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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 20 de junho de 2019

Alterações climáticas: esta é “a batalha das nossas vidas”

Quem o diz é António Guterres, que defende que o ambiente é “um problema de todos nós” e que será resolvido se todos se juntarem.

O secretário-geral das Nações Unidas foi capa da ‘Time’ num extenso artigo a propósito das alterações climáticas. Na edição com data de capa de 24 de junho, e com o título ‘O nosso planeta está a afundar-se’, António Guterres aparece numa fotografia, captada na costa de Tuvalu, na Polinésia.
Esta é uma das zonas mais vulneráveis do planeta, devido ao aumento do nível do mar, e é a fotografia perfeita para alertar para o tema.
Na capa pode ler-se ainda: “Oceanos a subir, residentes em fuga, aldeias a desaparecer. O nosso planeta está a afundar-se”.
“Não é uma questão de diplomacia… É absolutamente essencial para o planeta e temos obrigação de fazer tudo o que pudermos para reverter a situação actual” diz o secretário-geral das Nações Unidas.
“As alterações climáticas são uma área onde as Nações Unidas têm obrigação de assumir liderança global”, pedindo que todos se juntem porque “é absolutamente essencial para o planeta reverter a situação atual”.
Recorde-se que em maio, António Guterres esteve em vários países do Pacífico Sul com o objetivo de chamar a atenção para o problema, sublinhando a necessidade de unir esforços no sentido da redução das emissões de gases com efeito de estufa.
Esta “batalha”, como refere, é uma das principais bandeiras do seu mandato, com o ex-primeiro ministro a alertar para o facto de estarmos a ficar sem tempo para evitar as consequências desastrosas das alterações climáticas.
O calendário marca para setembro uma nova cimeira, que vai ter lugar na sede da ONU em Nova Iorque, onde António Guterres vai encorajar os líderes mundiais a acelerar o processo antes de terminar o prazo para os signatários do Acordo de Paris cumprirem as metas traçadas. Isto porque “O tempo está a esgotar-se e o planeta a afundar”.

O que está em causa?
O clima do planeta mudou ao longo de milhões de anos, em especial com eras glaciares, intercaladas com fases de maior calor e, nos últimos 2.5 milhões de anos, assistimos a um desenvolvimento turbulento ao nível do clima, mas nada comparável ao que fazem os humanos neste século ao planeta.
O problema é que, com a interferência humana, o planeta vai aquecer muito mais rapidamente do que nos últimos milhões de anos.
A causa é a emissão de gases com efeito de estufa pela indústria, pelo cultivo e afins.
Ao saturar a atmosfera com gases com efeito de estufa o planeta tem de aquecer. E é o que está a acontecer.
Quem o diz é o Professor Hans Joachim Schellnhuber, diretor do Instituto para a Investigação do Impacto das Alterações Climáticas, de Potsdam, que explica assim as causas e as consequências das alterações climáticas e o que pode ser feito para as combater.

Qual é o impacto e o que se pode fazer?
A primeira consequência é o aumento da temperatura. Este aumento na superfície leva ao aquecimento dos oceanos, que irá provocar a sua expansão, levando à subida de cerca de um metro no nível do mar.
Se vivermos junto à costa, ver um oceano subir, pode ser muito perigoso. Mas não é só quem vive perto da costa que irá sofrer as consequências de todas estas alterações.
Toda a população irá sofrer com a alteração nos padrões climáticos extremos. Os danos causados por catástrofes climáticas, físicos e materiais, estão à vista de todos sempre que acontece uma catástrofe.
Há também a questão da segurança alimentar. No final do século, os 12 mil milhões de pessoas, segundo algumas estimativas, vão obrigar a uma produção muito maior de alimentos.
Não são as máquinas que têm prejudicado o planeta. O caminho passa por cada um de nós.
“Há que alterar o sistema energético, o quanto antes, de combustíveis fósseis, como gás, petróleo e carvão, para fontes de energia livres de carbono fóssil, como energia eólica, solar e biomassa. A união Europeia pode rapidamente abandonar o CO2, mesmo com a atual tecnologia e tornar-se líder mundial na redução de gases” acrescenta o Professor Hans Joachim Schellnhuber.
Todas as nações do planeta devem colaborar reforça.

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