O “Labirinto Literário de Miguel Torga” tem a particularidade de pela primeira vez analisar todas as 52 obras do autor transmontano.
Um trabalho, com cerca de 600 páginas, que pretende ser também, segundo Norberto Veiga, um convite à leitura de Torga.
“O leitor encontra neste livro todas as facetas literárias do autor. O livro também pretende funcionar como um convite à leitura, porque esta é a minha leitura e cada leitor tem a sua leitura e todas elas são válidas. A obra do autor é de tal maneira polissémica que permite várias leituras”, disse.
Norberto Veiga, que além de escritor é professor de português na Escola Emídio Garcia, em Bragança, destaca a análise aos textos dramáticos de Torga, uma faceta menos conhecida do escritor natural de São Martinho da Anta, Sabrosa.
“Tentei dar mais relevo àquela parte que é menos conhecida da obra de Miguel Torga, que é sobretudo a parte dramática. Escreveu quatro peças e duas delas atrevo-me a dizer que deviam ser de conhecimento obrigatório de todos os estudantes do ensino secundário, porque são duas formas magníficas de homenagear as duas ocupações milenares e que sustentam a vida dos portugueses: “Mar” que é homenagem aos pescadores da Nazaré e a “Terra Firme” que é o retrato das nossas aldeias até aos anos 80 do século passado”, explicou.
A obra de Torga mais conhecida, contos, os diários e a poesia, é extensa e segundo Norberto Veiga apenas uma pequena parte é abordada nos programas de português.
Este é o primeiro de três livros de análise a obras dos grandes escritores transmontanos já falecidos. Depois de Torga, será analisada a obra de Guerra Junqueiro e de Trindade Coelho.
O “Labirinto Literário de Miguel Torga” já pode ser encontrado quer on-line quer nas livrarias.
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