A Federação Nacional dos Apicultores Portugueses (FNAP) espera que o novo governo altere as regras da rotulagem do mel.
Uma directriz comunitária de 2014 estabelece que o rótulo do produto comercializado indique se o mel é produzido dentro ou fora da união europeia, mas não contempla a identificação do país de proveniência.
O presidente da FNAP, Manuel Gonçalves, refere que “já foi solicitado a este governo que reveja parte desta norma legislativa para defender a produção nacional”. De acordo com os apicultores, as novas regras da rotulagem tornam o mercado nacional mais permeável à entrada de mel vindo da China, o maior produtor mundial, que chega às superfícies comerciais misturado com mel europeu.
O presidente da Cooperativa de Produtores de Mel da Terra Quente, José Domingos Carneiro, acredita que esta situação contribui já para dificuldades de escoamento e para a diminuição do preço do mel. “As misturas provocam um grande aumento de mel, e depois o nosso não sai e o que sai é a baixo custo, e está a prever-se uma baixa muito acentuada do mel, que pode ir até aos 2,90, o que significaria uma diminuição de cerca de 1,5 euro por quilo”, constata.
O representante dos apicultores da Terra Quente considera que os consumidores não são devidamente esclarecidos acerca do um tipo de mel que não obedece aos mesmos critérios que o produzido na União Europeia.
A entrada de mel chinês na Europa e a rotulagem pouco esclarecedora está a preocupar os apicultores transmontanos.
Escrito por Brigantia
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