segunda-feira, 31 de julho de 2023

1860 – É aberta ao público a estação telegráfica de Bragança

Small Party - Odores de Maria (Videoclip Oficial)

Agosto é sinónimo de verão, festas e muita animação. É o mês em que comemoramos as festas da vila e do concelho de Vinhais.

Festas da Cidade de Bragança - 18 a 21 de agosto 2023

 A Tua Taska vai estar presente-Barraca nº 1 a contar de quem vem do estádio

O I Festival do Careto decorreu entre sexta e domingo, em Podence

 Uma aposta na música tradicional que de acordo com António Carneiro, presidente da Associação Grupo dos Caretos de Podence, levou, durante os três dias, pessoas de vários pontos do país àquela aldeia do concelho de Macedo de Cavaleiros:


“São várias pessoas, muitas famílias que vieram visitar-nos dos vários pontos do país. Fizemos uma promoção a nível local com presenças em vários programas de televisão e de rádio, o evento foi bem divulgado. Tivemos pessoas do Porto, Lisboa, Algarve e Espanha.”

À semelhança do que acontece no Entrudo Chocalheiro, houve tabernas abertas e mercadinho com produtos regionais:

“Acho que é uma mais-valia, em termos de restauração esteve tudo cheio em Podence, com as tabernas. Em Macedo a hotelaria também esteve lotada. Criámos aqui uma dinâmica muito grande em termos de economia circular antes da vinda dos emigrantes.”

Um evento que surgiu dado o pedido de alguns fãs dos Caretos de Podence, mas que em edições futuras terá de ser repensado em alguns aspetos, confessa o presidente da junta, João Alves:

“Optámos por fazer este evento pois foi uma experiência porque muita gente nos pedia para fazermos alguma coisa no verão. Provavelmente não estará tudo certo no modelo que aplicámos, mas de qualquer forma já estamos contentes porque pelo menos o comércio, os negócios, as pessoas tiveram algum retorno. Agora é preciso insistir para encontrarmos o melhor modelo.”

Liliana Barranca, Manuela Rosário e Rui Matela, responsáveis por alguns dos expositores deste festival, acreditam que este possa ganhar nome, contudo as vendas ficaram aquém das expetativas:

“É o primeiro evento, não há comparação. O Carnaval em fevereiro é grandioso comparado com isto, mas está a começar.”

“Eu acho que é um evento que pode dar frutos, mas o primeiro é sempre o primeiro. Tudo tem um início.”

“A nível de vendas ainda estamos um bocadinho aquém das expectativas, mas não está a correr mal.”

Já os visitantes consideram que o evento é uma mais-valia:

“Acho que é uma ótima ideia, assim é uma maneira de os comerciantes desenvolverem um pouco mais, trazer mais lucro e ajudar as pessoas.”

“É uma boa iniciativa para a aldeia e para a região, que é conhecida no país todo e por fora também.”

“Está aqui muito produto regional, muita cultura e ainda podem apresentar mais.”

A I edição do Festival do Careto contou com cerca de 30 expositores e 14 tabernas.

Os concertos ficaram a cargo de Daniel Cristo, Al-Ikorda, os Xucalhos, Pé na Terra, Bloco do Caos, Galandum Galundaina e  Zingarus.”

O orçamento rondou os 30 mil euros.

Escrito por ONDA LIVRE

FESTA EM HONRA DE SANTA LUZIA - SOEIMA

𝗔𝗴𝗲𝗻𝗱𝗮 𝗖𝘂𝗹𝘁𝘂𝗿𝗮𝗹 𝗱𝗲 𝗕𝗿𝗮𝗴𝗮𝗻𝗰̧𝗮

 Já se encontra disponível para consulta a Agenda Cultural relativa ao mês de agosto.
Consulta-a AQUI, ou clica na imagem.

FESTAS EM HONRA DE SANTA CRUZ - VALES

MOVICANTABEBÉ - YOGA PARA BEBÉS

 A próxima sessão será muito especial com uma sessão de Yoga dinamizada em parceria com a Instrutora Joana Mónico. Iremos espalhar para cada um de nós e para as nossas crianças, bons sentimentos, bons pensamentos e boas ações.

Inscrições AQUI.

