Era conforme se mostra na imagem seguinte.
domingo, 31 de maio de 2020
Regresso da missa fez-se com poucos crentes em Bragança
A missa de domingo, na igreja do Santo Condestável, teve uma fraca adesão com menos de um terço dos paroquianos, que habitualmente frequentavam a eucaristia.
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ESTAS 10 AVES ESTÃO ENTRE AS MAIS VISTAS (E OUVIDAS) NA PRIMAVERA
Pardal-doméstico, pombo-doméstico e andorinha-das-chaminés lideram o ‘top três’ das aves mais observadas no Censo de Aves Comuns (CAC), organizado pela Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA).
Este censo, que foi lançado em Portugal em 2004, realiza-se no Continente e nas Ilhas durante o período de Primavera. Baseia-se totalmente no trabalho de voluntários que realizam duas visitas, sempre no mesmo percurso, com um intervalo mínimo de quatro semanas.
Objectivos: analisar a situação e a tendência populacional de 64 espécies de aves comuns que se reproduzem no território português, avaliar o estado ambiental de ecossistemas, em especial do meio rural e das florestas, e contribuir para a informação ao nível europeu. Os resultados são também “importantes indicadores para informar políticas de ordenamento do território e conservação de natureza”, nota a SPEA.
Fique a saber quais foram as 10 espécies de aves mais observadas em Portugal Continental no âmbito do CAC, entre 2004 e 2019, e qual é a sua situação, de acordo com o último relatório sobre os resultados deste censo:
1. Pardal-comum (Passer domesticus)
O total de pardais-comuns registados ao longo dos últimos 16 anos somou 108.742 aves, “um valor muito superior ao registado para qualquer outra espécie”, indica o relatório sobre os resultados do CAC. Ainda assim, as populações desta espécie continuam a sofrer um “declínio moderado”, com uma “tendência demográfica negativa”. Esta situação já se sentia há um ano e também tem sido apontada em Espanha.
2. Pombo-doméstico (Columba livia)
O pombo-doméstico – espécie que em habitats mais naturais e inacessíveis é conhecida por pombo-das-rochas – surge em segundo lugar. Subiu de posição no último ano, trocando com as andorinhas-das-chaminés. Somou entre 2004 e 2019 um total de 31.101 aves registadas no âmbito do CAC.
3. Andorinha-das-chaminés (Hirundo rustica)
Tal como o pardal, esta andorinha é das espécies mais observadas, com 29.720 registos entre 2004 e 2019. Mas segundo a SPEA, apresenta também uma “tendência negativa” ao longo dos 16 primeiros anos do censo, com um “declínio acentuado” das suas populações. Esta ave migradora, que se alimenta de insectos, está mais associada ao meio rural.
4. Melro-preto (Turdus merula)
Já os melros-pretos estão agora em “situação estável”, depois de terem sido considerados ao longo de vários anos com uma tendência de declínio moderado em Portugal Continental. Foram vistos ou ouvidos 29.176 melros em 16 anos.
5. Milheirinha (Serinus serinus)
Esta pequena ave também conhecida como chamariz tem um som característico, que se assemelha a um rádio mal sintonizado. Foram registadas 27.996 milheirinhas entre 2004 e 2019, mas esta é outra espécie associada aos meios agrícolas com um “declínio moderado” ao longo do tempo.
6. Estorninho-preto (Sturnus unicolor)
O estorninho surge como uma das poucas aves associadas aos meios agrícolas com um “aumento moderado”, uma melhoria que alcançou este ano, e que os autores do relatório consideram que pode ter a ver com o “aumento significativo da cobertura do censo.” Ao todo, registaram-se 25.992 estorninhos-pretos.
7. Andorinha-dos-beirais (Delichon urbica)
Esta andorinha, que no último ano desceu uma posição trocando com os estorninhos, é uma das aves migradoras mais conhecida dos portugueses e um símbolo da Primavera. No âmbito do CAC, registaram-se 25.861 aves desta espécie, que apresenta uma tendência estável.
8. Trigueirão (Miliaria calandra)
Tal como o estorninho-preto, os trigueirões viram a sua situação melhorar este ano, quando passaram a ser considerados “em crescimento moderado”. Esta espécie mais comum nos meios agrícolas teve um total de 23.590 registos ao longo dos primeiros 16 anos deste censo.
9. Pintassilgo (Carduelis carduelis)
Já os pintassilgos, que se mantêm no “top 10” das aves mais observadas, têm tido uma “tendência negativa” semelhante à dos pardais-comuns e das milheirinhas, indica o relatório da SPEA. “O declínio continuado de algumas espécies dos meios agrícolas é um alerta para a necessidade de monitorizar eventuais mudanças que estejam a ocorrer no meio agrícola com impacto para a biodiversidade”, avisa esta associação. Entre 2004 e 2019 foram observadas 22.243 destas aves.
10. Rola-turca (Streptopelia decaocto)
Quanto à rola-turca, teve “um aumento considerável”, com 18.536 registos no âmbito do CAC até ao ano passado. Isso levou à entrada desta ave nas 10 mais observadas, substituindo o verdilhão.
Este censo, que foi lançado em Portugal em 2004, realiza-se no Continente e nas Ilhas durante o período de Primavera. Baseia-se totalmente no trabalho de voluntários que realizam duas visitas, sempre no mesmo percurso, com um intervalo mínimo de quatro semanas.
Objectivos: analisar a situação e a tendência populacional de 64 espécies de aves comuns que se reproduzem no território português, avaliar o estado ambiental de ecossistemas, em especial do meio rural e das florestas, e contribuir para a informação ao nível europeu. Os resultados são também “importantes indicadores para informar políticas de ordenamento do território e conservação de natureza”, nota a SPEA.
Fique a saber quais foram as 10 espécies de aves mais observadas em Portugal Continental no âmbito do CAC, entre 2004 e 2019, e qual é a sua situação, de acordo com o último relatório sobre os resultados deste censo:
1. Pardal-comum (Passer domesticus)
O total de pardais-comuns registados ao longo dos últimos 16 anos somou 108.742 aves, “um valor muito superior ao registado para qualquer outra espécie”, indica o relatório sobre os resultados do CAC. Ainda assim, as populações desta espécie continuam a sofrer um “declínio moderado”, com uma “tendência demográfica negativa”. Esta situação já se sentia há um ano e também tem sido apontada em Espanha.
Foto: Karthik Easvur/Wiki Commons |
O pombo-doméstico – espécie que em habitats mais naturais e inacessíveis é conhecida por pombo-das-rochas – surge em segundo lugar. Subiu de posição no último ano, trocando com as andorinhas-das-chaminés. Somou entre 2004 e 2019 um total de 31.101 aves registadas no âmbito do CAC.
Foto: André Silva/Wiki Commons |
Tal como o pardal, esta andorinha é das espécies mais observadas, com 29.720 registos entre 2004 e 2019. Mas segundo a SPEA, apresenta também uma “tendência negativa” ao longo dos 16 primeiros anos do censo, com um “declínio acentuado” das suas populações. Esta ave migradora, que se alimenta de insectos, está mais associada ao meio rural.
Foto: Leopartnik/Wiki Commons |
Já os melros-pretos estão agora em “situação estável”, depois de terem sido considerados ao longo de vários anos com uma tendência de declínio moderado em Portugal Continental. Foram vistos ou ouvidos 29.176 melros em 16 anos.
Foto: Musicaline/Wiki Commons |
Esta pequena ave também conhecida como chamariz tem um som característico, que se assemelha a um rádio mal sintonizado. Foram registadas 27.996 milheirinhas entre 2004 e 2019, mas esta é outra espécie associada aos meios agrícolas com um “declínio moderado” ao longo do tempo.
Foto: Luis García/Wiki Commons |
O estorninho surge como uma das poucas aves associadas aos meios agrícolas com um “aumento moderado”, uma melhoria que alcançou este ano, e que os autores do relatório consideram que pode ter a ver com o “aumento significativo da cobertura do censo.” Ao todo, registaram-se 25.992 estorninhos-pretos.
Foto: Hans Norelius/Wiki Commons |
Esta andorinha, que no último ano desceu uma posição trocando com os estorninhos, é uma das aves migradoras mais conhecida dos portugueses e um símbolo da Primavera. No âmbito do CAC, registaram-se 25.861 aves desta espécie, que apresenta uma tendência estável.
Foto: HTO/Wiki Commons |
Tal como o estorninho-preto, os trigueirões viram a sua situação melhorar este ano, quando passaram a ser considerados “em crescimento moderado”. Esta espécie mais comum nos meios agrícolas teve um total de 23.590 registos ao longo dos primeiros 16 anos deste censo.
Foto: Matthieu Gauvain/Wiki Commons |
Já os pintassilgos, que se mantêm no “top 10” das aves mais observadas, têm tido uma “tendência negativa” semelhante à dos pardais-comuns e das milheirinhas, indica o relatório da SPEA. “O declínio continuado de algumas espécies dos meios agrícolas é um alerta para a necessidade de monitorizar eventuais mudanças que estejam a ocorrer no meio agrícola com impacto para a biodiversidade”, avisa esta associação. Entre 2004 e 2019 foram observadas 22.243 destas aves.
Foto: Tony Hisgett/Wiki Commons |
Quanto à rola-turca, teve “um aumento considerável”, com 18.536 registos no âmbito do CAC até ao ano passado. Isso levou à entrada desta ave nas 10 mais observadas, substituindo o verdilhão.
Foto: Melissa McMasters/Wiki Commons |
PORTUGAL TERIA ESGOTADO AGORA OS RECURSOS NATURAIS PARA 2020, NÃO FOSSE A PANDEMIA
A pandemia levou à redução da pegada ecológica dos portugueses, mas é preciso evitar que tudo piore após a retoma, avisa a ZERO, que sugere algumas medidas.
Se todas as pessoas do nosso planeta vivessem como os portugueses, seriam necessários os recursos naturais de mais de duas Terras para sustentar esse modo de vida. Se não fosse o confinamento, essa capacidade já se teria esgotado na última segunda-feira, 25 de Maio, um dia mais cedo do que aconteceu no ano passado.
O alerta foi lançado numa nota divulgada esta semana pela ZERO – Associação Sistema Terrestre Sustentável, que todos os anos, em parceria com a Global Footprint Network, actualiza os dados que dizem respeito à pegada ecológica de Portugal.
