terça-feira, 30 de novembro de 2021

𝗢 𝗠𝘂𝗻𝗶𝗰𝗶́𝗽𝗶𝗼 𝗱𝗲 𝗕𝗿𝗮𝗴𝗮𝗻𝗰̧𝗮 𝗱𝗶𝘀𝗽𝗼𝗻𝗶𝗯𝗶𝗹𝗶𝘇𝗮 𝗽𝗶𝗻𝗵𝗲𝗶𝗿𝗼𝘀 𝗻𝗮𝘁𝘂𝗿𝗮𝗶𝘀 𝗱𝗲 𝗡𝗮𝘁𝗮𝗹!

 Entre quinta e sexta-feira, junto à Câmara Municipal de Bragança, estarão disponíveis para recolha gratuita os tradicionais Pinheiros de Natal, resultantes de ações de limpezas realizadas pelo Município de Bragança.


Sabendo que a árvore de Natal é um dos símbolos desta quadra, o Município de Bragança disponibiliza gratuitamente pinheiros naturais, resultantes de trabalhos de limpeza e manutenção de açudes e corta-fogos em perímetro florestal, com o apoio do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas.

Esta medida pretende sensibilizar e evitar o corte indiscriminado de árvores, contribuindo para a sustentabilidade da floresta.

AUMENTO BRUSCO DOS PREÇOS DOS PRODUTOS AGRÍCOLAS PÕE EM CAUSA ACTIVIDADE DOS PEQUENOS AGRICULTORES

 O aumento dos preços dos produtos agrícolas começa a trazer implicações aos pequenos agricultores da região


Alguns já estão a deixar de produzir determinados produtos, porque o preço dos adubos quase triplicou. É o caso de Joaquim Pereira, da localidade de França, concelho de Bragança. O agricultor tem uma criação de gado e costuma plantar batatas, feijões e cereais, como milho e centeio. No entanto, este ano, devido ao preço dos adubos ter duplicado, diz que semear cereais está fora de questão. “Eu deixei de comprar [adubo]. Este ano não compro nada. Já nem semeio o cereal. Não compensa”, afirmou, salientou que esperava um aumento dos preços, mas não “tão grande”. “Isto está um balúrdio”, lamentou o agricultor, com 75 anos e cultiva desde que se lembra. 

Também David Pires, de Gondesende, no concelho de Bragança, se queixa do mesmo. É agricultor e tem vacas e vitelos, que depois vende para carne. Actualmente, ao preço que a carne é vendida e ao custo dos cereais admite que não compensa ter animais. “O quilo da carne é pago entre 4 euros e 4,5 euros, que quase o mesmo preço de há 30 anos, mas a saca da ração custa 11 euros e só tem 25 kg”, referiu o produtor, dizendo que os subsídios não dão para “nada”. Já chegou a ter mais de 20 vacas, agora tem metade, porque dão “prejuízo”. “Nos animais, principalmente, estamos a ter prejuízo”, afirmou, salientando que o preço da carne deveria estar mais alto para compensar os gastos. David Pires tem também soutos e nesta altura já vendeu praticamente todas as castanhas. A pouca quantidade trouxe benefícios, visto que o fruto foi pago a mais 50 cêntimos que o ano passado. “A única coisa que tem mantido a agricultura a funcionar na nossa zona é produção das castanhas, mas depois com as outras coisas, dá-se cabo do dinheiro da produção das castanhas. Esse é que é o problema”, disse. Para além dos cereais, o agricultor queixou-se também do preço dos adubos e do combustível. 

Segundo Carlos Gonçalves, administrativo da Casa Agrícola, em Bragança, o ano passado, o “adubo 20,5” custava ao consumidor 8 euros, actualmente é comprado pela loja a 16 euros +IVA, o que significa que será vendido ao cliente a “20 e tal euros”. “O adubo para aí há três meses que começou a subir. Neste momento em relação ao ano passado, o preço de venda ao público triplicou”, afirmou. Mas não é só no adubo que se verifica este aumento significativo. Nas rações o cenário repete-se. Para além de o preço aumentar “10 cêntimos hoje, 10 cêntimos amanhã”, Carlos Gonçalves referiu que as sacas também diminuíram o peso. “Já nem sequer recebemos sacas de 30 kg, já vêm a 25 Kg, mas posso dizer que os 25 kg estão mais caros do que se vendia os de 30 no início do ano. Subidas na ordem dos 30%”, explicou. Os vendedores têm se apercebido das queixas dos clientes e até da redução das compras. Na Casa Agrícola alguns clientes que habitualmente compravam “uma palete ou duas de adubo, neste momento dizem que não vão comprar”. “Vão gastar uma fortuna numa palete de adubo em que depois se calhar o retorno para o agricultor vai ser igual ao do ano passado. Vai ter o triplo da despesa e a mesma receita. Não compensa nada”, disse Carlos Gonçalves. 

No Sittio, uma loja que também vende produtos agrícolas em Bragança, a situação é idêntica. Segundo o director, a actualização da tabela de preços tem sido “quase semanal” desde Agosto, o que tem levado os clientes a comprar menos. “Aquilo que temos notado e segundo o que as pessoas dizem quando vêm à loja é que este ano, se calhar, algumas pessoas vão deixar de aplicar, porque não podem pagar, porque não há essa inflação no preço do produto deles”, referiu Pedro Murçós. Para o responsável, a subida dos preços dos produtos agrícolas, nomeadamente dos adubos, deve-se também ao aumento do preço dos combustíveis. “Há alguns produtos, como os adubos, em que a transformação é feita nas fábricas com o gás natural. O grupo Yara, que é talvez o segundo maior grupo económico a nível mundial na produção de amoníaco, fechou já duas fábricas quebrando a sua produção em 40%, o que significa que vai haver menos produção de adubos azotados, aqueles que as pessoas conhecem como o nitro 27 ou 20,5”, explicou, acrescentando que esta é uma das razões pelas quais o preços dos adubos subiram “300%”. A falta de cereais deve-se ao aumento do seu preço, mas Pedro Murçós considera que é altura dos agricultores da região voltarem a produzir.

Governante acredita que não vai ter impacto na produção

Confrontado com a situação, o secretário de Estado da Agricultura e Desenvolvimento Rural considera que o aumento do preço dos produtos não vai ter “um impacto grande na produção”, nomeadamente do azeite. Rui Martinho disse acreditar que esta é uma “situação temporária”, relacionada com o aumento do preço dos combustíveis e que estão já a “monitorizar a situação”. “Nós estamos convencidos que esta é uma excepção e que dentro de alguns meses virá para uma situação mais normal”, afirmou. O governante entende que não haverá quebra na produção, mas sim que os produtos finais serão vendidos depois também mais caros. “Não temos dúvidas de que se a situação se prolongar muito esse acréscimo de custo tinha que ser repercutido ao nível do preço dos produtos finais”, referiu. Já quanto à possibilidade de aumentar os subsídios dos agricultores, visto que também estão a ter mais gastos, Rui Martinho explicou que “os subsídios são feitos no quadro dos instrumentos comunitários e estão definidos, mas neste momento esse instrumento está a ser redefinido e é aí que as coisas têm que ser vistas”. No entanto, não descartou a possibilidade de haver um aumento dos apoios. “Existe a possibilidade de no quadro do pré PAC de rever os níveis de subsídios que estão feitos e é isso que, neste momento, está em cima da mesa, está em consulta pública e vamos esperar o resultado dessa consulta pública para ver o que poderemos fazer”, frisou. 

