O Governo já assumiu que a barragem de Foz Tua não é necessária para o País. Quem o diz é a dirigente do partido ecologista “Os Verdes”.
Manuela Cunha reuniu com o secretário de Estado da Energia e garante que Artur Trindade disse que não é nenhuma calamidade do ponto de vista energético suspender a barragem de Foz Tua. “O senhor secretário de Estado não escondeu, foi claro e directo, nas afirmações que fez. E disse o seguinte: ‘Não há calamidade energética se esta barragem deixar de existir’.
E disse ainda que do ponto de vista energético não iria do ponto de vista energético fazer a defesa da barragem. Isto quer dizer que esta barragem não é imprescindível para o País”, defende a ecologista.
Perante esta resposta da tutela, Manuela Cunha sublinha que não faz sentido avançar com uma obra que não faz falta ao País.Para a dirigente do partido “Os Verdes” esta é a altura certa para o Governo cancelar a construção do empreendimento hidroeléctrico.
Manuela Cunha diz que a tutela está agora numa posição privilegiada para negociar a indemnização com a EDP.“Esse pagamento de indemnização à EDP pela interrupção da obra é uma coisa que dá para negociar, porque a EDP não cumpriu e deveria ter cumprido em termos contratuais e de declaração de impacte ambiental, nomeadamente o facto de não estar a suportar os custos dos táxis alternativos da Linha do Tua, que deveriam ser suportados por ela”, realça a dirigente nacional do partido “Os Verdes”.
Manuela Cunha lembra que “Os Verdes” tinham solicitado uma reunião com o ministro das Obras Públicas, na sequência do fim anunciado para os táxis no Tua, mas apesar de terem sido recebidos pelo secretário de Estado da Energia, não deixaram de transmitir a preocupação à tutela sobre a mobilidade das populações a partir de Setembro.
Escrito por Brigantia
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