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| Veados (Cervus elaphus) em Montesinho. Foto: DR |
As contagens de veados (Cervus elaphus) realizam-se na na Zona de Caça Nacional da Lombada e é coorganizado pelo Instituto Politécnico de Bragança (IPB), Palombar – Conservação da Natureza e do Património Rural, Associação para o Estudo e Proteção do Gado Asinino (AEPGA), Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) e Universidade de Aveiro (UA), indica uma nota de imprensa divulgada pelo ICNF.
“Esta é uma iniciativa de carácter voluntário que visa monitorizar a população de veados naquela área”, explica o instituto que tutela em Portugal a conservação da natureza, que explica que “os dados obtidos são fundamentais para garantir uma melhor gestão das populações de veado.”
O objetivo destas contagens anuais em Montesinho, que foram retomadas em 2024 depois de terem ficado interrompidas durante quatro anos, é também recolher dados que a longo prazo permitam fazer um retrato fidedigno da espécie nesta área protegida, incluindo o tamanho da população, a sua estrutura etária e quais são as tendências demográficas. Em causa, está uma das populações de veados em liberdade na natureza mais importantes em Portugal. A espécie é uma das principais presas selvagens do lobo-ibérico, mas por outro lado arrelia os produtores agrícolas devido aos danos fortes que causa em árvores e nas culturas florestais.
Antes do amanhecer
Depois de uma sessão de formação inicial, realizada quinta-feira no IPB, cada um dos voluntários que participa nas contagens fica responsável por um determinado ponto fixo, onde terá de permanecer para observar e registar os veados que conseguir detetar. “Deste modo, consegue-se monitorizar uma área representativa da Zona de Caça Nacional da Lombada”, explica o ICNF.
A chegada aos locais de contagem faz-se antes do amanhecer. Quem participa permanece no seu posto durante duas a três horas até ao meio da manhã – “período em que a atividade dos animais tende a diminuir, reduzindo a probabilidade de observação”. Cada observador fica responsável pelos mesmos pontos durante dois dias.
Este censo teve início em 2008, por iniciativa da Universidade de Aveiro, à data em colaboração com a Autoridade Florestal Nacional (AFN) e o Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB) – atual ICNF –, aos quais se juntaram ainda o Instituto Politécnico de Bragança (IPB) e a Universidade de Trás-os-Montes e Alto-Douro (UTAD). A UA foi responsável pela organização e coordenação dos censos até 2019.
Em 2024, a retoma desta iniciativa esteve a cargo do Instituto Politécnico de Bragança, tendo a Palombar – Conservação da Natureza e do Património Rural e a Associação para o Estudo e Proteção do Gado Asinino (AEPGA) passado a integrar a sua coorganização, juntamente com o ICNF e a UA.

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