Também a directora regional de Agricultura e Pescas do Norte considera que não haverá uma quebra na produção dos pequenos agricultores, mas sim um aumento do preço dos produtos vendidos ao consumidor. “Embora haja o apoio ao gasóleo verde, os valores dispararam e quer os combustíveis, quer os outros factores de produção têm estado a subir os preços e isto certamente que se irá reflectir no consumidor. O consumidor começará a pagar mais caro estes produtos, como a carne, os ovos e o leite”, disse Carla Alves. A nova PAC, Política Agrícola Comum, para o período entre 2023 e 2027, está agora em consulta pública até 6 de Dezembro. Carla Alves deixou a garantia que o novo quadro comunitário trará benefícios para os agricultores transmontanos. “O novo quadro comunitário vai ser muito mais vocacionado para o apoio à pequena agricultura, aos territórios vulneráveis”, explicou, acrescentando que “há aqui regiões no país que claramente têm subidas de apoios, que é Trás-os-Montes e a Beira Interior”.

Jornalista: Ângela Pais

Mercado Rural Mirandês de 4 e 5 de Dezembro em Miranda do Douro

 Este evento tem como principal objetivo promover, divulgar e dar escoamento à produção local de produtos genuínos e de elevada qualidade, a fim de estimular a produção e o comércio local.


A Câmara Municipal de Miranda do Douro e a Associação de Produtores Gastronómicos das Terras de Miranda – Sabores de Miranda, vão realizar o Mercado Rural Mirandês, nos próximos dias 4 e 5 de Dezembro de 2021.

Este evento tem como principal objetivo promover, divulgar e dar escoamento à produção local de produtos genuínos e de elevada qualidade, a fim de estimular a produção e o comércio local.

No Mercado Rural Mirandês haverá exposição e venda de produtos regionais como a Bola Doce Mirandesa, Folar de Carne, Bola de Carne, Pão, Doçaria Regional, Fumeiro, Mel, Frutos Secos, Doces e Compotas, Licores, Vinho, Queijos, Chocolate e afins, manufaturados; Produtos de Horticultura e Fruticultura da região, em verde ou em seco e animação com grupos de pauliteiros e gaiteiros.

Filandorra está em Residência Artística em Vila Flor

 Terceira produção do projecto “Reportórios, Territórios e Identidades”. Com encenação de David Carvalho, a farsa vicentina é atualizada no tempo e no espaço, “transportando” as personagens para uma qualquer quinta do Vale da Vilariça, no Concelho de Vila Flor, reforçando a comédia e a intemporalidade de Gil Vicente, a partir da história de um Velho honrado e muito rico, que se enamora por uma moça, e a engano de uma alcoviteira, perde a sua fortuna.


A Filandorra inicia Residência Artística no Concelho de Vila Flor para preparar aquela que é a 79ª Produção, O Velho da Horta de Gil Vicente, uma farsa para rir a partir dos jogos de linguagem e metáforas líricas utilizadas que provocam invariavelmente o riso. E foi na horta da Dona Constança, mesmo às portas da vila, que o elenco da Filandorra na companhia do atual Presidente da Câmara, Pedro Lima, para memória futura, assinalou o início da Residência Artística à volta da Grande Couve.

Com encenação de David Carvalho, a farsa vicentina é atualizada no tempo e no espaço, “transportando” as personagens para uma qualquer quinta do Vale da Vilariça, no Concelho de Vila Flor, reforçando a comédia e a intemporalidade de Gil Vicente, a partir da história de um Velho honrado e muito rico, que se enamora por uma moça, e a engano de uma alcoviteira, perde a sua fortuna. Nesta versão, Fenandeanes, de alcunha O da Bota porque tinha a mania de calçar botas diferentes, é um homem excêntrico no seu dia-a-dia, que apesar de usar bengala, desloca-se de Hoberboard para todo o lado: nos terrenos planos da quinta, nas idas à Vila…e mais se verá!

A nova produção da Filandorra, cuja estreia estava inicialmente prevista para este mês mas que dada a evolução pandémica no país foi reagendada para 22 de janeiro de 2022, conta com o apoio da DGartes/Ministério da Cultura no âmbito do projeto “Reportórios, Territórios e Identidades” (Biénio 2021-2022) do Programa de Apoio Sustentado – Teatro, e tem como parceiro principal o Município de Vila Flor, que tem em implementação uma nova política cultural que visa reaproximar as populações com a arte do teatro.

Neste contexto, o Município reforçou a parceria com a Filandorra que vai permitir a criação de uma Escola Municipal de Teatro para crianças e jovens, a dinamização de um Grupo de Teatro Amador, a realização da iniciativa Teatro no Mundo Rural com espectáculos para todas as freguesias como forma a combater o isolamento das populações rurais, a revitalização a partir de um grande evento lúdico e cénico com tradição e memória da feira anual Terra Flor, e a Estreia Nacional de Dinis e Isabel no âmbito da candidatura ao Programa de Apoio Sustentado (Quadriénio 2023-2026) da DGartes/Ministério da Cultura, que permitirá a criação um rota cultural nacional pelos lugares e municípios que têm em comum o laço histórico do Milagre das Rosas.

Depois da estreia de Diabos e Diabritos num saco de mafarricos de Alexandre Parafita no passado mês de maio em Vinhais, e O Barrete de Guizos de Luigi Pirandello em Lamego, esta nova produção em Vila Flor vem uma vez mais reafirmar a aposta da Filandorra na descentralização e diversificação do trabalho artístico privilegiando a ligação entre o locus territorial e autores das obras/temáticas para a distribuição das estreias por diferentes “pólos” da região.

Varge


Varge, aldeia conhecida pelos coloridos Caretos que todos os anos, no dia de São Estevão a 26 de dezembro, saem à rua e mantêm viva uma das Festas dos Rapazes mais emblemáticas das aldeias de Bragança. Ao visitar Varge nestes dias, conte com muitos chocalhos, gritos, risos, gaitas, bombos e travessuras. Garantimos que será um Natal bem diferente do habitual! 


Se visitar Varge noutra altura do ano, a algazarra dá lugar à tranquilidade, mas as marcas dos Caretos permanecem, como atestam as máscaras à entrada da histórica ponte sobre o rio Igrejas e a colorida Fonte dos Caretos, utilizada por estes diabretes para dar banho às pessoas durante as Festas de Inverno. Caretos à parte, vale muito a pena fazer um passeio pela margem do rio Igrejas, subir à altaneira igreja da aldeia e visitar a capela de fundação quinhentista situada à boca da ponte.

Dica VagaMundos:  chegou a Varge às horas de almoço? Não hesite em ir degustar um bom prato tradicional transmontano do restaurante O Careto. O Galo Caseiro no Pote de Ferro é um verdadeiro manjar!

A não perder numa visita a Varge
Igreja Paroquial de Varge (São Miguel) | Capela do Santo Padre | Rio Igrejas | Ponte de Varge | Forja e Moinho comunitários | Fonte dos Caretos | Largo da Casa do Povo

Anabela e Alexandre

Nota de Imprensa | Aldeia Natal volta a brilhar em Alfândega da Fé

 A Aldeia Natal em Alfândega da Fé vai voltar a brilhar. A iniciativa que vai já na 7ª edição transforma o Jardim Municipal num mágico colorido, dando vida e dinamismo ao centro da vila nesta quadra especial.


