sexta-feira, 31 de maio de 2013

A Única Espécie Animal que tem a Reforma assegurada neste País de Trampa - A Minha Rita

Se fosse um Cão...já não era garantido porque os bichos homem...abandonam-nos quando não lhes servem.

LEI DAS SEMENTES UE VENDE-SE ÀS MULTINACIONAIS ALIMENTARES

(É com a Lei das Sementes que a União Europeia pretende que as sementes tradicionais passem a obedecer a critérios industriais.
Trata-se de uma cedência aos interesses das multinacionais agro-alimentares que têm como objectivo padronizar o paladar a nível global.
Um atentado aos patrimónios rurais e culturais dos países membros)
As multinacionais agro-alimentares, ligadas a fortíssimos interesses económicos, e que pretendem padronizar o paladar do planeta de forma a globalizar a venda dos seus produtos, estão de novo ao ataque.
Desta vez a atenção recaiu sobre as sementes, como origem e génese de cereais, frutos e outros vegetais, que estão na base da alimentação diversificada no planeta e da cultura própria de cada povo.
Há milénios que as sementes são transaccionadas de mão em mão, numa actividade que suplanta as necessidades alimentares de cada povo, e atinge o gabarito de actividade cultural tradicional. As sementes são um bem universal que, até hoje, se tem regido pelo princípio da necessidade, pelo que se tem diversificado, trocado e aperfeiçoado milhares de sementes que constituem um espólio natural património do Homem. 
Entre nós, as sementes são manipuladas por mãos de gente do campo, que as lança à terra em rituais que remontam a tempos longínquos, com a única regra de serem úteis e cumpridoras da sua dupla função: deleitar o paladar e saciar a fome. Assim, durante séculos, foi sendo arrolada uma infinita variedade de espécies vegetais que constituem hoje a biodiversidade fantástica do mundo rural e natural. 
Longe de constituírem somente um meio para a sustentabilidade do ser humano, as sementes são hoje das poucas marcas de origem que podem identificar os povos e a sua cultura. São um bem inestimável e perene, que não só é urgente preservar, como essencial defender, pois tão importante como uma obra literária, uma peça de música, uma dança ou um poema, são as sementes, exemplos de vida lactente que sustenta gerações.
Mas estão agora em perigo, por via de uma deliberação da União Europeia, também vulgarmente já conhecida como Lei das Sementes, e que tem como objectivo a obrigatoriedade de registo de todas sementes que se possam trocar de mão em mão, mesmo que de forma gratuita. Registo esse que é, tecnicamente complexo, burocraticamente enfadonho e financeiramente impossível de suportar pelos pequenos e médios agricultores que os manuseiam e usam. De outra maneira: pretende-se que estas sementes ancestrais obedeçam a critérios estabelecidos para as sementes industriais.
Resumindo: o objectivo é acabar com milhares de sementes, reduzindo o leque a meia dúzia, cuja produção e transacção (não é difícil de imaginar) ficará nas mãos das tais multinacionais. Não tarda, em todo o planeta se consumirá o mesmo tipo de pão, o mesmo tipo de fruta, a mesma qualidade de alface, de tomate ou de limão. As espécies autóctones ficam assim, arredadas da legalidade e, como tal, em rápida extinção.
Esta decisão de uma União Europeia que foi criada com o espírito de unificar um Continente, preservando as raízes culturais de cada país, vai assim caindo por terra, dia a dia, de cada vez que os interesses das poderosíssimas empresas mundiais fazem valer os seus “argumentos” junto dos responsáveis da Europa. E estes, quais cordeiros de quem já se tem a certeza de não o serem, mas sim lobos esfaimados por comissões chorudas de corrupção, a tudo dizem que sim, porque os altos valores europeus de nada valem se comparados com os seus umbigos e as suas insaciáveis contas bancárias.
A Europa enterra-se dia a dia, caminhando rapidamente para a sua desagregação. A sua moeda (o tal Euro malfadado que nos enganou as contas) está por um fio, a desigualdade de tratamento impera, a nova ordem, que já fez com a Europa sangrasse em duas Grandes Guerras, aproxima-se aceleradamente. A Europa está doente, e o mal está na hierarquia, composição e políticos que governam em Bruxelas, a União Europeia.
Já nem as pobres das sementes escapam. Nada escapa à voragem dos que têm o domínio do mundo como objectivo final.
Esta Lei, digo seguramente e em nome da minha identidade como português, de costelas rurais, de defensor das tradições culturais do seu país, ciente do crime que a mesma Lei traduz, não deverá nunca ser aplicada, quanto mais cumprida. A sua violência e consequências negativas são de tal monta, que deve ser renegada para o caixote do lixo donde nunca devia ter saído.
Porque esta Lei constitui, de facto, uma proibição. Hedionda e revoltante, mas uma proibição. Proibição de que cada país preserve a sua identidade cultural.
Ficamos a aguardar o que os nossos responsáveis políticos, nomeadamente o Ministério da Agricultura, vai fazer mediante este crime de lesa 
Pátria. De igual modo ficaremos atentos ao que vão decidir outros países, especialmente os mediterrânicos (mais ricos nesta matéria), sobre este assunto.
Estou expectante para ver como vai reagir este Portugal subserviente e envergonhado, a estas novas instruções de uma União Europeia que tresanda.

nota: relevo aqui, com a devida vénia, o Dr. Alexandre Parafita e o notável artigo que sobre o assunto (mas numa outra perspectiva) publicou no Diário de Trás-os-Montes, e que me serviu de alerta e de inspiração para este que escrevi. 

Por Francisco Gouveia, Eng.º
in:dodouro.com

Testemunhos de resistência na procura de um emprego

Persistência e resiliência são palavras que descrevem bem a história de Ana Falcão.
Veio da aldeia de Bemposta, no concelho de Mogadouro, para Bragança à procura de um trabalho estável. E não se cansa de procurar. Esta é uma das 22 histórias compiladas no livro “Cabo dos Trabalhos, dedicado à exclusão e inclusão no mercado de trabalho.
Ana Falcão espera que o seu testemunho dê força a outras pessoas que como ela continuam à procura de um emprego estável. Ainda assim, defende que a família está em primeiro lugar.Júlio Paiva, um dos autores do livro, garante que foram percorridos mais de três mil quilómetros por 13 distritos do País, para encontrar histórias com que se identificam muitos portugueses.
A obra foi lançada em Bragança e resulta de uma parceria entre a Rede Anti- Pobreza Portugal e o Instituto de emprego e Formação Profissional.

