Isso mesmo assumiu, ontem, em Mirandela, a Ministra da Coesão Territorial sobre o dossier da principal medida compensatória pela construção da barragem de Foz-Tua, por parte da EDP. Ana Abrunhosa foi confrontada com as suas declarações há um ano, também numa visita a Mirandela em que deixou a garantia que estaria para breve a implementação do plano de mobilidade. Agora, reconhece que está tudo igual, dizendo que as questões legais continuam a emperrar o processo, e que tudo se complicou ainda mais com a não aprovação do Orçamento do Estado.
“Gostaria de dizer que é já um projecto turístico em andamento, infelizmente não é, teve problemas no meio e esses problemas foram acentuados com a não aprovação do Orçamento. Posso dizer que continuaremos muito empenhados na resolução deste problema, o mais rapidamente possível. Sinto o desespero dos autarcas e do território”, disse.
Há mais de 17 meses que já foram concluídas as obras de estabilização dos taludes e reabilitação da linha ferroviária do Tua, entre Brunheda e Mirandela, obras consideradas fundamentais para a implementação do plano de mobilidade do Vale do Tua, mas continua a faltar luz verde das entidades responsáveis pelo licenciamento da circulação na linha férrea. Já quanto ao plano de revitalização do complexo agro-industrial do Cachão, Ana Abrunhosa entende que tem todas as condições para ser apoiado pelo Portugal 2030, mas que é um trabalho que está a ser desenvolvido numa parceria entre os autarcas e a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte.
“Estamos a falar de uma infra-estrutura gigantesca, a começar a trabalhar ali um projecto para o território, nos moldes que foram apresentados. A pandemia mostrou-nos a importância de continuarmos a investir mais nestes sectores [agricultura e agro-alimentar] e de sermos cada vez mais auto-suficientes nestes sectores e isso só se faz com pessoas qualificadas e o Cachão pode ser uma oportunidade de termos ali uma infra-estrutura dedicada a este objectivo”, afirmou.
Declarações da Ministra da Coesão Territorial, ontem, à margem de uma visita a quatro empresas de Mirandela apoiadas pelo quadro comunitário Norte 2020. Ana Abrunhosa diz que são bons exemplos de empregabilidade, inovação tecnológica e captação de recursos humanos altamente qualificados.
A Ministra da Coesão Territorial de visita a Mirandela, uma das últimas ao serviço deste Governo, antes das eleições de 30 de Janeiro.
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