A administração da Unidade Local de Saúde (ULS) do Nordeste esclareceu hoje que o
número de utentes identificados sem médico de família no distrito de Bragança é de 1.450.
O esclarecimento enviado às redações surgiu depois de a direção regional de Bragança do PCP ter denunciado, na quarta-feira, que existem 5.750 pessoas sem médico de família nesta região.
A entidade responsável pelas unidades de saúde do distrito revela, em comunicado, que "neste momento, estão identificados pela ULS Nordeste os seguintes utentes sem médico de família: 750 utentes em Torre de Moncorvo e 700 utentes em Miranda do Douro".
Aquele organismo garante ainda que "a taxa de cobertura de utentes com médico de família na ULS Nordeste é de cerca de 99%, sendo uma das melhores a nível nacional", em que a média é de 90%.
A Unidade Local de Saúde lembra ainda que estão a decorrer concursos de admissão de recursos humanos que contemplam a contratação de dois recém-especialistas em Medicina Geral e Familiar.
A expectativa é de que "eventuais admissões nesse âmbito sejam determinantes na resolução dos utentes sem médico de família".
A ULS Nordeste está, contudo, "ciente de que este poderá vir, no futuro próximo, a ser um problema de dimensão acrescida, tendo em conta a atual média de idades dos médicos" desta especialidade, nomeadamente a proximidade da aposentação.
O PCP de Bragança denunciou que "existem mais de 5.750 utentes" sem acesso aos clínicos e que os "casos mais graves são os concelhos de Torre de Moncorvo, Mogadouro, Bragança e Mirandela com 1367, 1133, 707 e 1035 utentes sem médico de família, respetivamente".
O partido indicou que "há ainda os concelhos de Carrazeda de Ansiães, Miranda do Douro e Vila Flor que, tendo menor número de utentes tem, cada um, centenas de utentes sem médico de família".
Lusa
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