Escrito por Brigantia

Passos Coelho em Trás-os-Montes

Pedro Passos Coelho inicia hoje uma visita à região transmontana.
À tarde, o Primeiro-Ministro vai marcar presença na cerimónia de entrega dos prémios do Douro Empreendedor, em Vila Real. Amanhã de manhã está em Bragança, onde vai participar na formalização da autorização para o início da construção da barragem de Veiguinhas.Para o presidente da Federação Distrital do PS, Jorge Gomes, a vinda de Passos Coelho à região só faz sentido, se trouxer uma resposta concreta sobre a ligação aérea Bragança- Vila Real- Lisboa e sobre o Túnel do Marão.O presidente da Distrital do PSD partilha da mesma posição. José Silvano diz mesmo que fica desiludido se o Primeiro- ministro não der uma resposta aos transmontanos sobre o Túnel e sobre o avião.
Pedro Passos Coelho inicia hoje a primeira visita oficial como Primeiro-Ministro à região. São esperadas respostas concretas sobre a conclusão do Túnel do Marão, as obras estão paradas há quase dois anos, e sobre a carreira aérea regional, que também está suspensa há meio ano.

Escrito por Brigantia

Tenda Armada no IPB

O Anfiteatro ao Ar Livre do Instituto Politécnico de Bragança está decorado a preceito para receber a 3ª Edição da Tenda Armada.
A actividade é organizada pelos alunos do 3º ano do curso de Animação e Produção Artística, no âmbito da disciplina de Gestão de Projectos. Vítor Gonçalves, da organização do evento, assegura que são oferecidos três dias de experiências diferentes ao ar livre.Diogo Azevedo, outro aluno envolvido na organização, destaca a partilha de arte ao ar livre.Os workshops têm um custo de dois euros.
A Tenda Armada decorre até amanhã no auditório ao ar livre do IPB.

Escrito por Brigantia

Rosa Mãe – Rosa Mulher = hino poético à vida

Dia 15 de Maio, Maria Angelina Pereira cumpriu um sonho no Grémio Literário de Vila Real. Depois de décadas de altos e baixos, de emoções e desenganos, de palpites e de frustrações, de sonhos e de fantasias para todos os gostos, Gina, como é conhecida em Vila Real, resumiu num volume de 200 páginas um manancial de criatividade a que chamou: Rosa Mãe – Rosa Mulher.
O amplo e acolhedor espaço cultural encheu-se de gente de todas as idades, ocupações e  tendências gustativas. Esse encontro fez-se em nome da poesia. Mas a vivência que ali se evidenciou foi uma espécie de dança do ventre, com laivos de todas as artes e cambiantes sociais. A essa manifestação de mutualismo humano acresceu a solidariedade de quantos ali foram, vendo, ouvindo e partilhando, uma festança sócio-cultural com uma protagonista que foi coroada como «mulher de armas».
Logo na página dos agradecimentos do livro, em que avultam as provas desta heroína das artes que mais contagiam o corpo e adoçam a alma, Gina escreve: «a edição deste pequenino livro fervilhava-me na alma e nas veias que alimentam o meu ser insignificante. A oportunidade de terem nascido de mim três queridos filhotes, adultos, responsáveis, honestos e trabalhadores, honram os ensinamentos que lhes incuti na educação. Tendo sido muito árduo o nosso percurso, desde pequenos, conseguiram captar o espírito de coragem e de luta. A eles dedico minhas palavras, meus poemas, meus sentimentos, minha experiência de vida, minha força, meu exemplo, para tema das aulas na escola da vida».
O Presidente da Câmara de Vila Real abriu a sessão para dar o lamiré da estreante escritora, dizendo que a conhecia bem de perto, desde há muitos anos e que ela era uma verdadeira «mulher de armas». A. M. Pires Cabral, coordenador do Grémio Literário, justificou com esse mesmo epíteto, a abertura desse palco à «Rosa Mãe – Rosa Mulher». Dessa crepitante vocação também nós, na qualidade de editor, nos apercebemos logo que manuseámos as oito telas que «abrem outros tantos capítulos», bastando esse património artístico para demonstrar que Gina é uma autora predestinada, produzindo arte plástica com a mesma fibra com que semeia palavras poéticas.
Seguiu-se a Doutora Elisabete Matos que fez a apresentação da obra, num estilo original, ritmado pela sonoridade cantante, pela harmonia verbal incandescente e pela dicção que só  possui quem dispõe do dom da palavra artística e da riqueza semântica, capaz de prender um público vivíssimo à espera de mais e mais.
Finalmente a Autora explicou por ordem de paginação as oito magníficas telas impressas em papel couché de 150 gramas, a par de trajes pintados artesanalmente, à mão, pela poli-facetada artista que, em noite de casa cheia, se revelou em prosa, em poesia, na pintura, no artesanato e até na arte de bem receber e de bem falar.
Apraz-me dar testemunho desta novel mulher de artes e letras que, depois de doze anos de casamento atribulado e com três filhos a seu cargo se confrontou com um divórcio litigioso. A trabalhar nos CTT e nas Telecomunicações durante 27 anos, entendeu, aos 48 anos de idade, despedir-se desses serviços e frequentar cursos intensivos de psicologia e de filosofia, com o pretexto de se conhecer a si própria. Essa formação prática fez-lhe reconhecer que seria capaz de se gerir a si própria «sem necessidade de ter patrão». É nessa altura que conhece uma empresa Japonesa, vocacionada para exercitar a psicologia e a filosofia de vida que aprendeu, iniciando-se na comercialização de vários artigos ligados à saúde. Em 1992 abre uma clínica na área da saúde, a que dá o nome de Fisimagna, aí tendo investido todo o seu saber, esforço e vontade. Dois anos depois confronta-se com um cancro da mama. E, com tanta coragem lutou que venceu esses dois temíveis flagelos, tornando-se numa empresária de sucesso, ao longo de 22 anos. Mesmo assim, ainda tem tempo para presidir a uma Associação sócio-cultural com o nome de Ecos da Bila, retoma a exibição das marchas populares, executa a sua coreografia, os trajes e até escreve as letras que os artistas populares entoam durante as marchas.
Maria Angelina Pereira é o tipo de mulher Transmontana que não vira a cara à luta. A sua trajectória existencial é longa e diversificada, primando pelas contrariedades que - não fora o seu positivismo e força de vontade - e teria vacilado. Soube enfrentar as contrariedades. Da tristeza fez alegria, na perseguição encontrou coragem, das derrotas construiu vitórias.
Essa Mulher de armas guardou para a entrada na terceira idade o culto e o exercício das artes e das letras. E, reflectindo o seu passado, com a consciência de que educou os filhos para empresários que já são, reconhece que «esta mente que brota da inteligência e determinação para que siga o seu caminho, lhe permitem realçar a beleza com que enxerga as coisas boas e más que a trazem de pé e a ajudam na sua caminhada».

Barroso da Fonte
in:jornal.netbila.net

Moncorvo comemora “Dia Mundial da Criança” com cinema

No próximo dia 3 de Junho os alunos dos jardins-de-infância do concelho de Moncorvo e Centro Paroquial de Torre de Moncorvo assistem à exibição do filme “Back to Gaya – Pequenos Heróis” pelas 10h00 no Cine-teatro de Torre de Moncorvo.
À tarde são os alunos do 1º ciclo de Torre de Moncorvo que participam na sessão de cinema. A festa contará ainda com uma pequena surpresa e um lanche convívio entre os alunos.
O filme de animação conta a história de uma divertida corrida de criaturas de orelhas peludas, muito mais pequenas que os humanos, que se encontram em vias de extinção porque alguém roubou o cristal mágico, o Dalamite, sem o qual o seu mundo não consegue sobreviver. É então que Boo e Zino embarcam numa perigosa missão para o recuperar.