Mas o que é a pegada ecológica? Pode-se por exemplo compará-la a um extracto bancário, em que as despesas são as “necessidades humanas de recursos renováveis e serviços essenciais”, como é o caso do uso de terra cultivada, florestas, pastagens e áreas de pesca. Já os rendimentos estariam ligados à biocapacidade, ou seja, “a capacidade da Terra para fornecer tais recursos e serviços”, explica a associação.
Os dados são calculados com base no consumo de bens e emissões de carbono. Com a situação actual e a “paragem forçada da actividade económica”, a data em que Portugal entraria em saldo negativo ficou adiada para um pouco mais tarde, o que representa um ganho face a 2019, mas tal não significa que podemos descansar, avisa a ZERO.
Muito pelo contrário: “Esta é mais uma oportunidade de reflexão sobre como podemos contribuir enquanto individuais e sociedade, para uma retoma com uma pegada menor”, uma vez que Portugal é desde há muito tempo “deficitário na sua capacidade para fornecer os recursos naturais necessários às atividades desenvolvidas (produção e consumo)”. Como resultado, “a ‘dívida ambiental’ portuguesa tem vindo a aumentar.”
Quais são as actividades diárias que mais contribuem para a pegada ecológica dos portugueses? O consumo de alimentos, por exemplo, é responsável por praticamente um terço do total (32%). Também muito importantes são as deslocações e a mobilidade em geral, pois representam quase um quinto (18%) dessa responsabilidade.
A ZERO indica três medidas que todos podem tomar, na vida do dia-a-dia:
1. Reduzir o consumo de proteínas animais: aproximar mais a nossa dieta à roda dos alimentos e tornando-a também mais saudável. “Os dados para Portugal indicam que cada português consome cerca de três vezes a proteína animal que é preconizada na roda dos alimentos, metade dos vegetais, um quarto das leguminosas e dois terços das frutas.”
2. Realizar as deslocações de forma sustentável: não deixar de usar transportes colectivos, usar a bicicleta, andar a pé e reduzir ou eliminar de todo as viagens de avião, recorrendo por exemplo às reuniões por videoconferência.
3. Consumir de forma mais circular: Apostar em “ter menos mas de melhor qualidade”, em vez do tradicional “usar e deitar fora”, “com um forte enfoque na redução, reutilização, troca, compra em segunda mão e reparação.”
Quanto às políticas públicas, que podem ser adoptadas pelo Governo e incentivadas pelas empresas, a ZERO avança com quatro sugestões: apostar numa agricultura que não dê apoios apenas ligados à produção, mas a outros resultados como a produção de alimentos de qualidade ou a preservação dos solos e diminuição da poluição; aproveitar o que se está a fazer no recurso ao teletrabalho para reduzir e substituir as viagens e os eventos presenciais; investir em “modos suaves de transporte”, incentivando por exemplo as bicicletas; criar novas regras para que os produtos vendidos sejam sustentáveis, criando “normas de durabilidade, garantias do direito a reparar e atualizar, de reutilização e reciclabilidade.”
Se todas as pessoas do nosso planeta vivessem como os portugueses, seriam necessários os recursos naturais de mais de duas Terras para sustentar esse modo de vida. Se não fosse o confinamento, essa capacidade já se teria esgotado na última segunda-feira, 25 de Maio, um dia mais cedo do que aconteceu no ano passado.
O alerta foi lançado numa nota divulgada esta semana pela ZERO – Associação Sistema Terrestre Sustentável, que todos os anos, em parceria com a Global Footprint Network, actualiza os dados que dizem respeito à pegada ecológica de Portugal.
Cogumelos, musgo, floresta. Foto: Andreas/Pixabay |
Os dados são calculados com base no consumo de bens e emissões de carbono. Com a situação actual e a “paragem forçada da actividade económica”, a data em que Portugal entraria em saldo negativo ficou adiada para um pouco mais tarde, o que representa um ganho face a 2019, mas tal não significa que podemos descansar, avisa a ZERO.
Muito pelo contrário: “Esta é mais uma oportunidade de reflexão sobre como podemos contribuir enquanto individuais e sociedade, para uma retoma com uma pegada menor”, uma vez que Portugal é desde há muito tempo “deficitário na sua capacidade para fornecer os recursos naturais necessários às atividades desenvolvidas (produção e consumo)”. Como resultado, “a ‘dívida ambiental’ portuguesa tem vindo a aumentar.”
Quais são as actividades diárias que mais contribuem para a pegada ecológica dos portugueses? O consumo de alimentos, por exemplo, é responsável por praticamente um terço do total (32%). Também muito importantes são as deslocações e a mobilidade em geral, pois representam quase um quinto (18%) dessa responsabilidade.
Foto: al grishin/Pixabay |
1. Reduzir o consumo de proteínas animais: aproximar mais a nossa dieta à roda dos alimentos e tornando-a também mais saudável. “Os dados para Portugal indicam que cada português consome cerca de três vezes a proteína animal que é preconizada na roda dos alimentos, metade dos vegetais, um quarto das leguminosas e dois terços das frutas.”
2. Realizar as deslocações de forma sustentável: não deixar de usar transportes colectivos, usar a bicicleta, andar a pé e reduzir ou eliminar de todo as viagens de avião, recorrendo por exemplo às reuniões por videoconferência.
3. Consumir de forma mais circular: Apostar em “ter menos mas de melhor qualidade”, em vez do tradicional “usar e deitar fora”, “com um forte enfoque na redução, reutilização, troca, compra em segunda mão e reparação.”
Quanto às políticas públicas, que podem ser adoptadas pelo Governo e incentivadas pelas empresas, a ZERO avança com quatro sugestões: apostar numa agricultura que não dê apoios apenas ligados à produção, mas a outros resultados como a produção de alimentos de qualidade ou a preservação dos solos e diminuição da poluição; aproveitar o que se está a fazer no recurso ao teletrabalho para reduzir e substituir as viagens e os eventos presenciais; investir em “modos suaves de transporte”, incentivando por exemplo as bicicletas; criar novas regras para que os produtos vendidos sejam sustentáveis, criando “normas de durabilidade, garantias do direito a reparar e atualizar, de reutilização e reciclabilidade.”
Santa Casa e Autarquia vão implementar a quarta geração do Programa de Contratos Locais de Desenvolvimento Social
A operação COLMEIA foi desenhada a pensar no bem comum da população do concelho de Macedo de Cavaleiros, centrando-se na promoção da inclusão social de grupos populacionais que revelem maiores níveis de fragilidade social no concelho.
A Santa Casa da Misericórdia de Macedo de Cavaleiros (Entidade Executora) e a Câmara Municipal de Macedo de Cavaleiros (Entidade Promotora) vão implementar a quarta geração do Programa de Contratos Locais de Desenvolvimento Social (CLDS-4G), que terá a duração de 36 meses e uma dotação financeira de 531,154.53€.
A operação COLMEIA foi desenhada a pensar no bem comum da população do concelho de Macedo de Cavaleiros, centrando-se na promoção da inclusão social de grupos populacionais que revelem maiores níveis de fragilidade social no concelho, mobilizando para o efeito a ação integrada dos diferentes agentes e recursos localmente disponíveis e promovendo, deste modo, uma maior e mais profícua coesão social.
O desenho da operação assenta, como seria expectável, em três eixos de intervenção: Eixo 1 – Emprego, Formação e Qualificação; Eixo 2 – Intervenção Familiar e Parental, Preventiva da Pobreza Infantil e Eixo 3 – Promoção do Envelhecimento Ativo e Apoio à População Idosa, por necessária adequação ao CLDS-4G.
A Operação COLMEIA, constituída por uma equipa de 4 elementos (1 Coordenador Técnico e 3 Técnicos Superiores), propõe-se implementar as 13 atividades obrigatórias inscritas no CLDS-4G, traduzindo-se na execução de 36 metas e abrangendo um total de 1074 destinatários diretos, prevendo para este efeito a execução de atividades que vão ao encontro das temáticas do emprego, formação, empreendedorismo, apoio social/mediação familiar e envelhecimento ativo. Neste contexto, todas estas práticas assentam na importância de realizar uma ação coesa, através de uma parceria dinâmica e funcional, chegando às “nossas” gentes pelos mais diversos meios.
Tendo por base esta linha de intervenção, a equipa procurará responder de forma uniformizada a um conjunto de fatores que convergem para um leque de soluções potenciais face ao quadro social atual, e, inquestionavelmente, procura harmonizar-se com a realidade observada neste Concelho, tendo em linha de conta as suas especificidades, necessidades, interesses e recursos amplamente considerados.
O CLDS 4G de Macedo de Cavaleiros – Operação COLMEIA – irá entrar em funcionamento no dia 01 de junho tendo a sua sede localizada na Praça das Eiras – Rua Dr. João de Deus (antigas instalações da escola primária) – 5340 – 275 Macedo de Cavaleiros, estando aberto de segunda a sexta-feira, entre as 9h00 e as 17h30, com interrupção para almoço das 12h30 às 14h00.
A Santa Casa da Misericórdia de Macedo de Cavaleiros (Entidade Executora) e a Câmara Municipal de Macedo de Cavaleiros (Entidade Promotora) vão implementar a quarta geração do Programa de Contratos Locais de Desenvolvimento Social (CLDS-4G), que terá a duração de 36 meses e uma dotação financeira de 531,154.53€.
A operação COLMEIA foi desenhada a pensar no bem comum da população do concelho de Macedo de Cavaleiros, centrando-se na promoção da inclusão social de grupos populacionais que revelem maiores níveis de fragilidade social no concelho, mobilizando para o efeito a ação integrada dos diferentes agentes e recursos localmente disponíveis e promovendo, deste modo, uma maior e mais profícua coesão social.
O desenho da operação assenta, como seria expectável, em três eixos de intervenção: Eixo 1 – Emprego, Formação e Qualificação; Eixo 2 – Intervenção Familiar e Parental, Preventiva da Pobreza Infantil e Eixo 3 – Promoção do Envelhecimento Ativo e Apoio à População Idosa, por necessária adequação ao CLDS-4G.
A Operação COLMEIA, constituída por uma equipa de 4 elementos (1 Coordenador Técnico e 3 Técnicos Superiores), propõe-se implementar as 13 atividades obrigatórias inscritas no CLDS-4G, traduzindo-se na execução de 36 metas e abrangendo um total de 1074 destinatários diretos, prevendo para este efeito a execução de atividades que vão ao encontro das temáticas do emprego, formação, empreendedorismo, apoio social/mediação familiar e envelhecimento ativo. Neste contexto, todas estas práticas assentam na importância de realizar uma ação coesa, através de uma parceria dinâmica e funcional, chegando às “nossas” gentes pelos mais diversos meios.