”RED BURROS” COM MAIS DE 60 AERONAVES A RASGAREM OS CÉUS DE MOGADOURO

𝗕𝗿𝗮𝗴𝗮𝗻𝗰̧𝗮 𝗮𝗯𝗿𝗲 𝗕𝗮𝗹𝗰𝗮̃𝗼 𝗕𝗨𝗣𝗶 𝗲𝘅𝗰𝗹𝘂𝘀𝗶𝘃𝗼 𝗽𝗮𝗿𝗮 𝗲𝗺𝗶𝗴𝗿𝗮𝗻𝘁𝗲𝘀 𝗲𝗺 𝗮𝗴𝗼𝘀𝘁𝗼

 Bragança vai abrir no próximo dia 1 de agosto o “Balcão de Atendimento Exclusivo ao Emigrante”, um espaço dedicado ao emigrante que permitirá a identificação e registo gratuito de prédios rústicos.
Durante o mês de agosto, os emigrantes que pretendam identificar e registar as propriedades localizadas no município de Bragança, de forma presencial, simples e gratuita, vão poder recorrer ao “Balcão de Atendimento Exclusivo ao Emigrante”. 

🔗 Saiba mais AQUI.

Antigo quartel de bombeiros de Mirandela reconvertido em centro de proteção civil

 O antigo quartel dos bombeiros Voluntários de Mirandela foi reconvertido em centro municipal de proteção civil


O edifício foi sujeito a obras de reabilitação fruto de um investimento de 540 mil euros, financiado em cerca de 250 mil pelo programa comunitário Norte 2020 e o restante comparticipado pelo Município de Mirandela.

A intenção deste investimento é justificado pela presidente da autarquia, Júlia Rodrigues, pela necessidade de centralizar e equipar as instalações com recursos e equipamentos que permitam um melhor socorro à população do concelho e ter recursos tecnológicos adequados para albergar e apoiar a Comissão Municipal de Proteção Civil nas suas competências. “O centro estava em instalações exíguas, com poucas condições de resposta imediata às necessidades operacionais em todo o concelho. Com este investimento queremos que haja condições de grande qualidade”.

O novo Centro Municipal de Proteção Civil tem ainda um espaço de habitação de emergência para desalojados, diversos gabinetes destinados a serviços técnicos, balneários destinados à equipa de sapadores florestais, arquivo e salas de operações e reuniões. Durante a cerimónia de Inauguração, na passada sexta-feira, o Ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, fez questão de sublinhar a importância deste investimento. “O nosso sistema de Protecção Civil Nacional ficou ainda mais capacitado com a inauguração deste centro”.

O titular da pasta da administração interna passou ainda pelo aeródromo municipal, onde está instalado o Centro de Meios Aéreos que alberga dois aviões anfíbios de combate a incêndios, um drone para vigilância aérea e uma brigada permanente dos bombeiros voluntários locais. A estrutura necessita de obras de reabilitação e a presidente do Município de Mirandela fez saber disso mesmo a José Luís Carneiro tentando sensibilizar o Ministro para a necessidade de financiamento. “Temos algumas questões que foram já reportadas pela Autoridade Nacional de Protecção Civil, desde logo a vedação. Portanto, aí estamos a fazer procedimento para que haja essa vedação. Em relação ao Centro de Meios Aéreos, precisamos de umas instalações permanentes e o ideal seria também o alargamento da pista, para que os aviões possam levantar voo com a carga de água completa e, por isso, precisamos, evidentemente, de investimento, sendo que o aeródromo está numa localização extraordinária, em que os ventos são seguros nas descolagens e aterragens. Estamos a fazer um projecto de tudo aquilo que queremos fazer mas, obviamente, precisamos de investimento dos próximos fundos comunitários”.

Só que o Ministro da Administração Interna não se comprometeu com apoio financeiro, preferindo sugerir que o Município apresente uma candidatura a fundos comunitários. “Via haver um fundo de 122 milhões de euros, nos Fundos Europeus, no âmbito dos Programas Operacionais Regionais, destinados à capacitação dos territórios, em relação à sua preparação para os riscos naturais, quer em relação aos incêndios, quer em relação às intempéries que se fazem sentir no Inverno. Portanto, haverá 122 milhões de euros e o município pode candidatar-se a estes Fundos Europeus, desde que estas prioridades de investimento estejam também identificadas no Plano Municipal de Emergência e Protecção Civil e estejam também validadas pelo comando sub-regional de Protecção Civil e pelo comando regional de Protecção Civil”.

Fica a sugestão de José Luís Carneiro. Diga-se que o aeródromo municipal de Mirandela também não tem iluminação não permitindo a aterragem de aviões e helicópteros, após o por do sol.

