sexta-feira, 30 de junho de 2023

Caiu mais um ramo de grande porte em cima de um carro em Bragança

Caiu, há pouco mais de uma hora,  mais um ramo de grande porte em cima de um carro, perto do supermercado Delícias, em Bragança.
No espaço de um mês é a segunda vez que acontece. No início de junho, um ramo de grande porte também caiu em cima de dois carros estacionados perto da Praça Cavaleiro Ferreira. 

IGREJA DE SANTA MARIA

 
A igreja de Santa Maria, intramuros da cidadela, é cabeça de uma das 
duas freguesias em que se divide a cidade e tem por orago Nossa Senhora da Assunção.
Segundo a lenda referida pelo Santuário Mariano (527), nas lutas com os mouros Bragança foi destruída, seus habitantes fugiram, escondendo as sagradas imagens, e passados quase duzentos e oitenta e cinco anos, da Reconquista Cristã, apareceu a de Santa Maria num sardão, carrasco ou azinheira do espesso matagal crescido em cima das ruínas do primitivo povoado. Levaram-na para o monte hoje chamado Cabeço da Cidade, a uma légua desta, na confluência do Sabor e Fervença, onde então viviam, mas de noite a Virgem fugiu para o primitivo local (o sardão), e tantas vezes o fez até que, desenganados, vieram habitar junto dela edificando-lhe um templo.
«D’este tempo, diz Borges, ajuizão pessoas doutas, se accommodou a Bragança o nome de Coeliobriga, porque se de antes tivera o de Juliobriga, que os latinos formarão em Caliobriga, chamando-lhe como cidade de Cayo Julio, deixando a vaidade, que fazia do nome de hum Principe da terra, lograsse o titulo de Cidade do Céo, que isso significa Coeliobriga, pois com beneficio tão superior se dignou assistir em ella a Imperatriz da Gloria» (528).
O templo actual de três naves fez-se no século XVI, transferindo-se, com autorização do bispo de Miranda D.António Pinheiro, a matriz para a igreja de S. Vicente, vindo a concluir-se o fontispício de colunas salomónicas em granito com folhagem e parras enroscadas nas espirais dos fustes, segundo o estilo dito jesuítico, no tempo do bispo D. João Franco de Oliveira (1701-1715) que liberalmente subsidiou a obra.
A capela-mor fez-se no ano de 1580, sendo bispo D. Jerónimo de Meneses, por ficar a antiga incluída no corpo da igreja.

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(527) SANTA MARIA, Agostinho – Santuário Mariano, tomo V, livro III, p. 583.
(528) BORGES – Descrição Topográfica…, notícia 2.ª.
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A tribuna desta capela, de talha dourada, sendo insuficiente a mandada fazer em 1635 pelo comendador Lourenço Dias Preto, fez-se pelos anos de 1710 por conta dos frutos da comenda de que era administradora D. Maria de Figueiroa, natural de Bragança, viúva do mestre de campo general e governador das armas da província Sebastião da Veiga Cabral.
No corpo da igreja há quatro altares e duas capelas, sendo uma da invocação de Nossa Senhora dos Prazeres, pertencente à família Figueiredo, cujas armas ostenta no arco em estilo renascença muito ornamentado e primorosamente esculpido. Foi fundada, como se vê na legenda do arco, em 1585, por Pedro de Figueiredo, alcaide-mor de Bragança, com vínculo de morgadio.
Entendem vários autores que nesta igreja havia colegiada (529) e era a única do bispado de Miranda; achamos, porém, a julgar pelos documentos, que era antes um simulacro dela, pois não correspondia ao que se entende por tal instituição na rigorosa acepção do termo. Fosse como fosse, nem esse simulacro hoje existe.
Os priores de Santa Maria usam de murça desde tempo imemorial de que têm sentença obtida em juízo contencioso contra o Cabido de Miranda que pretendia impugnar-lhe tal privilégio (530).

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(529) SANTA MARIA, Agostinho – Santuário Mariano, tomo V, livro III, n.º 11.
(530) BORGES – Descrição Topográfica…, notícia 3.ª.
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MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA

Memorial da Cultura Sefardita a precisar de lavar a cara

 Inaugurado em fevereiro de 2017, o Memorial e Centro de Documentação da Cultura Sefardita, em Bragança, onde foram investidos 424 mil euros, tem a fachada principal neste estado.


Em seis anos já se nota a má qualidade da tinta e da construção, bem como o desleixo da entidade gestora. Parece um imóvel abandonado.

Não haverá um balde de cal para lavar a cara ao edifício?

Autor
Glória Lopes
Diz o Zé que...

🎖 𝗖𝗮𝗻𝗱𝗶𝗱𝗮𝘁𝘂𝗿𝗮 𝗱𝗲 𝗕𝗿𝗮𝗴𝗮𝗻𝗰̧𝗮 𝗮 𝗖𝗶𝗱𝗮𝗱𝗲 𝗖𝗿𝗶𝗮𝘁𝗶𝘃𝗮 𝗱𝗮 𝗨𝗡𝗘𝗦𝗖𝗢 𝗮𝗽𝗼𝗶𝗮𝗱𝗮 𝗽𝗲𝗹𝗮 𝗖𝗼𝗺𝗶𝘀𝘀𝗮̃𝗼 𝗡𝗮𝗰𝗶𝗼𝗻𝗮𝗹 𝗱𝗮 𝗨𝗡𝗘𝗦𝗖𝗢

 Bragança deu, esta semana, um importante passo para a adesão à Rede de Cidades Criativas da UNESCO, na categoria de “Gastronomia”, garantindo o apoio formal da Comissão Nacional da UNESCO. O Dossier de Candidatura seguiu já, entretanto, para Paris, para avaliação internacional pelo júri soberano.
Os resultados da avaliação internacional das Candidaturas, pela UNESCO, deverão ser anunciados no final do próximo mês de outubro.

🔗 Saiba mais AQUI.

Serviço de Atendimento e Acolhimento Social de Bragança já recebeu 350 pessoas

 350 pessoas já recorreram ao Serviço de Atendimento e Acolhimento Social de Bragança


O município agora analisa e sinaliza os casos mais vulneráveis do concelho e encaminha-os ou presta-lhes apoio. O atendimento acontece desde Abril no antigo edifício da Junta de Freguesia de Santa Maria. Para o presidente da câmara, Hernâni Dias, este serviço vem facilitar os pedidos de ajuda.

“Este apoio social estava disperso em vários sítios, com esta concentração é mais natural que tenhamos mais gente a dirigir-se ao espaço, uma vez que dirigindo-se ao mesmo espaço até tratam mais do que um assunto e, portanto, não me surpreende. Agora temos a responsabilidade de resolver os problemas, desde habitação, necessidades, RSI, entrega de alimentos”, disse.

A Acção Social foi uma das competências que foram transferidas do Governo para os municípios. Até Abril, as pessoas recorriam à Santa Casa da Misericórdia e ao Santo Condestável, instituições que tinham protocolo com a Segurança Social. O município vai receber anualmente cerca de 317 mil euros para os gastos com o edifício e com os recursos humanos. Para já, o autarca não sabe se será suficiente para as despesas.