Tendo por base esta linha de intervenção, a equipa procurará responder de forma uniformizada a um conjunto de fatores que convergem para um leque de soluções potenciais face ao quadro social atual, e, inquestionavelmente, procura harmonizar-se com a realidade observada neste Concelho, tendo em linha de conta as suas especificidades, necessidades, interesses e recursos amplamente considerados.
O CLDS 4G de Macedo de Cavaleiros – Operação COLMEIA – irá entrar em funcionamento no dia 01 de junho tendo a sua sede localizada na Praça das Eiras – Rua Dr. João de Deus (antigas instalações da escola primária) – 5340 – 275 Macedo de Cavaleiros, estando aberto de segunda a sexta-feira, entre as 9h00 e as 17h30, com interrupção para almoço das 12h30 às 14h00.
Para assinalar o Dia da Criança município de Carrazeda de Ansiães fez a “Caixa da Felicidade”
A ideia, a concepção do projecto, a idealização dos personagens, o desenho, o design gráfico, a escrita de estórias, tudo foi pensado e concebido integralmente dentro do município de Carrazeda de Ansiães.
A “Happy Box” é uma verdadeira caixa de felicidade. O projecto é simples, mas reveste-se de grande significado nestes dias em que fomos separados de afetos e de gestos que nos toquem.
Para assinalar o Dia Internacional da Criança, que se comemora no próximo dia 1 de junho, o município de Carrazeda de Ansiães construiu uma verdadeira caixa de felicidade para as crianças do concelho que frequentam o pré-escolar e o 1º ciclo.
A “Happy Box”, que contém no seu interior materiais didácticos paras as crianças, como um caderno de atividades, um puzzle e um jogo sobre o Museu da Memória Rural, foi totalmente pensada e produzida dentro do município.
A concepção do projecto, a idealização dos personagens, o desenho, o design gráfico, a escrita de estórias, tudo foi pensado e concebido integralmente dentro do município de Carrazeda de Ansiães. Só a impressão foi realizada por uma empresa exterior.
A “Happy Box” começou a ser distribuída na passada sexta-feira a todas as crianças do concelho, estando essa tarefa a cargo do município e dos presidentes de junta de freguesia que se associaram à iniciativa.
A julgar pelas reacções de pais e crianças que foram sendo expressas no facebook oficial do município de Carrazeda de Ansiães, a caixa da felicidade foi um “miminho” muito apreciado por todos neste período em que as comemorações do Dia da Criança ficaram limitadas devido à pandemia.
“Esta foi a forma encontrada para trazer alguma alegria e diversão a cerca de 260 crianças do município”, salienta-se na publicação do facebook.
A “Happy Box” é uma verdadeira caixa de felicidade. O projecto é simples, mas reveste-se de grande significado nestes dias em que fomos separados de afetos e de gestos que nos toquem.
Para assinalar o Dia Internacional da Criança, que se comemora no próximo dia 1 de junho, o município de Carrazeda de Ansiães construiu uma verdadeira caixa de felicidade para as crianças do concelho que frequentam o pré-escolar e o 1º ciclo.
A “Happy Box”, que contém no seu interior materiais didácticos paras as crianças, como um caderno de atividades, um puzzle e um jogo sobre o Museu da Memória Rural, foi totalmente pensada e produzida dentro do município.
A concepção do projecto, a idealização dos personagens, o desenho, o design gráfico, a escrita de estórias, tudo foi pensado e concebido integralmente dentro do município de Carrazeda de Ansiães. Só a impressão foi realizada por uma empresa exterior.
A “Happy Box” começou a ser distribuída na passada sexta-feira a todas as crianças do concelho, estando essa tarefa a cargo do município e dos presidentes de junta de freguesia que se associaram à iniciativa.
A julgar pelas reacções de pais e crianças que foram sendo expressas no facebook oficial do município de Carrazeda de Ansiães, a caixa da felicidade foi um “miminho” muito apreciado por todos neste período em que as comemorações do Dia da Criança ficaram limitadas devido à pandemia.
“Esta foi a forma encontrada para trazer alguma alegria e diversão a cerca de 260 crianças do município”, salienta-se na publicação do facebook.
sábado, 30 de maio de 2020
EVOLUÇÃO
Aqui, por detrás das fragas, escreviam os poetas e romancistas, quem sabia portanto, como era telúrico e apaixonante abrir as janelas pela madrugada e ouvir o canto dos pássaros, o correr das águas cristalinas nos riachos, o vento a trespassar a folhagem das árvores... Sim, mesmo dentro da nossa cidade.
Os tempos mudam e os paradigmas também... E com isso, a "inteligência" dos humanos.
Agora, que já se pode e deve arejar as casas, ao abrir as janelas já não se ouve o chilrear dos pássaros nem o silêncio, que nunca foi perturbador, da natureza... SÓ SE OUVE O LADRAR DE CÃES.
Ouve-se de dia, de noite, dentro e fora dos prédios em todo o lado.
A impunidade dos donos que não apanham as fezes dos lulus continua e de uma maneira desenvergonhada. Conspurcam os espaços públicos como se do quintal deles se tratasse.
Se o que se passa em Bragança, neste e noutros aspetos, não é uma amostra ténue e desenquadrada de Anarquia, não sei bem o que lhe chamar.
No entanto e se for essa a ideia, é preciso não esquecer que na conceção de anarquia a sociedade passa a ser mais fraterna e igualitária, como resultado do esforço de cada cidadão. Consequentemente, não havendo esse esforço individual e que multiplicado se transforma em coletivo, quem governa terá que fazer aplicar as Leis, as Normas, os Regulamentos, as Coimas.
A Anarquia, não é para qualquer um! A Anarquia é a suprema forma de vida em sociedade, mas não é para já!
Os tempos mudam e os paradigmas também... E com isso, a "inteligência" dos humanos.
Agora, que já se pode e deve arejar as casas, ao abrir as janelas já não se ouve o chilrear dos pássaros nem o silêncio, que nunca foi perturbador, da natureza... SÓ SE OUVE O LADRAR DE CÃES.
Ouve-se de dia, de noite, dentro e fora dos prédios em todo o lado.
A impunidade dos donos que não apanham as fezes dos lulus continua e de uma maneira desenvergonhada. Conspurcam os espaços públicos como se do quintal deles se tratasse.
Se o que se passa em Bragança, neste e noutros aspetos, não é uma amostra ténue e desenquadrada de Anarquia, não sei bem o que lhe chamar.
No entanto e se for essa a ideia, é preciso não esquecer que na conceção de anarquia a sociedade passa a ser mais fraterna e igualitária, como resultado do esforço de cada cidadão. Consequentemente, não havendo esse esforço individual e que multiplicado se transforma em coletivo, quem governa terá que fazer aplicar as Leis, as Normas, os Regulamentos, as Coimas.
A Anarquia, não é para qualquer um! A Anarquia é a suprema forma de vida em sociedade, mas não é para já!
HM
Candy
Por: Manuel Amaro Mendonça
(colaborador do "Memórias...e outras coisas...")
Terminei o dia de trabalho. Não queria fazer mais nada, estava saturado, farto!
Arrumei as coisas da secretária para uma gaveta, como se varresse o lixo para debaixo do tapete. Empurrei tudo para o recipiente aberto e encerrei-o em seguida com uma sonora pancada. Despedi-me dos meus companheiros de escritório, de forma seca e ausente e procurei ar puro, com avidez, no exterior do edifício.
Estava já escuro, as pessoas passavam apressadas, embrulhadas em casacos, protegendo-se do vento cortante… como detesto o inverno… sair de casa de noite e regressar de noite.
Desde o início da tarde que o estômago me ardia, num mal-estar permanente; estava assim desde que soube que o meu supervisor chegaria amanhã, para uma reunião especial.
"Mas que raios, quererá ele comigo?" Pensei diversas vezes. "Não me lembro de nenhum problema, nem nenhum erro cometido recentemente. Na certa vamos ter nova vaga de despedimentos e eu vou ser o primeiro." O azedume do estômago aflorava-me à boca.
Passei a paragem do autocarro e decidi ir a pé para casa, "ruminando" na minha pouca sorte; com duas semanas de separado, o que me estava a faltar era mesmo ser despedido. Joana fora intransigente e impulsiva, como era sempre, aliás. Sem dúvida que, esquecer a Francisca no infantário era muito mau, mas as coisas que Joana me disse, mereceram bem as minhas respostas e aliviaram o meu remorso… agora estavam as duas na casa da minha sogra, para gaudio desta última, a velha viúva azeda que nunca gostou de mim. "Mas se ela acha que vou pedir desculpa por ter dito o que merecia ouvir, que pense melhor!" Resmungava para comigo.
Parei numa pequena tasca e pedi cerveja, "Com Favaios!", acrescentei depois. Foi apenas a primeira, depois veio outra e mais outra, parei nem sei quando. Quando chegou a altura de pagar, nem percebi a quantidade de cervejas que havia na conta, mas achei caro… ou tinha bebido muito.
Sentia-me mesmo embriagado. Hesitava ao evitar os obstáculos, a cabeça estava um pouco confusa e havia um zumbido permanente nos ouvidos, a perturbar-me. Fiquei contente por ter vindo a pé, assim tinha tempo para que "os vapores se dissipassem." Agora que pensava naquilo, ultimamente os meus dias acabavam embriagado, ou quase, mas até aí, fora sempre em casa. Era a primeira vez que bebia tanto, sem ser para se deitar de imediato. "Nota mental: não é bom beber fora de casa, a cama está demasiado longe."
À medida que me afastava do centro da cidade, as ruas estavam com menos transeuntes. Por fim, entrei numa alameda, na qual nunca tinha reparado muito bem, porque quando passava de automóvel ia compenetrado na estrada e se vinha de transporte público, estava demasiado apertado para ter vontade de apreciar a paisagem. Mas a verdade é que havia vivendas bastante bonitas, conseguia-se divisar, mesmo com o tempo escuro e invernal, grandes relvados, para lá dos muros baixos, fazendo realçar a grandiosidade dos edifícios. Gostava de um dia conseguir ter dinheiro para uma casa destas, mas agora com a separação... pensão de alimentos… "Pobre Francisca, minha filha querida, ainda não sabes como a tua vida vai mudar." Este pensamento fez-me limpar uma lágrima.