Escrito por Terra Quente (CIR)
Foto: Terra Quente

Palácios voltou a segar e malhar cereal à moda antiga no Festival de Música e Tradição da Lombada

 O Festival de Música e Tradição de Lombada trouxe consigo memórias de outros tempos, nomeadamente a recriação da segada tradicional de trigo, que teve lugar em Palácios, no último sábado


De manhã cedo, os habitantes da aldeia e os visitantes prepararam-se para embarcar numa jornada ao passado, vestindo roupas típicas de outras épocas e chapéus de palha, ao som das gaitas de foles, carregando nas mãos as foices antigas.

Maria Madalena Faiões e Noémia Carvalho, duas idosas da aldeia, observaram atentamente os mais jovens que aprendiam a ceifar e recordaram a sua infância passada no campo, numa época em que as segadas eram sinónimo de um trabalho árduo durante várias semanas. “Tinha alguns 12 anos quando fui pela primeira vez para a segada. Eu e os meus irmãos dormíamos no campo durante uma semana para não perdermos tempo de um lado para o outro. A minha mãe levava-nos lá o ‘mata-bicho’, o almoço e o jantar e passávamos mais de oito dias a trabalhar para ajudarmos o nosso pai a sustentar a casa”, recordou Maria Madalena Faiões.

A recriação da segada não é apenas um resgate das tradições perdidas, mas também um elo entre gerações. Susana Durão, uma participante que testemunhava a ceifa pela primeira vez, expressou a sua admiração pelo evento. “Este tipo de iniciativas são importantes para divulgar as tradições locais e para fazer a conexão entre gerações, porque muitas vezes este conhecimento vai-se perdendo e é bonito ver que, de facto, há pessoas que gostam de preservar estas tradições e de mostrar às gerações mais novas que há muito aqui para se conhecer e muitas histórias bonitas para se divulgarem”.

Sob a orientação da Associação Cultural Recreativa e Ambiental de Palácios, os presentes foram agraciados com uma viagem no tempo, mergulhando nos sabores, nas cantigas e nas tradições de outros tempos. O presidente da associação, Raúl Tomé, relembra que, com aquela atividade pretende preservar a cultura e a tradição. “Queremos reviver aquelo que era a tradição da ceifa e da malha. Este ano, felizmente, temos muitos jovens a participar e, assim, ficam a conhecer como antigamente se trabalhava no campo, o esforço e o cansaço que existia”.

A tradicional segada à moda antiga foi um dos pontos altos do Festival de Lombada que decorreu no último fim-de-semana.

Escrito por Brigantia
Jornalista: Daniela Parente

Bragança - 1969

Cuscos transmontanos celebrado em Fresulfe para tradição não se perder

 Celebrar o cusco tradicional transmontano: foi com esta ideia que a Associação Tarabelo promoveu uma oficina dedicada ao produto, na praia fluvial de Fresulfe, no concelho de Vinhais


Atualmente, há ainda que produza cuscos para fins comerciais, mas são poucas as pessoas que o fazem manualmente, preservando a tradição.  A oficina, que aconteceu sábado, contou com a apresentação do cusco e as suas etapas de confeção, guiada por Fernanda Afonso, a formadora da oficina e uma guardiã deste saber. “Aprendi a fazer cuscos com a minha mãe, com a minha avó, com a minha sogra e com as vizinhas. Antigamente toda a gente fazia, porque era o arroz daqueles tempos. Isto é muito simples, são só três ingredientes, farinha água e sal”.

O cusco é mais do que uma receita, é um elo com o passado, um símbolo de identidade e um prazer compartilhado entre gerações em Trás-os-Montes. A atmosfera animada da oficina contagiou todos os participantes. Ana Paula Monte, vinda de Esposende, confessou que era a primeira vez que fazia cuscos, apesar de ser grande apreciadora do prato. “Não sabia o trabalho que isto dava. Sei que é bom mas não sabia mesmo o trabalhão que isto dava. Mas não aguentei a emoção e já meti as mãos na massa”.

A Associação Tarabelo reforça o seu compromisso com a preservação da cultura transmontana. Sara Riso, a responsável pela associação, ressalvou a importância do evento, relembrando que o objetivo é não permitir que se perca a tradição secular. “O cusco que se faz aqui é basicamente uma derivação do cusco que é feito no norte de África até hoje e que se espalhou por outras partes do mundo”.

Esta iniciativa dedicada e apaixonada visa não apenas perpetuar a receita do cusco tradicional, mas também valorizar os saberes ancestrais que estão intrinsecamente ligados à identidade região de Vinhais, como é o caso dos cereais.

