segunda-feira, 30 de setembro de 2024
IX King of Portugal arranca em Algoso
De 9 a 12 de outubro, o concelho de Vimioso volta a ser o traçado do “King of Portugal”, uma das mais difíceis provas de todo-o-terreno, que este ano arranca na aldeia histórica de Algoso, com o prólogo e uma prova noturna.
Assembleia Municipal aprova moção de perda de confiança na diretora-geral da AT
Em causa está a falta de cobrança de impostos das barragens situadas neste concelho, nomeadamente os aproveitamentos hidroelétricos de Miranda e Picote. Nos últimos quatro anos tem sido reclamada a cobrança de IMI, Imposto do Selo, IRC e Derrama.
“Como órgão que executa a política fiscal deste município [Miranda do Douro], é indispensável uma relação de confiança entre a Assembleia Municipal e a diretora-geral da AT. Porém, o comportamento da diretora-geral da AT é sistematicamente e ilegalmente favorável às concessionárias, e também sistemicamente desfavorável, lesivo e violador dos direitos tributários deste município e dos cidadãos que representa”, lê-se na ata da Assembleia Municipal, aprovada na quinta-feira.
De acordo com o presidente da Assembleia Municipal, Óscar Afonso, esta moção foi uma iniciativa conjunta de todos os eleitos pelo PSD e PS com assento neste órgão.
“A AT é obrigada a inspecionar os negócios sempre que existam indícios de evasão fiscal, mas decidiu não o fazer, à margem da legalidade, porque não existe nenhuma lei que exija essa decisão, ela é discriminadamente favorável às concessionárias”, descreve a mesma moção.
O documento vai agora ser enviado à Procuradoria-Geral da República (PGR), Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), Tribunal de Contas (TdC), Provedoria da Justiça e à Inspeção Geral de Finanças.
Em curso está um inquérito para investigar o papel da AT e da Agência Portuguesa do Ambiente pela não cobrança de IMI nas barragens vendidas pela EDP à Engie, tais como Miranda do Douro, Picote, Bemposta, Feiticeiro, Baixo Sabor e Foz Tua.
Ministério das Infraestruturas procura solução para a ligação aérea Trás-os-Montes- Portimão
A mesma fonte daquele Ministério explicou que “correm ainda os procedimentos com vista à conclusão do concurso público internacional para a concessão do referido serviço.”
A operadora Sevenair tinha uma concessão de quatro anos para a ligação Bragança-Vila Real-Viseu-Cascais-Portimão, que vigorou entre 2020 e 28 de fevereiro de 2024. Depois disso o governo anterior liderado pelo PS e o atual, eleito pelo PSD, fizeram ajustes diretos para que os voos não fossem interrompidos enquanto decorrem os trâmites do concurso público para atribuir a nova concessão.
Bragança, Vila Real e Viseu vão ficar já a partir de hoje sem ligação aérea para Lisboa e o Algarve, porque a Sevenair, empresa concessionária, ameaça interromper a carreira “face do incumprimento dos pagamentos assumidos pelo Estado, que já perfazem uma dívida de 3,8 milhões de euros”, referiu Sérgio Leal, um dos responsáveis da operadora.
Psiquiatria e Pedopsiquiatria de Bragança vão sofrer obras
A psiquiatria e pedopsiquiatria do hospital de Bragança vão sofrer obras de requalificação num valor que ronda os 2 milhões. A empreitada está prevista para o próximo ano e aguarda apenas a autorização do Tribunal de Contas, segundo esclareceu Carlos Vaz, Presidente do Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde do Nordeste, no âmbito da iniciativa “caminhos dos hospitais”, que decorreu sexta-feira no IPB. “Só estamos à espera da autorização de passagem para o ano seguinte. É uma obra grande da psiquiatria e pedopsiquiatria, na área da consulta externa. Temos o projecto, já abrimos concurso e é uma obra para quase 2 milhões. Temos isso pedido para Lisboa. Irá mudar a estrutura, nomeadamente gabinetes de consulta, modernização fundamentalmente da área. Portanto, nós temos muitos projectos sempre a decorrer”.