Calendário Agrícola - JUNHO

Na horta
Prosseguir com a preparação dos canteiros - regas, sachas, mondas, incorporação de estrumes, etc. Semear: alface, chicória, feijão, nabiças e rabanete. Plantar ou transplantar: alface, chicória, couve galega. Colheita de: alface, batata, chicória, couves, espinafres, nabiças e rabanetes.
No pomar
Defesa contra as seguintes pragas e doenças das fruteiras:
- pedrado das pereiras com caldas apropriadas;
- lepra do pessegueiro, lapas, escamas e cochonilhas com emulsões oleosas de Verão;
- piolhos ou pulgões com caldas nicotinadas e outras apropriadas;
No campo
Concluir a sementeira do feijão e do milho, e a plantação da batata nas terras fundas. Sachar batatais e milheirais, fazendo já a amontoa da batata e do milho do sequeiro. Sulfatar batatais e tomatais com caldas cúpricas ou de fungicidas orgânicas de síntese. Arrancar a batata plantada em Fevereiro/Março, de pois de principiar o amarelecimento da rama, e os tubérculos arrancados devem ficar espalhados por algum tempo sobre a terra para enxugarem bem e, só depois, serão conduzidos para lugar fresco, ventilado e que receba pouca luz. Terminar a colheita da ervilha, favas e grãos.
No jardim
Podar os arbustos de floração primaveril. Cortar os caules às plantas que já floriram. Regar, mondar e sachar intensamente.
Na vinha
O mês de Junho é um dos meses mais críticos para a vinha do ponto de vista da sua sanidade. O míldio, se ataca, pode destruir a produção pela invasão dos cachos, que faz cair e abortar. E o oídio se o tempo é favorável, não mais os abandona até que pinta o bago. A calda cúprica ou as caldas de fungicidas orgânicas de síntese continuam a aplicar-se preventivamente; o enxofre usa-se curativamente, quando o oídio se manifesta.
O esladroamento deve proceder a desfolha, porque às vezes a eliminação de um ladrão, ou mamão basta para evitar o corte das folhas; os ladrões não aproveitados para formar varas de poda, são quebrados normalmente com o polegar e o indicador, e nunca esgarçados.
Na adega
Deve manter-se a adega limpa e arejada; se o tempo aquecer é recomendável o arejamento durante a noite. Conservar as vasilhas atestadas, recorrendo a vinhos que não alterem a qualidade dos envasilhados.
Animais
Nada a registar.

ERVILHA, em Comeres Bragançanos e Transmontanos

“A D. Casimira tinha uma bela frangalhada com ervilhas.”
[in A Ilustre Casa de Ramires, Eça de Queiroz]

Na Idade-Média enquanto os pobres gemem de fome, Hugo von Trimberg no poema Der Renner, escrito por volta dos finais do século XIV, é bem explícito no tocante a tal desgraça: “há camponês que ficará grisalho e velho, sem nunca ter comido manjar branco ou figos, belugas (peixes da família do esturjão) e amêndoas”. Na época surge Taillevent a reformar a cozinha da classe rica, uma das receitas que dá a conhecer é a da «cretonnée de ervilhas» dito de outra forma um “puré de ervilhas, envolvendo galinha e ligado com ovos”. Para desgosto de Gonçalo que não gostava da D. Casimira (uma matronaça bojuda), ela preparava frango com ervilhas a recordar o célebre cozinheiro francês.
A corte francesa do rei Sol continuou a preferir pratos onde a ervilha brilhava e acariciava os palatos na categoria de guarnição de carnes, ligada a outros legumes, em saladas, sopas e purés. O cozinheiro da Casa Real portuguesa Lucas Rigaud influenciado pela escola francesa, no Arte de Cozinha, inscreveu nove receitas de ervilhas, uma apropriada à quaresma, intitulada sopa de puriga de ervilhas para dias de jejum. Puriga, de purificação, expurgação, o jejum quaresmal tinha o objectivo de purificar o corpo e alma.
Todos os receituários da cozinha burguesa do século dezanove incluem receitas de ervilhas, o de Paulo Plantier tece considerações técnicas a fim de evitar que fiquem duras por excesso de fogo, afiança serem mais saudáveis na forma de puré e apresenta uma receita de ervilhas com açúcar.
Os tratados e manuais relacionados com a domesticação das plantas asseguram que a ervilha nasceu na Ásia, na Tailândia foram encontradas sementes de ervilha numa estação arqueológica datadas de 7000 a.C., da espécie Leguminosae-Papilionoidese, considerada a aristocrata da família. Chegou à China no século VII, aí deram-lhe o nome de hu tou, o legume estrangeiro. Em diversos tipos de ervilha só se aproveitam as sementes, noutros aproveita-se a vagem, as duas classes permitem vários preparados culinários, mas numa coisa todos os trabalhos dedicados à ervilha são unânimes: as ervilhas devem ser rotundas, brilhantes e rijas, e a vagem robusta, lisa, sem manchas e não farinhentas. A ervilha torta tão apreciada no Nordeste transmontano apresenta-se numa vagem branda, frágil, aconselhando-se a ser cozinhada inteira ao al dente (ou seja: firme quando é mordida no acto de consumição). Rica em fibras, vitaminas, fósforo, glícidos e potássio, de enorme valor energético (351 calorias por 100 gramas), podem-se conservar vários meses desde que longe da humidade. Os chefes ajuízam a não conservação das vagens por mais de doze horas, as nossas matriarcas cozinheiras defendiam o mesmo por um saber adquirido ao longo dos tempos. Apesar de não lhes faltar talento, por todas as razões não podiam confeccionar as ervilhas dentro do cânone da cozinha de grandes recursos, mas sabiam e deixaram-nos receitas a fazerem prova da engenhosa maneira como as incluíram nas refeições retirando delas todos os proveitos possíveis.

Comeres Bragançanos e Transmontanos
Publicação da C.M.B.

Via verde alargada para prevenir infecções graves

O Nordeste Transmontano integra um projecto pioneiro no Continente para detectar e tratar infecções graves.
A Via Verde Integrada de Sepsis foi apresentada, ontem, em Bragança, e pretende chegar aos 144 mil habitantes abrangidos pela Unidade Local de Saúde do Nordeste. 
Na urgência do Hospital de Bragança já estava a funcionar, há cerca de três anos, uma via verde para a detecção precoce deste tipo de infecções. Agora este serviço vai ser alargado a mais unidades da ULS do Nordeste.
O director clínico, Domingos Fernandes, garante que esta Via Verde da Sépsis é fundamental para reduzir o número de mortes provocadas por infecções graves. Esta nova via verde integrada funciona em parceria com a rede de emergência médica. O director da Delegação Norte do INEM, Paulo Mergulhão, não tem dúvidas que este processo vai melhorar a assistência a doentes com infecções graves.Para garantir o funcionamento desta Via Verde Integrada da Sepsis foi dada formação a cerca de 100 profissionais de saúde.
Ontem, a ULS do Nordeste também organizou uma sessão de esclarecimento sobre os riscos da toma excessiva de antibióticos.José Artur Paiva, coordenador do Programa Nacional de Prevenção das Resistências aos Antimicrobianos e coordenador Nacional da Via Verde da Sepsis, apela às pessoas para não se automedicarem com antibióticos, porque correm o risco de criar resistência a bactérias que podem causar graves complicações de saúde.
A ULS do Nordeste a reforçar e a alargar os meios de diagnóstico de infecções graves. E ao mesmo tempo a alertar para os riscos da toma excessiva de antibióticos.