A Oficina de Cuscos em Fresulfe não foi apenas uma aula culinária, mas uma jornada pela história da região, onde o simples ato de preparar os cuscos se tornou uma celebração da cultura e de convívio.

Escrito por Brigantia
Jornalista: Daniela Parente

2 de Janeiro de 1970

 

Bem gostava de ver por lá os meus Amigos - "Palavras do Autor"

Dezembro de 1969

FESTAS EM HONRA DE NOSSA SENHORA DE JERUSALÉM - SENDIM DA SERRA

BRAGANÇA - 1969

domingo, 30 de julho de 2023

FESTIVAL LEVOU DEZENAS DE PESSOAS A PARTICIPAR NA SEGADA

Foi ontem inaugurado o novo Posto de Turismo de Macedo de Cavaleiros

 O novo Posto de Turismo de Macedo de Cavaleiros passa agora a estar sediado no edifício da antiga paragem de autocarros.


Anteriormente o serviço funcionava na Casa Falcão, no coração da cidade, e passa para um das entradas, facilitando o acesso a quem vem de fora, refere o presidente da autarquia, Benjamim Rodrigues:

” Antes tínhamos um posto de turismo integrado no edifício da Casa Falcão, que é um espaço museológico. Neste momento não há misturas, temos um espaço específico para atendimento turístico e está na entrada da cidade, ou seja, toda a gente que entra na cidade pode parar, tem espaço para estacionar e pode ter a informação que desejar. E nós temos visitação turística do turismo natureza, de aventura, de tradições, religioso, cinegético, gastronómico.”

Para acolher o posto de turismo foi necessário fazer algumas adaptações ao espaço:

” Houve alterações tanto exteriores como interiores. Nas exteriores tivemos que redecorar para criar ali um layout apelativo à informação turística e à nossa autenticidade e geodiversidade. Na parte interior todo o design foi alterado de forma a criar um espaço agradável para quem chega a Macedo de Cavaleiros, ter também um espaço agradável em termos de climatização. Foi também alterada a parte expositiva. A informação disponível é fornecida através de flyers, ecrãs digitais e informação pessoal.”

Uma nova localização para o Posto de Turismo de Macedo de Cavaleiros, que está agora numa das entradas da cidade.

Escrito por ONDA LIVRE

Como ter um jardim de sombra?

 Na série “Abra espaço para a natureza”, Carine Azevedo responde às dúvidas que temos quando pensamos em tornar um espaço mais amigo do mundo natural.


Um espaço exterior ou interior com pouca luz são sempre um desafio quando se pretende instalar um jardim. Mas nada é impossível. Conseguimos criar um ambiente agradável e cheio de vida sem a presença direta de luz solar. Além disso, muitas das plantas que se adaptam a estes ambientes não são tão exigentes como as plantas de luz.

Plantas de luz, de sombra e de meia-sombra

As plantas de luz ou de pleno sol são aquelas que crescem naturalmente em locais com muita luz para que possam realizar a fotossíntese, processo pelo qual produzem o seu próprio alimento, e assim continuarem com um aspecto saudável e bonitas. Todavia, nem todas as plantas precisam de grandes quantidades de luz solar para se desenvolver e sobreviver. 

Existem inúmeras espécies que gostam de estar em contacto direto com o sol apenas algumas horas por dia, preferencialmente no período da manhã ou do fim da tarde, quando a intensidade do sol é menos forte – são as plantas de meia-sombra. E há outras que têm como habitat natural a sombra total – plantas de sombra. Estas apenas precisam de luz indireta para se desenvolverem.

As plantas de sombra e de meia-sombra precisam de luz para crescer, mas em menor quantidade e intensidade do que as espécies de luz ou de pleno sol. Isto porque possuem adaptações para sobreviver em ambientes com menos luz, desde uma maior capacidade de absorverem nutrientes do solo a uma maior tolerância às temperaturas mais baixas.

Aveleiras. Foto: Isidre blanc/Wiki Commons

Desde logo, têm folhas maiores e mais finas, adaptação que lhes permite aumentar a área de captação da luz solar, e apresentam uma coloração mais escura, o que ajuda na absorção daquela. Quando estão expostas a condições de alta luminosidade, estas espécies têm uma menor taxa de fotossíntese, mas são porém mais eficientes na utilização da luz disponível. 

Em contrapartida, as plantas de luz possuem folhas de menores dimensões e mais espessas, para evitar a perda excessiva de água por transpiração. Além disso, costumam ter uma coloração mais clara, o que as ajuda a refletir a luz solar. 