As frondosas árvores, de ambos os lados da rua, quase não deixavam a fraca luminosidade do fim de tarde chegar ao chão, criando um rendilhado de luz e sombra e retirando o pouco calor dos idos de outubro. Um arrepio percorreu-me a espinha, à medida que entrava naquele frio mundo de sombras.
Ia já a meio da travessia, quando me apercebi de algo que se moveu no jardim onde passava e olhando naquela direção, divisei uma criança envergando um casaco grosso castanho e uma botas de água vermelhas, sobre um pijama cor-de-rosa. Aparentava ter uns cinco ou seis anos e não havia nenhum adulto à vista. O murete do jardim não tinha mais do que uns cinquenta centímetros, facilmente transponível e ela andava a remexer nos grupos de arbustos que enfeitavam o relvado bem cuidado. Senti um aperto no coração ao lembrar que poderia ser Francisca, sensivelmente da mesma idade, sozinha e sem vigilância, tão próxima da estrada e à mercê de estranhos.
— Olá. — A menina apercebera-se da minha presença. — Viste a Candy? É uma gatinha pequenina, toda branca, com uma mancha negra na testa.
— Olá. — Respondi. — Não, não vi, mas uma menina tão pequena não devia estar cá fora sozinha, pois não?
— O papá está a trabalhar, a falar ao telefone e não viu que a Candy fugiu. — O sorriso dela era desarmante. — Eu não o incomodei, a mamã está sempre a dizer para eu não aborrecer o papá quando ele está a trabalhar.
— Já sei como se chama a tua gatinha e tu, como é o teu nome? — Sorri-lhe de volta.
— Chamo-me Lúcia e tu?
— Meu nome é Pedro. Já fugiu há muito, a bichinha?
— Foi há poucochinho. A porta da cozinha estava aberta e ela fugiu. Foi quando o papá veio deitar o lixo, o telefone tocou e esqueceu-se de fechar.
Como a criança retomou a busca, decidi-me a ajudá-la, afinal não tinha nada melhor para fazer e não havia ninguém à espera em casa. Afadiguei-me a sacudir arbustos e a espreitar os ramos das árvores, na tentativa de divisar a criatura.
— Sabes? — Comecei. — Tenho uma filha mais ou menos da tua idade.
— A sério? — Ela parou para me olhar. — Como se chama? Porque não a trouxeste para nos ajudar a procurar?
— Chama-se Francisca e não a trouxe porque não sabia que ia encontrar uma menina bonita como tu a precisar de ajuda. — Respondi, sem conseguir suster um sorriso.
— A mamã diz que Deus põe as pessoas certas no nosso caminho, quando precisamos delas. — Ela fez uma cara séria enquanto acenava com a cabeça afirmativamente.
— Então achas que Deus me enviou para te ajudar a encontrar a Candy? — Ergui as sobrancelhas interrogativamente. — Ou foste tu que foste enviada para me ajudar de alguma forma?
— Oh, isso já não sei, é muito complicado para mim. — Ela fez uma careta divertida. — O que anda a fazer a tua Francisca?
A pergunta acertou-me de chofre e por uns segundos fiquei "engasgado" sem conseguir responder.
— Ela… Está com a mãe. — Acabei por dizer.
— Com a mãe? Não estão em tua casa? — A argúcia da criança surpreendeu-me.
— Bem, não. A mãe achou que precisava de ter "umas férias" e foi para casa da avó da Francisca. — Ajoelhei frente a ela para ficarmos cara-a-cara.
— Isso não é bom! — Lúcia arregalou os olhos numa expressão mista de espanto e seriedade. — A Francisca deve estar muito triste por não te ver, eu ficava de certeza, se estivesse longe do meu papá. Devias ir buscá-la, já, já para o pé de ti, dar-lhe muitos beijinhos e pedir desculpa por teres deixado que a levassem embora. — Quase não conseguia suster as lágrimas perante a reprimenda da criança, mas ela não se deteve. — O meu papá passa muito tempo ao telefone e a mamã ralha muito com ele, mas eu não gosto que eles discutam. Por vezes, ele está a falar com os clientes, mas tem sempre um sorriso e uma festinha para me dar.
Virei o rosto para o lado, para ocultar uma gota teimosa, que se escapava pelo canto do olho. Revia ali a minha história, pela voz de uma criança.
— A vida não é assim fácil, minha querida. — Fiz-lhe uma festa no rosto suave e infantil que fitava atentamente o meu, triste e envelhecido. — Muitas vezes deixamos que o nosso emprego se coloque acima do que é realmente importante e ao fim e ao cabo, o trabalho só nos traz desilusões.
— Vai correr tudo bem, vais ver! — Ela fez um sorriso radioso. — Fala com a mamã da Francisca, se estiverem todos juntos, tudo o resto vai correr bem! — No mesmo segundo, retomou a sua busca, indiferente à comoção que me causara.
Eu continuei de joelhos no relvado, pensativo.
— Acho que ela não está aqui. Terá fugido para o outro lado da rua? — A criança perguntou em voz alta.
— Não. — Respondi alarmado, enquanto limpava as lágrimas à manga do casaco. — Não deves atravessar a rua sem a mamã ou o papá. Eu vou tocar a campainha e digo que é preciso ir procurar do outro lado.
— Espera. — Ela começou a correr, através de uma sebe lateral, para as traseiras da casa. — O papá está a trabalhar, não o incomodes, eu vou ver se a Candy já voltou, se não, digo ao papá que vou procurar na casa da vizinha.
Passaram-se longos minutos sem qualquer atividade. As luzes no interior da casa continuavam com a mesma tonalidade, sem aspeto de serem ligadas outras ou apagadas aquelas. Debati-me um pouco com a intenção de tocar à campainha ou espreitar as traseiras da vivenda, mas acabei por concluir que a gata já deveria estar em casa e que a criança se esquecera de mim, entretida a brincar com a amiga.
Retomei o regresso a casa, com os vapores do álcool quase completamente dissipados. Peguei no telemóvel, marquei um número, por demais gravado na minha cabeça e aguardei, enquanto me torturava mentalmente: "Nem sequer vai atender".
— Estou? — A voz de Joana ecoou, triste, no meu ouvido.
— Olá querida, como tens andado? Como está a nossa menina? Sinto muito a vossa falta, sabes? — Inquiri, com as lágrimas novamente a assomar aos olhos.
Percorri o resto do escuro caminho a falar com ela, a minha esposa, mulher que eu escolhi e mãe da minha filha, que eu nunca deveria ter deixado que se afastassem de mim. Choramos ambos ao telefone, pedimos desculpa, lamentamos o que estávamos a fazer a nós e à doce Francisca. Naquela mesma noite peguei no carro e fui buscá-las para a casa de onde nunca deveriam ter saído e foi um dos episódios mais felizes de toda a minha vida.
Também o dia seguinte tinha boas novidades: a temida reunião, era para me aumentar e dar novas responsabilidades, uma progressão na carreira… a pequena Lúcia tinha razão, assim que estivéssemos juntos, tudo ficaria bem.
No fim do expediente, regressei pelo mesmo caminho do dia anterior e entrei na sombria alameda. Nem parecia a mesma do outro fim de tarde, muito mais luminosa, com alguns automóveis estacionados e pessoas a circular nos passeios.
Consegui chegar à casa de Lúcia, que identifiquei facilmente pelo alpendre e as sebes baixas que separavam o relvado do passeio. Uma senhora rondando os quarenta anos, aparava a sebe com uma tesoura de poda.
— Boa tarde — Saudei a mulher, que me olhou com curiosidade antes de responder à saudação. — A senhora deve ser a mãe da Lúcia, suponho.
— Sim. — Confirmou ela demonstrando suspeição. — Quem quer saber?
— Desculpe-me o abuso, meu nome é Pedro e conheci a sua filha, criança maravilhosa. — A mulher franziu o sobrolho. — Ela disse-me coisas fantásticas e eu queria agradecer, pois tudo o que me disse foi realidade. É verdade, quase me esquecia, a Candy apareceu?
— Candy?!? — Ela corou e, com os olhos húmidos, gritou-me. — Quem é você? Que quer daqui? Desapareça!
— Como?!? — Estupefacto com a expulsão e sem saber como reagir, obedeci, afastando-me. — Está bem, desculpe, mas não entendo o motivo para se ter ofendido.
Olhei por cima do ombro algumas vezes, enquanto me afastava, ela estava parada, a vigiar os meus passos.
— Espere! — Gritou-me. — Volte, por favor. Desculpe-me, quero fazer-lhe uma pergunta.
Regressei, mas mantive-me a uma distância segura, enquanto ela, sem largar a enorme tesoura de poda, me avaliou com o olhar.
— Quando conheceu a minha filha? — Interrogou.
— Ontem à noite, quando regressava a casa do emprego. — Respondi prontamente.
— Era a minha filha, a Lúcia? — A mulher não acreditava.
— Não sei se era sua filha, estava neste jardim, disse que esse era o nome dela e, quando foi embora, foi por aquela passagem na sebe para as traseiras dessa casa. — Assegurei.
Contei tudo o que se tinha passado, a nossa conversa enquanto procurávamos a gatinha Candy, que nunca cheguei a ver e descrevi a forma como a menina estava vestida.
A mulher, que desde o reinício da nossa conversa mantinha uma mão sobre a boca, moveu-a para os olhos e explodiu num pranto.
Cada vez mais atrapalhado, não sabia como reagir e aproximei e afastei várias vezes a mão, indeciso se a deveria ou não tentar acalmar. Não foi preciso, no entanto, pois ela conseguiu dominar-se sozinha.
— A minha filha Lúcia, morreu há três anos, aqui mesmo em frente à porta, vestida da forma como me descreveu. Foi atropelada, quando saiu de casa, sem que o meu marido se apercebesse, atrás da gatinha que lhe déramos no aniversário. — A mulher pareceu ter envelhecido vários anos, com o choro e o soluçar que lhe afrontavam o peito. — Não sei quem você é, se está a falar verdade, se é um mentiroso ou um pervertido, que vem com intenções escusas, mas acredito que a minha menina ainda anda por aí, perto de mim. O cheiro dela nunca desapareceu do quarto e por vezes acho que a ouço cantarolar, ou rir no jardim.