Escrito por Brigantia

PSP sensibiliza idosos para prevenir burlas

Mais vale prevenir do que remediar. Por isso, a PSP de Bragança continua a levar a cabo acções de sensibilização para prevenir burlas. 
Ontem os agentes da autoridade alertaram um grupo de idosos para os cuidados a ter para não cair no conto do vigário, numa altura em que entraram em circulação novas notas de cinco euros.O Comissário da PSP, Manuel Romão, garante que o distrito de Bragança não tem registo de um número alarmante de idosos burlados, mas lembra que nunca é de mais prevenir.   
Maria Dionor, de 75 anos, foi uma das idosas que participou nesta acção. Diz que nunca foi burlada, mas esteve atenta às dicas da PSP.
Esta acção contou com a presença de utentes dos Centros Sociais Santos Mártires, Santo Condestável , São Bento e São Francisco, em Bragança.

Escrito por Brigantia

Presidente da CIM Trás-os-Montes espera que comunidades intermunicipais sejam repensadas

O presidente da Comunidade Intermunicipal (CIM) de Trás-os-Montes afirmou hoje esperar que o chumbo do Tribunal Constitucional sirva para o Governo promover uma reflexão sobre estas organizações territoriais.
Beraldino Pinto é autarca de Macedo de Cavaleiros e preside à comunidade intermunicipal que junta 15 municípios da região de Trás-os-Montes, cinco dos quais avançaram com a intenção de constituir uma nova comunidade.
O autarca social-democrata espera que a declaração de inconstitucionalidade da lei sobre o estatuto das comunidades intermunicipais permita uma reflexão alargada sobre o que se pretende para estas organizações.
"Seria importante aproveitar para refletir qual será a escala mínima, o que está também associado às competências, e que escala precisam para cumprir os objetivos", defendeu.
O presidente da CIM de Trás-os-Montes entende que "não era de todo imprevista" a decisão do Tribunal Constitucional, conhecida na terça-feira, sobre a lei do antigo ministro Miguel Relvas.
"O que está em causa agora é se o Governo vai apenas tentar explorar a parte declarada inconstitucional ou se aproveita para fazer uma reflexão, introduzir ou corrigir alguns aspetos que têm menos acolhimento".
O autarca defende, a título pessoal, que as comunidades intermunicipais "necessitam de escala" e de um "ajustamento às diferentes realidades".
A CIM de Trás-os-Montes foi criada há quatro anos, constituída por 15 municípios dos distritos de Bragança e Vila Real. No final de 2012, cinco autarquias do Alto Tâmega manifestaram a intenção de se separar e criar uma nova CIM para aquela zona.
Fonte governamental informou a agência Lusa que o executivo vai trabalhar com os grupos parlamentares para ultrapassar a declaração de inconstitucionalidade de normas do estatuto das entidades intermunicipais e da transferência de competências do Estado para as autarquias.
Na proposta do Governo as Comunidades Intermunicipais (CIM) iriam ser reduzidas de 23 para 21, alterando a organização dos municípios em Trás-os-Montes e no centro do país, num novo mapa que fazia coincidir as fronteiras das CIM com as das sub-regiões NUT III.

HFI/ZO // ZO
Lusa/fim 

Oficina de cuscos pretende reabilitar tradição gastronómica do concelho de Vinhais

A Associação TARABELO vai organizar no fim-de-semana dos dias 29 e 30 de junho, na aldeia de Fresulfe, uma oficina sobre um peculiar alimento transmontano designado de cusco.
A Associação TARABELO é uma organização sediada em Vinhais, Trás-os-Montes, que explora as temáticas do desenvolvimento rural e da conservação da natureza e tem por principal objectivo a criação de sinergias que possam tornar as aldeias e o seu peculiar modo de vida atractivas aos seus habitantes, dando a conhecer o seu património e a sua profunda ligação com a manutenção da biodiversidade.
Após a celebração da importância dos Moinhos-de-água e a colocação em funcionamento dos mesmos no passado mês de Abril, a Tarabelo pretende agora chamar a atenção para a existência do Cusco transmontano.
O Cusco é um alimento produzido a partir da farinha da variedade de trigo barbela, e chegou ao nosso país através da influência magrebina, aquando da presença muçulmana em Portugal.
Tendo desaparecido de lugares mais evidentes como o sul e centro de Portugal, encontra-se bem cristalizado na tradição transmontana, apesar do seu sério risco de desaparecimento.
Este saboroso recurso gastronómico encerra histórias e saberes ancestrais, que Associação TARABELO pretende dar a conhecer a todos, com o apoio das mulheres que ainda mantêm esta actividade.
Mais dados sobre os cuscos 
“Os cuscos de Trás-os-Montes, feitos a partir do trigo Barbela, são outro exemplo da transformação de um recurso local num alimento que pode conservar-se durante largos meses, e que no passado substituía produtos como a massa e o arroz, mais pesados para a economia familiar, e por isso consumidos sobretudo em dias de festa.
Os cuscos chegaram à Península Ibérica pela mão dos conquistadores muçulmanos, que os trouxeram do Magrebe, onde eram um alimento importante das tribos berberes. É com alguma perplexidade que os vamos encontrar hoje em Trás-os-Montes, uma região que quase não sofreu influências da cultura muçulmana. Contudo, se pensarmos que nas suas terras isoladas se refugiaram muitos judeus herdeiros das tradições alimentares andaluzas e magrebinas, talvez estejamos no bom caminho para desvendar esse mistério. 