Estas plantas realizam fotossíntese de forma mais intensa do que as suas congéneres de sombra, mas não necessariamente de forma mais eficiente. A intensidade da luz pode danificar as células da planta, levando à perda de eficiência fotossintética, e por isso estas espécies possuem adaptações para se protegerem da luz intensa. Exemplos? Cutículas mais espessas e pigmentos fotoprotetores, como as xantofilas e os carotenos.

Como cuidar das plantas de sombra e de meia-sombra?

As plantas de sombra ou de meia-sombra podem ser plantadas sob a sombra das árvores e de outras plantas maiores, que crescem ao seu redor e que não deixam passar grandes quantidades de luz por entre a sua folhagem. 

A maioria não precisa de ser regada com frequência e pode ser facilmente mantida em vasos e em ambientes interiores, desde que esses espaços sejam arejados e protegidos de correntes de ar. Por isso, são perfeitas para quem mora em apartamentos.

No exterior, estas plantas são ideais para as colocarmos em canteiros e em zonas do jardim onde haja muros ou paredes que impeçam a incidência do sol, o que torna esses espaços mais húmidos e sombrios, onde as espécies mais comuns não se conseguem desenvolver plenamente.

Feto-pente. Foto: Hans Hillewaert/WikiCommons

Outra condição que deve ser tida em consideração é o tipo de substrato, que para estas plantas deve ser poroso, para se garantir uma boa drenagem, e também rico em matéria-orgânica. A fertilização regular do solo é fundamental para que cresçam de forma saudável.

Além disso, o excesso de água pode prejudicar o desenvolvimento destas espécies, daí ser importante garantir uma rega equilibrada. Estas plantas necessitam de menos rega, uma vez que os locais onde crescem são geralmente mais frescos.

Pervinca. Foto: Luis Fernández García/Wiki Commons

Por outro lado, as plantas de sombra e de meia-sombra têm um crescimento mais lento quando comparadas com as plantas de luz, pelo que requerem menos manutenção. No meu texto “Como cuidar das plantas durante o Verão?”, encontra algumas dicas para regar na medida certa e outros cuidados a ter para manter as suas plantas sempre saudáveis. 

Fetos, avencas e …

De entre as plantas disponíveis, existe um grande leque de espécies adaptadas a condições de sombra e de meia-sombra, como os fetos, as avencas, a costela-de-adão (Monstera deliciosa), os encefalartos (Encephalartos villosus e Encephalartos horridus), zamia (Zamia furfuracea), entre outras, cujas folhagens são particularmente interessantes. 

Porém, também existem várias plantas adaptadas a condições de luminosidade reduzida que ostentam delicadas e belas flores, como acontece com os agapantos (Agapanthus africanus), as hortenses (Hydrangea spp.) e os antúrios (Anthurium spp.), por exemplo.

As nativas

Em Portugal, existem algumas espécies nativas adaptadas a estas condições de sombra e de meia-sombra. Nas espécies de meia-sombra, embora podendo tolerar alguma exposição solar, destacam-se:

  • Feto-dos-montes (Pteridium aquilinum subsp. aquilinum) 
  • Polipódio (Polypodium vulgare)
  • Folhado (Viburnum tinus)
  • Medronheiro (Arbutus unedo)
  • Rododendro (Rhododendron ponticum subsp baeticum)
  • Sabugueiro (Sambucus nigra)
  • Pilriteiro (Crataegus monogyna)
  • Gilbardeira (Ruscus aculeatus)
  • Sanguinho-das-sebes (Rhamnus alaternus)
  • Aveleira (Corylus avellana)

Já no que respeita a outras espécies de meia-sombra e também espécies de sombra, estas são plantas nativas que podemos ter num espaço verde:

  • Feto-real (Osmunda regalis) 
  • Avenca (Adiantum capillus-veneris)
  • Azevinho (Ilex aquifolium)
  • Feto-pente (Blechnum spicant subsp. spicant)
  • Feto-fêmea (Athyrium filix-femina), 
  • Teixo (Taxus baccata)
  • Azereiro (Prunus lusitanica)
  • Carvalho-português (Quercus faginea)
  • Hipericão-do-gerês (Hypericum androsaemum)
  • Pervinca (Vinca difformis)

As exóticas

Além das espécies nativas existe um grande número de espécies exóticas, com diferentes cores de folhas e com bonitas flores, que também se adaptam bem a essas condições, tais como: o louro-do-japão (Aucuba japonica), a uva-do-oregon (Mahonia aquifolium), a ajuga (Ajuga reptans), o agapanto (Agapanthus africanus), as hortenses (Hydrangea spp.), a rosa-do-japão (Kerria japonica), os brincos-de-princesa (Fuchsia hybrida), a relva-de-sombra (Ophiopogon japonicus), a camélia (Camellia japonica), as espécies do género Hosta, Skimmia, entre outras.