Aldeia Natal volta a brilhar em Alfândega da Fé

A Aldeia Natal em Alfândega da Fé vai voltar a brilhar. A iniciativa que vai já na 7ª edição transforma o Jardim Municipal num mágico colorido, dando vida e dinamismo ao centro da vila nesta quadra especial.
A iniciativa resulta de uma parceria da autarquia com a Liga dos Amigos do Centro de Saúde de Alfândega da Fé, através do programa CLDS 4G Alfândega +Igual, cujo objetivo se centra na valorização da comunidade local, na promoção do espírito solidário e no envolvimento das famílias na sua criação.
Mais uma vez, o Jardim Municipal transforma-se com a ajuda das famílias alfandeguenses que dão o seu contributo criativo na decoração dos espaços da Aldeia Natal. Para além disso há uma agenda de eventos que vai desde a iluminação da Aldeia Natal, no dia 3 de dezembro até ao Cantar dos Reis no dia 9 de janeiro.
*Todas as iniciativas vão estar sujeitas ao cumprimento das normas da Direção Geral de Saúde.

Para mais informações, contactar:
Gabinete de Comunicação
Município de Alfândega da Fé
Telef: 279468120
e-mail: comunicacao@cm-alfandegadafe.pt

ALGUMAS DAS NOSSAS TERRAS JÁ NÃO TÊM TRANSPORTES PÚBLICOS

 Estamos  a fechar o mês de Novembro. Esta edição é abençoada por Santo André, e como diz o povo: “ no dia de Santo André pega o porco pelo pé, se ele disser quié-quié, diz-lhe que tempo é; se ele disser que tal, que tal, guarda-o para o Natal.”


Alguma da nossa gente disse-nos que juntaram a apanha da castanha com a da azeitona. A tia Maria de Lurdes, de Mós de Celas, Vinhais, diz que por este andar ainda tem castanhas até ao Natal.

Quem nos disse que andava com os ossos todos desengonçados, foi o tio Rebelo de Real Covo, Valpaços, pois andou três dias apanhar azeitona com a “máquina da batata,” quer isto dizer teve que ser à maneira tradicional de vara na mão.

Alguns dizem que têm que optar pelas máquinas, pois já não encontram gente à jeira.

Ao ler os versos do David Pires, de Valverde, Bragança, que hoje reproduzimos aqui, lembrei-me de procurar à família se havia aldeias sem transportes públicos e cheguei à conclusão que algumas aldeias também não têm.

Algumas foram as que confirmaram não haver transportes, das quais; Valverde e Mós em Bragança, Celas, Mós de Celas, São Cibrão e Negreda de Vinhais. Outras só têm transporte em tempo de aulas, como Vilã Chã de Braciosa e Prado Gatão, em Miranda do Douro, Nuzedo de Baixo e Soutilha, em Vinhais.

Certo é que essas pessoas têm de se valer do carro próprio ou táxi para se deslocarem à sede de concelho para tratar da saúde ou de outros assuntos.

Faleceu aos 88 anos, a pouco mais de um mês de completar os 89, o tio Aquiles Ferreira, de São Martinho, Miranda do Douro. Era ouvinte assíduo e muito participativo. Também faleceu de ataque cardíaco, João Carlos, com 44 anos, filho da tia Donzília, de Casas da Estrada, Alijó. Que em paz descansem as suas almas e os sentidos pêsames às famílias enlutadas. Depois de chorar a morte vamos celebrar a vida.

Faz hoje 12 anos o João André, é o ministro dos parabéns, nomeado assim por ser ele que, durante todo ano, canta os parabéns a quem está de aniversário.

Na semana passada também esteve de parabéns a avó Laurinda, que festejou a sua juventude dos 94 anos, e nos confessou ter cada dia mais vontade de viver. Francisco António Gonçalves, de Parada (Bragança), completou um século de vida. Janota Alves (85) Santulhão (Vimioso); Deolinda Rodrigues(62) Coelhoso(Bragança); Luz Celeste Terra (58) Castelo (Alfândega da Fé) a residir em França; Celina Mendes (53) Lagoas (Valpaços); Filipe Costa (47) Argemil da Raia (Chaves) a residir em França; Sónia Marisa(40) Lanção (Bragança); e Vitória Morais (8) Rio Frio (Bragança). Para todos, saúde e paz, que o resto a gente faz!

A minha aldeia é maravilhosa!

Porém na minha aldeia não há transportes
não há uma só paragem
A minha aldeia é de pessoas fortes
e é maravilhosa a paisagem

Tipicamente transmontana com a tal sina
poucos jovens, pessoas idosas e menos idosas
casas rústicas de pedra em ruína
e às portas já não florescem rosas

Sem aquecimento adequado com entradas de ar
com pessoas idosas morando dentro
habitantes genuínos, autênticos, mas não dão que falar
de rostos cansados que relembram outro tempo

Tempo onde talvez foram mais fortes cheios de felicidade
hoje menos saudáveis alguns mesmo incapacitados
vão dependendo dos menos idosos de maior mobilidade
para cumprir tarefas diárias, alguns recados

Tarefas diárias... como por exemplo uma boleia
para ir à cidade em busca de medicação
uma consulta, compras poucas, que a coisa está feia
pois na farmácia ficou a maior parte do quinhão

Uma boleia porque o táxi está fora de questão
gastou-se na farmácia e nas compras, olha agora pagar portes
A minha aldeia é linda no outono, inverno, primavera e verão
mas na minha aldeia não temos transportes

Na minha aldeia vive uma senhora, incapacitada
doente numa dessas casas com entradas de ar
todo o dia queixando-se e acamada
dependendo totalmente do marido para andar

O marido a quem muitas vezes boleia dou
vai tratando da mulher e da casa com oitenta anos
nem táxi nem autocarro, ninguém parou
tal é o fado destes tristes transmontanos

Outro fado duma senhora idosa minha tia
que vai contando com o seu filho mais novo
doente, idosa, viúva e com anemia
moram os dois sozinhos lá para o fundo do povo

O combustível caro mas meu primo trabalha perto
acaba por gastá-lo em correria e vai e vem no dia a dia
medicação, consultas, papelada tudo certo
para assim alindar os dias à minha tia

Muitos veículos diariamente por aqui a circular
o progresso transita por aqui no CM1061 caminho municipal
a minha aldeia mete medo, ninguém quer parar
minha gente linda e autêntica está doente em fase terminal

Ancorados a esta terra o desafio estão a levantar
uns vão resistindo, outros deixaram o meio urbano
a aldeia é maravilhosa e não se está a desertificar
construíram-se duas casas novas em um ano

A população nestes últimos anos tem estado a aumentar
gente ativa que aqui se instalou e até duas crianças
era importante ver a situação a melhorar
para não acabar com sonhos e quebrar as esperanças

A dez quilómetros de Bragança com acesso por auto-estrada
como diz o ditado “perto e bom caminho”
uma aldeia linda mas esquecida e pouco falada
cujo povo ao abandono sente-se sozinho

A minha aldeia aqui bem perto da cidade
juntinho à zona industrial de Mós – Sortes
chama-se Valverde e a pura realidade
é que na minha aldeia não há transportes

David Pires (Valverde - Bragança)