No evento, esteve também o presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares, Xavier Barreto, que destacou a necessidade de criar novas formas de acompanhar os pacientes, de modo a libertar os médicos para que estes se dediquem “aquilo que só os médicos podem fazer”. “Temos de encontrar novas formas de prestar cuidados e novas formas de acompanhar os doentes. Se, porventura, temos necessidade de fazer mais primeiras consultas, mais diagnóstico, não ter tantos doentes à espera, se calhar fará sentido que uma parte dos doentes, particularmente os doentes crónicos, que já têm diagnóstico, que já estão em acompanhamento, eventualmente possam ser acompanhados por outros profissionais. Ou até, como estão a fazer noutros países, e já se está a discutir em Portugal, desenvolver aplicações informáticas com base em inteligência artificial para fazer acompanhamento de doentes. Portanto, tudo aquilo que no futuro nós conseguirmos retirar dos médicos, libertando médicos para fazer aquilo que de facto só o médico é que pode fazer, tudo aquilo que nós podemos fazer nesse sentido, eu acho que faz sentido fazer nos próximos anos”.
E diz ainda que os autarcas locais têm um papel fundamental para que a população envelhecida consiga ter seguimento à distância, através de ferramentas tecnológicas.
A 28.ª edição da iniciativa “Caminho dos Hospitais”, organizada pela Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares e pela ULS do Nordeste, aconteceu na passada sexta-feira no IPB. Vários profissionais da saúde discutiram formas de integrar cuidados de saúde e aplicar modelos de proximidade, com o objetivo de melhorar o atendimento à população, usando as novas tecnologias.
Presidente da câmara de Bragança diz que requalificação da estrada entre Paradinha Nova e Coelhoso não é prioritária
Esta reclamação já não é de agora, mas voltou a ser abordada na Assembleia Municipal, na sexta-feira. Luís Filipe Fernandes apresentou várias fotos para mostrar a largura da estrada e a altura do alcatrão em relação à berma. O socialista alertou até para o perigo de circular naquele troço. “Temos ali um troço entre Coelhoso e Paradinha Nova que é manifestamente muito estreito e está degradado a alto nível, principalmente nas valetas. É um perigo, é um perigo constante. Aquela estrada, ao contrário do que as pessoas pensam, é frequentada por muita gente, incluindo transportes públicos, autocarros de grandes dimensões, que ali passam, todos os dias, e causam calafrios a toda a gente que ali transita. Entendemos que é uma injustiça aquela população não estar a ser servida condignamente com uma estrada, que são quatro quilómetros para melhorar e que pouco significaria, em termos de investimento, para a Câmara. Haja vontade”.
O presidente da Câmara de Bragança realçou que a estrada está em qualidade, embora reconheça que há problemas nas bermas. No entanto, Paulo Xavier diz que a requalificação não é uma prioridade. “Tem alguns problemas nas bermas, é verdade. Como conseguir regularizar esse problema? Vamos ter de avaliar, sabendo eu, que já estive no terreno, que a margem que tem da estrada para as bermas é muito diminuída. Tinha que não ser só as bermas, mas o tapete todo para ficar direita e alargar, alargar a via dos quatro para os seis. Teria que ir ao monte buscar, não sei se aquilo é particular, etc. Quer dizer, há sempre possibilidades. Agora, não é uma urgência”.
O autarca adiantou que neste momento é urgente a requalificação das estradas da Réfega e de Grandais.
Na Assembleia Municipal foi ainda avançado que vai ser alterado o projecto da construção de um elevador, junto ao teatro de Bragança. O projecto, em cerca de meio milhão de euros, nunca avançou, os concursos ficaram sempre desertos. A câmara vai agora candidatá-lo para obter financiamento. “Foi um projecto que depois não aconteceu, porque ninguém pegou no procedimento concursal, ficou vazio. E, portanto, ficando o deserto, temos isso em mão. Vamos ver se agora, neste 2030, poderemos efectivamente ir buscar lá uma verba para podemos requalificar aquele espaço”.
O município de Bragança está a desenvolver outros projectos que espera ter prontos até ao final do ano, como a requalificação de São Bartolomeu, a criação de um passadiço até ao castelo, a construção do corredor verde do rio Fervença, a requalificação das escolas Paulo Quintela e Augusto Moreno, a requalificação de seis habitações sociais e a requalificação do Bairro da Previdência.
No âmbito da Comunidade Intermunicipal das Terras de Trás-os-Montes, o município de Bragança consegue um financiamento de 16 milhões.
Inaugurada Meseta Ibérica de Vila Flor
Foi inaugurada, este sábado, a Meseta Ibérica de Vila Flor. É um espaço dedicado à biodiversidade e à conservação da natureza, explicando aos visitantes e aos locais aquilo que existe na Reserva da Biosfera Transfronteiriça, de forma a conseguir também preservá-la.
O presidente da câmara, Pedro Lima, considera que o espaço é um complemento àquilo que já ali existe, que mostra aos turistas que este é um território a não perder. “O espaço tem uma exposição interactiva onde as pessoas podem aprender, visualizar e experienciar a biodiversidade e da conservação da natureza. Eu acho que é um complemento, um complemento naquilo que é a nossa estratégia de diversificação de turismo, portanto de valências, de oferta, que nós conseguimos em Vila Flor dar ao turista que nos visita”.
