“A intervenção implicou não só a recuperação do edifício pré-existente [Paço Episcopal], mas também a construção de um novo edifício funcional e adaptado às suas novas funções”, indicou a diretora regional de Cultura do Norte, Laura Castro.
A responsável disse ainda que este novo espaço foi construído com a função de ter associados outros serviços à interpretação da Concatedral de Miranda do Douro.
“A Concatedral não é só um edifício, mas todo um conjunto de atividades que ali se desenvolviam. A música é uma das atividades que se ali se desenvolviam, e inaugurar este espaço como exposição musical de cariz transfronteiriço [transmontana e castelhana] também é recuperar uma memória deste território e onde este templo se inscreve”, explicou Laura Castro.
A Direção Regional de Cultura do Norte (DRCN) assume, com satisfação, o acordo efetuado com a Câmara de Miranda do Douro, porque permite mostrar conteúdos relacionados com as tradições da terra de Miranda, com a cidade de Miranda do Douro e com a própria Concatedral.
“Este tipo de exposições como a ‘Termus – Territórios Musicais’, vão ser frequentes enquanto o Museu da Terra de Miranda estiver fechado, dado que vai sofrer obras de ampliação”, vincou Laura Castro.
Esta iniciativa está incluída na Operação Rota das Catedrais no Norte de Portugal, que visa promover e consolidar o projeto nacional, iniciado em 2009, através de um Acordo de Cooperação celebrado entre o Ministério da Cultura e a Conferência Episcopal Portuguesa.
Já o projeto transfronteiriço “Termus - Territórios Musicais”, com uma dotação de 274 mil euros, visou “recuperar, conservar e valorizar a música tradicional e popular na Terra de Miranda e na província de Zamora, através da recolha sistemática e da difusão de testemunhos orais que preservem a solidez da memória sonora deste território e a sua diversidade cultural”.
No âmbito desta ação, o Museu da Terra de Miranda deu início à recolha de instrumentos musicais “com história” de forma a preservar a música e o cancioneiro popular do território transfronteiriço do Planalto Mirandês e Zamora (Espanha).
Esta inauguração ficou marcada pelo descontentamento da presidente da Câmara de Miranda do Douro, Helena Barril, que se mostrou “indignada” com a mudança de local da “emblemática “Fonte dos Namorados, um elemento arquitetónico histórico que se encontrava colocado junto a um dos alçados do antigo Paço Episcopal.
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