A ajuda pode ir até 55 euros por hectare. Pretende minimizar os gastos dos produtores em tratamentos fitossanitários para salvarem as culturas. A produção de maçã em Carrazeda de Ansiães foi das mais afectadas. Para Duarte Borges, técnico da Associação de Fruticultores e Viticultores do Planalto de Ansiães, esta medida não é suficiente.
“Fica um bocadinho aquém do que estava à espera. É uma medida que minimiza um bocado e compensa os agricultores, mas os prejuízos que se sentiram nas explorações foram bastante acentuados. Houve perda de produção e nalgumas situações também houve bastantes prejuízos de infra-estruturas fundiárias”, salientou.
Além deste apoio, será ainda aberta a medida de reposição do potencial produtivo ao abrigo do Programa de Desenvolvimento Rural. Esta medida pode ajudar a minimizar também os estragos provocados pelo mau tempo em infra-estruturas. Mas Duarte Borges diz ser muito limitada.
“Só se podem candidatar a essa medida situações que tenham prejuízos acima dos 30% e isso limita um bocado o acesso à medida. Só numa situação com um prejuízo bastante elevado, ou seja, para ser 30% já é um prejuízo muito elevado é que consegue aceder a essa medida. Deveria ser corrigido o limite de acesso que mais baixo, porque senão há ajuda disponível, mas vão ser poucas as candidaturas”, referiu.
Com a chuva e o granizo, cerca de 450 hectares de macieiras em Carrazeda de Ansiães ficaram completamente destruídos.
“O valor de prejuízos é muito elevado, estamos a falar de uma área bastante vasta que representa 80% da fruticultura do concelho em que se traduz em fruta que não pode ir para consumo fresco, em que se traduz em prejuízos elevados. Estamos a fazer a contabilização agora próximo da colheita, mas acima dos 4 ou 5 milhões de euros de prejuízos”, adiantou.
No distrito, vários concelhos foram afectados pelo mau tempo. A vinha e as macieiras foram as que tiveram mais prejuízos. Os agricultores podem candidatar-se ao apoio do Governo através da Direcção Regional de Agricultura.
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