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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 5 de junho de 2018

PCP quer proteção europeia para olival tradicional transmontano

O deputado ao Parlamento Europeu do PCP Miguel Viegas defendeu hoje medidas da União Europeia para proteção e salvaguarda do olival tradicional transmontano, depois de uma audição com produtores e técnicos, em Mirandela, no distrito de Bragança.
O deputado comunista promoveu hoje, no Museu do Azeite de Mirandela, uma audição pública sobre a produção de azeite em Portugal, vocacionada para a região de Trás-os-Montes, a segunda maior produtora nacional, a seguir ao Alentejo.

Miguel Viegas realçou à Lusa que o resumo que faz desta audição com produtores e técnicos é "muito pela positiva", devido ao potencial existente nesta região, porém notou que faltam políticas para aumentar a produtividade e promoção, que, prometeu, irão merecer a sua "ação imediata" no Parlamento Europeu.

"Trás-os-Montes tem aqui um recurso de grande valor, um ativo fundamental, faltam políticas que passam por investimentos para aumentar a produtividade, como o regadio, e uma estratégia de promoção e valorização do produto", resumiu.

Para o deputado ao Parlamento Europeu, "os transmontanos fizeram o mais difícil", que foi "construir este olival tradicional, falta agora dotar a região de um arrede de infraestruturas e uma estratégia de valorização".

O eleito do PCP prometeu que "irão merecer ação imediata" junto do Parlamento Europeu questões como "adulteração do azeite" que chega de outros países e que colide com a qualidade da produção regional.

O deputado apontou que existem países "onde são feitas misturas" e defendeu "a fiscalização e mesmo proibição" das mesmas por serem um fator "negativo" para os azeites portugueses, ao não obedecerem aos mesmos padrões.

Deu como exemplo o azeite que está a ser importando da Tunísia, nomeadamente pela Itália onde a produção nacional sofreu um revés, obrigando a recorrer à importação fora da união Europeia, o que para o deputado do PCP "não pode ser uma porta aberta e permanente".

Outra questão que promete abordar é a da necessidade de "medidas sanitárias que salvaguardam" os olivais tradicionais portugueses do "conjunto de doenças que estão a aparecer".

O deputado europeu explicou ainda que esta iniciativa junto dos produtores e técnicos de Mirandela se insere nas audições temáticas que os eleitos do PCP fazem "regularmente em todo o país em função das agendas do Parlamento Europeu".

A região de Trás-os-Montes continua a ser a segunda maior produtora portuguesa de azeite, mas o seu peso a nível nacional caiu para quase metade numa década, segundo divulgaram recentemente organizações ligadas ao setor.

Num debate sobre a temática, em janeiro, em Macedo de Cavaleiros, a secretária-geral da Fenazeites, Patrícia Falcão Duarte, revelou que a produção está a aumentar em todo o país, mas enquanto, em 2007, a região de Trás-os-Montes era responsável por 30% da produção nacional, em 2016, esse valor que caiu para 16%. Já no Alentejo, o maior produtor nacional passou a ser responsável por 71% da produção nacional, quando, em 2007, valia 45%.

Trás-os-Montes gera, neste setor, cerca de 30 milhões de euros para a economia portuguesa.

Agência Lusa

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