Sabe-se que no século XVI eram vendidos nas ruas de Lisboa e que serviam para aplacar a fome dos plebeus, embora também seduzissem os paladares dos nobres e da realeza. D. João III foi um dos reis que não lhe resistiu e o neto, D. Sebastião, chegou a legislar contra o seu consumo excessivo.
Os cuscos começaram por acompanhar as rotas da islamização, mas aos poucos seguiram o rumo de outras conquistas, expansões e emigrações e espalharam-se pelo mundo. No Brasil, em Cabo Verde, em Macau e em Moçambique há pratos de cuscos, preparados com os ingredientes locais, como a mandioca, o inhame, o milho ou o arroz. Muito diferentes entre si, estes cuscos, ou cuscuz, como mais frequentemente se chamam, escondem retalhos de história comuns, a que os portugueses, nalguns casos, não são alheios.
Dos cuscos se pode dizer que são grãos carregados de memória. Mas não são grãos simples, nascidos da terra. Antes resultam de gestos hábeis, suaves e pacientes de mulheres que acariciam a farinha até a transformarem em pequenos flocos brancos.
Gestos que guardam as memórias onde muitos reconhecem a sua identidade e que a outros permitem descobrir sabores que não reconheciam como nossos.
Acabados de cozer a vapor, os cuscos chamam-se «carola», e são comida de refeições rápidas e frugais, como o pequeno-almoço ou o lanche, simples ou acompanhados com açúcar e mel. Ainda quentes, costumavam ser a tentação da criançada, que tentava sempre surripiar um pouco, para satisfação da sua gulodice.
Quando secos, os cuscos transmontanos cozinham-se de forma semelhante ao arroz e associados aos produtos locais, como os enchidos ou os cogumelos silvestres. Também se preparam cuscos doces, cozidos em leite e enfeitados com canela, numa receita idêntica à do arroz-doce sem ovos.
Versáteis na adaptação aos produtos e ao receituário da região e de sabor inimitável, os cuscos sobreviveram em Trás-os-Montes durante séculos. Hoje são, para muitos, surpresas que descobrem nas feiras e nos mercados locais ou nas mesas hospitaleiras dos transmontanos. Produto antigo mas inteiramente actual, os cuscos avivam memórias para uma história a refazer, para uma actividade tradicional a renova” – in MemóriaMédia

in:noticiasdonordeste.com

Bragança - DIA MUNDIAL DA CRIANÇA

No Dia Mundial da Criança, escolhemos as atividades mais apreciadas pelos nossos visitantes de palmo e meio.
11.00h às 13.00h e das 14.00h às 18.00h - Edifício Sede
Experimentar Ciência
Faz o teu Pega-Monstros!
Animação Artística
Experiências Divertidas
 Preço: Gratuito
Duração: Variável
Público-alvo: Crianças a partir dos 3 anos até aos 12 anos (acompanhadas por adultos)

15.00h às 16.00h - Casa da Seda
Casulo das Histórias
Destinada a crianças dos 3 aos 10 anos, recebemos na Casa da Seda do Centro Ciência Viva de Bragança, as autoras Ana Pereira e Elza Mesquita, para apresentam a sua obra, o livro "H2O", numa hora do conto especial, integrada na atividade mensal “Casulo de Histórias”,
Entrada Gratuita para miúdos e graúdos!
O Museu do Abade de Baçal, em conjunto com o Seminário de S. José, organiza as Jornadas de Património Eclesiástico: Conhecer / Preservar / Valorizar - Património Artístico da Diocese de Bragança-Miranda.
Se pretende participar nas Jornadas descarregue a ficha de inscrição no link abaixo e envie o destacável para mabadebacal@culturanorte.pt.

FICHA DE INSCRIÇÃO

Rotary Clube de Bragança faz 10 anos

O Rotary Clube de Bragança comemora no dia 31 de maio o décimo aniversário. Uma década de atividades direcionadas para o meio social local.
Fortemente implantado na cidade e região, têm sido muitas as atividades que o Rotary Clube de Bragança tem promovido, sempre em estreita colaboração com a sociedade em que se insere, cumprindo o lema rotário “dar de si antes de pensar em si”.
Desta sua intervenção social são exemplo as bolsas de estudo que tem atribuído a alunos de diferentes níveis de ensino, apoios a instituições de solidariedade social, a dinamização de atividades artísticas e desportivas, a criação da Universidade Sénior, ou a promoção de um programa de saúde cardíaca.
A comemoração do décimo aniversário ficará marcada pela assinatura de protocolos de saúde cardíaca, por uma palestra do professor Doutor Lopes Gomes, intitulada “Prevenção cardiovascular e morte súbita”, E por uma outra palestra da Professora Doutora Fátima Pimparel intitulada “Paz através do servir”.

Certame de Teatro Escolar Transfronteiriço “Artistas del Duero” apura hoje os vencedores em Miranda do Douro

Hoje disputa-se a final do IV Certame de Teatro Transfronteiriço do programa educativo “Artistas del Duero”, no Auditório Municipal de Miranda do Douro.
Neste programa participaram mais de 150 crianças do território do Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial AECT Duero-Douro, pertencentes a diferentes escolas dos dois lados da Raia.
Nesta quarta feira, os grupos seleccionados nas eliminatórias de Mogadouro (Portugal) a 21 de maio, e de Villaralbo (Zamora) a 23 de maio, voltarão a representar as suas obras e o jurado vai escolher três grupos vencedores do 4º Certame.
Estarão presentes representantes da Câmara Municipal de Miranda do Douro; o Director Geral do AECT Duero-Douro, José Luis Pascual Criado e todas as crianças e professores envolvidos no programa.

Portal compila informação turística do Nordeste Transmontano

Os turistas vão passar a ter acesso ao património cultural e religioso, gastronomia, alojamento turístico e, até, pontos de venda de produtos do Nordeste Transmontano, através de um único portal na Internet. 
Toda a informação vai estar disponível através de um simples clique na plataforma “Nordestin”.
O projecto foi lançado pela Corane. O presidente da Associação de Desenvolvimento dos Concelhos da Raia Nordestina, Artur Nunes, não tem dúvidas que esta é uma ferramenta fundamental para a promoção externa da região.Artur Nunes assegura que esta é uma marca chapéu para promover toda a oferta turística do Nordeste Transmontano.
Graças à plataforma “Nordestin”, os promotores da região que até agora não tinham qualquer presença online, passam a integrar este portal na Internet, que vai compilar toda a informação útil para os turistas.
O portal “Nordestin” vai estar disponível em breve, para que os visitantes possam fazer pesquisas de forma rápida e interactiva.

Escrito por Brigantia

Faleceu o Dr. Damasceno Campos

Mirandela ficou mais pobre, com a partida inesperada do meu amigo e ilustre mirandelense, Dr. José Damasceno Campos. O funeral segue hoje de Leiria, onde actualmente residia, para Mirandela. Aqui, na Igreja Matriz, de Nossa Senhora da Encarnação, será rezada uma misa de corpo presente pelas 15H00, indo depois a sepultar no cemitério de Mirandela.
O Dr. Damasceno Campos era pai da Dr.ª Isabel Damasceno, ex-Presidente do Município de Leiria.
O Dr. Damasceno era licenciado em Histórico-Filosóficas e em Direito pela Universidade de Coimbra e foi Governador Civil de Bragança e de Leiria e Presidente da Assembleia Municipal de Leiria, Subdirector-Geral dos Serviços Prisionais e Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.
Mais informação deste «Homem-Bom» de Mirandela pode ser consultada na pág. 76, do «Dicionário dos mais Ilustres Trasmontanos», de Barroso da Fonte.
Divulgar esta informação pelos conhecidos e amigos é uma forma de honrarmos a sua memória e estarmos com ele na hora do adeus. Muito obrigado!
Até sempre meu ilustre Amigo!