Tio João

AJUDAR OS QUE CUIDAM A CUIDAR

 Um grupo de profissionais de saúde está a levar cuidados, em várias áreas, aos idosos do concelho de Alfândega da Fé


A Equipa de Atenção Biopsicossocial à Pessoa Idosa abrange as valências de enfermagem, assistência social, psicologia, nutrição, sociologia e psicomotrição. O grupo de técnicos desloca-se diariamente ao domicílio dos idosos para lhes prestar apoio, naquilo que é previamente identificado como prioritário. Segundo justificou a coordenadora e psicomotricista da equipa, Telma Figueiredo, tudo isto nasceu fruto de o concelho ser “extremamente envelhecido” e porque “há pessoas que não querem colocar os idosos no lar”, sendo que “com ajuda torna-se mais fácil tratá-los e tê-los em casa”. Esta é assim uma forma de apoiar os idosos e de ajudar a cuidar quem cuida, não só no trabalho que se tem com o idoso, como no próprio cuidado que devem ter consigo. “Uma pessoas que está 24 horas por dia a tomar conta de outra pessoa não tem uma vida fácil.”, assinalou Telma Figueiredo, que considera que não é visitando estas pessoas, uma vez por semana, que se fazem “milagres”, mas a verdade é que o trabalho tem sido profícuo. 

A equipa já está em funcionamento desde Maio e foi criada pela câmara municipal, contando com várias parcerias, nomeadamente com o centro de saúde, lares de idosos, centros de dia, juntas de freguesias e várias outras instituições locais. Até agora, a equipa já prestou apoio a 26 idosos. Seis já tiveram alta, “uns porque recuperaram e não precisam mais, outros porque foram institucionalizados”. Qualquer pessoa que tenha 65 ou mais anos e resida no concelho, há pelo menos dois, pode ser beneficiadora da visita desta equipa. Há vários requisitos que ditam que a pessoa seja aceite, mas qualquer uma se pode candidatar. “Depois da sinalização é feita uma avaliação. Caso o idoso seja aceite é feita uma outra avaliação para se perceber em que áreas é preciso intervir, estabelecendo-se um plano de intervenção, em que também se designa a frequência das visitas”, vincou a coordenadora. Volvidos três meses da prestação de cuidados, e depois, passados outros seis, é feita uma reavaliação para ver se houve melhoria ou não e se, por isso, continuam a receber apoio. 
Apesar de estar no terreno há meio ano, a equipa foi apenas apresentada na semana passada. Aproveitou-se o primeiro encontro de cuidadores informais para o fazer. Uma iniciativa que a equipa vai também começar a promover todos os meses, para cuidar de quem cuida. Para já, não se sabe ao certo quantos cuidadores informais há no concelho, mas, segundo Telma Figueiredo, para este primeiro encontro foram identificados e contactados 60. “Penso que agora poderão aparecer mais”, esclareceu a coordenadora, que avançou ainda que muitos deles não possuem estatuto de cuidador informal porque o “desconhecem”.

22 anos de cuidados

Elvira Realista tem 70 anos e cuida do marido. É de Sendim da Serra e há 22 anos que a vida lhe trocou as voltas. O marido, aos 55 anos, teve um AVC e, “a partir daí, tudo mudou”. Na altura, ficou com o lado esquerdo completamente paralisado. “Tinha que lhe dar banho, vesti-lo e calçá-lo. Sentava-o à mesa, mas ele comia pela mão dele. Agora já não é assim”, contou a mulher que, à época, aos 48 anos adiou a vida tida por normal, deixando o café e o mini-mercado que dirigia, em prol do marido. Há cerca de 12 anos as coisas foram piorando. O marido de Elvira começou a ficar demente e, “neste momento, não conhece ninguém”. Com o marido acamado, além do apoio da equipa recém-apresentada, Elvira Realista conta ainda com a visita diária de duas profissionais do Centro Social e Paroquial de Picões, que a ajudam a levantar o marido logo de manhã. 

Amor é a palavra chave para este sacrifício pessoal em prol dos outros, mas não chega. Como diz o povo, é preciso ter quem deite a mão. E mãos que não faltem porque há aqui toda uma ginástica que é preciso fazer. Depois da visita das duas profissionais do centro, Elvira conta com a filha, que almoça todos os dias em casa dos pais. Ajuda-a a pô-lo novamente na cama. Já à noite é a vez do filho ajudar, nomeadamente na muda da fralda. Para que tudo isto seja possível, envelhecer em casa já não tendo forma de tratar de si mesmo, a vida de algumas pessoas torna-se complicada. “Não há palavras. Eu olho para ele e lembro-me do que ele era e naquilo que se transformou. 

É complicado ver as expressões de desgaste, olhar para ele e ver que não é aquilo que era”, contou Elvira Realista, que, além da vida, também teve que transformar a casa para que o marido não terminasse os dias num lar, nomeadamente comprar-lhe uma cama adapatada, com um colchão anti escaras, assim como fazer alterações na própria casa de banho, para que este também a pudesse usar. “Tenho muito amor e muito carinho por ele. É o pai dos meus filhos e tenho que o tratar o melhor possível”. É esta a grande motivação de Elvira Realista. No fim de contas, o que fica é sempre o amor.

“Vi que eles precisavam e não hesitei”

Judite Camelo, de 60 anos, também é um dos exemplos de altruísmo e de sacrifício. Deixou a vida em França, onde estava emigrada, para vir tomar conta dos pais para Alfândega da Fé. O pai tem 91 anos, é diabético e hipertenso, precisa que lhe administrem a insulina de manhã, que lhe dêem os comprimidos ao meio dia e que lhe meçam os diabetes à noite. Já a mãe, de 82 anos, não consegue fazer absolutamente nada, perdeu a noção de tudo. Desde vestir, a calçar, dar banho e de comer, precisa de tudo, como se de um bebé de colo se tratasse. 

Além do amor, parece que, muitas vezes, é preciso ter como que cursos de medicina, de enfermagem, de nutrição e de uma série de outras coisas. Mas não. Claro que as noções de algumas coisas que não dominamos são necessárias quando se tem a vida de alguém nas mãos, mas o instinto, o carinho e a necessidade guiam quem cuida. “Eu via que a minha mãe era muito dinâmica e quando os meus dois irmãos mais novos morreram ela começou drasticamente a ir-se abaixo, a mudar. Na altura, o meu pai também começou a ficar doente. Eu ainda não estou reformada mas vi que eles precisavam de mim e não hesitei”, contou Judite Camelo, que também conta com o apoio da equipa de Alfândega da Fé. A mulher, que se assume como cozinheira, enfermeira, médica, amiga e filha, toma conta dos pais há três anos mas ficou e fica muito para trás. “Eu esqueci-me de mim. Vivo para eles. O meu marido pergunta-me, muitas vezes, pela Judite que conheceu e diz-me que também precisa de atenção, que lhe faça o pequeno almoço como faço ao meu pai. Eu só lhe digo que o faça ele que já é grande. Mas lá está, perdemos o foco no resto”, disse Judite Camelo.

Viver em casa, com qualidade

Jorge Falé também deixou a vida noutro sítio para voltar a Alfândega. Voltou para a terra há quatro anos, altura em que se reformou. A mãe já não conseguia tomar conta da tia e veio em seu auxilio. Hoje em dia é o cuidador da tia, de 97 anos. A mãe, entretanto, já morreu. “Tenho uma empregada das 8h30 às 17h30 mas a partir dessa hora e ao fim-de-semana tenho que estar com ela, não posso deixá- -la”, contou Jorge Falé, que, habitualmente, serve o jantar à idosa, faz-lhe companhia e deita-a. 