“As situações das famílias alteram-se de um momento para o outro, pode haver mais pessoas a acorrer a este espaço para poderem ter ajuda e vamos no final fazer as contas para percebermos se há verbas suficientes para garantir todos os apoios ou se são insuficientes e nós temos que solicitar junto da tutela que haja um reforço da verba”, referiu.

O Atendimento e Acolhimento Social de Bragança são feitos no antigo edifício da Junta de Freguesia de Santa Maria. Até agora, já passaram por ali 350 pessoas.

Escrito por Brigantia 
Jornalista: Ângela Pais

Associação de Nadadores Salvadores de Trás-os-Montes reclama curso adaptado à realidade da região

 A Associação de Nadadores Salvadores de Trás-os-Montes, sediada em Bragança, reclama um curso de nadador salvador adaptado à realidade da região


O presidente, Pedro Jacinto, considera que deveria haver uma formação direccionada para piscinas e praias fluviais, já que no distrito não há mar.

“O tipo de prova e a exigência quer no teórico prático quer na prática está adaptada a uma realidade do mar, que não é a nossa realidade. Aqui na nossa região, se for um nadador transmontano há-de ter alguma dificuldade em questões teóricas relacionadas com marés, etc, que depois não terão uma aplicabilidade na nossa região e as adaptações que foram feitas do antigo regime da prova prática para o regime actual vieram condicionais ainda mais”, apontou.

Os alunos aspirantes a nadadores salvadores têm que fazer três provas de forma faseada. A teórica, prática e teórico-prática. Caso chumbem numa delas já não passam para o teste seguinte. Devido à dificuldade das provas, a taxa de reprovação nos cursos que aconteceram na região foi elevada este ano.

“É frustrante pensarmos que deixámos 12 pessoas pelo caminho como nadadores devido ao teste. Pessoas que estariam habilitadas e algumas delas estariam também na fase de renovação e não se viram renovados, para uma realidade que é o mar, porque para a realidade de piscina ou praia fluvial estariam mais que capacitados”, afirmou.

A Associação de Nadadores Salvadores de Trás-os-Montes tem cerca de 30 profissionais a trabalhar em piscinas e praias fluviais espalhadas pelo distrito. Um número, que considera ser suficiente para as necessidades.

Escrito por Brigantia
Foto: Aquapolis
Jornalista: Ângela Pais

“ Ei, RAPAJINHO... , Ou o meu casamento”! - Capítulo IV

Por: Luís Abel Carvalho
(colaborador do Memórias...e outras coisas...)

... continuação

A primeira vez que me socorri de tal receita, foi logo um ou dois meses após o casamento. Como notava que mantinha e empolava os tiques de menina mimada, que não aceitava um “ não” e que ficava de beiças à mínima contrariedade, chegando mesmo a ter tiques de opulência! e, querendo eu, atalhar enquanto era tempo, numa pequena discordância, fui curto e duro, quis fazer-lhe ver logo no início com que bois lavrava.
   -  Ó rapajinha! Tãe-te na raiz! Aqui num é a casa dos teus Pais. Num m´arrebites o catchimo, porque em casa do Gonçalo, só canta um galo!
    - Galo?! Hum...Galaró – disse num gesto de indiferença e desprezo, encolhendo os ombros. 
     Aquilo era só para me humilhar, a cadela!
    - Dubidas? A ti faltou-te lubares dois bofardos bem dados nas bentas, na altura certa, mas inda ´stás em boa ocasião di os lubares.
    Ficou amuada durante três ou quatro dias, sem eu dar o braço a torcer. Era preciso impor a autoridade masculina. Então?! Matcho é matcho... Era só  “ bôs dias, inté logo e boas noutes “. Num sábado de manhã, enquanto tomávamos o pequeno almoço em casa, sugeriu:
    - Podíamos ir almoçar fora. Que achas?
    - Boa ideia – disse naturalmente, camuflando, com dificuldade a alegria interior que me invadiu. Só me apetecia deitar foguetes, mas tive que me conter para manter a autoridade. ( Quanta falsidade, hipocrisia e cinismo escondemos nas nossas vidas, quando deveríamos era mostrar júbilo, alegria e paixão ). Maldito orgulho transmontano que nos persegue pela vida fora.
     Apanhámos o eléctrico e fomos até ao Castelo do Queijo. Almoçámos numa marisqueira e passámos a tarde a passear à beira mar e sentados nas rochas, sempre de mãos dadas, como dois apaixonados que verdadeiramente éramos. Quando chegámos a casa arrabeirámos as pazes, e que pazes! Seladas com o lacre inviolável da paixão. (Vejam qual o significado de arrabeirar em transmontano  e não se ponham com ideias...!).
     Faço aqui um esclarecimento de satisfação:  as coisas para mim até que me correram melhor do que ao Antunes Coradinho. Quando o  Antunes manifestou o desejo de namorar e casar com a Laurinda Castanheiro, foi avisado pelos amigos e familiares:
     -   Antunes...Olha qu´ela é arisca! Num sabes no abespereiro em que te bais meter!
     - Deixendia-a comigo – dizia com fanfarrice.
     - Olha que nem os Pais fizeram bô dela!!
      - Mas faço eu, caralhitchos. Carbalho ma recontrafoda se num a hei-de amansar. (Peço desculpa aos mais sensíveis pela linguagem mas, por uma questão de credibilidade, tento ser o mais fiel possível ao que ouvi contar). Haben-des de ber! Num há-de tardar quinze dias que no ´steja assossegada e amotchada c´muma borreguinha  mansa – dizia cheio de prosápia.
     - Isso é o que tu dizes...! duvidavam os amigos, conhecendo a peça.
     - O quê?! Arrebento -los toutiços num derrepente que nem tãe tempo de tchamar a Mãe.
      - Arrebentas, arrebentas – duvidavam os que conheciam bem que aquela era um osso de roer e que não seria uma simples vergastada que a deitaria ao chão. Por outro lado, também conheciam o mau génio do Antunes, que era mais retrocido do que a baraça de um pião.
     - Inté as éguas,  as mulas e a potras s´amansam... q´anto mais uma mulher!!! Mulhers, mulas e moletas, ´screbem-se todas co as mesmas letras, c´mo já dezia o Questódio!- argumentava.
      Laurinda era uma rapariga toda cheia de “ eu cá sou eu”, filha única e habituada, desde sempre, a fazer o que bem lhe apetecia.
      Na primeira noite de casados, quanndo se deitaram, disse o Antunes para o candeeiro a petróleo: 
      - Apaga-te. Num b´oubistes? Apaga-te, já to dixo.
      Como o candeeiro continuava mudo e quedo, repetiu agora numa voz mais autoritária:
      - Apaga-te, candieiro. Ai num t´apagas?! Bais ber só o qu ´acontece a quem num móbedecer...Por a última bez. Apaga-te!
      Antunes, perante a insubmissão inaceitável do candeeiro, perdeu a paciência e deu-lhe um grande bofetão. O candeeiro caiu, o petróleo derramou-se  e começou um pequeno incêndio. Caíram umas labaredas para a loja, onde havia palha, feno e dois machos e  rapidamente se transformou num grande  incêndio. Aflitos, vieram os dois para a rua a gritar:
      - Fogo, fogo. Água, água.
      Logo os vizinhos acudiram com cântaros e baldes de água e tentaram apagar as chamas. O Ti Zé Maneta “ Faço mais eu só c´um braço do que muntos penalbilhas com dois “- segundo palavras dele ) teve o sangue frio e a coragem de salvar os machos e pô-los a salvo! O Ti Luís da Eira tocou os sinos a rebate e depressa a aldeia toda ajudou com o que podia e conseguiram debelar o incêndio. A casa ficou inabitável e foram viver para uma casa vazia dos Pais da Laurinda.
      O  Antunes ficou de tal modo envergonhado, que pediu à mulher para nunca contar o sucedido. Laurinda – como mulher, aproveitou para lhe lançar um repto : “ Nunca direi uma pabra sobr´isto se tu me prometers que nunca me dás maus tratos e me deixas ser Senhora do meu nariz”. Antunes coçou a cabeça, engoliu em seco e disse : “ Atão ´sta bem. Fazemos atão assim”. E para incompreensão da aldeia, viveram uma vida em harmonia e amizade, para espanto e admiração de todos!!
       Após cinco anos de casados, eis que regressámos às origens! Que bom para todos! Nada mais reconfortante do que voltar a sugar o peito da Mãe, mesmo que ressequido. Qualquer gotinha, mesmo que imaginária, dá-nos uma invencível e concreta felicidade, que se transforma em força e coragem para vencermos todos os medos. Alugámos uma casa no fim da Rua dos Sapateiros, com uma vista magnífica sobre os montes, de onde se via o Sabor e a Quinta da Portela. Julieta passou a ser a Directora Técnica da Farmácia Leite,  onde trabalhava o carismático Senhor Viriato e eu empreguei-me na Câmara, com técnico de qualquer coisa, cujo Presidente era o estimado Dr. Sobrinho, meu Professor de Português na Escola Industrial. (Quem tem padrinhos não morre Mouro).
     Comprámos um 2 cavalos e íamos quase  diariamente ao Larinho, para os avós abraçarem os netos e aproveitávamos para trazer uns garrafões cheios de água pura do chafariz, da Serra do Reboredo, ou da Quinta das Lamelas, como preferirem. 
      Ainda hoje me sensibilizo quando entro em casa, ao fim de um dia de trabalho  e sou recebido pela minha princesa com um sorriso meigo e um olhar luminoso cheio de felicidade. Além do abraço carinhoso com que me recebe, é claro!
      Agora , se me permitem, quero fazer uma prece : como sei que a minha mulher não é nada atreita às redes sociais, espero desesperadamente que não leia este texto, ou que , de qualquer modo, lhe não chegue ao conhecimento. Aí, com toda a certeza, teria as malas à porta, ou então, mandava-me ir dormir para a loja, como fazia a Tia Elvira ao Rosinha. Como ela tem sido a minha enfermeira há cerca de 40 anos a tratar-me dos males do corpo e da alma, desejo ardentemente que continue a sê-lo até ao fim dos dias. Bom...mesmo que o leia, com esta declaração inequívoca e de profundo amor, julgo que estarei perdoado. 
     Aprendam com quem sabe!

