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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Em Bragança, houve quem pagasse para ter a TDT espanhola

As adaptações à nova Televisão Digital Terrestre começaram há dois anos para algumas administrações de condomínios de Bragança, não para preparar a TDT portuguesa mas para alguns prédios continuarem a receber canais espanhóis. Quando em 2010 Espanha desligou o sinal analógico de televisão, em Bragança alguns condomínios investiram 190 euros em equipamento para receber o sinal da TDT espanhola. Ao longo dos tempos, as populações raianas portuguesas habituaram-se a ver os canais espanhóis que captavam nos televisores sem necessidade de qualquer equipamento e, em alguns casos, com melhor qualidade do que os canais nacionais.
Nem a fronteira nem as diferenças linguísticas alguma vez forma um obstáculo nas relações entre os dois povos com a afinidade dos portugueses pela programação espanhola reforçada também pelo trabalho que muitos têm encontrado em Espanha. Manuel Quina tem uma empresa de administração de condomínios em Bragança e contou à Lusa que “entre 15 a 20 por cento” dos prédios que gere “optaram por fazer a alteração para continuar a receber o sinal através da TDT espanhola”.
A iniciativa “partia sempre de uma pessoa que estava em Espanha ou que estava muito tempo em casa e dizia que “as portuguesas não dão nada”, ou que criou hábitos com a televisão espanhola e não quis ficar sem esses canais”. Nesses prédios foi preciso adaptar os módulos das antenas comuns já existentes e comprar mais equipamento com um custo à volta de 190 euros. Cada condómino pagou “10, 11 euros para ter os canais espanhóis”. Alguns até estavam dispostos a suportar o custo por inteiro. “Tivemos um caso de uma pessoa que vivia em Espanha e até só vinha de férias, mas só para não perder a possibilidade de ver todos os canais espanhóis quando estava em Bragança, disse: eu pago os 190 euros”, contou.
Diferente é já, segundo disse, o que se está a passar com a mudança para a TDT em Portugal porque as operadores de televisão por cabo – a televisão paga – estão a ser a solução mais procurada para as pessoas continuarem a ver os canais nacionais. Sinésia Miranda tem televisão paga portuguesa em casa, mas também gastou, por sua iniciativa, 40 euros em equipamento para continuar a ter a televisão espanhola. “Já víamos antigamente, mas é o meu marido quem mais gosta de ver, principalmente os filmes”, disse à Lusa, explicando que os canais espanhóis servem também para ver os resultados dos jogos espanhóis em que o marido gosta de apostar.
Na fronteira, a aldeia de Henrique Nogueiro, o Portelo, partilha com a localidade vizinha espanhola de Calabor o mesmo problema: é tão mau o sinal de televisão de Portugal como de Espanha. As dificuldades em ver televisão obrigaram a que estas gentes se tenham preparado antecipadamente para as mudanças que aí vêm, pois tiveram de recorrer à televisão paga há já algum tempo. Saíram a ganhar as operadoras portuguesas, segundo disse, porque até o café central da aldeia espanhola contratou o serviço em Portugal para que os clientes possam ver televisão.
(Lusa)

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