Ana Carvalho directora da Zasnet, entidade criada a pensar na cooperação territorial, e gestora da Reserva da Biosfera Transfronteiriça Meseta Ibérica, esclareceu que, a juntar ao espaço de Vila Flor, será criado um em Vimioso. Há ainda outros dois em Espanha. Um deles, que fica em Zamora, já foi inaugurado, e falta ainda outro, em Salamanca. “Servem para difundir e para dar a conhecer à população o que é a Reserva da Biosfera Transfronteiriça da Meseta Ibérica, que é um território declarado pela Unesco pela sua especificidade. Portanto, a Reserva da Biosfera consiste no programa da Unesco, do programa MAB, Man and Biosphere, a interação do homem com a biosfera. Este território representa exactamente isso. A resiliência que as populações tiveram ao longo dos anos, nas tradições, património histórico construído, património ancestral das festividades e toda a interação da agricultura, os produtos locais”.
António Gonçalves desenvolveu os jogos que estão instalados nestes espaços. São jogos para os mais pequenos e os mais graúdos e relacionam-se com as actividades da Meseta Ibérica. “Através de um design integrado, combinámos elementos expositivos com a paisagem da meseta ibérica, com produtos e cultura da reserva da biosfera. Criámos estes centros de interpretação de modo a promover uma experiência envolvente e educacional única. Desenvolvemos também jogos intergeracionais, ou seja, jogos que têm a ver com algumas das actividades que aconteciam nesta região”.
O espaço custou cerca de 150 mil euros e foi construído por fundos comunitários.
𝟵.º 𝗘𝗡𝗖𝗢𝗡𝗧𝗥𝗢 𝗔𝗢 𝗘𝗡𝗧𝗔𝗥𝗗𝗘𝗖𝗘𝗥
O evento contará com a animação dos grupos culturais da Escola Básica e Secundária de Miranda do Douro, prometendo uma tarde de convívio e animação.
Convidamos toda a comunidade a participar ativamente nesta homenagem aos nossos idosos, reforçando a importância do seu papel na sociedade.
📲 Saiba mais AQUI.
Bragança ClassicFest - Festival Internacional de Música
domingo, 29 de setembro de 2024
OS FIDALGOS - BRAGANÇA - Outro tombo do morgadio de S.Francisco pertencente a Domingos de Morais Madureira e Pimentel, de Bragança
É um códice de papel almaço não pautado, selado com selo de cinco réis e encadernado. Contém 125 fólios numerados de frente e 2 sem numeração, todos manuscritos, 8 fólios em branco, 3 de índice, manuscritos e 2 em branco. Tem portanto 140 fólios.
O manuscrito começa no fólio 3 v., por um alvará, datado de 21 de Novembro de 1710, em que El-Rei autoriza o licenciado António de Paiva e Pona, superintendente dos tabacos na província de Trás-os-Montes, desembargador do Paço e juiz deste Tombo, a medir e demarcar os bens do morgadio de S. Francisco, com autoridade judicial, fazendo lavrar os respectivos termos por tabelião público. Por uma referência que se lê no nº22, presume-se que estes termos foram lavrados em 1728.
No fólio 5 v. vem um requerimento, feito em 1710 por Domingos de Morais Madureira e Pimentel, dirigido a El-Rei, em que diz pertencer--lhe o morgadio de S. Francisco, instituído por seu pai José de Morais Madureira e por seus tios abades Francisco de Morais Madureira e Manuel de Morais Pimentel, e pede para que este seja demarcado judicialmente.
No fólio 6 v. vem a escritura da fundação do morgadio, feita em 12 de Fevereiro de 1803 por José de Morais Madureira, sua mulher D. Maria de Morais Pimentel (o nome de Pimentel vem confirmado no fólio 94 verso) e seu filho Francisco de Morais Madureira, ajudante de infantaria do terço da praça de Bragança, com bens vinculados.
Para a fundação do morgadio concorreram com doação de bens: Francisco de Morais Madureira, abade de Carrazedo, e Manuel de Morais Pimentel, abade de Bouçoaes, comissário do Santo Ofício, que foi depois abade de Meixedo, onde faleceu.
O abade de Carrazedo foi o que concorreu com maior soma de bens.
Na escritura está a seguinte cláusula, que nesse tempo era geralmente imposta em todos os morgadios:
«Todos os successores que houverem de succeder no dito Morgado sejão Catholicos e Liaes á Coroa real sem raça de Mouro Judeu ou outra qualquer imfeta nação».
