Encaixada na orla ocidental concelhia, a confrontar com Vinhais e a uns doze quilómetros para o noroeste da cidade de Bragança, a freguesia de Gondesende faz parte integrante do Parque Natural de Montesinho. A estrada nacional 103 (Bragança – Vinhais) faculta a ligação rodoviária de Gondesende à sede de concelho. Abarcando uma superfície não muito extensa (alongando-se no sentido leste – oeste), esta é mais uma freguesia de implantação planáltica, registando uma altitude média superior aos seiscentos metros (e máxima rondando os novecentos).
Um pequeno afluente da margem esquerda do Tuela corta o seu território ao poente, correndo no sentido norte – sul. Integrando três povoados – Gondesende, Portela e Oleiros – a freguesia somará actualmente cerca de 242 residentes (bastante menos que os 377 noticiados nos meados deste século). O sector primário (com primazia para a pecuária e silvicultura) andará, desde há milénios por certo, na base da organização económica local, merecendo também algum acento a indústria extractiva de talco.
Lombeiro de Maquieiros é a invulgar designação toponímica de um importante arqueo-sítio, conhecido desde os finais do século passado pela sua ocupação castreja (A. Lopo). Assentaria o povoado fortificado da Idade do Ferro (posteriormente romanizado) em um alto sobranceiro ao rio Baceiro, junto à confluência com a pequena Ribeira de Maçoso, nos limites ocidentais da freguesia (e concelho).
Lombeiro de Maquieiros é a invulgar designação toponímica de um importante arqueo-sítio, conhecido desde os finais do século passado pela sua ocupação castreja (A. Lopo). Assentaria o povoado fortificado da Idade do Ferro (posteriormente romanizado) em um alto sobranceiro ao rio Baceiro, junto à confluência com a pequena Ribeira de Maçoso, nos limites ocidentais da freguesia (e concelho).
Entre os povoados de Gondesende e Portela fica o Parque de Campismo do Cepo Verde, de aprazível localização em área de montanha. Entre os seus atractivos conta-se uma pequena piscina.
No domínio patrimonial edificado, há que destacar a Igreja Matriz de N. Sra. da Assunção em Gondesende. O imóvel, de razoáveis proporções, é dotado de um pequeno alpendre na frontaria (estrutura assente sobre dois pesados pilares de secção quadrangular). Pesado e sobredimensionado, à boa maneira bragançana, é também o campanário de dupla sineira que remata, ao alto, esta frontaria. O templo, de fábrica atribuível aos sécs. XVII, ou XVIII, apresenta-se hoje integralmente rebocado e caiado, alvejando com sábio destaque entre o castanho pardacento do xistoso casario de Gondesende.
Dois outros templos se erguem no termo da freguesia, um em Portela e o outro em Oleiros. Digno de algum realce é também Cruzeiro Paroquial. De manifesto interesse etnográfico são os diversos moinhos de água e fontes cobertas (ditas “romanas”) espalhados pelo termo da freguesia.
Aguçando o apetite de qualquer um mortal, os enchidos (e pratos tradicionais com eles preparados) confeccionados nesta freguesia – chouriço doce com sangue, chouriça de boche, chouriço de pão com grelos e batata cozida, p.e. – dão bem a medida das potencialidades da inventividade culinária aplicada aos derivados do porco, esse tutelar animal transmontano.
Curiosas são também algumas designações de outros tantos saborosos produtos comestíveis: o chichorro, os rapazinhos, as pinheiras, lameirinhas e repolgas...
in:cm-braganca.pt
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