Fontes de Carvalho

Lê AQUI o Capítulo I
Lê AQUI o Capítulo II
Lê AQUI o Capítulo III

Fontes de Carvalho
, pseudónimo de Luís Abel Carvalho, nasceu no Larinho, uma aldeia transmontana do Concelho de Torre de Moncorvo, Distrito de Bragança. É o filho do meio de três irmãos.
Estudou em Moncorvo, Bragança e no Porto, onde se formou em Engenharia Geotécnia. É casado e Pai de três filhos.
Viveu no Brasil, onde passou por momentos dolorosos e de terror, a nível económico e psicológico. Chegou a viver das vendas de artesanato nas ruas e a dormir debaixo de Viadutos.
No ano de 1980 e 1981 foi Professor de Matemática em Angola, na Província de Kwanza Sul, em Wuaku-Kungo. Aí aprendeu a desmistificar certos mitos e viveu uma realidade muito diferente da propagandeada.
Em Portugal deu aulas de Matemática em diversas cidades, nomeadamente em São Pedro da Cova, Ponte de Lima, Cascais (na Escola de Alcabideche, onde deu aulas aos presos da cadeia do Linhó), Alcácer do Sal, Escola Francisco Arruda e Luís de Gusmão, em Lisboa. Frequentou durante quatro anos, como trabalhador-estudante, o curso de Engenharia Rural, no Instituto Superior de Agronomia.
Em 1995 fundou a empresa Bioprimática – Reciclagem de Consumíveis de Informática, onde trabalha até hoje como sócio-gerente.

Rota do Petisco “Petisq’ Aqui” regressa a Bragança de 1 a 30 de julho

 Cerca de duas dezenas de estabelecimentos comerciais aderiram à Rota e apresentam petiscos a 6€, com bebida incluída.


Para dar sabor às tardes de verão e usufruir das esplanadas, a Associação Comercial, Industrial e Serviços de Bragança (ACISB) promove, uma vez mais, a Rota do Petisco.

Desta feita são cerca de 20 os estabelecimentos aderentes que, de 1 a 30 de julho, proporcionam aos clientes um petisco pelo valor estipulado de 6€, com bebida incluída.

A ideia nasceu como forma de impulsionar o movimento na cidade, gerar negócios e promover os estabelecimentos da cidade, muitos deles fora da zona central, mais conhecida e concorrida. O sucesso registado em edições anteriores leva a ACISB a repetir a iniciativa, respondendo à vontade dos próprios comerciantes.

Este ano, com o lema “Depois de petiscar é tempo de treinar”, juntam-se à Rota do Petisco três ginásios associados da ACISB: o JDC Academia, o MS FIT CLUB e o Budo Gym – Artes Marciais e Cultura Física.

Os estabelecimentos aderentes à Rota vão entregar um cupão numerado a quem consumir os petiscos, habilitando-se os clientes a três mensalidades grátis, numa modalidade à escolha, uma em cada um dos ginásios referidos. Os resultados vão ser conhecidos e publicados no dia 3 de agosto, através da página do Facebook da ACISB.

Esta ideia surge como uma “brincadeira” com os consumidores, estimulando o consumo, e também serve para dar a conhecer os ginásios e estimular a prática de exercício físico e atividade desportiva.

No “Petisq’ Aqui” há muitos estabelecimentos repetentes, que já participaram em edições anteriores e gostaram, e muitas estreias de espaços comerciais novos.

A filosofia continua a mesma, os aderentes devem proporcionar ao cliente um petisco acompanhado de bebida, a um preço inferior do que normalmente praticam.

A ACISB vai, através dos seus próprios canais e com o apoio da comunicação social local e nacional, divulgar os espaços aderentes e os respetivos petiscos, para que os potenciais clientes se entusiasmem a participar.

Cada um dos estabelecimentos que integram a Rota do Petisco vai estar devidamente identificado, com um cartaz alusivo ao petisco “oficial” daquele espaço comercial, na Rota do Petisco.