Em 1605, Manuel de Morais Pimentel, bisavô do instituidor José de Morais Madureira, adquiriu, por escritura, o direito de ter, ele e família, sepultura privada na capela-mor da igreja de Santa Clara, de Bragança.
Os dois padres fundadores punham mais por condição que «se lhe diga huma missa em dia de S. Francisco cada anno em o seo Convento em quanto se não fizer a Capella com invocação do mesmo Santo na quinta de Savariz».
Esta capela em Savariz, ou nunca se fez ou arruinou-se e não há memória dela.
Queriam, também, que a capela de Savariz fosse da invocação de S. Francisco, por ser este nome do pai dos instituidores.
Os bens vinculados valiam 22.000 cruzados.
Outras na Rua dos Oleiros, que confrontavam com Maria Rodrigues Coreona, com a Rua Nova e com Miguel Novais da Costa.
Outras casas, na mesma Rua dos Oleiros, que confrontavam com Gabriel Alves Lotas, desta cidade.
Outras casas nas Eiras do Bispo, que confrontavam com Francisco de Castro, governador do Rio de Janeiro.
Outras casas na travessa «que vai da rua Direita para o Corpo da Guarda principal».
Uns moinhos ao Botoco, que confrontavam com o pelame de Duarte da Paz e o caminho das Moreirinhas e com o que vem da ponte das Tinarias.
Quinta de Campelo, composta de terras, lameiros e casas de moradia.
Além destes bens o morgadio tinha muitas e boas propriedades em Cabeça Boa, Alfaião, Savariz, Lagomar, Portela, Fermil, Parâmio, Fontes e Maçãs, todas descritas neste Tombo.
Os bens de Fontes, Maçãs e Parámio haviam sido comprados pelo abade de Carrazedo, Francisco de Morais Madureira, um dos doadores, a Martim Carneiro de Morais, abade de Gondezende.
Os fundadores, José de Morais Madureira e sua mulher D. Maria de Morais Pimentel, tinham cinco filhas recolhidas em Santa Clara e um filho de nome Caetano Pinto de Morais.
O primeiro doador, Francisco de Morais Madureira, devia ter falecido pouco depois da instituição do morgadio, porque a 12 de Dezembro de 1711 já o abade de Carrazedo, também Francisco de Morais Madureira, doava vários bens para o morgadio a seu sobrinho «o doutor Domingos de Moraes Madureira Pimentel, filho de seu irmão José de Moraes Madureira». Entre esses bens doados pelo abade, e que eram a maior parte do morgadio, entravam «hums moinhos no Rio Fervença da dita cidade de Bragança aonde chamão ao Batoco que forão do mestre de campo General Sebastião da Veiga Cabral que Santa Gloria haja».
No fólio 107 vem um requerimento de Francisco José de Morais Madureira Pimentel, fidalgo da Casa Real, possuidor do morgadio, que herdou por falecimento de seu pai, Domingos de Morais Madureira Pimentel, em que pede para lhe transcreverem no livro do Tombo várias escrituras de bens do mesmo morgadio. O requerimento é datada de 12 de Fevereiro de 1731.
No fólio 117 v. vem um requerimento de José de Morais Madureira Pimentel, fidalgo da Casa Real, possuidor dos bens do morgadio, que herdou por falecimento de seu pai, Domingos de Morais Madureira Pimentel, em que pede para se lançarem no livro do Tombo os bens que seu tio Domingos de Morais Madureira doou ao morgadio. É datado de 30 de Julho de 1732. A doação foi feita em 27 de Junho de 1732. Domingos de Morais Madureira era cavaleiro professo da Ordem de Cristo, tinha a comenda de S. Pedro de Babe; familiar do Santo Ofício e mestre de campo de um terço de infantaria auxiliar do presídio da praça de Bragança.
O doador Manuel de Morais Pimentel, abade de Bouçoais e depois de Meixedo, era já falecido em 9 de Fevereiro de 1731. Seu irmão Francisco de Morais Madureira, abade de Carrazedo, vivia ainda nesta data, em que fez novas doações de bens ao morgadio, juntamente com seu irmão Domingos de Morais Madureira.
No fólio 122 vem o requerimento de D. Rosa Joana Gabriela de Morais Pimentel, viúva do general das armas da província de Trás-os-Montes, moradora em Bragança, em que pede que neste Tombo se transcreva o testamento de seu irmão, o doutor José Manuel de Morais Pimentel, respeitante ao morgadio, feito a 5 de Maio de 1789.