— Lamento, minha senhora, não sabia… não percebo… — Tentei desculpar-me, completamente confundido.
— De qualquer modo, — Ela não se deixou interromper. — gosto da ideia de ela ter sido um anjo, que Deus me emprestou por algum tempo e agora anda por aí a fazer o bem. Se está a falar verdade, fico feliz, se está a mentir, não quero saber. De ambas as formas, peço-lhe que se vá embora, respeite a minha dor e não volte mais. — Com isto virou-me as costas e saiu do relvado pela mesma passagem utilizada por Lúcia no dia anterior.
Ainda hoje, muitos anos depois, não sei exatamente o que se passou naquele fim de tarde, quem era aquela criança que encontrei, à procura de uma gatinha que não cheguei a ver. Mas cada vez que penso nisso e, abraçado a Joana, vejo a minha Francisca crescer feliz e saudável, não posso deixar de acreditar que Lúcia era mesmo um anjo que Deus trouxe ao meu caminho, para me levar a fazer o que era correto.
Manuel Amaro Mendonça nasceu em Janeiro de 1965, na cidade de São Mamede de Infesta, concelho de Matosinhos, a "Terra de Horizonte e Mar".
É autor dos livros "Terras de Xisto e Outras Histórias" (Agosto 2015), "Lágrimas no Rio" (Abril 2016) e "Daqueles Além Marão" (Abril 2017), todos editados pela CreateSpace e distribuídos pela Amazon.
Ganhou um 1º e um 3º prémio em dois concursos de escrita e os seus textos já foram seleccionados para mais de uma dezena de antologias de contos, de diversas editoras.
Outros trabalhos estão em projeto e saírão em breve, mantenha-se atento às novidades AQUI.
(colaborador do "Memórias...e outras coisas...")
Terminei o dia de trabalho. Não queria fazer mais nada, estava saturado, farto!
Arrumei as coisas da secretária para uma gaveta, como se varresse o lixo para debaixo do tapete. Empurrei tudo para o recipiente aberto e encerrei-o em seguida com uma sonora pancada. Despedi-me dos meus companheiros de escritório, de forma seca e ausente e procurei ar puro, com avidez, no exterior do edifício.
Estava já escuro, as pessoas passavam apressadas, embrulhadas em casacos, protegendo-se do vento cortante… como detesto o inverno… sair de casa de noite e regressar de noite.
Desde o início da tarde que o estômago me ardia, num mal-estar permanente; estava assim desde que soube que o meu supervisor chegaria amanhã, para uma reunião especial.
"Mas que raios, quererá ele comigo?" Pensei diversas vezes. "Não me lembro de nenhum problema, nem nenhum erro cometido recentemente. Na certa vamos ter nova vaga de despedimentos e eu vou ser o primeiro." O azedume do estômago aflorava-me à boca.
Passei a paragem do autocarro e decidi ir a pé para casa, "ruminando" na minha pouca sorte; com duas semanas de separado, o que me estava a faltar era mesmo ser despedido. Joana fora intransigente e impulsiva, como era sempre, aliás. Sem dúvida que, esquecer a Francisca no infantário era muito mau, mas as coisas que Joana me disse, mereceram bem as minhas respostas e aliviaram o meu remorso… agora estavam as duas na casa da minha sogra, para gaudio desta última, a velha viúva azeda que nunca gostou de mim. "Mas se ela acha que vou pedir desculpa por ter dito o que merecia ouvir, que pense melhor!" Resmungava para comigo.
Parei numa pequena tasca e pedi cerveja, "Com Favaios!", acrescentei depois. Foi apenas a primeira, depois veio outra e mais outra, parei nem sei quando. Quando chegou a altura de pagar, nem percebi a quantidade de cervejas que havia na conta, mas achei caro… ou tinha bebido muito.
Sentia-me mesmo embriagado. Hesitava ao evitar os obstáculos, a cabeça estava um pouco confusa e havia um zumbido permanente nos ouvidos, a perturbar-me. Fiquei contente por ter vindo a pé, assim tinha tempo para que "os vapores se dissipassem." Agora que pensava naquilo, ultimamente os meus dias acabavam embriagado, ou quase, mas até aí, fora sempre em casa. Era a primeira vez que bebia tanto, sem ser para se deitar de imediato. "Nota mental: não é bom beber fora de casa, a cama está demasiado longe."
À medida que me afastava do centro da cidade, as ruas estavam com menos transeuntes. Por fim, entrei numa alameda, na qual nunca tinha reparado muito bem, porque quando passava de automóvel ia compenetrado na estrada e se vinha de transporte público, estava demasiado apertado para ter vontade de apreciar a paisagem. Mas a verdade é que havia vivendas bastante bonitas, conseguia-se divisar, mesmo com o tempo escuro e invernal, grandes relvados, para lá dos muros baixos, fazendo realçar a grandiosidade dos edifícios. Gostava de um dia conseguir ter dinheiro para uma casa destas, mas agora com a separação... pensão de alimentos… "Pobre Francisca, minha filha querida, ainda não sabes como a tua vida vai mudar." Este pensamento fez-me limpar uma lágrima.
As frondosas árvores, de ambos os lados da rua, quase não deixavam a fraca luminosidade do fim de tarde chegar ao chão, criando um rendilhado de luz e sombra e retirando o pouco calor dos idos de outubro. Um arrepio percorreu-me a espinha, à medida que entrava naquele frio mundo de sombras.
Ia já a meio da travessia, quando me apercebi de algo que se moveu no jardim onde passava e olhando naquela direção, divisei uma criança envergando um casaco grosso castanho e uma botas de água vermelhas, sobre um pijama cor-de-rosa. Aparentava ter uns cinco ou seis anos e não havia nenhum adulto à vista. O murete do jardim não tinha mais do que uns cinquenta centímetros, facilmente transponível e ela andava a remexer nos grupos de arbustos que enfeitavam o relvado bem cuidado. Senti um aperto no coração ao lembrar que poderia ser Francisca, sensivelmente da mesma idade, sozinha e sem vigilância, tão próxima da estrada e à mercê de estranhos.
— Olá. — A menina apercebera-se da minha presença. — Viste a Candy? É uma gatinha pequenina, toda branca, com uma mancha negra na testa.
— Olá. — Respondi. — Não, não vi, mas uma menina tão pequena não devia estar cá fora sozinha, pois não?
— O papá está a trabalhar, a falar ao telefone e não viu que a Candy fugiu. — O sorriso dela era desarmante. — Eu não o incomodei, a mamã está sempre a dizer para eu não aborrecer o papá quando ele está a trabalhar.
— Já sei como se chama a tua gatinha e tu, como é o teu nome? — Sorri-lhe de volta.
— Chamo-me Lúcia e tu?
— Meu nome é Pedro. Já fugiu há muito, a bichinha?
— Foi há poucochinho. A porta da cozinha estava aberta e ela fugiu. Foi quando o papá veio deitar o lixo, o telefone tocou e esqueceu-se de fechar.
Como a criança retomou a busca, decidi-me a ajudá-la, afinal não tinha nada melhor para fazer e não havia ninguém à espera em casa. Afadiguei-me a sacudir arbustos e a espreitar os ramos das árvores, na tentativa de divisar a criatura.
— Sabes? — Comecei. — Tenho uma filha mais ou menos da tua idade.
— A sério? — Ela parou para me olhar. — Como se chama? Porque não a trouxeste para nos ajudar a procurar?
— Chama-se Francisca e não a trouxe porque não sabia que ia encontrar uma menina bonita como tu a precisar de ajuda. — Respondi, sem conseguir suster um sorriso.
— A mamã diz que Deus põe as pessoas certas no nosso caminho, quando precisamos delas. — Ela fez uma cara séria enquanto acenava com a cabeça afirmativamente.
— Então achas que Deus me enviou para te ajudar a encontrar a Candy? — Ergui as sobrancelhas interrogativamente. — Ou foste tu que foste enviada para me ajudar de alguma forma?
— Oh, isso já não sei, é muito complicado para mim. — Ela fez uma careta divertida. — O que anda a fazer a tua Francisca?
A pergunta acertou-me de chofre e por uns segundos fiquei "engasgado" sem conseguir responder.
— Ela… Está com a mãe. — Acabei por dizer.
— Com a mãe? Não estão em tua casa? — A argúcia da criança surpreendeu-me.
— Bem, não. A mãe achou que precisava de ter "umas férias" e foi para casa da avó da Francisca. — Ajoelhei frente a ela para ficarmos cara-a-cara.
— Isso não é bom! — Lúcia arregalou os olhos numa expressão mista de espanto e seriedade. — A Francisca deve estar muito triste por não te ver, eu ficava de certeza, se estivesse longe do meu papá. Devias ir buscá-la, já, já para o pé de ti, dar-lhe muitos beijinhos e pedir desculpa por teres deixado que a levassem embora. — Quase não conseguia suster as lágrimas perante a reprimenda da criança, mas ela não se deteve. — O meu papá passa muito tempo ao telefone e a mamã ralha muito com ele, mas eu não gosto que eles discutam. Por vezes, ele está a falar com os clientes, mas tem sempre um sorriso e uma festinha para me dar.
Virei o rosto para o lado, para ocultar uma gota teimosa, que se escapava pelo canto do olho. Revia ali a minha história, pela voz de uma criança.
— A vida não é assim fácil, minha querida. — Fiz-lhe uma festa no rosto suave e infantil que fitava atentamente o meu, triste e envelhecido. — Muitas vezes deixamos que o nosso emprego se coloque acima do que é realmente importante e ao fim e ao cabo, o trabalho só nos traz desilusões.
— Vai correr tudo bem, vais ver! — Ela fez um sorriso radioso. — Fala com a mamã da Francisca, se estiverem todos juntos, tudo o resto vai correr bem! — No mesmo segundo, retomou a sua busca, indiferente à comoção que me causara.
Eu continuei de joelhos no relvado, pensativo.
— Acho que ela não está aqui. Terá fugido para o outro lado da rua? — A criança perguntou em voz alta.
— Não. — Respondi alarmado, enquanto limpava as lágrimas à manga do casaco. — Não deves atravessar a rua sem a mamã ou o papá. Eu vou tocar a campainha e digo que é preciso ir procurar do outro lado.
— Espera. — Ela começou a correr, através de uma sebe lateral, para as traseiras da casa. — O papá está a trabalhar, não o incomodes, eu vou ver se a Candy já voltou, se não, digo ao papá que vou procurar na casa da vizinha.