A tia de Jorge Falé não anda mas não está acamada. Institucionalizá-la está fora de questão, até porque “tem uma cabeça espectacular”. “A minha tia quer acabar a vida em casa, de uma forma digna. Não quer dizer que as instituições os tratem mal, mas está provado que em casa conseguem viver mais tempo e com mais qualidade” assumiu o sobrinho da idosa, que vincou que, apesar do amor aos seus e do sacrifício, tudo isto lhe rouba tempo para outras coisas.

Jornalista: Carina Alves

Sonho (2003)

Por: Manuel Amaro Mendonça
(colaborador do "Memórias...e outras coisas...")
 
Dormia calmamente quando senti o toque fresco da tua mão no meu rosto em total contraste com o calor que fazia no quarto.
Abri os olhos e vi-te de pé, frente a mim, sorrindo como só tu sabes sorrir. Teu cabelo solto criava uma aura na contraluz da luminosidade que se escoava pela janela atrás de ti.
Tocaste com o indicador nos meus lábios para impor silêncio. Fechei os olhos por segundos e quando os abri novamente tinhas desaparecido.
As cortinas da porta do terraço acenavam-me languidamente, ao sabor da brisa noturna.
Ergui-me e caminhei para a porta. A frescura da noite chegou ao meu corpo despido e envolveu-me lentamente.
E ali estavas de novo, de pé no meio do terraço, qual Eva renascida trazendo contigo o Pecado Original.
Sentaste-te e deitaste-te graciosamente enquanto eu me aproximava, de corpo tenso, ereto, em homenagem à tua beleza.
Ajoelhei junto ao Altar do teu corpo, sacerdote de uma qualquer religião esquecida adoradora de Vénus. Extasiado e reverente, perante tão radiosa aparição.
O veludo negro do céu e os diamantes que o ponteavam, eram as únicas testemunhas de tão irreal acontecimento, de tão imortal encontro.
Os Deuses, algures no Olimpo, congeminaram esta nossa união que tem tanto de sagrado como de herético. Divertem-se durante vidas inteiras aproximando-nos e afastando-nos a seu bel-prazer mas esta noite deram-nos tréguas.
Os meus lábios tocaram os teus e repousei o meu corpo suavemente sobre o teu. Fomos um abraço sem tempo, uma união única de corpos e mentes de sintonia total como só acontece uma vez em cada milhão de anos.
Vibramos silenciosamente, rodando, penetrando e sugando loucamente por uma eternidade. Explorei cada ponto da tua geografia, vagueei pelas tuas colinas, acariciei cada contorno das tuas planícies, deixei-me perder no teu mato aveludado e doce, convidativo e húmido.
O tempo deixou de existir e o cenário noturno esbateu-se lentamente até toda a realidade se projetar numa explosão de cores e sentidos desordenados, terminada numa lassidão cheia de doçura e saciedade.
Quando tornei a abrir os olhos, os primeiros laivos da madrugada rompiam sobre os telhados das casas e eu estava deitado no terraço, frio e sozinho.
Foi um sonho?
Eu acho que não.

Manuel Amaro Mendonça
nasceu em Janeiro de 1965, na cidade de São Mamede de Infesta, concelho de Matosinhos, a "Terra de Horizonte e Mar".
É autor dos livros "Terras de Xisto e Outras Histórias" (Agosto 2015), "Lágrimas no Rio" (Abril 2016), "Daqueles Além Marão" (Abril 2017) e "Entre o Preto e o Branco" (2020), todos editados pela CreateSpace e distribuídos pela Amazon.
Foi reconhecido em quatro concursos de escrita e os seus textos já foram selecionados para duas dezenas de antologias de contos, de diversas editoras.
Outros trabalhos estão em projeto e sairão em breve. Siga as últimas novidades AQUI.

Pequenos agricultores queixam-se do preço dos produtos para a agricultura e dizem diminuir produções

 O aumento constante do preço dos produtos para a agricultura está a tornar-se insustentável para os pequenos agricultores da região
No concelho de Bragança, um produtor deixou de semear cereal e outro foi obrigado a diminuir a produção de carne. Em poucos meses o preço do adubo quase triplicou e as lojas de produtos agrícolas já notam que os clientes estão a comprar cada vez menos.

Alguns agricultores já estão a deixar de produzir determinados produtos, porque o preço dos adubos quase triplicou. É o caso de Joaquim Pereira, da localidade de França, concelho de Bragança, que diz que este ano vai deixar de semear cereais.

“Podia contar-se com uma subida dos preços, mas tão grande ninguém contava. Este ano não compro nada, já nem semeio sequer o cereal. Deixei de semear porque aumentou muito o preço”, disse.

David Pires, de Gondesende, no concelho de Bragança, queixa-se do mesmo. Tem vacas e vitelos, que depois vende para carne. Actualmente, ao preço a que a carne é vendida e ao custo dos cereais admite que não compensa ter pecuária.

“O quilo da carne é pago entre 4 euros e 4,5 euros, que é quase o mesmo preço que há 30 anos, mas a saca custa 11 euros e só tem 25 Kg. Os animais se os quisermos ter temos que os alimentar, só que estou a ter prejuízo. Já reduzi bastante, antes tinha 20 e tal vacas e agora tenho metade”, referiu.

Segundo Carlos Gonçalves, da Casa Agrícola, em Bragança, o ano passado, o “adubo 20,5” custava ao consumidor 8 euros, actualmente é comprado pela loja a 16 euros +IVA. As rações também não escapam a esta inflação.

“As rações podemos ver que vão subindo 10 cêntimos hoje, 10 cêntimos amanhã. As sacas vão descendo também de peso, já nem sequer recebemos sacas de 30 Kg, já vêm a 25 Kg. A saca de 25Kg está mais cara do que a de 30 Kg que se vendia no início do ano”, afirmou.

No Sittio, uma loja que também vende produtos agrícolas em Bragança, a situação é idêntica. Segundo o director, Pedro Murçós, os preços têm aumentado “quase semanalmente” desde Agosto, o que tem levado os clientes a comprar menos.

“Aquilo que temos notado e segundo o que as pessoas dizem quando vêm à loja é que este ano, se calhar, algumas pessoas vão deixar de aplicar, porque não podem pagar, porque não há essa inflação no preço do produto deles”, salientou.

No entanto, o secretário de Estado da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Rui Martinho, considera que esta inflação dos preços não vai ter “um impacto grande na produção”, nomeadamente do azeite.

“Não queremos que venha a ter um impacto grande na produção do azeite, mas obviamente que a situação que se vive é preocupante, vamos esperar que seja uma situação temporária. Existe a possibilidade de no quadro do pré PAC de rever os níveis de subsídios que estão feitos”, afirmou.

Também a directora regional de Agricultura e Pescas do Norte, Carla Alves, defende que não haverá uma quebra na produção dos pequenos agricultores, mas sim um aumento dos preços dos produtos vendidos ao consumidor.

A nova PAC, Política Agrícola Comum, para o período entre 2023 e 2027, está agora em consulta pública até 6 de Dezembro. Carla Alves deixou ainda a garantia que o novo quadro comunitário trará benefícios para os agricultores transmontanos.

