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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira..
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terça-feira, 30 de agosto de 2016

Desclassificação da linha do Tua faz avançar projecto turístico

Resolução do Conselho de Ministros que desclassifica da Rede Ferroviária Nacional a Linha do Tua foi publicada em Diário da República.
É uma espécie de formalidade, para que possa avançar o projecto turístico que o empresário Mário Ferreira já tem em curso, no terreno, e para o qual vão ser investidos 15 milhões de euros. Os troços da linha do Tua entre a estação do Tua e o apeadeiro da Brunheda deixam de integrar a rede ferroviária nacional e podem passar a ser exploradas "por uma entidade que se proponha fazê-lo”. 

A Linha do Tua ligava originalmente a Estação do Tua à Estação de Bragança, ao longo de 133 quilómetros de via estreita (bitola métrica). Alguns troços foram sendo encerrados desde 2001, até a circulação fechar em definitivo em 2008, na sequência de um acidente que provocou duas vítimas mortais.  

No preâmbulo da resolução de conselho de ministros lê-se que apesar de o pedido de desclassificação ter sido apresentado já em 2010 pela então Rede Ferroviária Nacional — REFER, (actual Infraestruturas de Portugal, S. A.) só agora é que estão reunidas as condições para desclassificar a Linha do Tua. O Governo recorda o projecto de mobilidade a que ficou obrigada a EDP no contexto da instalação do Aproveitamento Hidroelétrico de Foz Tua e que previu “a implementação de uma solução que assegurasse os interesses e a mobilidade das populações locais e potenciasse o desenvolvimento socioeconómico e turístico no troço da Linha do Tua a inundar entre a barragem e Brunheda”.

Esse projecto de mobilidade, recorda o Governo, “passa pela exploração por razões históricas ou de interesse turístico da estrutura ferroviária, no troço entre a Estação Ferroviária de Brunheda e a Estação Ferroviária de Mirandela, em estreita cooperação com as autarquias locais”.  

De acordo com a resolução, as partes da linha desclassificada compreendem o troço entre a Estação Ferroviária do Tua e a base da Barragem (entre o quilómetro zero e o quilómetro 1,860) e o troço entre Brunheda e a Estação Ferroviária de Mirandela -Carvalhais (entre o quilómetro 21,189 e o quilómetro 58,140). O troço entre a estação base do Tua e o apeadeiro da Brunheda, já está inundado.

Para substituir o troço da linha que vai ficar submersa pela albufeira, Mário Ferreira vai explorar um circuito fluvial para que os turistas possam ver, a partir do leito do rio, o troço do vale em que a paisagem é mais impressionante. Quanto ao comboio, a data em que ele voltará a circular no Tua está apontada para Fevereiro do próximo ano.

Se a exploração passa a estar sob a responsabilidade “do operador que, no âmbito do projecto de mobilidade aprovado e em cooperação com as autarquias locais, se proponha fazê-lo” (neste caso o empresário Mário Ferreira), é à Infraestruturas de Portugal que compete desenvolver “as diligências e praticar todos os actos necessários para assegurar a exploração da infraestrutura desclassificada”.

Luísa Pinto
Jornal Público

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