quinta-feira, 6 de novembro de 2025

O Cavaleiro das Sombras - Epílogo – O Legado das Muralhas


 As muralhas de Bragança permanecem firmes, testemunhas silenciosas de séculos de verdade e coragem. As muralhas guardam a memória dos homens e mulheres que ousaram enfrentar mentiras, sombras e o frio do desconhecido.

O vento percorre as ruas como um mensageiro, sussurrando histórias antigas às crianças que brincam despreocupadas, aos artesãos que moldam o presente e aos guardiões que zelam pelo equilíbrio da cidade.

O Cavaleiro das Sombras já não vagueia sozinho nas muralhas, o seu juramento transformou-se em lembrança viva, ensinando que a verdade deve ser procurada, respeitada e passada para as futuras gerações. Dom Martinho, inocente, tornou-se símbolo de justiça e coragem, lembrando a todos que nem toda a culpa pertence àqueles que sofrem.

A floresta, antes inimiga velada, agora mantém-se em vigilância silenciosa, lembrando que o desconhecido não precisa de ser temido, mas compreendido. O equilíbrio conquistado é delicado, mas real, sustentado por aqueles que aprenderam a ouvir antes de agir.

E Bragança, envolta no seu silêncio renovado e nas suas muralhas firmes, sorri para o futuro. As pedras, as ruas reconstruídas, os gestos de coragem e sabedoria, formam o legado que atravessará gerações.

A cidade aprendeu que a verdadeira força não reside apenas em armas ou muralhas, mas na união de coragem, inteligência e coração. E enquanto esses valores forem preservados, Bragança jamais conhecerá o esquecimento.

E assim, a história termina… com o sopro eterno de uma cidade que aprendeu a sobreviver, a crescer e a ser lembrada.

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Entre muralhas frias e ruas silenciosas,
Bragança despertou do passado escondido.
Sombras antigas testaram coragem e sabedoria,
Mas a verdade, revelada, iluminou corações.

O Cavaleiro das Sombras descansou em paz,
Dom Martinho foi inocentado, e o povo aprendeu.
A força protege, mas a inteligência guia,
E o respeito pelos segredos mantém o equilíbrio.

A floresta, antes inimiga oculta, tornou-se guardiã,
E a cidade, renascida, respirou esperança.
As pedras, as ruas, os gestos lembravam,
Coragem, união e sabedoria jamais serão esquecidas.

Bragança vive, não apenas nos tijolos e muralhas,
Mas no espírito daqueles que aprenderam a ouvir,
A lutar e a proteger,
Transformando medo em luz,
E sombras em história.

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Carta de Bragança
Ao povo de Bragança,

Hoje, ao olhar para as nossas ruas, praças e muralhas, sinto orgulho do que juntos construímos. Não foram só as pedras e as madeiras que restauramos, mas a coragem, a verdade e a união que sempre habitaram nos nossos corações.
Aprendemos que o passado não pode ser enterrado, que a verdade, por mais oculta que esteja, é uma luz que ilumina o futuro. Descobrimos que a força protege, mas a sabedoria guia, e que respeitar o desconhecido é o caminho para a paz.
O Cavaleiro das Sombras descansou, Dom Martinho foi considerado inocente, e a floresta, antes temida, tornou-se guardiã da nossa cidade. Bragança sobreviveu porque os seus habitantes aprenderam a ouvir, a compreender e a agir juntos.
Que esta carta sirva de lembrança. As gerações que nos seguirem carregarão o legado que conquistámos com coragem, inteligência e coração. Que ninguém se esqueça que as muralhas são fortes, mas é o espírito de Bragança que realmente protege a cidade.
Com respeito e esperança,

Afonso, Guardião das Portas de Bragança

FIM

Nota: Pretendi com este Conto, fazer um apelo à união de todos os Bragançanos em prol do bem comum que representa a nossa cidade, o nosso concelho e o nosso distrito.

Nota (1): A narrativa e os personagens fazem parte do mundo da ficção. Qualquer semelhança com acontecimentos ou pessoas reais, não passa de mera coincidência.

HM

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