Jorge Lage

COELHO, em Comeres Bragançanos e Transmontanos

“A desenterrar maçãs ainda por cima!?
– exclamou o coelho todo zangado – “
[in Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carrol]

O coelho de Alice, os coelhos ternurentos dos contos e lendas granjearam um enorme capital de simpatia que leva miúdos e graúdos a não suportarem a ideia de os coelhos verdadeiros serem considerados praga em determinados territórios dada a sua proliferação, e também, quer bravos ou domésticos proporcionarem a elaboração de substanciosos pratos.
Símbolo da fecundidade, os latinos chamavam-lhe cunículus, de onde precede o termo connil que os designava até ao século XV, acabando por se impor a palavra coelho ou láparo (lapparo) de origem ibero-românica.
Apício no De Re Coquinaria não o esquece, de resto foram os romanos os primeiros a apreciarem e exaltarem o valor culinário dos coelhos, tendo-os disseminado pelas ilhas mediterrânicas. Os tratados medievais também não o ignoram, na Alemanha está associado aos pratos da Páscoa, podendo-se afirmar sem receio de desmentido que a sua criação em Portugal principiou há séculos, topónimos o confirmam, por exemplo: Coelhadas, Coelhal, Coelheira, Coelheiras, Coelheiro, Coelheiros, Coelho, Coelhos, Coelhosa, e Coelhoso (esta última localidade no concelho de Bragança). Na sociedade medieval e moderna os coelhos domésticos originaram uma respeitável diversidade de pratos, as peles dada a intensa procura proporcionavam receitas bem úteis às economias caseiras.
Todas raças do coelho doméstico derivam do coelho bravo bem mais saboroso, chegaram à Península Ibérica por volta de 1100 a.C., vindos de África, assim o testemunham vestígios encontrados em escavações arqueológicas.
A carne do coelho bravo rija e menos gordurenta resulta eficazmente enquanto assada, grelhada ou salteada, a do coelho manso é mais apta para canjas, guisados, estufados, assados no forno, cozida ao vapor, frita e componente de pratos de arroz, massas, empadas, pastelões, pastéis, patés e terrinas. As cozinheiras na ânsia de concederem ao coelho doméstico um certo sabor a monte, introduzem pequenas quantidades de carqueja na preparação da branda carne, não desdenhando de a incluírem na confecção dos pratos. A idade do coelho é factor a ter em conta quando se cozinha, os jovens devem ser objecto de cozeduras rápidas, já os velhos reservam-se para guisados em cozeduras lentas, devendo previamente serem objecto de marinadas onde os líquidos a empregar – vinho e vinagre – sejam de qualidade. A carne do coelho aceita agradavelmente o alecrim, o alho, o orégão, a pimenta, o tomilho e a salsa, o mesmo em relação à mostarda, toucinho, e as alcaparras em molho. Nas terrinas (preparados quase à base de carnes misturadas) liga bem com sangue de porco.
O coelho de tamanho médio deve ser cortado em seis pedaços: as duas patas da frente, as duas coxas, o corpo cortado em dois. O fígado assado ligeiramente é excelente sozinho, ou na companhia de saladas, picado entra na composição de molhos variados. 
A composição do quadro alimentar das comunidades bragançanas tinha no coelho sólido aliado, dada a abundância de caça e a criação doméstica. Actualmente escasseia o coelho bravo, mas não faltam coelhos resultantes da produção industrial à altura de abastecerem os mercados de maior densidade populacional.

Comeres Bragançanos e Transmontanos
Publicação da C.M.B.

Formação em suporte básico de vida gratuita

A Unidade Local de Saúde do Nordeste está a promover uma formação em suporte básico de vida para a comunidade, que vai decorrer esta quinta-feira.
As inscrições para este curso, que é gratuito, estão abertas em Bragança e em Mirandela. Esta é uma oportunidade para as pessoas apreenderem os procedimentos correctos, para socorrerem vítimas antes da chegada dos meios de emergência.
O director clínico da ULS do Nordeste, Domingos Fernandes, sublinha que esta é uma formação inédita no País e lembra que toda a gente pode participar.“Vamos fazer algo inédito no País. Neste momento vamos formar em toda a área de influência da ULS do Nordeste cerca de 1250 pessoas. Isto enquadra-se na responsabilidade individual de cada um, saber como agir antes de chegar os meios de socorro, quando encontrámos alguém sem respirar ou inconsciente, antes de chegar uma VMER, uma SIV temos que saber agir. É essa formação que vamos dar neste master training”, esclarece Domingos Fernandes.
O director clínico apela à população para aderir à formação e lembra que saber agir numa situação de emergência pode ajudar a salvar vidas.“Acontecem duas coisas numa situação de emergência: estamos perante pessoas que nos são próximas e estamos perante uma situação de stress. Para podermos fazer tudo bem temos que saber fazê-lo de acordo com estes padrões”, sublinha o responsável clínico.  
Em Mirandela a formação decorre durante a manhã e à tarde realiza-se em Bragança.
As inscrições estão abertas e podem ser feitas através do número 93 87 89 046 ou através dos serviços da ULS do Nordeste.

Escrito por Brigantia

Pavilhão do NERBA vai ser requalificado

O pavilhão do NERBA, em Bragança, vai ser requalificado. O protocolo entre a Câmara Municipal e a Associação Empresarial já foi assinado. 
O presidente do NERBA, Eduardo Malhão, mostra-se satisfeito e aliviado com o início das obras.Para o Presidente da Câmara, Jorge Nunes, a cidade merece um pavilhão de exposições com melhores condições.As obras contemplam o painel de cobertura do pavilhão, com a instalação de painéis fotovoltaicos. O investimento é de 200 mil euros, comparticipados em 80 por cento pela Câmara Municipal.
O objectivo do NERBA é que as obras estejam concluídas antes de Outubro, para acolher a Norcaça, Norpesca e Norcastanha numa casa renovada.

Escrito por Brigantia

Produção de cereja cai para metade.

Dados da Cooperativa Agrícola apontam para prejuízos na ordem dos 50 mil euros
Caiu para metade este ano a produção de cereja no concelho de Alfândega da Fé. As condições climatéricas atípicas já na Primavera impediram o desenvolvimento do fruto. 
Eduardo Tavares, presidente da Cooperativa Agrícola, que é o maior produtor do concelho, diz que, este ano, a produção é inferior às 60 toneladas colhidas no ano passado. 
O responsável estima um prejuízo na ordem dos 50 mil euros nas produções de cereja e amêndoa.
“Muita chuva, frio, um Inverno muito prolongado, no final de Abril fizeram-se sentir geadas, o que contribuiu para a perda na ordem dos 50 por cento da nossa campanha. Entre a cereja e o amendoal, e no amendoal tivemos uma quebra histórica na ordem dos 90 por cento, estimamos que o prejuízo nestas duas culturas ronda os 50 mil euros”, estima Eduardo Tavares. 
O presidente da Cooperativa diz mesmo que os prejuízos ao nível da produção de cereja atingem todos os produtores do concelho. “Há alguns produtores do vale da Vilariça que estão a quotas mais baixas, mesmo assim também se registaram quebras acentuadas na produção”, constata o responsável.
“Não vai faltar”
Mesmo assim, o presidente da Cooperativa garante que não vai faltar cereja para a Festa da Cereja, que decorre de 7 a 10 de Junho, em Alfândega da Fé.
“Apesar de ficar abaixo da quantidade do ano passado, vamos fazer todos os esforços para concentrar a apanha da cereja por altura do certame e não vamos ter problemas de quantidade de cereja para quem nos vier visitar. O problema está na quantidade de cereja durante toda a campanha”, garante Eduardo Tavares.
A Cooperativa Agrícola de Alfândega da Fé tem cerca de 60 hectares de cerejeiras.