Lista de estabelecimentos aderentes:

  • Biblioteca Café
  • Café Moderno
  • Cafetaria do CACGM
  • Casa da Zinha
  • Cervejaria Alypios
  • Cervejaria da Sé
  • Galinha da vizinha
  • Goal Keeper
  • Marisqueira Fraga Selvagem
  • O Copinhos
  • Pastelaria Torrão
  • Queen, Food & Drinks
  • Restaurante Restaurador
  • Restaurante Tribuna
  • Sotinho
  • Taberna do Javali
  • Tasca Noz

Urbanismo setor de risco

 José Hermano Saraiva dizia que ter opinião é bom, muito mau é não a ter. Quando faltam opiniões, e todos vão atrás da primeira pessoa que falou, há carneirada. Mas, sintetizava “o grande divulgador da História de Portugal”: “quando há opiniões entram em conflito, entram em contraste, e há uma polémica. Isto de anunciar Bragança como a capital da polémica em Portugal, é realmente anunciar que esta cidade continua a ser uma das capitais mentais do nosso país” [RTP – 15/05/2001].
Desafiando a veracidade do dito na “internet”, de imediato Fernando Aragão escrevia: “ainda bem que alguém, em 2001, achou por bem diferenciar a carneirada... Mas tantos anos volvidos o rebanho tem crescido!” E, Maria das Neves apreensiva acrescentava: “diria que não entra na polémica quem quer, entra na polémica quem pode!”
Tudo isto para falar da intervenção dos cidadãos interessados em participar na construção do espaço qualificado que habitam. Alguns dizem que este assunto não é para todos, é demasiado técnico, complexo, melindroso [mexe com interesses], para elites e, especialistas, isto não é coisa de cidadão comum, é assunto de políticos, de arquitetos e engenheiros…! Nada mais errado! Se o espaço onde vivemos contribui para melhorar, ou degradar, aumentar, ou diminuir, a nossa qualidade de vida, não só é importante falar dele, como os jornais e a imprensa em geral deveriam estar mais atentos a ele, pela organização e beleza das cidades e, aldeias. Quantas guerras, na “internet”, se evitavam se não nos ficássemos apenas pela “submissão aos pareceres necessários” e dessemos ouvidos à opinião dos cidadãos? Quantos crimes urbanísticos se poderiam evitar, fruto da especulação imobiliária e da ausência de visão integrada do território, se todos participássemos mais interventivamente com a nossa opinião?
Dados da corrupção participada em Portugal, no período de 2004-2008, identificam o Urbanismo como um sector de risco nas câmaras municipais. As empresas ligadas ao sector da construção civil [pessoas coletivas ativas] representam 18,2% dos organismos com mais suspeitas de crimes de corrupção, enquanto as Câmaras Municipais são as pessoas coletivas passivas com mais crimes participados: 68,9 %.
Se debater o crime urbanístico é algo negativo, enfermiço, falemos de boas práticas geradoras de otimismo. Mas, tal como não podemos fugir das vacinas, só expondo o leitor à enfermidade é que ele terá oportunidade de reconhecer a doença, munindo-se dos anticorpos para a eliminar [RODRIGUES, 2017, 17, 18].
Há dias, Maria Isabel Abreu referia numa rede social: “quando se vê um novo telhado a surgir de uma fachada aparentemente desalinhada que provavelmente noutras mãos teria sido demolida. Demolir é fácil, preservar é mais desafiante. Felicito o trabalho da equipa que em Bragança tão bem tem feito pela reabilitação de edifícios”.

Pe. Estevinho Pires

🤲🏼 𝗫𝗩𝗜𝗜 𝗘𝗻𝗰𝗼𝗻𝘁𝗿𝗼 𝗱𝗲 𝗚𝗲𝗿𝗮𝗰̧𝗼̃𝗲𝘀

 O Santuário de Nossa Senhora da Ribeira recebe, já no dia 16 de julho, mais um Encontro de Gerações do Concelho de Bragança.

Participe. Traga a família e amigos.

Empresa Valled e IPB juntam-se para criar passadeira inteligente, inovadora e autossustentável

 Uma passadeira inteligente capaz de promover a segurança ativa dos peões e, simultaneamente, ser autónoma em termos energéticos, por usar energia solar, está a ser testada no recinto do Parque de Ciência e Tecnologia- Brigantia Eco Park, em Bragança, desde a passada terça-feira.


Trata-se do projeto Vallpass, inteiramente produzido em Bragança, com um financiamento de 400 mil euros pelo Norte2020, que resulta de um consórcio entre a empresa Valled e os centros de investigação CeDRI e MORE do Instituto Politécnico de Bragança. “A passadeira tem um conjunto de sensores que permitem detetar os peões, os veículos e ser controlada e monitorizada remotamente. 

Para já, está em ensaio, porque é um projeto completamente novo”, explicou João Coelho, do IPB. O projeto foi desenvolvido nos últimos dois anos e é considerado “um equipamento e tecnologia de extrema importância” na segurança rodoviária, no que à protecção de peões diz respeito. 

Este equipamento e inovação, com base em energia solar, renovável e sustentável, apresenta-se como uma mais-valia no setor dos equipamentos rodoviários urbanos, dada a especial incorporação de tecnologia de ponta ao nível da internet das coisas (IOT) e também no âmbito das Smart Cities. “Quando o peão ou o veículo são detetados existe um conjunto de sinalização luminosa que é ativada, nomeadamente de aviso para o condutor ou de cortesia para o peão, no sentido de o tornar mais visível”, acrescentou João Coelho.

Glória Lopes

🎭 𝐄𝐬𝐩𝐞𝐭𝐚́𝐜𝐮𝐥𝐨 𝐝𝐞 𝐓𝐞𝐚𝐭𝐫𝐨 𝐅𝐢́𝐬𝐢𝐜𝐨 𝐃𝐞𝐮𝐬 𝐞𝐱 𝐌𝐚𝐜𝐡𝐢𝐧𝐚

 Inserido na programação das Comemorações do Dia da Cidade, o Município de Miranda do Douro irá apresentar, em estreia absoluta em Portugal, o espetáculo de teatro Deus Ex Machina, da companhia Todoart13 (España) e Indie-Viduo Company (Nova Iorque).

Saiba mais AQUI.

O Rebanho...

 «O que o rebanho mais odeia é aquele que pensa de forma diferente; não é tanto a opinião em si, mas a ousadia de querer pensar por si próprio, algo que eles não sabem fazer».

- Arthur Schopenhauer.

Cinquenta vezes cinco

Por: José Mário Leite
(colaborador do Memórias...e outras coisas...)