Passaram-se longos minutos sem qualquer atividade. As luzes no interior da casa continuavam com a mesma tonalidade, sem aspeto de serem ligadas outras ou apagadas aquelas. Debati-me um pouco com a intenção de tocar à campainha ou espreitar as traseiras da vivenda, mas acabei por concluir que a gata já deveria estar em casa e que a criança se esquecera de mim, entretida a brincar com a amiga.
Retomei o regresso a casa, com os vapores do álcool quase completamente dissipados. Peguei no telemóvel, marquei um número, por demais gravado na minha cabeça e aguardei, enquanto me torturava mentalmente: "Nem sequer vai atender".
— Estou? — A voz de Joana ecoou, triste, no meu ouvido.
— Olá querida, como tens andado? Como está a nossa menina? Sinto muito a vossa falta, sabes? — Inquiri, com as lágrimas novamente a assomar aos olhos.
Percorri o resto do escuro caminho a falar com ela, a minha esposa, mulher que eu escolhi e mãe da minha filha, que eu nunca deveria ter deixado que se afastassem de mim. Choramos ambos ao telefone, pedimos desculpa, lamentamos o que estávamos a fazer a nós e à doce Francisca. Naquela mesma noite peguei no carro e fui buscá-las para a casa de onde nunca deveriam ter saído e foi um dos episódios mais felizes de toda a minha vida.
Também o dia seguinte tinha boas novidades: a temida reunião, era para me aumentar e dar novas responsabilidades, uma progressão na carreira… a pequena Lúcia tinha razão, assim que estivéssemos juntos, tudo ficaria bem.
No fim do expediente, regressei pelo mesmo caminho do dia anterior e entrei na sombria alameda. Nem parecia a mesma do outro fim de tarde, muito mais luminosa, com alguns automóveis estacionados e pessoas a circular nos passeios.
Consegui chegar à casa de Lúcia, que identifiquei facilmente pelo alpendre e as sebes baixas que separavam o relvado do passeio. Uma senhora rondando os quarenta anos, aparava a sebe com uma tesoura de poda.
— Boa tarde — Saudei a mulher, que me olhou com curiosidade antes de responder à saudação. — A senhora deve ser a mãe da Lúcia, suponho.
— Sim. — Confirmou ela demonstrando suspeição. — Quem quer saber?
— Desculpe-me o abuso, meu nome é Pedro e conheci a sua filha, criança maravilhosa. — A mulher franziu o sobrolho. — Ela disse-me coisas fantásticas e eu queria agradecer, pois tudo o que me disse foi realidade. É verdade, quase me esquecia, a Candy apareceu?
— Candy?!? — Ela corou e, com os olhos húmidos, gritou-me. — Quem é você? Que quer daqui? Desapareça!
— Como?!? — Estupefacto com a expulsão e sem saber como reagir, obedeci, afastando-me. — Está bem, desculpe, mas não entendo o motivo para se ter ofendido.
Olhei por cima do ombro algumas vezes, enquanto me afastava, ela estava parada, a vigiar os meus passos.
— Espere! — Gritou-me. — Volte, por favor. Desculpe-me, quero fazer-lhe uma pergunta.
Regressei, mas mantive-me a uma distância segura, enquanto ela, sem largar a enorme tesoura de poda, me avaliou com o olhar.
— Quando conheceu a minha filha? — Interrogou.
— Ontem à noite, quando regressava a casa do emprego. — Respondi prontamente.
— Era a minha filha, a Lúcia? — A mulher não acreditava.
— Não sei se era sua filha, estava neste jardim, disse que esse era o nome dela e, quando foi embora, foi por aquela passagem na sebe para as traseiras dessa casa. — Assegurei.
Contei tudo o que se tinha passado, a nossa conversa enquanto procurávamos a gatinha Candy, que nunca cheguei a ver e descrevi a forma como a menina estava vestida.
A mulher, que desde o reinício da nossa conversa mantinha uma mão sobre a boca, moveu-a para os olhos e explodiu num pranto.
Cada vez mais atrapalhado, não sabia como reagir e aproximei e afastei várias vezes a mão, indeciso se a deveria ou não tentar acalmar. Não foi preciso, no entanto, pois ela conseguiu dominar-se sozinha.
— A minha filha Lúcia, morreu há três anos, aqui mesmo em frente à porta, vestida da forma como me descreveu. Foi atropelada, quando saiu de casa, sem que o meu marido se apercebesse, atrás da gatinha que lhe déramos no aniversário. — A mulher pareceu ter envelhecido vários anos, com o choro e o soluçar que lhe afrontavam o peito. — Não sei quem você é, se está a falar verdade, se é um mentiroso ou um pervertido, que vem com intenções escusas, mas acredito que a minha menina ainda anda por aí, perto de mim. O cheiro dela nunca desapareceu do quarto e por vezes acho que a ouço cantarolar, ou rir no jardim.
— Lamento, minha senhora, não sabia… não percebo… — Tentei desculpar-me, completamente confundido.
— De qualquer modo, — Ela não se deixou interromper. — gosto da ideia de ela ter sido um anjo, que Deus me emprestou por algum tempo e agora anda por aí a fazer o bem. Se está a falar verdade, fico feliz, se está a mentir, não quero saber. De ambas as formas, peço-lhe que se vá embora, respeite a minha dor e não volte mais. — Com isto virou-me as costas e saiu do relvado pela mesma passagem utilizada por Lúcia no dia anterior.
Ainda hoje, muitos anos depois, não sei exatamente o que se passou naquele fim de tarde, quem era aquela criança que encontrei, à procura de uma gatinha que não cheguei a ver. Mas cada vez que penso nisso e, abraçado a Joana, vejo a minha Francisca crescer feliz e saudável, não posso deixar de acreditar que Lúcia era mesmo um anjo que Deus trouxe ao meu caminho, para me levar a fazer o que era correto.
Manuel Amaro Mendonça nasceu em Janeiro de 1965, na cidade de São Mamede de Infesta, concelho de Matosinhos, a "Terra de Horizonte e Mar".
É autor dos livros "Terras de Xisto e Outras Histórias" (Agosto 2015), "Lágrimas no Rio" (Abril 2016) e "Daqueles Além Marão" (Abril 2017), todos editados pela CreateSpace e distribuídos pela Amazon.
Ganhou um 1º e um 3º prémio em dois concursos de escrita e os seus textos já foram seleccionados para mais de uma dezena de antologias de contos, de diversas editoras.
Outros trabalhos estão em projeto e saírão em breve, mantenha-se atento às novidades AQUI.
E já não havia rosas - 6
Por: Fernando Calado
(colaborador do Memórias...e outras coisas...)
E assim comecei a escrever sobre várias coisas, dispersas… quase poemas.
Quis falar-te dos meus silêncios e das minhas mortes. Tantas. Lembro-me do hospital onde deixei a vida por inteiro na longa viagem de um filho. A porta continua aberta. E chega. Quero que ouças os meus vizinhos, numa tranquilidade serena e resignada. E acho que são felizes.
Não tenho gaivotas, mas as cegonhas devolvem-te as asas para planares no azul sereno. E como tu gostavas, quero falar-te de códigos secretos, de velhos filósofos que interpretavam os sinais e davam sentido aos enigmas. Coisas com pessoas, coisas da vida, de lugares, tristezas e alegrias, emoções com sorrisos e lágrimas. Tenho-te dito muitas coisas… não sei se são bonitas. Partilho, para que se cumpra o teu desejo cândido e enigmático: - Quando puderes, diz-me uma coisa… diz-me uma coisa bonita!… e leva-me uma rosa… só uma!
Levei-te uma rosa que deixei em campa rasa.
E cumpriu-se.
Fernando Calado nasceu em 1951, em Milhão, Bragança. É licenciado em Filosofia pela Universidade do Porto e foi professor de Filosofia na Escola Secundária Abade de Baçal em Bragança. Curriculares do doutoramento na Universidade de Valladolid. Foi ainda professor na Escola Superior de Saúde de Bragança e no Instituto Jean Piaget de Macedo de Cavaleiros. Exerceu os cargos de Delegado dos Assuntos Consulares, Coordenador do Centro da Área Educativa e de Diretor do Centro de Formação Profissional do IEFP em Bragança.
Publicou com assiduidade artigos de opinião e literários em vários Jornais. Foi diretor da revista cultural e etnográfica “Amigos de Bragança”.
(colaborador do Memórias...e outras coisas...)
E assim comecei a escrever sobre várias coisas, dispersas… quase poemas.
Quis falar-te dos meus silêncios e das minhas mortes. Tantas. Lembro-me do hospital onde deixei a vida por inteiro na longa viagem de um filho. A porta continua aberta. E chega. Quero que ouças os meus vizinhos, numa tranquilidade serena e resignada. E acho que são felizes.
Não tenho gaivotas, mas as cegonhas devolvem-te as asas para planares no azul sereno. E como tu gostavas, quero falar-te de códigos secretos, de velhos filósofos que interpretavam os sinais e davam sentido aos enigmas. Coisas com pessoas, coisas da vida, de lugares, tristezas e alegrias, emoções com sorrisos e lágrimas. Tenho-te dito muitas coisas… não sei se são bonitas. Partilho, para que se cumpra o teu desejo cândido e enigmático: - Quando puderes, diz-me uma coisa… diz-me uma coisa bonita!… e leva-me uma rosa… só uma!
Levei-te uma rosa que deixei em campa rasa.
E cumpriu-se.
Fernando Calado nasceu em 1951, em Milhão, Bragança. É licenciado em Filosofia pela Universidade do Porto e foi professor de Filosofia na Escola Secundária Abade de Baçal em Bragança. Curriculares do doutoramento na Universidade de Valladolid. Foi ainda professor na Escola Superior de Saúde de Bragança e no Instituto Jean Piaget de Macedo de Cavaleiros. Exerceu os cargos de Delegado dos Assuntos Consulares, Coordenador do Centro da Área Educativa e de Diretor do Centro de Formação Profissional do IEFP em Bragança.
Publicou com assiduidade artigos de opinião e literários em vários Jornais. Foi diretor da revista cultural e etnográfica “Amigos de Bragança”.
NO TEMPO DA PANDEMIA
Por: Humberto Pinho da Silva
(colaborador do "Memórias...e outras coisas...")
Nesta época de quarentena, assisti, pela rádio, à transmissão de cerimónia religiosa: missa.
