A Quercus pede que sejam feitos rastreios médicos à população exposta a emissões tóxicas aos armazéns do Cachão, no concelho de Mirandela.
Para a associação, cinco anos foi muito tempo para o problema ser resolvido e defende que seja realizado um rastreio aos habitantes, como refere Leonel Folhento, presidente do núcleo regional da associação de Bragança.
“Essa combustão liberta substâncias tóxicas designadamente as dioxinas e os furanos que são cancerígenas, e portanto nessa perceptiva e não só durante os incêndios porque houve uma combustão lenta de alguns meses e ainda as eventuais escorrências poderão ter contaminado as pessoas e os solos, através dos gases emitidos”, alertou Leonel Folhento.
O presidente do núcleo regional da associação ambientalista defende que para além da população é preciso analisar o solo e as águas freáticas: “estas substâncias acumulam-se nos tecidos gordos. Suponhamos que tenha havido decomposição em pastagens e em terrenos onde eventualmente tenha andado gado a pastar e consumido essas substâncias, tendo assim entrado na cadeia alimentar. Daí a preocupação da realização de um rastreio médico para despistagem através de análises clínicas”.
O rastreio deveria ser gratuito, acrescentou Leonel Folhento: “a intervenção da Quercus e o protesto não vai ficar por aqui. Os testes deverão ser sugeridos pelas entidades competentes e deviam ser gratuitos”.
Na segunda-feira tiveram início os trabalhos de remoção de cerca de quatro mil toneladas de lixo carbonizado e plásticos. Nos armazéns ainda deflagraram dois incêndios, um em 2013 e outro em 2016, tendo num dos fogos o material armazenado ardido durante vários dias em combustão lenta.
Escrito por Brigantia
Jornalista: Maria João Canadas
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