Pedro perguntou a Jesus: “Senhor, se o meu irmão me ofender, quantas vezes devo perdoar? Até sete vezes?” Jesus respondeu: “Não sete, mas setenta vezes sete” estabelecendo assim um novo padrão na compaixão devida para com todos os semelhantes, explicitando na parábola seguinte, que este princípio não podia restringir-se a uma elite ou às suas franjas, mas difundir-se por todas as camadas da sociedade desde os mais ricos aos mais pobres e humildes.
Esta nova visão do mundo espantou e incomodou a sociedade dirigente de então. Era um dos pilares da Boa Nova e um dos fundamentos de convivência interpessoal para a construção de um mundo novo, mais justo, mais solidário, mais humano, espantando as autoridades civis do governo da Judeia e incomodando a aristocracia religiosa do Sinédrio.
O que diria hoje quando a trágica morte nas profundezas do Atlântico, de cinco milionários com sumptuosos e exóticos desejos de aventura movimentam mais recursos, atraem mais atenção, mobilizam mais instituições públicas, envolvem mais países, ganham muito mais tempo nas televisões mundiais e impressionam muitíssimo mais comentadores, decisores e população em geral que o fatídico desaparecimento, nas mortíferas águas do Mediterrâneo, de duzentos e cinquenta (ou mais, provavelmente muito mais) emigrantes, humildes, pobres, desgraçados, explorados e traficados, perante a indiferença das autoridades, o desinteresse dos meios de socorro, a insensibilidade dos cidadãos e as parcas notas de rodapé da comunicação social? Qual o caminho, afinal, percorrido, nestes dois mil anos? Onde param as sequelas da onda de choque provocada na Galileia há dois milénios? Que sociedade é esta em que vivemos e para onde caminhamos?
Durante vinte e quatro horas, todos os recursos informativos estiveram, ininterruptamente, alocados, em exclusividade a uma intentona, em solo russo, protagonizada por um mercenário, ambicioso, desbocado, sanguinário e vociferador que entendeu que a putativa morte de alguns dos seus companheiros, supostamente provocada por “fogo amigo” era mais relevante, mais importante, mais intolerável que a chacina promovida por si e pelos seus sequazes, contra os seus “irmãos” ucranianos, mas igualmente, do que a mortandade provocada nas suas próprias hostes pela sua obstinação irracional de conquista de alguns palmos de terra alheia.
A morte violenta é de tal forma horrenda, bárbara e cruel que é difícil estabelecer níveis em que se possam basear quaisquer critérios de comparabilidade. Mesmo assim, é difícil que se possa encontrar um grau de maior gravidade no “tal ataque” sofrido pelas brigadas Wagner que possa suplantar as imagens, absolutamente horrendas da execução de um combatente dessa mesma unidade, levada a cabo pelos seus companheiros de armas com a inominável “justificação” de que não poderia haver outro tratamento, nem a mínima tolerância para quem, envergando uma farda não se disponibilizasse, de imediato e de forma automática a ser “carne para canhão”, se essa fosse a decisão estratégica do seu comandante, independentemente das suas motivações.

José Mário Leite
, Nasceu na Junqueira da Vilariça, Torre de Moncorvo, estudou em Bragança e no Porto e casou em Brunhoso, Mogadouro.
Colaborador regular de jornais e revistas do nordeste, (Voz do Nordeste, Mensageiro de Bragança, MAS, Nordeste e CEPIHS) publicou Cravo na Boca (Teatro), Pedra Flor (Poesia) e A Morte de Germano Trancoso (Romance), Canto d'Encantos (Contos) tendo sido coautor nas seguintes antologias; Terra de Duas Línguas I e II; 40 Poetas Transmontanos de Hoje; Liderança, Desenvolvimento Empresarial; Gestão de Talentos (a editar brevemente).
Foi Administrador Delegado da Associação de Municípios da Terra Quente Transmontana, vereador na Câmara e Presidente da Assembleia Municipal de Torre de Moncorvo.
Foi vice-presidente da Academia de Letras de Trás-os-Montes.
É Diretor-Adjunto na Fundação Calouste Gulbenkian, Gestor de Ciência e Consultor do Conselho de Administração na Fundação Champalimaud.
É membro da Direção do PEN Clube Português.

"O ESCREVINHADOR DE VIDAS"

Por: Paula Freire
(colaboradora do Memórias...e outras coisas...)


Podia ser, amenamente, num banco solitário de um qualquer jardim, ao final da tarde, ou na pastelaria que o recebia para um café e uma conversa melancólica com os seus botões, quando se deslocava, para o trabalho, todas as manhãs, quase aos tropeções por entre a multidão. Podia até ser num breve momento em que o relógio lhe pedia uma pausa no cansaço e ardor do dia, enquanto os braços e as pernas faziam as pazes com o corpo e lhe ditavam que já só lhe faltavam umas poucas horas para a lide terminar.
Vidas tecidas por estórias que os olhos lhe contavam sobre o tempo e os espaços dos que passam dentro e à margem da vida. As estórias dos outros que eram muitas vidas na sua própria vida.
Escutava, atento, os movimentos na pele transparente dos que com ele se cruzavam. E dentro de si, como quem soletra letras invisíveis a que dava forma, lentamente, penteava fio a fio, desenlaçava, compunha, enfeitava mundos e pintava o mundo interior de si mesmo.
Tantas vezes, eram as estórias alheias que vinham ao seu encontro, confidenciavam com ele e nelas se entendia. Davam-lhe a certeza da sua própria existência.
As estórias que podiam ser o seu amigo imaginário nas noites em que, mais assustado, se sentia criança outra vez, mas sem colo para onde correr a agasalhar os medos e desamparos.
Falavam-lhe, ao ouvido, de segredos mal contados, à espreita da revelação perfeita, da metamorfose necessária para se tornarem vivas. E ele pegava no seu caderninho, a quem tratava como velho companheiro, para as fazer voar numa viagem com muitos destinos: a alma que habitava o seu peito; o coração dos seus leitores.
Vidas velozes e vidas de atropelos. Vidas que correm céleres mesmo quando os dias são todos iguais e vidas que se descartam com indiferença, mesmo quando o amor lhes bate à porta todos os dias. Vidas com um horizonte e muitos sentidos e vidas sem sentido, à procura de um horizonte. Vidas de encontros marcados ou adiados, vidas que se completam em olhares cruzados, cheios de vida ou sem vida nenhuma. Vidas de esperanças ou de tristezas acumuladas, como punhados de destroços desencontrados. Vidas de pertença ou vidas sem porto de abrigo, numa terra de ninguém. Vidas que se perdem, vidas que se repetem e vidas que se reescrevem. Vidas que acrescentam e alimentam e vidas com pontos finais. Vidas construídas de pequenos nadas e vidas consumidas em grandes tudo. Vidas de amores imensos, vidas de muitos amores e vidas de longos desamores. Vidas que crescem vestidas de luz e vidas mortas, enfeitadas de sombras.
Poderia parecer estranho aos demais se lhe adivinhassem o olhar quando os olhava, assim, do fundo do seu pensamento. Talvez se sentissem invadidos numa intimidade que gostariam de preservar. Mas as vidas que nos cabem, não são terreno fértil à privacidade, para quem nos escuta com aquela sabedoria sagaz da qual ele era capaz, sem afronta nem confronto. Uma sabedoria de quem compreende que os silêncios podem dizer mais do que todas as palavras.
Uma sabedoria de quem consegue nunca ser apanhado de surpresa quando lê, discreto e prudente, esse sítio em que, aos bocadinhos, nos desarrumamos sem escolha possível: o lugar dos afetos, o lado principal onde (todos) nos desejamos perceber humanos.