O sacerdote, na homilia, após explicar o Evangelho, acrescentou: “Ter que ficar retido em casa, nesta época de quarentena, apesar dos inconvenientes, tem a vantagem de conhecer quem são os nossos amigos.”
E concluiu, esclarecendo o que acabara de asseverar:
- “Apesar da maioria passar horas de grande aborrecimento, e desesperante ócio, “continuam” a não ter tempo, a não se lembrar de telefonar a familiares e amigos! …”
Em conversa telefónica com velho companheiro, este, num desabafo, declarou-me:
“Passo semanas sem saber notícias dos amigos…”
- “O curioso – disse-me, – é que quando lhes ligo, todos me dizem: “Estava agora mesmo a pensar em te telefonar! …”
Lembrava na interessante prática, o sacerdote, que era obra de caridade, nestes dias tristes e sombrios, telefonar aos amigos, para não se sentirem abandonados.
Tão habituado estou, a não receber essas atenções, que já não reparo quando não me telefonam ou respondem prontamente a cartas e emails.
Não têm tempo…Só encontram minutinho para me ligarem, se necessitam de favorzinho…Rima e é verdade.
Nesta época de tecnologia, que dispomos meios simples e rápidos de comunicar, parece, que cada vez mais, nos isolamos.
É egoísmo, desinteresse, ou indiferença? Para além do formalismo: Como está?; Bom dia!; Passe bem; quem se preocupa, quem se importa, realmente, se os outros, se encontram bem ou mal? Se eu e os meus, estamos bem: temos a dispensa cheia, dinheiro no banco e saúde, que importa os demais?! …
Humberto Pinho da Silva nasceu em Vila Nova de Gaia, Portugal, a 13 de Novembro de 1944. Frequentou o liceu Alexandre Herculano e o ICP (actual, Instituto Superior de Contabilidade e Administração). Em 1964 publicou, no semanário diocesano de Bragança, o primeiro conto, apadrinhado pelo Prof. Doutor Videira Pires. Tem colaboração espalhada pela imprensa portuguesa, brasileira, alemã, argentina, canadiana e USA. Foi redactor do jornal: “NG”. e é o coordenador do Blogue luso-brasileiro "PAZ".
(colaborador do "Memórias...e outras coisas...")
Nesta época de quarentena, assisti, pela rádio, à transmissão de cerimónia religiosa: missa.
O sacerdote, na homilia, após explicar o Evangelho, acrescentou: “Ter que ficar retido em casa, nesta época de quarentena, apesar dos inconvenientes, tem a vantagem de conhecer quem são os nossos amigos.”
E concluiu, esclarecendo o que acabara de asseverar:
- “Apesar da maioria passar horas de grande aborrecimento, e desesperante ócio, “continuam” a não ter tempo, a não se lembrar de telefonar a familiares e amigos! …”
Em conversa telefónica com velho companheiro, este, num desabafo, declarou-me:
“Passo semanas sem saber notícias dos amigos…”
- “O curioso – disse-me, – é que quando lhes ligo, todos me dizem: “Estava agora mesmo a pensar em te telefonar! …”
Lembrava na interessante prática, o sacerdote, que era obra de caridade, nestes dias tristes e sombrios, telefonar aos amigos, para não se sentirem abandonados.
Tão habituado estou, a não receber essas atenções, que já não reparo quando não me telefonam ou respondem prontamente a cartas e emails.
Não têm tempo…Só encontram minutinho para me ligarem, se necessitam de favorzinho…Rima e é verdade.
Nesta época de tecnologia, que dispomos meios simples e rápidos de comunicar, parece, que cada vez mais, nos isolamos.
É egoísmo, desinteresse, ou indiferença? Para além do formalismo: Como está?; Bom dia!; Passe bem; quem se preocupa, quem se importa, realmente, se os outros, se encontram bem ou mal? Se eu e os meus, estamos bem: temos a dispensa cheia, dinheiro no banco e saúde, que importa os demais?! …
Humberto Pinho da Silva nasceu em Vila Nova de Gaia, Portugal, a 13 de Novembro de 1944. Frequentou o liceu Alexandre Herculano e o ICP (actual, Instituto Superior de Contabilidade e Administração). Em 1964 publicou, no semanário diocesano de Bragança, o primeiro conto, apadrinhado pelo Prof. Doutor Videira Pires. Tem colaboração espalhada pela imprensa portuguesa, brasileira, alemã, argentina, canadiana e USA. Foi redactor do jornal: “NG”. e é o coordenador do Blogue luso-brasileiro "PAZ".
sexta-feira, 29 de maio de 2020
Homem condenado a 6 anos e meio de prisão por tentar matar a mulher a tiro em Bragança
Arguido alegou que o disparo foi acidental.
Um homem de nacionalidade chinesa de 57 anos foi condenado pelo Tribunal de Bragança, esta tarde, a 6 anos e meio de prisão efetiva por ter tentado matar a mulher de 55 anos, com um tiro na cabeça.
Foi condenado, em cúmulo jurídico, a 6 anos e meio de prisão pelos crimes de homicídio qualificado na forma tentada e detenção de arma proibida. Estava acusado ainda do crime de violência doméstica, do qual foi absolvido pois os factos foram descritos pela vítima de "forma vaga" e por ter sido descrito que haveria agressões mútuas.
Os factos remontam a 9 de abril do ano passado, na casa do casal cidade de Bragança. Por volta das 21h, o casal, de nacionalidade chinesa, estava a jantar quando começaram a discutir "por causa de problemas de origem financeira". O homem, que tinha em sua posse uma arma modificada, acabou por efetuar um disparo na nuca da mulher, causando-lhe ferimentos. A vítima nunca correu risco de vida e esteve 10 dias a recuperar.
Na primeira sessão de julgamento, o arguido alegou que o disparo foi acidental. O Tribunal assim não o entendeu. Para a condenação contribuiu também o facto de a vítima, ao contrário do que aconteceu com alegados os episódios de violência doméstica, conseguiu fazer uma descrição assertiva dos factos.
Foi condenado, em cúmulo jurídico, a 6 anos e meio de prisão pelos crimes de homicídio qualificado na forma tentada e detenção de arma proibida. Estava acusado ainda do crime de violência doméstica, do qual foi absolvido pois os factos foram descritos pela vítima de "forma vaga" e por ter sido descrito que haveria agressões mútuas.
Os factos remontam a 9 de abril do ano passado, na casa do casal cidade de Bragança. Por volta das 21h, o casal, de nacionalidade chinesa, estava a jantar quando começaram a discutir "por causa de problemas de origem financeira". O homem, que tinha em sua posse uma arma modificada, acabou por efetuar um disparo na nuca da mulher, causando-lhe ferimentos. A vítima nunca correu risco de vida e esteve 10 dias a recuperar.
Na primeira sessão de julgamento, o arguido alegou que o disparo foi acidental. O Tribunal assim não o entendeu. Para a condenação contribuiu também o facto de a vítima, ao contrário do que aconteceu com alegados os episódios de violência doméstica, conseguiu fazer uma descrição assertiva dos factos.
Tânia Rei
Intercâmbio internacional 'Stone & Sail Extravaganza 2020' na Croácia: Palombar recruta 2 voluntários/as
A Palombar - Conservação da Natureza e do Património Rural está a recrutar 2 voluntários/as para integrar o intercâmbio internacional 'Stone & Sail Extravaganza 2020', financiado pelo programa Erasmus +, sobre conservação da natureza e do património edificado, o qual irá decorrer na ilha de Murter, na Croácia, entre os dias 12 de setembro e 9 de outubro de 2020.
Este intercâmbio é organizado pela Associação Argonauta (Croácia), em parceria com a Palombar e a Experimentáculo Associação (Portugal), a Third Eye - Associação de Educação e Juventude do Mediterrâneo (Turquia), o Centro Regional de Informação e Juventude de Centre-Val de Loire - CRIJ (França) e a organização Semper Avanti (Polónia).
Durante cerca de um mês, voluntários/as daqueles quatro países vão unir-se neste intercâmbio internacional para desenvolver, no Parque Arqueológico de Colentum (ilha de Murter): ações de limpeza de praias e florestas nas áreas de Colentum e Raduč; dar assistência na preparação de locais para prospeção arqueológica e na construção de muros de pedra seca, ajudar na divulgação e promoção de sítios arqueológicos, através da produção de conteúdos multimédia, e na organização de eventos. Serão também realizadas atividades complementares artísticas e que envolvem uma componente solidária. Esta será uma experiência única de partilha de conhecimentos, intercâmbio cultural e vida comunitária.
Localizada no Mar Adriático, a ilha de Murter faz parte da Croácia e está ligada ao território continental por uma ponte rodoviária. Possui cerca de 18,07 km² de área e 5 100 habitantes e tem registo de ocupação pré-histórica. Apresenta um rico património edificado e praias e baías de uma beleza singular. As principais atividades económicas da ilha são o turismo, a pesca e a agricultura.
CANDIDATURAS
Quem pode candidatar-se?
Jovens com idades entre os 18 e os 30 anos. Os/as jovens do distrito de Bragança terão prioridade no processo de seleção dos/as voluntários/as.
Como?
Envia uma mensagem de e-mail com o assunto "Stone & Sail Extravaganza 2020 - candidatura" para palombar@palombar.pt, com o teu currículo e carta de motivação em Inglês, nome completo, idade e contactos, a indicar a tua intenção de participar neste intercâmbio. Ao demonstrares a tua intenção em participar neste intercâmbio, irás receber toda a informação necessária.
Qual é o período de candidatura?
O período de candidatura decorre até 5 de junho de 2020.
Vou ter alguma despesa financeira?
As despesas das viagens (através de reembolso do valor pago previamente pelos voluntários/as - até 360€), das refeições e do alojamento serão todas asseguradas pela Associação Argonauta.
Como vou para a Croácia?
O grupo de 2 voluntários/as recrutados pela Palombar deverá ir para a Croácia de avião.
Mais informação AQUI.
Este intercâmbio é organizado pela Associação Argonauta (Croácia), em parceria com a Palombar e a Experimentáculo Associação (Portugal), a Third Eye - Associação de Educação e Juventude do Mediterrâneo (Turquia), o Centro Regional de Informação e Juventude de Centre-Val de Loire - CRIJ (França) e a organização Semper Avanti (Polónia).
