especificamente em relação a este livro”.
Este é o quinto livro de José Ribeiro e com várias temáticas. Dois livros relacionados com a comédia – “Adoro fazer o Humor” e “O Mundo a Sorrir” – outro mais técnico escrito em co-autoria com Rui Magalhães – “40 Anos da Democracia Local” – e um outro de poesia – “Pedaços de mim”.
José Ribeiro tem explicação para esta versatilidade. “Costumo dizer que nunca não sou muito bom em nada, porque não me consigo dedicar em exclusivo a alguma coisa. Esta versatilidade também é expressa depois na literatura e, deste modo, causa-me alguma confusão. Cai fora do meu gosto fazer-se poesia com humor e são áreas que gosto. Entendo que possa meter confusão em algumas pessoas, como foge da variante da poesia, que para mim é muito mais séria, com muito mais sentimento. Não gosto de ver misturada, por exemplo, poesia com humor, música com humor e gosto das três. Mas gosto das três, cada uma no seu canto”, refere.
Nestes anos que tem dedicado à escrita, o autor nota sinais de enorme evolução. “Tem havido um amadurecimento enorme. Nota-se no abandono da quadra para a prosa. É uma coisa que falo sempre com o Duarte Luz, meu amigo e para mim o melhor declamador nacional de poesia. E quando abordo estas questões com ele, notamos, mutuamente, que há um enriquecimento, de facto mesmo, na escrita”.
E não vai ficar por aqui. “Sempre que há oportunidade escrevo. E liberto-me, pelo que sempre que continuar a ter esta sensação, vou continuar a escrever, a publicar”, garante.
José Ribeiro conta ter uma boa moldura humana, esta noite, até porque o evento não vai cingir-se a uma mera apresentação de um livro. “Gostava que houvesse afluência porque a ideia é proporcionar sempre uma noite de cultura que vai muito além do mero lançamento”, diz.
Fica a sugestão. Esta noite, às 21 horas, na estação das Artes (antiga estação ferroviária de Mirandela) a apresentação do livro de poesia “Salpicos da Alma” da autoria de José Ribeiro.

Sem comentários:
Enviar um comentário