No fólio 107 v. vem outra escritura de doação ao morgadio, feita pelo já citado abade de Carrazedo a 5 de Agosto de 1722 «a seu subrinho Domingos de Moraes Madureira Pimentel, fidalgo da casa de S. Magestade, commendador de S. Pedro de Babe, filho de seu irmão José de Morais Madureira... de huas casas que elle tem e comprou».
São muitas as propriedades doadas.
D.Maria Madalena da Anunciada,filha de Fernão Pinto Bacelar,capitão-mor de Vinhais,e de D.Josefa Maria de Morais Madureira,que residiu em Vilar de Ossos e anteriormente na quinta do Seixo,perto da Torre de D.Chama,onde nasceu a 12 de Março de 1701,professou,em 1723, no convento de Santa Clara de Vinhais.Na mesma quinta do Seixo nasceram suas irmãs:
D.Teresa,a 10 de Outubro de 1702.(Na clausura,D.Teresa da Anunciada.)
D.Maria,a 10 de Março de 1705.(Na clausura,D.Maria José.)
D.Caetana,a 1 de Novembro de 1707.
Todas noviciaram no mesmo convento e na mesma data.
D.Maria José só professou em 1732 e do respectivo processo consta: que uma sua irmã estivera,nove anos antes,para casar com Baltasar de Morais,de Mirandela (seria uma D.Ana,que foi madrinha de suas irmãs D.Teresa e D.Maria,sendo padrinho Baltasar de Morais,de Mirandela?); que um seu irmão tomara o hábito de S.Bernardo em Alcobaça e que tinha muitos irmãos.
D.Inês Bernarda,de Vilar de Ossos.
D.Maria Josefa,irmãs,filhas de Lázaro Pinto de Morais Bacelar e de D.Inês Bernarda Pessoa Teixeira,de Vilar de Ossos,obtiveram,em 1755, licença para entrar,como recolhidas,no convento de Santa Clara de Vinhais.
D. Maria Antónia de Morais Bacelar, de Vilar de Ossos, obteve, em 1780, licença para entrar, como secular, no convento de Santa Clara de Vinhais, a fim de ajudar uma irmã de seu pai, freira no mesmo convento.
D. Antónia Rosa, filha de António de Morais Madureira e de D. Luísa de Sá Morais, que nasceu em Bragança (Santa Maria), a 2 de Julho de 1743, professou no convento de S. Bento da mesma cidade em 1765(171).
(Quase) Todos Iguais Perante Deus
(colaborador do "Memórias...e outras coisas...")
Porque incomodado, de alguma forma, com esta mentalidade/preconceito tuga - que remonta ao início da nacionalidade - de que o TER é mais importante do que o SER, logo que tive a oportunidade de confrontar o representante de Deus na terra, com tal discriminação, este respondeu-me com a maior das sinceridades: “Tem razão. Mas você não imagina a pressão e a exigência dos familiares, para que assim seja!”. Ainda que longe de estar satisfeito com a explicação, reagi: “Como eu o compreendo, senhor Padre!”
A partir desse argumento, percebi a razão pela qual costumo ver, nos escaparates/vitrais que suportam a informação necrológica, à porta das igrejas e cemitérios, que “faleceu o Sr. Tantos, pai dos doutores x e y, médicos, e do Eng.º ….”- uma informação assessórias, porque, não raras vezes, na nossa “aldeola”, o falecido é sobejamente conhecido na comunidade. Nestes casos, os “pressionados” são as agências funerárias.
Recordo-me perfeitamente dum certo jornal local, há 30/40 anos, alimentar aquela pirosa e pretensiosa ideia de noticiar, numa espécie de comunicado, que um determinado filho da terra se licenciou em medicina ou em advocacia. O texto, qual descrição sumária duma multa de trânsito, em que só muda o nome do infractor e o local da ocorrência, rezava mais ou menos assim: “Concluiu a licenciatura em medicina/direito, com média de …., fulano tal, filho do comerciante tal e da Sra. Dona qualquer – coisa”.
Um “tesourinho” do ridículo que apenas deixou de existir naquele “formato”. As redes sociais, aproveitando este “nicho” de mercado de vaidades, pretensiosismo e ostentação, fizeram questão de lhes dar continuidade.
Quando, perante a minha vincada singularidade, me dizem: “Oh pá, tu não mudas!”. Eu respondo: “ se mudasse, perdia a minha essência”.
Isto para dizer que, enquanto povo, se abdicássemos da nossa genética de ostentação e exibicionismo, aqueles traços de personalidade que, no final da caminhada, não conseguimos levar p´rá cova, “despersonalizar-nos-íamos”, enquanto tal.