Brincos-de-princesa. Foto: Nicolas Ramirez/Wiki Commons

Entre as espécies exóticas, muitas também são perfeitas para o interior das nossas casas, tais como os antúrios (Anthurium spp.), o lírio-da-paz (Spathiphyllum wallisii), as begónias (Begonia spp.), a palmeira-areca (Dypsis lutescens), a espada-de-são-jorge (Sansevieria trifasciata), a lança-de-são-jorge (Sansevieria cylindrica), a clívia (Clivia miniata), a planta-de-oração (Maranta leuconeura), as bromélias (Bromelia spp.), o Clorofito (Chlorophytum comosum), as alegria-da-casa (Impatiens spp.), a violeta-africana (Saintpaulia ionantha) e o incenso (Plectranthus spp.).

Com este leque de opções falta apenas olhar para aquele cantinho sombrio do jardim ou aquele espacinho dentro de casa que está a necessitar de transformação, e pensar de que forma o poderá tornar mais agradável. 

Na série “Abra espaço para a natureza” encontrará mais alguma informação que ajudará na escolha das espécies e nos cuidados a ter com as suas plantas. E se explorar a série “O que procurar: espécies botânicas”, irá encontrar um vasto leque de espécies nativas que se poderão adequar às diferentes condições do seu jardim.  

Aproveite para partilhar as fotos do seu jardim nas redes sociais com #jardimtemático e no Instagram, comigo (@biodiversityinportuguese) e com a Wilder (@wilder_mag).

Carine Azevedo

ABRE-SE O CÉU

Por: Maria da Conceição Marques
(colaboradora do "Memórias...e outras coisas...")

Abre-se o céu, e o firmamento revela-se nas asas da verdade.
Cai das estrelas um véu prateado, uma nostalgia imersa em pensamentos suaves.  
O vento sussurra segredos guardados. 
Um frio espalha-se na cidade.
No peito, a saudade tece um laço, as almas entrelaçam-se, e no vértice do tempo perdem o compasso.
O tempo incerto, aquece as lembranças. As horas flutuam, suspensas no presente, na dança das eras, tecendo novas ideias.
Nasce a sabedoria, na memória das coisas sem idade.
As lembranças são chaves da eternidade, caminhos traçados, suplícios ignorados. 
A noite adormeceu, e eu fiquei como a chuva que caiu silenciosamente e sem alarde, e se perdeu nas ruas vazias da madrugada.

Maria da Conceição Marques
, natural e residente em Bragança.
Desde cedo comecei a escrever, mas o lugar de esposa e mãe ocupou a minha vida.
Os meus manuscritos ao longo de muitos anos, foram-se perdendo no tempo, entre várias circunstâncias da vida e algumas mudanças de habitação.
Participei nas coletâneas: Poema-me; Poetas de Hoje; Sons de Poetas; A Lagoa e a Poesia; A Lagoa o Mar e Eu; Palavras de Veludo; Apenas Saudade; Um Grito à Pobreza; Contas-me uma História; Retrato de Mim; Eclética I; Eclética II; 5 Sentidos.
Reunir Escritas é Possível: Projeto da Academia de Letras- Infanto-Juvenil de São Bento do Sul, Estado de Santa Catarina.
Livros Editados: O Roseiral dos Sentidos – Suspiros Lunares – Delírios de uma Paixão – Entre Céu e o Mar – Uma Eterna Margarida - Contornos Poéticos - Palavras Cruzadas.

Quando vais aos caretos de manga curta!

...quase poema... ou do tocador de flauta

Por: Fernando Calado
(colaborador do Memórias...e outras coisas...)

O tio Vila Real há três dias que não comia…e tocava flauta…e achava que a vida é assim… sempre foi assim: - há os ricos e os pobres.
Uma vizinha passou e partilhou a sua miséria com o pobre faminto e moribundo... que tocava flauta!... e deu-lhe uma alheira… cascas de feijão... meia dúzia de batatas e um cibo de toucinho...
Nesse dia o tio Vila Real… tirou os dois potes que tinha arrumados do tempo doutras farturas… fez caldo… cozeu batatas…. assou a alheira!... e enquanto a lauta ceia se aprontava sempre ia comentando como se falasse para o mundo: - e ainda dizem que há pobres…para mim que seja rico quem quiser!
Só que no dia seguinte… haveria outras fomes… e o tio Vila Real já não tinha tempo de pensar nisso!
Nós também sabemos que amanhã vai haver mais fomes… outras fomes... mas hoje, contentes… pomos o pote ao lume… assamos uma alheira… e não fazemos mais nada… 
…e os ricos anafados e satisfeitos…dormem descansados… enquanto a flauta do tio Vila Real deixou de se ouvir… morreu o tocador...  ao anoitecer... sonhando que era rico… e o pote iria cozer todos os dias.
…só que nunca mais cozeu!