Escrito por Brigantia
Jornalista: Ângela Pais

O Hotel Restaurante a Vileira (Vimioso)- É Um local de culto na Gastronomia Transmontana

 Vileira

O Hotel Restaurante Vileira instalado na vila do Vimioso foi uma das gratas surpresas com que nos deparámos no ano de 2011 quando o Portugal Notável pernoitou e jantou em Abril na sua viagem de reconhecimento do distrito de Bragança.

Apresentamos desde já algumas vantagens que fazem do A Vileira um local de eleição para quem visita ou estadia em negócios na região transmontana.

1)- O Hotel Restaurante A Vileira fica estrategicamente colocado em pleno centro do Nordeste Transmontano (distrito de Bragança- aqui pode ver a lista dos seus locais notáveis); é relativamente equidistante dos locais mais turísticos (Parque Natural do Douro Internacional, Parque Natural de Montesinho e dos cascos medievais das cidade de Bragança e Miranda do Douro).

2)-Ainda em relação ao seu posicionamento um local de que é de visita obrigatória e que está muito perto de Vimioso, é o magnífico Castelo de Algoso (ler aqui) , não tanto pela sua estrutura e monumentalidade mas mais pela sua admirável implantação em crista quartzítica.

3)- Hotel Restaurante A Vileira é um edifício moderno e acolhedor, idealizado para proporcionar aquele retiro no melhor conforto possível. O Hotel Restaurante A Vileira dispõe de quartos simples e duplos (duas camas e de casal), todos com casa de banho privativa, telefone e tv. São 17 quartos, distribuídos por 1 piso, todos decorados num estilo simples, confortável e aconchegante, para que possa desfrutar de uma agradável estadia. 

4) O Hotel Restaurante A Vileira está presente, com todo o profissionalismo, em todos os eventos festivos do Vimioso nomeadamente festas de casamento, baptizado, um Aniversário ou até mesmo um encontro entre colaboradores de empresas…!

5) A não perder é sem dúvida a festa das jornadas gastronómica micológica, que conta com a participação e o empenhamento do A Vileira. Sem dúvida que estas jornadas são uma ocasião única para saborear esta fabulosa iguaria de Vimioso. A jornada gastronómica Micológica já é um evento importante em Vimioso. O Hotel restaurante “A Vileira”, responsável pela implementação desta iniciativa, presenteia os convidados com entradas, pratos e sobremesas baseados nos ricos sabores dos cogumelos da região. O restaurante enche-se com gentes oriundas de várias partes do país como do Porto, Braga, Coimbra e, inclusive, de Espanha. (ler aqui)

A não perder este magnífico vídeo sobre a Jornada Micológica no A Vileira.


6) Uma das mais-valias do A Vileira é indiscutivelmente a sua magnífica gastronomia transmontana com pratos ricos e, sobretudo, saborosos. As melhores carnes, a melhor caça, os melhores produtos da terra.
O cabrito, por alturas da Páscoa, merece um enorme destaque e que até conta com uma semana gastronómica.

7)- o A Vileira tem uma sala ampla com decoração agradável aos sentidos.

8) As entradas que nos servem são magníficas com os enchidos regionais (o fumeiro), encontrando-se presente o presunto as alheiras (também designadas de tabafeias), o salpicão e o butelo, estes são apenas alguns produtos afamados representantes.
Em relação as sopas destacamos as Sopas da Cegada e Sopas de matança.
Entre os pratos mais emblemáticos contam-se o bacalhau na brasa e à portuguesa, a posta de vitela mirandesa, as costelinhas de cordeiro na brasa, as alheiras o cozido com butelo e cascas.
CARNES: Costeleta de Vitela Mirandesa Certificada, Posta de Vitela à Pimenta Mirandesa Certificada, Magret de Pato ao Vinho do Porto, Azedo com grelos, Butelo com cascas, Bife à “Vileira”, Enchidos regionais, Cabrito assado no forno, Costeletinhas de cabrito assadas na brasa, Caça(na época).
PEIXES: Grande variedade em peixe fresco grelhado (Robalo, Salmão, Dourada, Tamboril, Congro), Arroz de Tamboril, Polvo à Lagareiro.
VINHOS: Todas as zonas demarcadas – Douro, Alentejo, Dão, etc…
Estes são apenas alguns exemplos das muitas iguarias que o amigo Luís coloca a disposição dos seus clientes e que revelam um duplo bom gosto: gosto no prazer de bem-fazer e gosto em defender a riquíssima gastronomia transmontana.
Sem dúvida que o restaurante A Vileira e toda a região justificam uma escapadela por parte dos turistas de bom gosto.

9) A Vileira já é um local de culto na cozinha transmontana, por proporcionar ao viajante uma experiência única gastronómica com excelente relação qualidade/preço.

Obrigado Luís!

Hotel Restaurante A Vileira
http://www.vileira.com/
Morada Avenida de Alcanices, Nr. 1, 5230-308 Vimioso
Telefone: 273 518 200, 273 518 203
E-mail- vileira@iol.pt
Avaliação final (0 a 5)
Qualidade das Entradas (4)
Prato de carnes (5)
Prato de Peixes (4)
Sobremesas (3)
Garrafeira (4)
Qualidade do atendimento (celeridade e simpatia) (5)
Sala e ambiente (3)

Original AQUI.

Festas da cidade de Mirandela podem estar comprometidas no próximo ano

 Pelo terceiro ano consecutivo, as Festas de Mirandela estão novamente comprometidas em 2022


A falta de listas para as eleições da nova mesa da Confraria de Nossa Senhora do Amparo pode por em causa a realização da parte lúdica das Festas de Mirandela em Honra da Santa Padroeira da cidade.

Em 2022 poderemos não voltar a ter espectáculos, fogo de artificio, barraquinhas e diversões, mantendo-se apenas a parte religiosa.

No passado Sábado realizou-se a Assembleia Geral da Confraria, onde foi determinada a constituição de uma Comissão administrativa que necessita da concordância da Diocese. Os prazos para a organização das Festas não parecem exequíveis para o pároco da Igreja Matriz de Mirandela, Valentim Bom, para que haja a tão tradicional Festa de Mirandela no próximo ano.

“Não acho muito possível com esses prazos todos que é necessário e com as medidas que é preciso tomar para isso. A parte religiosa, já no ano passado e há dois anos cumprimos, e vai cumprir-se este ano também”, frisou.

Ainda segundo o Padre Bom, neste caso, a Câmara Municipal de Mirandela poderia ajudar ao associar-se à Comissão Executiva, assumindo o planeamento das actividades profanas.

Sílvio Santos lamenta que a Confraria tenha chegado a este impasse, com a falta de um grupo interessado em assumir a realização das Festas de Mirandela em Honra a Nossa Senhora do Amparo. No entanto, e apesar de ter tornado público em Maio passado não se recandidatar, não irá virar as costas à Confraria. Mas há prazos muito apertados que poderão colidir com a viabilização das Festas com todo o seu esplendor.

“180 dias, porque é o período mínimo para um confrade poder ser elegível. Ninguém deve ser vetado do direito de querer integrar uma confraria e estar ao lemo da confraria. Portanto, formalizar essa adesão e dar-lhes plenos direitos estatutários obriga a um período de 180 dias”, explicou.

Nesta Assembleia Geral foi também apresentado o relatório de contas. Têm sido tempos difíceis devido à falta de verbas que são, precisamente, angariadas nas Festas da cidade.

