Quem o diz é Luís Rodrigues, presidente da cooperativa, que aponta para uma quebra na ordem dos dois terços em relação à campanha do ano passado:
“Tivemos uma quebra que foi geral no país, e infelizmente mais acentuada na nossa região. Acabamos por receber um terço da campanha do ano passado, o que não é muito bom.
Já desde os últimos doze anos ou mais que não se via tão pouco uva. Nos últimos seis ou sete anos, andamos sempre com uma média entre as 500 e as 700 toneladas de uva, e este ano nem 300 tivemos.
A campanha já finalizou e temos menos vinho.”
Este ano, a cooperativa recebeu 267 mil quilos de uva, o que equivale a cerca de 200 mil litros de vinho.
O presidente da cooperativa teme que a quantidade de vinho produzida não chegue para satisfazer a procura até à próxima campanha:
“O vinho foi uma das áreas em que temos estado a trabalhar, estamos com um volume de vendas que nunca tínhamos tido, e embora ainda tenhamos algum vinho do ano passado, estamos condicionados e não chegará se mantivermos este ritmo de vendas. Vamos ver depois o que será necessário fazer se isso acontecer.”
Luís Rodrigues justifica esta quebra com a grande quantidade de Míldio verificada, um conjunto de doenças que atacam as videiras e que este ano se proliferaram mais devido às condições de humidade favoráveis, o que aliado ao calor extremo que se seguiu, afetou o fruto.
No entanto, apesar do ano de más colheitas, há novidades na produção desta cooperativa.
Depois da recente aposta numa linha de garrafas de vinho Rosé, chegou a vez da jeropiga e do Vinho Regional Tinto:
“Estamos a pensar em fazer dois mil litros de jeropiga, até porque é uma bebida que cai bem com castanhas. Está também a ser preparado um vinho regional tinto, e pensamos ter entre seis a sete mil litros já para lançar este ano em garrafas.
Desta forma pretendemos inovar um pouco e satisfazermos também alguns pedidos que nos vão sendo feitos.”
As garrafas de jeropiga e Vinho Tinto Regional da Cooperativa Agrícola de Macedo de Cavaleiros devem começar a ser comercializadas dentro de um mês.
Escrito por ONDA LIVRE
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