Fernando Calado
nasceu em 1951, em Milhão, Bragança. É licenciado em Filosofia pela Universidade do Porto e foi professor de Filosofia na Escola Secundária Abade de Baçal em Bragança. Curriculares do doutoramento na Universidade de Valladolid. Foi ainda professor na Escola Superior de Saúde de Bragança e no Instituto Jean Piaget de Macedo de Cavaleiros. Exerceu os cargos de Delegado dos Assuntos Consulares, Coordenador do Centro da Área Educativa e de Diretor do Centro de Formação Profissional do IEFP em Bragança. 
Publicou com assiduidade artigos de opinião e literários em vários Jornais. Foi diretor da revista cultural e etnográfica “Amigos de Bragança”.

sábado, 29 de julho de 2023

Que ninguém se iluda. As únicas riquezas são o Amor a Amizade, a Fraternidade, a Solidariedade e as Memórias.

16 de abril de 1982 - Sérgio Godinho no Cine Teatro Torralta.

Já passaram 41 anos e o Sérgio não tinha "cá" placa... e a fome continua a devastar países, continentes e milhões de seres humanos...
Eu e a Maria Eugénia, Tínhamos casado havia 6 dias, já passaram 40 anos. Fomos ver e ouvir o Sérgio.
Como o avião que nos levaria para os mundos que se veem nos filmes das televisões avariou..., (pelo que me disseram furaram-lhe os pneus) ficámos por cá. Ainda bem que não tínhamos pago nenhum adiantamento.
Ora, com um namoro de 5 anos fazer uma lua de mel à rico sem um tostão, a não ser os ordenados que iam dando para o que precisávamos, ou era hipocrisia ou chulice,
A, já, minha esposa, fazia 25 anos no dia seguinte.
Passámos lá a meia noite. O Sérgio até lhe dedicou "uma cantiga" com a Torralta "à pinha", como sempre estava.
Quem me dera ainda hoje que as linhas que escrevi no álbum que serviu de prenda e autografado pelo Sérgio Godinho... funcionasse para todas as gerações.
Em cada dia que passa funcionamos mais como máquinas programadas.
Para que nos serve a imaginação, a criatividade a emoção o conhecimento se somos apenas MÁQUINAS PROGRAMADAS?
Uns mandam (muitos sem o saberem fazer), outros obedecem (ou não, conforme estiverem, ou não, protegidos).
Que sociedade é esta?
Ainda vamos a tempo de reverter erros e velhas práticas. Só falta a coragem.
O presente, pouco ou nada me incomoda, já pouco como e bebo...
Preocupa-me, sobremaneira, o futuro dos meus filhos, dos meus netos, dos filhos dos meus amigos, dos netos dos meus amigos, dos que INSISTEM/RESISTEM em ficar por Bragança.
PORRA!
Somos tão poucos...
Unidos podemos SER FORTES!
Posso estar a ver mal, muito mal (bebi uma cerveja) mas os partidos políticos só nos têm diminuído.
O que falta fazer? O que tem sido mal feito?
Uma cidade como Bragança, tem que ter vozes críticas e ativas. "Palas" são para os Burros (asininos).
Uma cidade como Bragança, tem a suprema vantagem de ter amigos em todas as estruturas. Bragança, se pensar bem, tem capacidade de unir toda a gente em objetivos comuns e fazer abanar o Terreiro do Paço.
Sabeis o que falta para conseguir esse desiderato?
Eu digo:
1 - Ser eleito não é um tacho. É uma missão.
2 - Ficar em segundo, não é uma derrota. É sinal que ou a mensagem não passou ou não tivemos capacidade de a fazer passar.
E se... os primeiros e os segundos se unissem?
E se não abanássemos mais bandeirinhas coloridas?
E se não os quiséssemos cá a fazer campanhas?
E se, ao chegar a altura, lhes disséssemos que não faziam aqui falta nenhuma? Que não precisávamos deles.
E se tivéssemos coragem, quando chegasse a hora, para lhes dizer que NÃO PRECISAMOS DE INSTRUÇÕES E MUITO MENOS DE ORDENS!
O que não falta por aqui é gente boa que nos possa governar sem estar de joelhos perante uns rapazolas que nem fado sabem cantar.
Olhai. Por mim, juntava a rapaziada que vale alguma coisa de todos os partidos (a malta de cá) e fazia uma lista que ganhava com 100% dos votos em todas as eleições.
E mais digo. Até temos aqui GENTE que desempenharia com galhardia o "papel" de Presidente da República Portuguesa. A bem dizer, para tirar selfies e dar beijos e abraços até eu servia.
Os de fora, só nos têm diminuído.
Áh, já me esquecia. Era preciso, também, convencer os NOSSOS BONS, espalhados pela Diáspora e pelas grandes urbes... a regressarem. Estais a ouvir? Que raio estais por aí a fazer? Precisamos de vós... outra vez!
Desculpai. São asneiras e efeitos da tal cerveja.
Um abraço e bom fim de semana.