FRIDA KAHLO, A Filha da Grande Manhã
O espetáculo é uma criação da companhia Teatro ACERT e conta com música de cena interpretada ao vivo.
No princípio, tudo é branco que, passo-a-passo-de-uma-vida, ganha as cores de uma MULHER lutadora e talentosa. Frida Kahlo não é uma moda e, muito menos, um talismã oco de sentido. Frida Kahlo é muito mais do que um ícone da pintura mexicana ou uma mulher de flores na cabeça com bordados coloridos e sobrancelhas aparentes.
Esta é uma narrativa teatral que adapta os escritos de Frida Kahlo, fazendo deles objetos de diálogo com homens e mulheres determinantes no percurso de uma artista que nunca pretendeu ser endeusada.
Contamos com a sua presença!
O bilhete tem um custo de 3€ e pode ser adquirido presencialmente no Centro Cultural ou através do telefone 278 428 100.
Horário da bilheteira:
10h00 - 12h30 | 13h30 - 17h00
Dia de espetáculo
16h00 - 18h00 | 20h30 - 21h00
sábado, 28 de setembro de 2024
0 MAL DA EDUCAÇÃO MODERNA
Conheço vários professores que sentem dificuldade a manterem-nas sentadas, durante uma hora – crianças e adolescentes – dentro da sala de aula. A maioria são desrespeitadoras, e sem educação; movimentam-se, conversam, e usam com frequência o telemóvel (celular).
Não estou a referir-me aos que insultam e agridem os mestres. Energúmenos, quantas vezes apoiados pelos progenitores.
Beltrand Russel - conhecido filósofo e sociólogo inglês. Premio Nobel, que faleceu em 1970, aborda, numa das suas obras, esse tema, e tenta explicar as causas desse comportamento ignaro:
(...) " Os pais modernos são bastante censuráveis; proporcionam aos filhos demasiados prazeres passivos, tais como espetáculos e guloseimas e não compreendem a importância que tem para uma criança um dia ser igual a outro dia, exceto, claro, nalgumas raras ocasiões. Em geral, os prazeres da infância deveriam ser aqueles que a própria criança descobrisse no seu ambiente por meio de algum esforço de imaginação. Os prazeres que excitam, e ao mesmo tempo não implicam qualquer exercício físico, o teatro, por exemplo, só lhes seriam facultados muito raramente. A excitação é da mesma natureza dos narcóticos, que cada vez se tornam mais exigentes, e a passividade física durante a excitação é contrária ao instinto. Uma criança desenvolve-se melhor quando, tal qual como uma jovem planta, a deixam tranquila no mesmo solo. Demasiadas viagens, demasiadas variedades de impressões, não são boas para as crianças e tornam-nas mais tarde, quando forem crescidas, incapazes de suportar uma monotonia fecunda. (...) Projetos construtivos não se formam facilmente no cérebro de quem levar uma vida de distrações e dissipações, pois nesse caso os seus pensamentos serão sempre orientados para os prazeres imediatos mais que para realizações distantes. - " A Conquista da Felicidade”
Conclui-se, portanto o cinema, a Tv., frequentes imagens e jogos excitantes, em demasia, são narcóticos que prejudicam o desenvolvimento natural do cérebro.
Pessoalmente não concordo. Inteiramente, com a opinião do notável sociólogo, mas que tem carradas de razão, isso tem!...
Humberto Pinho da Silva nasceu em Vila Nova de Gaia, Portugal, a 13 de Novembro de 1944. Frequentou o liceu Alexandre Herculano e o ICP (actual, Instituto Superior de Contabilidade e Administração). Em 1964 publicou, no semanário diocesano de Bragança, o primeiro conto, apadrinhado pelo Prof. Doutor Videira Pires. Tem colaboração espalhada pela imprensa portuguesa, brasileira, alemã, argentina, canadiana e USA. Foi redactor do jornal: “NG” e é o coordenador do Blogue luso-brasileiro "PAZ".
Lobo na União Europeia: Alterações na lei abrem “precedente perigoso”, diz WWF Portugal
Foto: Joana Bourgard |
A proposta europeia de alteração da proteção do lobo na Convenção de Berna sobre a Conservação da Vida Selvagem e dos Habitats Naturais da Europa, que vai ser votada em Estrasburgo no início de Dezembro, representa um “precedente bastante perigoso” para outras espécies europeias, afirmou à Wilder a coordenadora de políticas da ANP/WWF, Bianca Mattos, dando o exemplo do urso.
Para o lobo passar de “estritamente protegido” a “protegido” no âmbito desta convenção internacional, será necessário que a proposta sejam ratificada por mais de dois terços dos membros do Comité Permanente da convenção. Os 27 Estados-membros da União Europeia deverão votar em bloco a favor do sim, representando só por si uma grande fatia do número de votos necessários, mas “nem tudo está ainda perdido”, pois há outros países a ter em conta, indicou a mesma responsável.
