Vista panorâmica do local da capela da Nossa Senhora do Areal. |
Num artigo publicado na revista Brigantia, o Cónego Belarmino Afonso refere-se a um notável conjunto de pinturas murais, eventualmente executadas no final do século XVI. São aí referidas as seguintes pinturas: dois quadros representam a Anunciação da Virgem Maria, outra representa S. José e uma quarta representa um casal, supostamente Santa Isabel e Zacarias.
Infelizmente a afirmação com que aquele distinto investigador remata o seu artigo está hoje desmentida. Com efeito, o Cónego Belarmino Afonso escreveu então: “Passaram os autores. Ficaram as obras”. Neste caso passaram os autores e as obras desapareceram! Actualmente a capela tem apenas duas pinturas sobre madeira, enquadradas pelo altar-mor : a da esquerda representa o Presépio e a da direita a Anunciação do Anjo à Virgem Maria . Nas paredes só resta cal branca.
Lenda. Como quase todas as ermidas, também esta tem uma lenda associada. No número da revista Brigantia anteriormente citado, há uma descrição desta lenda, assinada por Maria Engrácia Gomes Magro, que lhe foi contada pela sua Avó e que a seguir se resume.
Há cerca de dois ou três séculos dois irmãos caçadores vieram para este local, não com a intenção de caçar mas com a de se livrarem duma irmã que convenceram a acompanhá-los. Chegados ao local, cumpriram os seus intentos: mataram e enterraram a jovem irmã.
Passado algum tempo, uma mulher passou no local a viu um braço a sair da terra, e notando que a mão tinha dois anéis, retirou-os e foi contar o sucedido na povoação. Todos os que ouviram a narração se deslocaram às imediações da capela mas não encontraram vestígios do braço nem do corpo. Apenas ouviram uma voz que dizia que após a quinta geração dos presentes aconteceriam milagres.
Altar da capela com a imagem de Nossa Senhora do Areal. |
Romaria. Realiza-se no primeiro Domingo de Agosto.
Roteiro do Culto Mariano em Terras de Bragança e Zamora
Publicação da C.M.B.
Os frescos estavam nas paredes da capela e foram cobertos com cal, ainda há uns anos ainda se conseguiam vislumbrar por detrás da cal.
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