“Ficámos, praticamente, na total dependência do subsídio do município”, referiu Sílvio Santos.

Resta aguardar pela decisão da Diocese de Bragança-Miranda.

Escrito por Terra Quente (CIR)

Feira da Caça e Turismo deve regressar a Macedo de Cavaleiros de 20 a 23 de janeiro

 Em janeiro, tudo aponta para o regresso da Feira da Caça e Turismo e Festa dos Caçadores do Norte, em Macedo de Cavaleiros, depois de um ano de interregno.


Se não houver indicações em contrário, devido à evolução da pandemia, o certame vai acontecer e completa 25 anos. Uma data marcante, considera o vice-presidente do município, Rui Vilarinho:

“Na área, é das duas mais importantes do país.

É uma feira emblemática, reconhecida por todos os portugueses que gostam de caça, e traz muita gente ao nosso território. Por isso, temos de abraçar este projeto e acarinhá-lo cada vez mais.

Espero que em janeiro já possamos fazê-la, estamos a preparar-nos para isso, e ainda por cima faremos nesta edição 25 anos de feira, são as bodas de prata. É uma idade marcante e, por isso, queremos que seja diferenciadora. 

Estaremos sempre condicionados, ou não, em função do que for determinado pelo Sistema Nacional de Saúde, e temos que nos cingir àquilo que podemos fazer. Se não houver restrições, melhor para todos, se tivermos necessidade de nos adaptar, também o faremos, logicamente.

Estamos preparados para tudo, a começar os trabalhos, mas podemos estar a uma semana da feira e sermos obrigados a não a realizar.”

Devido à realização de eleições legislativas antecipadas, também o certame teve de ser antecipado uma semana.

A autarquia investe mais de 100 mil euros para a realização da feira, que atrai entre 40 a 50 mil visitantes e tem um retorno financeiro significativo para a economia local:

“As pessoas que vêm não comprarão todas mas muitas compram, ficam alojadas nos hotéis, almoçam e jantam nos restaurantes e à noite vão aos bares. A dinâmica é enorme nesses dias.

Sei que o retorno é de muito dinheiro e tomáramos nós conseguir ter mais 10 ou 15 fins de semana, ao nível deste, espalhados pelo ano todo.

Por norma a câmara tem investido sempre entre os 100 e os 130 mil euros nesta feira.

Como é a XXV edição, se eventualmente conseguirmos e o nosso orçamento nos permitir, se tivermos de dar um pouco mais o ar da nossa graça, também o faremos.”

Já há muito que o espaço é pequeno para o número de expositores que querem estar presentes na feira. A intenção de construir mais uma nave no Parque Municipal de Exposições continua entre as intenções:

“Foi prometida pelo sr. presidente de câmara, temos intenção de fazê-la e estamos a estudar a situação da melhor maneira, vendo também em que ano poderemos iniciá-la.

Isso vai depender também muito da nossa folga financeira, mas temos interesse em fazer mais uma nave naquele espaço para que não tenhamos de alugar tendas à parte, que fica a preços elevadíssimos. A nova estrutura servirá para a Feira da Caça e para outros eventos.

Temos de ir trabalhando paulatinamente no futuro.”

Está previsto que a XXV Feira da Caça e Turismo e XXVII Festa dos Caçadores do Norte decorra no penúltimo fim de semana de janeiro, de 20 a 23, numa edição que deverá contar com novidades, a revelar mais perto da data.

Escrito por ONDA LIVRE

Jornal do Agrupamento de Escolas Abade de Baçal considerado o melhor jornal de agrupamento a nível nacional

 O jornal do Agrupamento de Escolas Abade de Baçal, em Bragança, venceu o primeiro prémio do concurso nacional de jornais escolares do Público
O “Outra Presença” foi considerado o melhor jornal de agrupamento a nível nacional e recebeu um prémio de 2000 euros.

A coordenadora do jornal, a professora Luísa Diz Lopes, admite que ficaram surpreendidos com a distinção, tendo em conta as restrições com que o clube de jornalismo da escola funcionou com a pandemia.

“Tendo em conta a forma como este ano decorreu, o facto de a maior parte das reuniões de jornalismo terem sido online, não ser possível os alunos não terem ido para a rua participar em eventos, levou-me a crer que o jornal poderia não ter a qualidade necessária apara atingir este primeiro lugar”, explicou.

Esta não é a primeira vez que o Outra Presença é distinguido no concurso nacional. A professora de português acredita que o reconhecimento do trabalho serve de incentivo para manter o jornal que foi criado há 32 anos.

Carolina Teixeira é uma das alunas que participa na elaboração do jornal, há quatro anos. Admite que o prémio ainda foi mais especial por ter chegado em contexto de pandemia que trouxe mais desafios à equipa.

“Uma grande emoção, principalmente depois de um ano com as limitações todas que sabemos. Isto dá-nos mais motivação, mas também responsabilidade”, disse.

O Concurso Nacional de Jornais Escolares é um projecto incluído no programa Público na Escola, promovido pelo jornal com o apoio do Ministério da Educação e da EDULO, uma iniciativa da Fundação Belmiro de Azevedo. Foram entregues 8 mil euros em prémios a quatro jornais escolares e quatro trabalhas publicados.

Escrito por Brigantia
Jornalista: Olga Telo Cordeiro

ALMA TUA DÁ APOIO PSICOLÓGICO EM CARRAZEDA DE ANSIÃES

Terras de Trás-os-Montes

1.º De Dezembro em Bragança

Antigamente os estudantes do Liceu Nacional de Bragança comemoravam o 1º de Dezembro, de várias formas.
Inédito em Bragança era o ritual de roubar galinhas; uma transgressão nunca admitida: - “Eu nunca roubei galinhas”. Mais fácil era dizer que as tínhamos comido sem sabermos que tinham sido roubadas e que acreditasse quem quisesse.
Ao lado das manifestações nacionalistas, surgiam as práticas transgressoras dos estudantes que, de certo modo, eram aceites na sociedade bragançana, a ponto de haver pessoas que se consideravam desconsideradas se não lhes fossem roubar galinhas nessa noite. Também havia quem esperasse os estudantes de caçadeira ao ombro.
Por norma tudo começava com os ensaios de uma peça de teatro, que havia de ser representada depois no dia 1 de Dezembro.
As comemorações começavam no dia anterior, à noite, com as serenatas. Os “músicos” faziam serenatas às professoras ou professores que mais gostavam, em seguida, às raparigas, muitas das quais, não podiam aparecer. Essas, que não podiam abrir a janela sequer, para dizer que tinham gostado, acendiam e apagavam a luz dos quartos.
No dia um de manhã, tinha lugar um cortejo. A latada, que tinha lugar à tarde, onde “desfilavam estudantes que satirizavam alguns acontecimentos do ano, na vida do liceu, da cidade e do país”.
Depois dos desfiles, havia récita teatral. Era depois dessa récita que tinham lugar as grandes farras com as galinhas “compradas” sem autorização do dono.
Os jovens que frequentaram o Liceu Nacional de Bragança e que vinham das aldeias e de outros locais do distrito em busca da instrução, à qual só uma minoria tinha acesso, na sua generalidade, viviam com precárias condições, em pensões, quartos alugados e lares.
Mesmo para os filhos dos funcionários ou comerciantes da cidade, o dinheiro, para copos e farras, não abundava. Muito mais difícil ainda era ter dinheiro para ir ao baile de gala, outro dos pontos altos destas comemorações.
Optava-se então pelos bailaricos “não oficiais”.
Ainda hoje, existem pelo menos dois grupos em Bragança, de duas gerações diferentes, que comemoram o 1.º de Dezembro com uma grande e condimentada jantarada seguida de músicas e canções de intervenção e populares, que duram até de madrugada. Qualquer um dos dois grupos é quase hermético, isto porque a comemoração é uma oportunidade única de voltarem a ser os rapazolas que eram enquanto estudantes... e assim, fica tudo entre amigos.