Paula Freire
- Natural de Lourenço Marques, Moçambique, reside atualmente em Vila Nova de Gaia, Portugal.
Com formação académica em Psicologia e especialização em Psicoterapia, dedicou vários anos do seu percurso profissional à formação de adultos, nas áreas do Desenvolvimento Pessoal e do Autoconhecimento, bem como à prática de clínica privada.
Filha de gentes e terras alentejanas por parte materna e com o coração em Trás-os-Montes pelo elo matrimonial, desde muito cedo desenvolveu o gosto pela leitura e pela escrita, onde se descobre nas vivências sugeridas pelos olhares daqueles com quem se cruza nos caminhos da vida, e onde se arrisca a descobrir mistérios escondidos e silenciosas confissões. Um manancial de emoções e sentimentos tão humanos, que lhe foram permitindo colaborar em meios de comunicação da imprensa local com publicações de textos, crónicas e poesias.
O desenho foi sempre outra das suas paixões, sendo autora das imagens de capa de duas obras lançadas pela Editora Imagem e Publicações em 2021: Cultura sem Fronteiras (coletânea de literatura e artes) e Nunca é Tarde (poesia).
Prefaciadora do romance Amor Pecador, de Tchiza (Mar Morto Editora, Angola, 2021) e da obra poética Pedaços de Mim, de Reis Silva (Editora Imagem e Publicações, 2021).
Autora do livro de poesia Lírio: Flor-de-Lis (Editora Imagem e Publicações, 2022).
Em setembro de 2022, a convite da Casa da Beira Alta, realizou, na cidade do Porto, uma exposição de fotografia sob o título: "Um Outono no Feminino: de Amor e de Ser Mulher".
Atualmente, é colaboradora regular do blogue "Memórias... e outras coisas..."-Bragança, da Revista HeliMagazine e da Revista Vicejar (Brasil).
Há alguns anos, descobriu-se no seu amor pela arte da fotografia onde, de forma autodidata, aprecia retratar, em particular, a beleza feminina e a dimensão artística dos elementos da natureza, sendo administradora da página de poesia e fotografia, Flor De Lyz.

O Povo de Barinak - Na Madrugada dos Tempos – Parte 11

Ninguém reprovará o seu irmão por ele ser o que é; 
mas com paciência e persistência, com inteligência e com amor, 
procurará levá-lo ao nível mais alto.

Agostinho Silva
    Filósofo, poeta, ensaísta, professor e filólogo português
   
 (1906-1994)
Por: Manuel Amaro Mendonça
(colaborador do "Memórias...e outras coisas...")

Apesar de vitoriosos, o entusiasmo com que foram recebidos esmoreceu rapidamente assim que viúvas e órfãos aperceberam-se de que os corpos dos seus entes queridos nunca regressariam, reduzidos a cinzas algures nas montanhas inóspitas. Se a maioria os felicitava pela vitória total e maravilhava-se com os colares e artefactos vários saqueados no ataque, as famílias dos falecidos resmungavam revoltadas pelo ultraje.

