segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022

π‚π€π’π€πŒπ„ππ“πŽπ’ 𝐃𝐄 π„ππ“π‘π”πƒπŽ

 π‘·π’‚𝒍𝒉𝒂𝒔 𝒂𝒍𝒉𝒂𝒔 𝒍𝒆𝒗𝒂 𝒐 𝒗𝒆𝒏𝒕𝒐. π‘½π’‚π’Žπ’π’” 𝒇𝒂𝒛𝒆𝒓 π’–π’Ž π’„π’‚π’”π’‚π’Žπ’†π’π’•π’...

“𝑂𝑠 π‘Ÿπ‘Žπ‘π‘Žπ‘§π‘’π‘  π‘—π‘’π‘›π‘‘π‘Žπ‘£π‘Žπ‘š-𝑠𝑒 𝑒 π‘“π‘Žπ‘§π‘–π‘Žπ‘š π‘Ÿπ‘–π‘“π‘Žπ‘  π‘π‘Žπ‘Ÿπ‘Ž π‘£π‘’π‘Ÿ π‘žπ‘’π‘’π‘š π‘π‘Žπ‘™β„Žπ‘Žπ‘£π‘Ž π‘’π‘š π‘ π‘œπ‘Ÿπ‘‘π‘’. πΌπ‘Žπ‘š π‘œπ‘  π‘Ÿπ‘Žπ‘π‘Žπ‘§π‘’π‘  π‘ π‘œπ‘™π‘‘π‘’π‘–π‘Ÿπ‘œπ‘ , 𝑒 π‘‘π‘Žπ‘šπ‘π‘’́π‘š π‘–π‘Žπ‘š π‘Žπ‘™π‘”π‘’π‘›π‘  π‘π‘Žπ‘ π‘Žπ‘‘π‘œπ‘ . π‘€π‘Žπ‘ , π‘ π‘œ́ π‘π‘Žπ‘ π‘Žπ‘£π‘Žπ‘š π‘œπ‘  π‘ π‘œπ‘™π‘‘π‘’π‘–π‘Ÿπ‘œπ‘ . πΏπ‘’π‘£π‘Žπ‘£π‘Žπ‘š π‘’π‘š 𝑓𝑒𝑛𝑖𝑙 π‘šπ‘’π‘–π‘‘π‘œ π‘”π‘Ÿπ‘Žπ‘›π‘‘π‘’, π‘žπ‘’π‘’ π‘β„Žπ‘Žπ‘šπ‘Ž́π‘£π‘Žπ‘šπ‘œπ‘  π‘’π‘šπ‘π‘’π‘‘π‘’. 𝐴̀𝑠 𝑣𝑒𝑧𝑒𝑠 π‘π‘’π‘π‘–π‘Žπ‘š π‘’π‘šπ‘Ž π‘π‘–π‘›π‘”π‘’π‘–π‘‘π‘Ž 𝑒 π‘‘π‘’π‘π‘œπ‘–π‘  π‘—π‘Ž́ π‘’π‘ π‘‘π‘Žπ‘£π‘Žπ‘š π‘Žπ‘›π‘–π‘šπ‘Žπ‘‘π‘œπ‘ . 𝑁𝑖𝑛𝑔𝑒𝑒́π‘š π‘™π‘’π‘£π‘Žπ‘£π‘Ž π‘Ž π‘šπ‘Žπ‘™, π‘Žπ‘‘π‘’́ 𝑑𝑖𝑧𝑖́π‘Žπ‘šπ‘œπ‘  “𝐸́ π‘’π‘›π‘‘π‘Ÿπ‘’π‘‘π‘œ π‘π‘Žπ‘ π‘ π‘Ž π‘‘π‘’π‘‘π‘œ””. Mestre Maria da Assunção

“π‘π‘œ́𝑠 π‘“π‘–π‘π‘Ž́π‘£π‘Žπ‘šπ‘œπ‘  π‘›π‘Ž π‘£π‘Žπ‘Ÿπ‘Žπ‘›π‘‘π‘Ž π‘Ž̀ π‘’π‘ π‘π‘’π‘‘π‘Ž. 𝐴̀𝑠 𝑣𝑒𝑧𝑒𝑠 π‘Žπ‘‘π‘’́ 𝑖́π‘Žπ‘šπ‘œπ‘  π‘’π‘ π‘π‘Ÿπ‘’π‘–π‘‘π‘Žπ‘Ÿ.” Mestre InfΓ’ncia

No Carnaval mandava a tradição que os rapazes se juntassem à volta de uma grande fogueira. Na aldeia de Portela os rapazes juntavam-se na Lameirinha. As raparigas ficavam à espreita e/ou nas varandas à espera para saber quem lhes havia tocado em sorte.

Faziam uns papelinhos com o nome dos solteiros da terra. Em cada papelinho colocavam o nome de um solteiro. De um lado ficavam os nomes dos rapazes solteiros e do outro os nomes das raparigas solteiras. Tiravam Γ  sorte o nome de um rapaz e depois o nome de uma rapariga e os pares que calhasse formavam os casais dos casamentos do Entrudo. NΓ£o foram poucas as vezes em que no final sobrava um rapaz ou uma rapariga sem par. Quando isso acontecia esse solteiro era apelidado de berrΓ£o.

Os casais estavam formados. Chegava o momento de os anunciar à população e aos solteiros. Rapazes e raparigas esperavam atentos e curiosos. O som era aumentado com o auxílio de um embude (funil grande) e atravessava a aldeia de uma ponta à outra.

Havia sempre um verso, rima ou graΓ§ola em jeito de brincadeira a acompanhar o anΓΊncio do casamento. A comunicação comeΓ§ava sempre com o verso “Palhas alhas leva o vento/ vamos fazer um casamento…” e depois aumentavam o verso.

Aqui fica o relato de alguns versos, rimas ou graçolas que animaram os casamentos de Entrudo na aldeia de Portela:

Palhas alhas leva o vento
Vamos fazer um casamento

Entrudo Γ© um dia de brincadeira
Tio Chico Caseiro
Vai ser casado com a tia Caldeira

E a Maria que Γ© um bilrino
Vai ser casada com o Manuel do tio Avelino

E a InfΓ’ncia que Γ© um rebolo
Vai ser casada com o Eduardo
Que Γ© um rapaz que nΓ£o Γ© nada tolo

A Maria JosΓ© vai ser casada
Com o PorfΓ­rio sapateiro
Mas ela que nΓ£o se confunda
Com o JoΓ£o Troliteiro

E a Idalina, com quem devemos casar?
Casamo-la com o SebastiΓ£o
Mas ela que nΓ£o o confunda com o MalhΓ£o

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