in:jornalnordeste.com

Empreitada de construção da reserva de água de Montesinho e circuito de ligação já foi adjudicada

A câmara de Bragança já obteve o licenciamento e as autorizações necessárias, depois de cumpridas as exigências ambientais, para o início das obras da barragem de Veiguinhas.
Depois de um longo processo de 16 anos que esbarrou na polémica da sua localização, em plena área protegida do Parque Natural de Montesinho, o projeto vai definitivamente arrancar, apesar de nos tribunais ainda estar a decorrer a análise uma nova providência cautelar apresentada pela associação ambientalista Quercus e relacionada com a Declaração de Interesse Público.
O Notícias do Nordeste sabe que as Águas de Trás-os-Montes e Alto Douro já adjudicou à Amândio Carvalho a empreitada da reserva de água de Montesinho e circuito de ligação ao sistema existente por 5.300.000,00 euros, devendo as obras iniciarem-se detro de muito pouco tempo.
Jorge Nunes, presidente da Câmara Municipal de Bragança, considerou desde sempre que esta é a solução mais viável para resolver os problemas de abastecimento de água à cidade de Bragança, que em anos de seca têm obrigado o município a recorrer ao transporte de água em camiões cisterna dos bombeiros.

in:noticiasdonordeste.com

Governo lança concurso para alargar rede de gás natural a mais 27 concelhos da região norte

O gás natural vai chegar a mais 27 concelhos do Interior, no norte de Portugal, com um investimento estimado de 85 milhões de euros no alargamento da rede, divulgou hoje o Governo.
A abertura dos concursos para a atribuição de 26 licenças de distribuição local de gás natural foi hoje publicada em Diário da República e deverá permitir que dentro de "dois anos, no máximo", mais de 276 mil consumidores possam ter acesso a esta energia, segundo a estimativa do secretário de Estado da Energia.
Artur Trindade indicou, em entrevista à agência Lusa, que o alargamento da rede a este conjunto de concelhos, sobretudo dos distritos de Bragança e Vila Real e também alguns dos interior de Braga e Viana do Castelo, garantirá uma cobertura de gás natural a "70 a 80% dos municípios da região norte" do país.
As 26 licenças destinam-se à criação de unidades autónomas de gás (UAG) que vão abastecer os polos de consumo dos 27 concelhos em causa.
O secretário de Estado realçou também o valor do investimento previsto na criação das infraestruturas e a sua implicação na economia local.
"Vai haver mais 85 milhões de investimento nesta altura, o que é sempre positivo para a economia, uma vez que a própria construção faz mexer a economia local", declarou.
A cobertura da rede de gás natural no Interior do país é inferior à do Litoral, onde se registam taxas de quase 100%, segundo o governante.
"À medida que vamos andando para o interior, há menos cobertura, por isso é que é importante este concurso porque é no interior", sublinhou.
E é no norte de Portugal que se registam os maiores consumos de gás natural para efeitos residenciais, segundo confirmou o secretário de Estado, que atribuiu esta necessidade ao efeito das temperaturas mais baixas que requerem maior necessidade de aquecimento por parte da população.
O secretário de Estado frisou que em regiões como Bragança ou Guarda "os diferenciais de temperatura são muitos próximos daqueles que existem em muitos países do norte da Europa, que têm todos gás".
"Nós devemos olhar para a área interior norte como uma área onde a população tem necessidade de aquecimento para ter um nível desejável de conforto e para que não gaste energia que é mais poluente e mais cara como, por exemplo, energia derivada do petróleo, nós devemos tentar fazer o máximo esforço possível para levar o gás natural a esta população\", observou.
Os concelhos abrangidos pelo novo investimento são Alfândega da Fé, Alijó, Amares, Baião, Boticas, Cabeceiras de Basto, Carrazeda de Ansiães, Celorico de Basto, Mondim de Basto, Freixo de Espada à Cinta, Melgaço, Mesão Frio, Miranda do Douro, Mogadouro, Monção, Montalegre, Murça, Ribeira de Pena, Sabrosa, Terras de Bouro, Torre de Moncorvo, Valpaços, Vieira do Minho, Vila Flor, Vila Pouca de Aguiar, Vimioso e Vinhais.
O lançamento dos concursos coincide com a Semana da Energia.

Lusa

Bragança - Rotary oferece cadeira de rodas

O Rotary Club de Bragança (RCB) entregou uma cadeira de rodas a Tomás Fernandes, uma criança de Bragança que sofre de uma doença que lhe afecta o sistema cerebral.
As complicações ao nível da saúde implicam despesas de saúde acrescidas para os pais do pequeno Tomás, que não beneficiam de apoios complementares de nenhum organismo público ou particular/solidário. Daí que o RCB tenha decidido apoiar este agregado familiar, que aguardava apoio estatal para uma nova cadeira de rodas. A resposta chegou agora pela mão dos rotários de Bragança, que decidiu dar resposta a um caso que também tem vido a ser acompanhado pela Segurança Social, através da Equipa de Intervenção Precoce.

Mirandela - Química de Ouro

Um aluno da Escola Secundária de Mirandela ganhou a medalha de Ouro na final da fase nacional das Olimpíadas da Química.
David Martins, aluno do 11º ano, já é repetente em vitórias. Da equipa também fez parte Francisco Caçador que não foi à semi-final mas adianta que no próximo ano a sua intensão é participar novamente.
David Martins fica agora habilitado a participar nas provas ibero-americanas e nas provas mundiais e já prometeu trabalhar “arduamente para conseguir ser selecionado”.

in:jornalnordeste.com

10 de Junho – Festa da Amizade em Miranda do Douro

Realiza-se no próximo dia 10 de Junho, no Recinto de Nossa Senhora do Naso, Póvoa, Miranda do Douro, o Dia da Amizade.
Este é um certame que anualmente junta mais de um milhar de pessoas que pretendem passar um dia diferente.
Do programa são várias as atividades a destacar, desde poesia, jogos tradicionais, animação musical, baile, convívio e muito divertimento.
Esta é uma organização da Câmara Municipal de Miranda do Douro.
As inscrições para participar no evento podem ser feitas até ao próximo dia 25 de Maio nas Juntas de Freguesia, Câmara Municipal e Posto de Turismo.