Erem tentou acalmá-los o melhor que soube e explicou virem todos esgotados e feridos, sem forças para arrastar os mortos. Foi Zia quem acabou por vir no seu auxílio, prometendo que fariam uma cerimónia especial pelos caídos e enterrariam no santuário os seus objetos pessoais em sua honra. Seria um agradecimento a Tharun por tão retumbante vitória, a Swol por permitir que sobrevivam aos inimigos e aos que fizeram o sacrifício último pelos seus vizinhos.
A promessa agradou à maioria e pareceu transmitir algum contentamento a parte dos ofendidos, mas havia uma coisa de que ninguém falava, como se não tivessem reparado, mas que era uma grande questão que começava a incomodar; onde estava o resto dos alimentos roubados?
Fora grande a quantidade de víveres furtada dos armazéns, era de esperar poderem recuperar uma boa parte deles na gruta dos infames homens-macaco, mas a verdade era que não encontraram peças de carne seca nem cereais dignos de nota. Não era possível que tivessem comido tudo no espaço de tempo entre o roubo e o ataque, apesar de serem muitos. Lemi sugeriu que teriam provavelmente escondido noutro local, mas Alim aventou que seriam poucos para transportar a totalidade do haviam roubado e que a maioria poderia estar enterrada algures a meio caminho para ser resgatada mais tarde… se assim era, o segredo estava morto como os seus donos. Fosse qual fosse a razão, o clã estava despojado dos seus recursos para o inverno e a sua sobrevivência estava ameaçada.
A neve já não caía com a intensidade de há uns meses, tinha períodos mais ou menos longos, mas já não durava sequer um dia inteiro. A chuva que normalmente a seguia lavava a pouca que se agarrava nos locais expostos à luz do sol tímido que se filtrava pelas nuvens, restando apenas aquela em sítios sombrios ou mais húmidos, já transformada em gelo. Era este alívio das condições atmosféricas que permitia que os grupos de caça estendessem a sua ação, mesmo assim com pouco sucesso. O comércio com as outras povoações já não era tão frutífero; também elas racionavam os alimentos. Só o degelo dos rios permitia alguma pesca. Mais alguns migrantes engrossaram o número de tendas fora dos limites da aldeia, mas estes, ao contrário dos anteriores, eram miseráveis empurrados pela necessidade. Foram obrigados a ter grupos de dois homens a guardar a armazenagem dos víveres noite e dia, devido a pequenos roubos que aconteciam. O espectro da fome pairava sobre a aldeia e a primavera ainda estava longe. Medidas como a que Erem instituíra anos atrás, de entregar uma parte das caçadas para as viúvas e órfãos que não tinham meios de obter o seu alimento, começavam a ser contestadas. Para agravar tudo, nas noites menos nubladas, conseguia ver-se uma estrela gigante que parecia arrastar as outras atrás de si.
Depois de algumas queixas, Erem mandou chamar Alim e recebeu-o na recém-terminada Casa da Reunião, usando a pele cerimonial com a cabeça de leão, sentado num banco feito com troncos cortados grosseiramente, mas cobertos com alvas peles. À sua esquerda, em pé, estavam Zia e Lemi e à direita, com a lança e o machado de caça, Naci e Fikri.
Alim, que se fazia acompanhar do seu filho Beki, surpreendeu-se com a presença de Tailan e outro homem que mal conhecia e que aguardavam em pé à entrada. Sentiu a frieza e a majestade da receção, muito diferente da informalidade habitual entre eles. Não havia nada para se sentarem e a fogueira que costumava aquecer o espaço era apenas uma braseira que deformava o ar em ondas de calor. Como que combinados, os quatro homens avançaram para lá da fogueira, ficando a uns poucos metros de distância do chefe e da sua comitiva.
— Chamaste-me, Erem? — Interrogou o homem mais velho, que não era pessoa de andar à volta dos problemas nem de evitar conflitos. Entretanto, deitou um olhar interrogativo aos outros dois que, com ele, pareciam estar a ser julgados.
— Sim, meu amigo. — Começou o chefe sem se levantar. — Tenho assuntos desagradáveis para falar contigo e com Tailan, como representantes dos estrangeiros que aqui vivem.
— Espanta-me que me chames amigo e logo a seguir digas que sou um estrangeiro. — O rosto de Alim pareceu ficar cinzento, enquanto o de Erem corou. — Eu e a minha família fomos os primeiros a juntar-nos a esta aldeia e damos um grande contributo para o bem de todos.
— Também eu e todos os outros, estrangeiros como nos chamas, contribuímos com o nosso esforço em tudo o que se construiu e a partilha da caça e da pesca! — Tailan também estava corado, mas de indignação. — Não entendo esta… receção, nesta casa onde tantos “dos meus” trabalharam ao lado “dos teus”. De que nos acusas?
As vozes na casa atraíam a atenção e já vários curiosos se amontoavam timidamente junto da parede da entrada.
— Estrangeiros, sim! — Atirou Naci inesperadamente. — Antes de vocês chegarem, todos se respeitavam e cuidavam uns dos outros. Tudo podia estar à vista de todos, que ninguém mexia no que não lhes pertencia. — Ele apontava a lança acusadoramente. — Agora há queixas de desaparecimento de vasilhas, comida ou mesmo peles!
— Espera Naci. — Interveio Erem.
— Todas as noites alguém é visto a rondar os armazéns e, da última vez que perseguimos um desses intrusos, fomos parados à chegada às vossas tendas por homens com lanças. — Continuou Naci ignorando a interrupção do pai.
— Cala-te! — Ordenou o chefe fazendo valer o seu estatuto. — Por causa disto que está aqui a acontecer é que não chamei mais ninguém, além daqueles que reconheço como representantes. Para nos entendermos e não para gritar. — Fez-se um silêncio sepulcral por uns segundos antes dele tornar a falar: — Tailan, ouviste as palavras do meu filho. Não gostei de saber que os homens que deixamos a guardar a aldeia não puderam perseguir um ladrão porque vocês não deixaram. Apareceram com lanças a fazer frente aos guardas, como se de inimigos se tratassem.
— Erem. — Começou o representante dos estrangeiros, erguendo orgulhosamente a cabeça. — Reconheço-te como amigo e como chefe deste povoado que se desenvolve a olhos vistos. As tuas decisões são, na sua grande maioria, sábias e tomadas para o bem de todos, mas não podes esperar que um povo separado se comporte como um só. — Como não o interromperam, ele compôs a pele de lobo grisalha que lhe cobria os ombros e continuou: — Aceitas o nosso trabalho no santuário e as nossas vidas em combate, mas não permites que vivamos entre os teus, nem que construamos casas de pedra… nem os nossos mortos podem repousar ao lado deles. Quando definiste as guardas, fizeste-o na aldeia e deixaste de fora o acampamento onde estão aqueles que partilham contigo o fel, mas não o mel. Quando os homens-macaco atacaram da última vez, morreu um dos vossos, mas também dois dos nossos! Também temos de nos proteger e defender, que achas que pensaram os nossos guardas quando viram três ou quatro homens a correr para as tendas deles, armados de lanças e machados, a meio da noite?
Lemi sussurrou próximo do ouvido do chefe, mas de forma que a restante “corte” escutasse. Naci, atirou um braço ao ar num gesto de desprezo.
— Erem. — Interveio Alim. — O que vejo aqui é um mal-entendido causado pela desconfiança que deixas que habite entre os teus. Além disso, este problema podia ser resolvido com uma conversa entre vocês e não com esta exibição de poder e humilhação com que nos ofendes. Aqui estamos nós, apenas o povo de Barinak[1], mas dividido em dois; os aldeões e os estrangeiros.
— Não somos um só povo! — Gritou Naci incapaz de se conter. — Nós, somos filhos do Clã do Rio Brilhante, das grandes planícies do lago salgado! Vocês são montanheses sem-terra, deserdados dos deuses e que procuram agradar-lhes ajudando na homenagem que lhes fazemos. — Erem estendeu a mão para o silenciar, mas ele continuou: — Como se não bastasse, trazer a má-sorte até nós, agora também roubam a nossa comida.
— Acalma-te, filho do chefe! — Tailan evitou propositadamente o nome do jovem. — Não acrescentes acusações falsas à ofensa que já é esta cerimónia.
— Mas que tens a dizer sobre a verdade de que há roubos de comida? — Foi a vez de Lemi, que todos respeitavam como mais velho, intervir. — Já explicaste a razão para impedir o avanço dos guardas, que tens a dizer sobre os roubos, já que impediste a captura dos ladrões?
O tio de Erem ultimamente caminhava cada vez mais curvado e apoiado num cajado de que nunca se separava, mas ali, deu um passo em frente sem apoio e cheio de majestade, apoiou a mão sobre o braço do sobrinho. A figura esquelética impunha autoridade com a grande calva, o cabelo que lhe restava e as barbas intrincados de brancas, repousando sobre uma túnica negra de pele de urso que lhe descia quase até aos pés calçados com as sandálias de madeira.
— Não têm muito valor estas acusações, para além da ofensa de nos serem dirigidas… — Tailan olhou para o chão com uma expressão de tristeza. — … os roubos são feitos por gente de fora, que se esgueiram na floresta antes que os possamos apanhar. Na noite passada tentamos segui-los, mas perdemos-lhes o rasto. Talvez sejam das cascatas lá para Ner[2], mas não temos a certeza. Vimos que usam facas de cobre, um dos nossos aproximou-se demais tendo sido ferido. Não está nada bem…
— Chamaram Nehir? — Perguntou Erem.
— Vocês não nos querem por perto, por que iriam deixar ir a vossa curandeira? — Rosnou o acompanhante de Tailan que se mantivera calado até aí.
— Nunca vos foi recusada ajuda! — Atirou Zia rompendo também o silêncio. — Vou dizer-lhe que procure o ferido para o tratar.
— Como veem, — começou Alim —, o grande problema aqui é de não falarmos. Esses ladrões, já podiam ter sido apanhados, se falássemos entre nós, em vez de lutar.
— Que te faz pensar que sejam das cascatas? — Interrogou Erem.
— Consta que têm lá um artífice a trabalhar o cobre e a fazer armas. — Esclareceu o companheiro de Tailan.
— O que tem sido roubado não chega para uma aldeia inteira… — estranhou o chefe —… nada parecido com o que levaram os homens-macaco.
— Se calhar porque não conseguiram ainda entrar na casa onde guardamos tudo depois do roubo deles. — Naci esclareceu. — Agora temos guardas e já não há alimentos espalhados por várias casas.
— Podíamos ir lá exigir-lhes que parem com os roubos. — Aventou Lemi. — O chefe da aldeia pode nem saber do que se passa.
— Rir-se-ão de nós. — Sentenciou Naci com uma careta. — Vão achar que somos uns fracos!
— Então? — Tailan estava mais colaborante. — Vamos com um grupo de homens para lhes mostrar que estamos prontos para a guerra?
— Isso seria ameaçá-los. Ficarão ofendidos e zangados. — Disse Erem pensativamente. — Vamos lá acusá-los e nem temos a certeza de que sejam eles.
— Porque não fazemos uma armadilha? — Sugeriu Alim. — Se apanharmos os ladrões e os fizermos dizer de onde são… — Sim! — O rosto de Erem iluminou-se, enquanto se erguia e aproximava dos outros. — Essa é a melhor solução! Vamos reduzir os guardas, ter apenas dois na casa dos alimentos que se afastam por vezes. Mas mais dois lá dentro, que nunca saem. Se alguém os vir antes não pode dar o alarme, apenas corre a avisar os outros em silêncio. Temos de os apanhar vivos.
— Isto, sim, é agir como somos: como irmãos, povo, o povo de Barinak! — Tailan estava obviamente satisfeito e deu um abraço a Erem.
— Esta nossa conversa fez-me ver coisas que não estavam bem. — Concluiu o chefe com um sorriso. — E quando um homem acha que não está a agir bem, deve corrigir as suas maneiras; este plano para apanhar os ladrões deve ficar apenas entre nós, mas a partir de hoje, todos saberão que não há proibições para construir casas de pedra.
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[1] Do turco, santuário ou abrigo.
[2] Proto Indo-Europeu: Esquerda (que acabará por ser o ponto cardeal Norte) por oposição ao sol do meio-dia
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Manuel Amaro Mendonça
nasceu em Janeiro de 1965, na cidade de São Mamede de Infesta, concelho de Matosinhos, a "Terra de Horizonte e Mar".
É autor dos livros "Terras de Xisto e Outras Histórias" (Agosto 2015), "Lágrimas no Rio" (Abril 2016), "Daqueles Além Marão" (Abril 2017) e "Entre o Preto e o Branco" (2020), todos editados pela CreateSpace e distribuídos pela Amazon.
Foi reconhecido em quatro concursos de escrita e os seus textos já foram selecionados para duas dezenas de antologias de contos, de diversas editoras.
Outros trabalhos estão em projeto e sairão em breve. Siga as últimas novidades AQUI.