HM

segunda-feira, 29 de novembro de 2021

Especialista defende que autópsia contradiz acusação no caso Giovani

 O perito forense Duarte Nuno Vieira afirmou hoje no tribunal de Bragança que a autópsia contradiz os factos relatados pela acusação no caso da morte do cabo-verdiano Luís Giovani.


O professor catedrático e consultor na área, que já foi presidente do Instituto de Medicina Legal, testemunhou hoje, a pedido da defesa de um dos arguidos, no julgamento em que sete homens são acusados do homicídio do jovem em dezembro de 2019.

O especialista analisou os documentos do processo relativos à morte e elaborou um parecer que sustentou hoje em audiência, afiançando que “o que está relatado no despacho da acusação não coincide com aquilo que a autopsia transmite”.

“Perante os dados que estão disponíveis, nós temos contradições grandes entre a versão dos factos e aquilo que a autopsia nos conta. A autopsia evidencia enormes contradições entre o relato que fez parte do despacho de acusação e aquilo que as testemunhas terão contado e aquilo que depois o cadáver veio contar-nos”, afirmou aos jornalistas no final da sessão.

Para Duarte Nuno Vieira, há neste processo “contradições muito significativas” que não permitem ter a certeza do que terá acontecido, concretamente do que resultou a lesão mortal na cabeça, se de uma agressão ou outro tipo de pancada, nomeadamente numa queda.

O perito encara com “muita dificuldade” que, se “aquela lesão tivesse resultado de um primeiro traumatismo intenso, aquele cidadão tivesse ainda a possibilidade de fazer todo o percurso que fez com a gravidade das lesões que tinha”.

“Não é uma impossibilidade, mas vejo isso com dificuldade e, portanto, em termos de probabilidade, eu avançaria mais para a segunda [a queda], mas não posso excluir também a outra hipótese, a pancada”, considerou.

O que o especialista exclui é a versão do Ministério Público que diz que o jovem foi brutalmente agredido em grupo pelos arguidos, afirmando que : “não há nada que diga que aquele jovem foi brutalmente agredido”.

“Nada, nada, em termos daquelas agressões múltiplas de pé, no chão, a pontapés, com soqueiras com paus, com vários instrumentos, não”, salientou.

Em declarações no final da sessão, Duarte Nuno Vieira insistiu que “a autópsia permite afirmar taxativamente que isso não aconteceu”.

“Que há uma pancada única, há. Agora, foi uma pancada única, se foi de agressão, se foi acidental, isso já estaria a caminhar no sentido da adivinhação”, acrescentou.

A testemunha indicou ainda que o jovem não apresentava nenhum outro ferimento, inclusive “não tem também lesões de defesa”.

A dúvida sobre a causa da lesão permanece desde a autopsia inicial que foi inconclusiva, indicando que a lesão tanto pode ter resultado de intenção homicida ou acidental.

O Ministério Público acusou oito homens pelo homicídio de Luís Giovani, um dos quais foi retirado do processo na fase de instrução que manteve a acusação a sete dos arguidos relativamente ao crime de homicídio qualificado na pessoa de Luís Giovani e reduziu para ofensa à integridade física a acusação relativamente a três amigos do jovem.

Os factos remontam à madrugada de 21 de dezembro de 2019, quando o grupo de quatro cabo-verdianos se terá envolvido numa altercação com um grupo de Bragança.

A desavença começou num bar e continuou na rua e Luís Giovani foi encontrado sozinho inconsciente e caído no chão a centenas de metros do local dos factos.

A versão inicial veiculada por amigos dos cabo-verdianos dava conta de um agrupo de “15 a 20” pessoas fez uma espera aos jovens e os agrediu com cintos, soqueira, paus.

As autoridades que tomaram conta do caso afastaram tratar-se de um caso de racismo e o Ministério Público escreveu na acusação que foi o grupo de cabo-verdianos quem foi tirar contas com os portugueses.

Até ao momento, ainda não foi esclarecida a pergunta repetida várias vezes pelo presidente do coletivo de juízes de como é que os amigos perderam, naquela madrugada, Luís Giovani, que foi encontrado sozinho caído na rua.

O julgamento dos sete acusados de homicídio começou em fevereiro de 2020 e tem novas datas marcadas para 10 e 19 de dezembro.

“Neste Natal dê um presente com significado, ofereça um Burro de Miranda como afilhado”

 Os Burros da Campanha de Apadrinhamento são os embaixadores da missão que tem guiado a AEPGA ao longo dos últimos 20 anos: trabalhar pelo bem-estar de burros e pessoas. "Por isso, ao apadrinhar um burro, estará a apoiar todos os animais e cuidadores que a AEPGA acompanha em todo o país", refere a Associação responsável por esta iniciativa.


A Campanha de Natal da Associação para o Estudo e Proteção do Gado Asinino (AEPGA) está de volta, com a renovação do apelo a um consumo consciente e solidário. “Neste Natal dê um presente com significado, ofereça um Burro de Miranda como afilhado” pretende sensibilizar a população para a importância das escolhas que fazemos, especialmente numa altura tão simbólica e, ao mesmo tempo, tão consumista com a época natalícia.

Os Burros da Campanha de Apadrinhamento são os embaixadores da missão que tem guiado a AEPGA ao longo dos últimos 20 anos: trabalhar pelo bem-estar de burros e pessoas. “Por isso, ao apadrinhar um burro, estará a apoiar todos os animais e cuidadores que a AEPGA acompanha em todo o país”, refere a Associação responsável por esta iniciativa.

Inseridos em diferentes comunidades, desde as mais rurais, envelhecidas ou despovoadas, até a comunidades mais urbanas e jovens, os burros têm assumido diferentes papéis no Portugal contemporâneo, que passam por trabalhadores nos campos agrícolas, terapeutas, companheiros de viagem, educadores para a preservação da biodiversidade ou sapadores florestais. Os diferentes contextos têm em comum a construção de relações estreitas de companheirismo entre animais e humanos, que mutuamente fazem parte da vida e da identidade de cada um.

A proposta da AEPGA é simples, “neste Natal, ofereça a quem mais gosta a possibilidade de fazer parte da comunidade de madrinhas e padrinhos que garantem que mais de 800 animais continuem a receber cuidados de saúde e bem estar e que a AEPGA continue a dinamizar atividades de sensibilização, promoção e investigação no sentido de melhorar a sua qualidade de vida“.

Com um custo mínimo de 30€, o apadrinhamento inclui um certificado de apadrinhamento e uma fotografia do burro apadrinhado. O padrinho ou madrinha terá a possibilidade de visitar o seu afilhado ou afilhada no Centro de Valorização do Burro de Miranda (CVBM) sempre que desejar, desde que informe atempadamente a associação, e ainda beneficiar de descontos nas atividades realizadas pela AEPGA. O apadrinhamento é válido por um ano.