Durante cerca de um mês, voluntários/as daqueles quatro países vão unir-se neste intercâmbio internacional para desenvolver, no Parque Arqueológico de Colentum (ilha de Murter): ações de limpeza de praias e florestas nas áreas de Colentum e Raduč; dar assistência na preparação de locais para prospeção arqueológica e na construção de muros de pedra seca, ajudar na divulgação e promoção de sítios arqueológicos, através da produção de conteúdos multimédia, e na organização de eventos. Serão também realizadas atividades complementares artísticas e que envolvem uma componente solidária. Esta será uma experiência única de partilha de conhecimentos, intercâmbio cultural e vida comunitária.
Localizada no Mar Adriático, a ilha de Murter faz parte da Croácia e está ligada ao território continental por uma ponte rodoviária. Possui cerca de 18,07 km² de área e 5 100 habitantes e tem registo de ocupação pré-histórica. Apresenta um rico património edificado e praias e baías de uma beleza singular. As principais atividades económicas da ilha são o turismo, a pesca e a agricultura.
CANDIDATURAS
Quem pode candidatar-se?
Jovens com idades entre os 18 e os 30 anos. Os/as jovens do distrito de Bragança terão prioridade no processo de seleção dos/as voluntários/as.
Como?
Envia uma mensagem de e-mail com o assunto "Stone & Sail Extravaganza 2020 - candidatura" para palombar@palombar.pt, com o teu currículo e carta de motivação em Inglês, nome completo, idade e contactos, a indicar a tua intenção de participar neste intercâmbio. Ao demonstrares a tua intenção em participar neste intercâmbio, irás receber toda a informação necessária.
Qual é o período de candidatura?
O período de candidatura decorre até 5 de junho de 2020.
Vou ter alguma despesa financeira?
As despesas das viagens (através de reembolso do valor pago previamente pelos voluntários/as - até 360€), das refeições e do alojamento serão todas asseguradas pela Associação Argonauta.
Como vou para a Croácia?
O grupo de 2 voluntários/as recrutados pela Palombar deverá ir para a Croácia de avião.
Mais informação AQUI.
Fantoches no facebook e youtube para as crianças de Moncorvo
Câmara Municipal de Torre de Moncorvo celebra Dia Mundial da Criança com fantoches no facebook e youtube.
A Câmara Municipal de Torre de Moncorvo celebra, no próximo dia 1 de Junho, o Dia Mundial da Criança. Este ano, na impossibilidade de se efetuarem as comemorações com a presença das crianças, o Município de Torre de Moncorvo preparou um teatro com fantoches que será publicado no facebook e youtube da Câmara Municipal de Torre de Moncorvo.
O teatro apresentado é baseado na história “Os Ovos Misteriosos” da autoria de Luísa Ducla Soares e Manuela Bacelar.
O dia será também marcado pela recordação das celebrações de anos anteriores, que serão visíveis nos mupies digitais e no facebook do Município. Esta, foi a forma que a autarquia encontrou para não deixar passar em branco esta data, e alegrar o dia dos mais pequenos.
A Câmara Municipal de Torre de Moncorvo celebra, no próximo dia 1 de Junho, o Dia Mundial da Criança. Este ano, na impossibilidade de se efetuarem as comemorações com a presença das crianças, o Município de Torre de Moncorvo preparou um teatro com fantoches que será publicado no facebook e youtube da Câmara Municipal de Torre de Moncorvo.
O teatro apresentado é baseado na história “Os Ovos Misteriosos” da autoria de Luísa Ducla Soares e Manuela Bacelar.
O dia será também marcado pela recordação das celebrações de anos anteriores, que serão visíveis nos mupies digitais e no facebook do Município. Esta, foi a forma que a autarquia encontrou para não deixar passar em branco esta data, e alegrar o dia dos mais pequenos.
AVISO: corte de água em toda a cidade a partir das 23h desta sexta-feira
A Câmara Municipal de Macedo de Cavaleiros informa toda a população que vai proceder à suspensão do fornecimento de água em toda a cidade esta noite, a partir das 23h, por um período estimado de três horas.
O motivo da suspensão prende-se com a realização de trabalhos de manutenção nas condutas.
O município lamenta os incómodos causados.
O motivo da suspensão prende-se com a realização de trabalhos de manutenção nas condutas.
O município lamenta os incómodos causados.
Busto de Campos Monteiro retirado do castelo
O busto do escritor Campos Monteiro (1876-1933), natural de Torre de Moncorvo, inaugurado em 1938 foi retirado do seu local de sempre, em frente aos paços do concelho, na zona do castelo. Ao que o Mensageiro apurou deverá ser instalado junto à casa do escritor, atualmente em ruínas.
O busto em bronze da autoria do escritor José Sousa Caldas foi mandado fazer depois de uma subscrição pública lançada após a sua morte.
Abílio Adriano de Campos Monteiro, médico, dedicou a sua vida às letras. "Foi jornalista, romancista, poeta, dramaturgo, tradutor, conferencista, autor de uma centena de prefácios de livros. Dirigiu a revista mensal ilustrada Argus no período de Maio e Julho de 1907 e foi cofundador, juntamente com Ferreira de Castro, da "Civilização - Grande Magazine Mensal" (1928-1937). Colaborou com alguns periódicos nacionais e estrangeiros como o Jornal de Notícias, O Primeiro de Janeiro, A Pátria, Revista de las Españas. Foi ainda presidente da Associação de Jornalistas e Homens de Letras do Porto, Clube dos Girondinos, Grupo dos Modestos e vice-presidente da Associação Médica Lusitana.
O busto em bronze da autoria do escritor José Sousa Caldas foi mandado fazer depois de uma subscrição pública lançada após a sua morte.
Abílio Adriano de Campos Monteiro, médico, dedicou a sua vida às letras. "Foi jornalista, romancista, poeta, dramaturgo, tradutor, conferencista, autor de uma centena de prefácios de livros. Dirigiu a revista mensal ilustrada Argus no período de Maio e Julho de 1907 e foi cofundador, juntamente com Ferreira de Castro, da "Civilização - Grande Magazine Mensal" (1928-1937). Colaborou com alguns periódicos nacionais e estrangeiros como o Jornal de Notícias, O Primeiro de Janeiro, A Pátria, Revista de las Españas. Foi ainda presidente da Associação de Jornalistas e Homens de Letras do Porto, Clube dos Girondinos, Grupo dos Modestos e vice-presidente da Associação Médica Lusitana.
Glória Lopes
Publicado diploma que determina horários para atravessar as fronteiras com Espanha
Um despacho que determina os horários para atravessar a fronteira entre Portugal e Espanha, nas localidades de Rio de Onor (Bragança), Tourém (Vila Real) e Barrancos (Beja), na sequência da pandemia, foi hoje publicado em Diário da República (DR).
O despacho conjunto dos ministros dos Negócios Estrangeiros e da Administração Interna refere que a decisão decorre de uma resolução do Conselho de Ministros, de 16 de março, sobre reposição, “a título excecional e temporário”, do controlo “de pessoas nas fronteiras” entre Portugal e Espanha, no âmbito da situação de pandemia da doença provocada pelo novo coronavírus.
O diploma determina que às quartas-feiras e aos sábados, entre as 10:00 e as 12:00, “Rio de Onor, ponte de fronteira da Rua da Costa, caminho rural, é ponto de passagem autorizado na fronteira terrestre”.
Em relação a Tourém e Barrancos, o ponto de passagem autorizado através da fronteira terrestre entre os dois países é às segundas-feiras e quintas-feiras, entre as 06:00 e as 08:00 e das 17:00 às 19:00.
O despacho entra em vigor em 01 de junho.
O diploma explicita que "as localidades de Rio de Onor (Portugal)/Rihonor de Castilla (Espanha), Tourém (Portugal)/Calvos de Randim (Espanha) e Barrancos (Portugal)/Encinasola (Espanha) encontram-se descentralizadas, existindo residentes nas localidades portuguesas e residentes em Espanha que se deslocam entre os dois países de forma frequente”.
Por isso, o “corte total das vias de acesso não se afigura a modalidade mais adequada”, sob pena de “causar constrangimentos às atividades essenciais da população local”.
A nível global, segundo o último balanço feito pela agência France-Presse, a pandemia já provocou mais de 355 mil mortos e infetou mais de 5,7 milhões de pessoas em 196 países e territórios.
Mais de 2,2 milhões de doentes são considerados curados.
Em Portugal, morreram 1.369 pessoas das 31.596 confirmadas como infetadas, e há 18.637 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde (DGS).
Em Espanha já foram registados 27.119 mortos e quase 238 mil casos de infeção.
O despacho conjunto dos ministros dos Negócios Estrangeiros e da Administração Interna refere que a decisão decorre de uma resolução do Conselho de Ministros, de 16 de março, sobre reposição, “a título excecional e temporário”, do controlo “de pessoas nas fronteiras” entre Portugal e Espanha, no âmbito da situação de pandemia da doença provocada pelo novo coronavírus.
O diploma determina que às quartas-feiras e aos sábados, entre as 10:00 e as 12:00, “Rio de Onor, ponte de fronteira da Rua da Costa, caminho rural, é ponto de passagem autorizado na fronteira terrestre”.
Em relação a Tourém e Barrancos, o ponto de passagem autorizado através da fronteira terrestre entre os dois países é às segundas-feiras e quintas-feiras, entre as 06:00 e as 08:00 e das 17:00 às 19:00.
O despacho entra em vigor em 01 de junho.
O diploma explicita que "as localidades de Rio de Onor (Portugal)/Rihonor de Castilla (Espanha), Tourém (Portugal)/Calvos de Randim (Espanha) e Barrancos (Portugal)/Encinasola (Espanha) encontram-se descentralizadas, existindo residentes nas localidades portuguesas e residentes em Espanha que se deslocam entre os dois países de forma frequente”.
Por isso, o “corte total das vias de acesso não se afigura a modalidade mais adequada”, sob pena de “causar constrangimentos às atividades essenciais da população local”.
A nível global, segundo o último balanço feito pela agência France-Presse, a pandemia já provocou mais de 355 mil mortos e infetou mais de 5,7 milhões de pessoas em 196 países e territórios.
Mais de 2,2 milhões de doentes são considerados curados.
Em Portugal, morreram 1.369 pessoas das 31.596 confirmadas como infetadas, e há 18.637 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde (DGS).
Em Espanha já foram registados 27.119 mortos e quase 238 mil casos de infeção.
Foto: DR