Termas de Vimioso promovem “Caminhadas com o médico”

 As Termas de Vimioso vão promover no próximo sábado, dia 1 de julho, a iniciativa internacional “Caminha com o Médico”, uma atividade que consiste numa caminhada na natureza, acompanhados por uma profissional de saúde, que vai dar conselhos para uma vida mais saudável.


Nesta caminhada de uma hora, a médica de família e hidrologista nas Termas de Vimioso, Raquel Diz, vai acompanhar os participantes e prestar informações sobre o tema das alergias como são a asma, a rinite e a sinusite.

De acordo com esta profissional de saúde, caminhar na natureza é uma das atividades que mais benefícios traz para o coração, cérebro, ossos, pulmões, músculos e previne várias doenças.

“A caminhada é a atividade física mais fácil de realizar e com a menor taxa de desistência. Por isso, é recomendada para pessoas com problemas ortopédicos, cardíacos ou com excesso de peso. A prática regular da caminhada tem muitos benefícios para a saúde”, disse.

Raquel Diz acrescentou que na atividade “Caminha com o médico”, os participantes também têm a oportunidade de estabelecer relações com outras pessoas, aprofundar o sentido de pertença a um grupo e assim agir contra o isolamento, a tristeza e a depressão.

Por sua vez, o responsável pelas Termas de Vimioso, Francisco Bruçó destacou os efeitos terapêuticos das águas termais e os benefícios dos tratamentos nos sistemas músculo esquelético, dermatológico, reumático e do aparelho respiratório (ORL).

A participação na atividade “Caminha com o Médico” é gratuita, vai iniciar-se às 9h00, nas Termas de Vimioso e aos participantes recomenda-se o uso de roupa e de calçado confortável. Para realizar a inscrição deve contatar as Termas de Vimioso através do endereço de email: termasdevimioso@cm-vimioso.pt

As próximas “Caminhadas com o Médico” estão agendadas para o dia 5 de agosto, dedicada ao tema “Insónias: conselhos para um sono mais tranquilo”; a 16 de setembro, o tema da caminhada é “Artroses: o que deve fazer?”.

A iniciativa “Caminha com o médico” (Walk with a Doc) surgiu em 2005, nos EUA, pelo cardiologista David Sagbir, que desenvolveu este projeto com o objetivo de promover um estilo de vida saudável, através da participação conjunta de profissionais de saúde e dos seus utentes em caminhadas.

HA

Ministra da Habitação inaugura Feira de São Pedro e a requalificação do Bairro de São Francisco de Assis em Macedo de Cavaleiros

 Investimento na primeira fase de requalificação do Bairro de São Francisco de Assis rondou os 1,5 milhões de euros, mas projeto global quase ascende aos três milhões de euros.


A Ministra da Habitação, Marina Gonçalves, vai marcar presença esta quinta-feira, dia 29 de junho, na cerimónia de inauguração da primeira fase de requalificação do Bairro de São Francisco de Assis, em Macedo de Cavaleiros, procedendo, depois, à abertura oficial da Feira de São Pedro, um dos momentos mais importantes do concelho ao longo do ano. “A presença da ministra da Habitação vem reconhecer a importância do papel que o Executivo tem vindo a desempenhar nos últimos cinco anos, em prol do desenvolvimento urbano e social do concelho”, explica o presidente da Câmara Municipal de Macedo de Cavaleiros, Benjamim Rodrigues.

As obras de requalificação do bairro, cujo projeto global ascende aos 2,7 milhões de euros, incidiram sobre duas vertentes diferentes: a requalificação do edificado e dos espaços públicos. “esta era uma zona da cidade a que a autarquia pouca atenção dedicou ao longo de três décadas, o que conduziu a situações de todo aceitáveis em algumas habitações, devido à deficiência de materiais de revestimento externo, tanto nas paredes como nos telhados”, recorda o autarca macedense. “Há situações calamitosas que estavam a causar problemas de saúde a alguns moradores”, diz.

A autarquia apresentou duas candidaturas no âmbito do Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU), mas o projeto é muito mais global vasto e foi dividido em duas fases, para minimizar o impacto junto dos moradores.

Para Benjamim Rodrigues, a presença da ministra Marina Gonçalves “vem reconhecer a importância da requalificação urbana enquanto motor de dinamização social e económica dos territórios”.

A cerimónia de inauguração das obras de requalificação está agendada para as 16h30, seguindo-se, às 18 horas, a abertura oficial da Feira de São Pedro que, até domingo, irá levar ao concelho mais um importante conjunto de artistas e atividades de promoção do território. “É, a par do Entrudo Chocalheiro e da Feira da Caça, um dos momentos altos da agenda de eventos de Macedo de Cavaleiros”, explica Benjamim Rodrigues. A feira arranca no dia 28 de junho, com um espetáculo dos HMB no recinto do Parque Municipal de Exposições de Macedo de Cavaleiros.

A Noite da Rádio Onda Livre decorre a dia 29 de junho, feriado municipal, conta com a participação de Delfim Júnior & Ymperio Show, DNA, Cristiana Sá, Safira e Siga a Farra. Na sexta-feira, dia 30 de junho, é a vez de os Blind Zero subirem ao palco, enquanto no sábado, dia 01 de julho, será a vez da atuação de Nuno Ribeiro. As festividades terminam no domingo, dia 02 de julho, com o já tradicional passeio do Clube Mototurístico de Macedo de Cavaleiros e o Encontro de Automóveis Clássicos, durante o período da manhã; e um encontro de Grupos Culturais, a partir das 17 horas.

A Feira de São Pedro, que vai na sua 38.ª edição, é organizada em conjunto com a Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Macedo de Cavaleiros e assume-se também como uma feira empresarial. “É também um veículo de promoção do nosso tecido empresarial, assumindo-se como um certame agroindustrial e comercial, que acolhe vários agentes económicos da região e milhares de visitantes de todo o País”, conclui Benjamim Rodrigues.