No entanto, se a proposta europeia for mesmo confirmada, passados os três meses obrigatórios para a entrada em vigor das alterações à Convenção de Berna, a mudança do estatuto do lobo irá refletir-se também na Diretiva Habitats, uma das peças-chave da proteção da vida selvagem na Europa. “Essas alterações vão permitir a gestão da espécie, permitindo que o lobo seja caçado”, disse Bianca Mattos.
As pressões principais para mudanças na proteção a este predador de topo têm origem principalmente em países do centro da Europa, como a Alemanha, onde a espécie se tem expandido nos últimos anos. Em causa estão principalmente os criadores pecuários, que se queixam de ataques ao gado, mas a nível científico não está provado que o abate de lobos seja uma solução, sublinha a mesma responsável. Mais resultados têm sido conseguidos com outras medidas em projetos apoiados por fundos europeus, como o LIFE Wolflux, como o investimento em cães-pastores e em cercas eletrificadas.
Portugal, que votou a favor da proposta europeia, tem em vigor desde a década de 1990 legislação que protege o lobo, proibindo a caça desta espécie. No entanto, se as novas regras avançarem, “a pressão pode ficar mais forte” para que a situação se altere, receia Bianca Mattos. Além do mais, adverte, “não é suficiente ter uma população conservada num único território”.
Menos lobos em Trás-os-Montes e a sul do Douro
Para já, numa declaração de voto citada pela Lusa e divulgada esta quinta-feira pela RTP, o governo português afirma que “não tem intenção de alterar a política de conservação da subespécie de lobo que ocorre no nosso território, o lobo-ibérico, pretendendo mantê-la, em especial no que se refere aos mecanismos de compatibilização e indemnização, considerando mesmo que estes têm cumprido os objetivos de conservação com que Portugal está comprometido, no que se refere a esta espécie”.
O mesmo documento sublinha a “solidariedade com que Portugal olha para a necessidade de países que vivem realidades diferentes da portuguesa, quanto ao estatuto de conservação do lobo, poderem rever esse estatuto à luz dessas necessidades concretas verificadas por esses países”.
A declaração refere também o último censo do lobo, realizado entre 2019 e 2021, mas cujos resultados estão por divulgar, acrescentando que os resultados do censo “apontam para que tenha ocorrido uma contração da área de presença de lobo em Portugal nas duas últimas décadas, nomeadamente na região de Trás-os-Montes e a sul do Douro, na zona envolvente ao vale desse rio”.
“Não obstante, o número de alcateias detetadas sofreu apenas uma ligeira redução a nível nacional, tendo, contudo, apresentado tendências muito diferentes nos quatro núcleos populacionais existentes”, acrescenta.
Em Portugal, onde existirão hoje cerca de 60 alcateias, o lobo é considerado Em Perigo de extinção. Continua a ser uma espécie fortemente perseguida, vítima de caça ilegal, tiros e veneno além de atropelamentos, de acordo com dados recolhidos pelo Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas desde 1995.
Mogadouro poderá ter uma Unidade de Saúde Privada do Hospital Terra Quente
No passado dia 24 de setembro, em reunião do órgão Executivo, foi também aprovada a proposta de protocolo para o estabelecimento deste serviço, entre o Município de Mogadouro e o Hospital Terra Quente S.A.
“Para a instalação deste novo hospital foi cedido o edifício e terreno da antiga cantina escolar, na Rua Dr. Francisco Vicente, ficando todas as obras necessárias a cargo da empresa” refere a autarquia em comunicado.
Com a implementação deste projeto, Mogadouro passará a contar com uma unidade de saúde privada, “que disponibilizará aos habitantes do nosso concelho, e dos concelhos vizinhos, consultas médicas e exames complementares de diagnóstico” explica o mesmo comunicado. Deste modo, será possível evitar a deslocação das pessoas por centenas de quilómetros para, por exemplo, fazer uma simples ecografia.
Mogadouro goza de uma reconhecida centralidade geográfica, pelo que esta extensão de saúde também poderá servir os concelhos vizinhos, que também estão afastados dos hospitais de referência.
A Câmara Municipal encontra-se recetiva para receber e apoiar, na medida das suas possibilidades, todos os projetos que revertam em claro benefício para o território e para as pessoas.
A direção do Hospital Terra Quente S.A. estima que a primeira fase do novo hospital esteja terminada e pronta a funcionar já em julho de 2025.
