A pandemia fez cair para metade o número de dormidas em Miranda do Douro, mas os ganhos caíram apenas um terço. De acordo com o vice presidente do Turismo do Porto e Norte, isto faz prever que se as dormidas voltarem aos números anteriores, a riqueza vai ser maior. Inácio Ribeiro considera que a autenticidade deste concelho é a grande atracção e que promovida pode gerar grande desenvolvimento. "Continuando a promover o território como estamos a promover iremos ter, num futuro próximo, não só este número de visitantes, de dormidas e de facturação, como a receita turística para os operadores a crescer em números muito simpáticos. Quando digo simpáticos é continuar a galopar. Aquilo que mais desejo é que esse crescimento seja com base em valor acrescentado, que cada vez mais os operadores daqui vendam melhor e mais caro".
Miranda do Douro é rica em património cultural, religioso e militar. Mas o escritor de arte e cultura, António Mourinho, entende que é pouco aproveitado e que é preciso ser feito mais trabalho de promoção. "Há falta de promoção e há um certo desinteresse. Ao mesmo tempo, não há condições e aquilo que impede mais este desenvolvimento é precisamente a falta de gente".
Este concelho está ainda inserido no Parque do Douro Internacional, com paisagens atractivas. Para a presidente da câmara de Miranda, Helena Barril, a sustentabilidade turística deste território passa também por uma aposta no parque e numa atracção selectiva. "Podemos pensar, por exemplo, numa aldeia como a Aldeia Nova. Nestes últimos anos, têm surgido, por conta do Parque Natural do Douro Internacional e daquele potencial que ali está, várias construções de turismo rural. O parque tem gerado riqueza e este turismo é importante, é mais selectivo e deixa-nos maior riqueza".
O crescimento e a sustentabilidade do concelho de Miranda do Douro discutido numa sessão que aconteceu na semana passada.
Miranda do Douro comemorou este domingo 477 anos de elevação a cidade.
Sem comentários:
Enviar um comentário