Exposição "Plantas Aromáticas e seus usos"

O ICNF/Departamento Conservação da Natureza e Florestas do Norte e a Câmara Municipal de Miranda do Douro promovem até ao próximo dia 6 de junho, na Biblioteca Municipal de Miranda do Douro, a exposição  "Plantas aromáticas e seus usos”.
Com esta mostra pretende-se transmitir e aprofundar conhecimentos sobre a utilização tradicional do património florístico do PNDI, que são as plantas aromáticas e medicinais, existentes nesta região e distribuídas por bosques, lameiros e zonas ribeirinhas.
Este é um projeto de Educação e Sensibilização Ambiental, para o ano letivo de 2012/13, do Parque Natural do Douro Internacional, no Concelho de Miranda do Douro.

Jorge Nuno, escritor, apresenta em Miranda do Douro o romance “As Animadas Tertúlias de Um Homem Inquieto”

No próximo dia 30 de Maio, pelas 18h00, na Biblioteca Municipal de Miranda do Douro o escritor Jorge Nuno apresenta o seu primeiro romance “As Animadas Tertúlias de Um Homem Inquieto” com a chancela da Pastelaria Studios Editora, lançado em Almada no passado dia 4. Entre as deambulações solitárias e a relação com a alteridade este romance leva-nos ao cerne das questões contemporâneas que inquietam um espírito vivo como o do personagem principal “Filó”. Um reflexão profunda entre o questionamento solitário das rotinas que temos enraizadas no espírito e a relação com a comunidade, sozinho ou acompanhado por aqueles com quem partilha a vida. A verdade desassossega, mas por vezes a sua busca pode ser ainda mais inquietante. Em torno da mesa do café, ou na associação "Estrela Vermelha", sempre rodeado dos mais próximos, Filó procura as cogitações que podem voltar a instalar a quietude na sua alma. Da solidão máxima da introspeção do seu ego, esta é uma rica demanda que não deixará ninguém indiferente. Mas não nos apressemos a levantar o véu sobre as "inquietações" que serão objeto desta narrativa.
A apresentação estará a cargo da Dr.ª Teresa Almeida e conta com a presença do autor.
Citação e pequena Sinopse:
"No meio disto tudo, a questão é que não só iludimos a consciências dos outros como a nossa e acabamos sempre por ser a primeira vítima. Infelizmente, na maior parte dos casos, a verdade é vergonhosa e as pessoas passam a vida inteira a esconder o que as envergonha."
Filó é o personagem central do romance "As Animadas Tertúlias de Um Homem Inquieto". É um indivíduo muito reflexivo, com muito trabalho de autoanálise, mas com forte inquietude e, algumas vezes, com alguma quebra de controlo. Vai sobrevivendo cheio de rotinas, sem dar grande importância ao que os outros pensam sobre ele e muito menos com o tratamento por aquela alcunha, porque até acha isso um elogio. É como se lhe chamassem “o homem que ama o saber”. Trata-se de uma pessoa com várias situações de insucesso (...) mas que consegue fazer os outros sorrir, embora sem se conhecer o seu próprio sorriso. Não tendo emprego, vive num quarto alugado, de pequenos expedientes que realiza espaçadamente, de um reduzido apoio da Segurança Social e de um pequeno complemento especial de pensão anual (...) como reconhecimento da sua invalidez como ex-combatente ao serviço da Nação. Tantos anos depois ainda anda no “jogo do empurra” para obter ajuda especializada, relacionada com o necessário tratamento das perturbações que apresenta. É visto frequentemente, logo pela manhã, na esplanada da pequena Pastelaria Sonhos Doces, sempre com o habitual caderno e um livro debaixo do braço, como que a mostrar o seu lado intelectual.
Sobre o romance (quatro breves opiniões):
"Faz lembrar a escrita neorrealista, mas é mais profunda (…) e abundam as reflexões de uma forma subtil e quase sem nos apercebermos. Além disso tem pitadas de humor que tornem o estilo leve e quase jornalístico. Parece-me ainda que o romance é um belo exemplo de pedagogia que envolve o leitor para pensamentos de grandes autores que são instrutivos e são um belo escape para a vida. (…) Nesta personagem [coletiva] há um lado telúrico e afetivo que, apesar de tudo, reage ao desespero dos dias e procura através da leitura, da pintura, da música e da relação interpessoal, ser solidária e acreditar no futuro. "  Manuel Catarino
"(…) [Tem como] mensagem principal: energias negativas/ energias positivas/ terapias de grupo, num cenário depressivo na nossa sociedade atual, é de extrema importância no momento presente. Os conflitos de natureza psíquica, uns, social e cultural, outros, (recalcamento de medos, necessidade de reconhecimento, indispensável ao estabelecimento de equilíbrios para alcançar um estatuto, os silêncios como seu instrumento, ou a necessidade de viver em plenitude, desvalorizando problemas de saúde (energias positivas) como acontece com a Luísa, personagem bem conseguida, por ser o motor de transformação e a executora dessas terapias. Outros personagens movem-se de harmonia com o seu quadro sócio/profissional, (…) o Filó parece saber utilizar bem os ensinamentos de [Daniel] Goleman. (…) A terapia na esplanada, nos ensaios de teatro, na Associação, garante um desfecho conseguido."  Manuel Leal
"Resplandece uma linguagem clara, concisa subjacente a uma densidade psicológica muito profunda... diria que é uma escrita com alma e, sobretudo, muito ligada ao nosso quotidiano (…)."  Elisete Afonso
"Acabei de ler (...) e fiquei com aquela sensação de querer mais e mais. Foi uma leitura tão agradável, tão divertida, com tantas lições e ensinamentos (...). O livro manifesta o que lhe vai na alma, é um transbordar de sentimentos e emoções e como dizia James Lowell ," Os livros são abelhas que levam o pólen de uma inteligência para a outra". Elisabete Magalhães.
Nota Biográfica:
Jorge Nuno nasceu em Coimbra, em 1950, onde viria a casar em 1974 com uma brigantina. Tem dois filhos e dois netos. Como estudante-trabalhador, tirou dois cursos superiores nas áreas de Engenharia e Gestão de Informação e um mestrado em Ciências Empresariais na área de especialização em Gestão, Estratégia e Desenvolvimento Empresarial. Cedo mostrou tendência para as Letras e para as Artes, mas a sua vida profissional tomou outros rumos: música; direção de obra, como profissional de engenharia, na reparação naval e revestimentos metálicos na construção civil; gestão de sistemas de informação; coautoria de estudos de mercado; integração em múltiplas comissões e grupos de trabalho; autoria de software, de programas curriculares e de três manuais de formação [Cadernos de Formação]. A sua paixão profissional esteve na Educação e Formação de Adultos, onde desenvolveu intensa atividade como professor multidisciplinar, com destaque para o prazer de ter sido professor voluntário de “Relações Interpessoais” na USALMA – Universidade Sénior de Almada e colaborador de diversos Centros de Formação de Associações de Escolas, como formador em vários domínios, de 1981 a 2011, ano em que se aposentou quando exercia funções docentes em Bragança. Recentemente, dedica grande parte do seu tempo à pintura e à escrita criativa. Desde outubro de 2012, participou em duas coletâneas de contos e três de poesia. Lançou recentemente o seu primeiro romance “As Animadas Tertúlias de um Homem Inquieto”, Pastelaria Studios Editora 2013.