XXI Prova BTT Vimont
O início das provas está marcado para as 09h30 e às 15h00 terá lugar a Cerimónias comemorativas do 25.º aniversário da Associação VIMONT.
As provas têm três percursos, a mini maratona com 9,2km, a meia maratona com 31,2km e maratona com 50km.
As inscrições podem ser feitas, até ao dia 04 de outubro AQUI.
sexta-feira, 27 de setembro de 2024
Ao correr da pena… O exercício do poder sem nos servir...
Enquanto por “cá” andamos podemos usar todas as opções. Desde heróis a bandidos. Todas. Claro que condicionadas pelas nossas capacidades físicas, mentais e financeiras. Muitos quereriam e mereceriam, muito mais que outros… mas não podem. Faltam-lhe uma ou mais das componentes indicadas.
A democracia merecia ser mais bem tratada do que nós o temos feito, E culpamos a democracia como se a culpa fosse dela. É tão fácil assim. Até nisso a democracia é tolerante, permite que a culpemos dos nosso erros e omissões.
Quando temos uma unha encravada, chamamos logo pelo “botas”. O Botas seria a nossa salvação.
O Botas, até se imolava se soubesse que todos os trabalhadores já QUASE têm um ordenado que lhes dá para fazer duas refeições todos os dias.
É curioso nunca ter ouvido nenhum governante proclamar a necessidade de cumprir a Constituição da República. Para que serve afinal? Para servir os “poderosos”?
Sim! Claro que podemos ter ensino gratuito em todos os níveis. Sim! Claro que podemos ter cuidados de saúde para todos no Nosso Brilhante e Heróico Serviço Nacional de Saúde.
Não tenho a menor dúvida que também podemos ter habitação digna para todos. Quando digo todos excluo os que podiam contribuir para o bem-estar coletivo e não o fazem por desleixo ou vício.
Direis vós, se tivestes paciência para ler até aqui. O Homem está maluco. Onde há dinheiro para isso?
Desculpai-me mas remeto para vós o fazer dessas contas. Somai o que vai (e bem) ajudar os nossos cidadãos despojados pelos incêndios, que podiam ter tido menor impacto se os mandantes (moinantes) soubessem que o ano tem 365 dias. Somai o “deslize” nos orçamentos das obras públicas que, TODAS, de tostões passam para milhões. Somai no que se tornou a prepotência dos ajustes diretos que são programados ao tostão. Se o meu brinquedo custa 50 mil euros e o posso ter, sem me aborrecer, por esse preço, para quê tentar obtê-lo por um custo menor através de concurso público?
Já ninguém se lembra do escândalo do Centro Cultural de Belém que, dizem, custou mais do que o triplo do previsto e orçamentado. Pensai em centenas de milhares de miniaturas do Centro Cultural de Belém nos municípios nas freguesias nos fados e guitarradas… somai os valores e dizei-me… com sinceridade se ERA IMPOSSÍVEL CUMPRIR A CONSTITUIÇÃO?
Se assim for a vossa vontade podeis somar, BES, BANIF, BPN, aquelas coisitas e trafulhices dos tipos ligados aos partidos. Não lhes cito o nome porque toca a todos. Alguns até mataram. Outros condenados e depois premiados novamente com a chave dos cofres.
A paz, o pão habitação saúde, educação. Não é pedir muito, ora não Sérgio?
A foto que ilustra, ou deslustra, o texto, é dos tempos em que comecei a cimentar e acreditar com mais convicção que todos temos o sangue da mesma cor.
Continuo a ter a certeza que assim é.
Eusébio Dias Poças Falcão
Natural de Carção, falecido em Ponta Delgada onde casou pela segunda vez. Na mesma cidade tem uma rua com o seu nome e inúmera descendência.
👟 𝐏𝐚𝐝𝐝𝐥𝐞 𝐁𝐚𝐭𝐭𝐥𝐞 junta este domingo dezenas de atletas a competir em Mirandela 𝐧𝐮𝐦𝐚 𝐩𝐫𝐨𝐯𝐚 𝐬𝐨𝐛 𝐭𝐞𝐫𝐫𝐚 𝐞 𝐚́𝐠𝐮𝐚
Em prova estão inscritos 22 desportistas, em 11 duplas, na qual cada atleta percorre a distância total e reveza ambas as modalidades. Estão inscritos aventureiros portugueses, vindos de norte a sul do país, brasileiros e holandeses. Os mirandelenses estarão representados pelo coletivo local Mirandela a Correr.
Para além da prática desportiva em Mirandela, os participante terão a possibilidade de conhecer o concelho e o Parque Natural Regional Vale do Tua, promotor do evento.
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