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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Agrochão - Nossa Senhora do Areal

Vista panorâmica
do local da capela da Nossa Senhora do Areal.
Fica situada a meio da encosta que desce até ao rio Guide. Partindo de Agrochão, o caminho bifurca-se: para a esquerda vai dar à Nossa Senhora do Areal, para a direita leva à Nossa Senhora da Piedade.
Num artigo publicado na revista Brigantia, o Cónego Belarmino Afonso refere-se a um notável conjunto de pinturas murais, eventualmente executadas no final do século XVI. São aí referidas as seguintes pinturas: dois quadros representam a Anunciação da Virgem Maria, outra representa S. José e uma quarta representa um casal, supostamente Santa Isabel e Zacarias.
Infelizmente a afirmação com que aquele distinto investigador remata o seu artigo está hoje desmentida. Com efeito, o Cónego Belarmino Afonso escreveu então: “Passaram os autores. Ficaram as obras”. Neste caso passaram os autores e as obras desapareceram! Actualmente a capela tem apenas duas pinturas sobre madeira, enquadradas pelo altar-mor : a da esquerda representa o Presépio  e a da direita a Anunciação do Anjo à Virgem Maria . Nas paredes só resta cal branca.
Lenda. Como quase todas as ermidas, também esta tem uma lenda associada. No número da revista Brigantia anteriormente citado, há uma descrição desta lenda, assinada por Maria Engrácia Gomes Magro, que lhe foi contada pela sua Avó e que a seguir se resume.
Há cerca de dois ou três séculos dois irmãos caçadores vieram para este local, não com a intenção de caçar mas com a de se livrarem duma irmã que convenceram a acompanhá-los. Chegados ao local, cumpriram os seus intentos: mataram e enterraram a jovem irmã.
Passado algum tempo, uma mulher passou no local a viu um braço a sair da terra, e notando que a mão tinha dois anéis, retirou-os e foi contar o sucedido na povoação. Todos os que ouviram a narração se deslocaram às imediações da capela mas não encontraram vestígios do braço nem do corpo. Apenas ouviram uma voz que dizia que após a quinta geração dos presentes aconteceriam milagres.
Altar da capela com a imagem de Nossa Senhora do Areal.
Com efeito, ao tempo da quinta geração da mulher que tinha visto o braço e retirado os anéis, surgiu uma nascente de água, que passou a ser considerada milagrosa, pois se pensava que era o resultado das lágrimas do sofrimento da jovem assassinada. No local da nascente, junto à capela, foi construída uma fonte que até hoje nunca secou, seja inverno ou verão. O povo atribui à água desta fonte efeitos benéficos nas doenças dos olhos, daí a tradição dos peregrinos lavarem os olhos com ela.
Romaria. Realiza-se no primeiro Domingo de Agosto.

Roteiro do Culto Mariano em Terras de Bragança e Zamora
Publicação da C.M.B.

1 comentário:

  1. Os frescos estavam nas paredes da capela e foram cobertos com cal, ainda há uns anos ainda se conseguiam vislumbrar por detrás da cal.

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