HM

DIA DE FEIRA

 Por: Fernando Calado
(colaborador do Memórias...e outras coisas...)

Vendia queijos junto aos Correios.  Era uma mulher...como a minha mãe... ou como a minha avó Maria Oliveira. 
... o senhor também quer um queijo?!
...Claro que quero... Como poderia deixar de comprar um queijo à minha mãe... ou à minha avó Maria Oliveira... ou à minha aldeia por inteiro 
...sorriu!
...dei-lhe 10 euros,  custava 7 euros. 
...e agora os trocos... disse ela e sorria...
...um vizinho acudiu ao problema... tens aqui 3 euros dá-os ao homem e está resolvido? 
...ela sorriu agradada de tanta sabedoria do seu vizinho! 
Bom dia! 
Bom dia!
Sorriam os dois.
.... a cidade serenou! 
... que queijo tão bom!
... e a minha mãe e a minha avó sorriram junto a um sol esplendoroso!
...porque se estão a rir?!

Fernando Calado
nasceu em 1951, em Milhão, Bragança. É licenciado em Filosofia pela Universidade do Porto e foi professor de Filosofia na Escola Secundária Abade de Baçal em Bragança. Curriculares do doutoramento na Universidade de Valladolid. Foi ainda professor na Escola Superior de Saúde de Bragança e no Instituto Jean Piaget de Macedo de Cavaleiros. Exerceu os cargos de Delegado dos Assuntos Consulares, Coordenador do Centro da Área Educativa e de Diretor do Centro de Formação Profissional do IEFP em Bragança. 
Publicou com assiduidade artigos de opinião e literários em vários Jornais. Foi diretor da revista cultural e etnográfica “Amigos de Bragança”.

Memórias retiradas do meu pensamento sem aviso prévio

Por: António Orlando dos Santos (Bombadas)
(colaborador do "Memórias...e outras coisas...")

Com o passar do tempo sou às vezes confrontado com memórias que, retiradas do meu pensamento sem aviso prévio me colocam numa constatação de que a vida feita de recordações em demasia, possui amargura que nos faz sentir dolorosamente desapontados com ela.
É um sentido de ver as coisas em abstrato e sabermos pôr as ideias em dia, cortando os maus pensamentos logo que surgem os primeiros sinais dos mesmos.
No entanto não será possível passarmos num determinado ponto onde hoje se vê um velho edifício ser desmantelado para dar lugar a outro que será moderno, limpo, cheiroso e sólido, talvez tão sólido que em solidez só possamos usar o Castelo para tal exercício de comparação.
Vem este pensamento à minha mente e tenho dificuldade em o descrever, porque é algo de tão pessoal que estou seguro custará aos que me lerem entender o que me vai na alma, agora que já não tenho suporte real para mais uma vez poder reconstituir a imagem gravada na minha mente de um dia de procissão de Nossa Senhora das Graças e nas janelas da casa do Cândido Velasco havia colgaduras que me pareceram naquele tempo, teria eu 7 ou 8 anos, riquíssimas e de fino gosto e como elemento central em pose de dama destacada surgia a Dª. Ofélia com o seu sorriso distinto  e três meninas lindas como anjos fazendo-lhe companhia numa pose contida, elegante e digna de um retrato que fosse pintado  por Goya.
Terá sido talvez este momento em que a estética da composição de um retrato que não fosse pintado, mas tão só uma imagem que eu estava admirando devido a factores que não saberei comentar, fez que se conjugassem dois elementos que estão na matriz do acontecimento e estar eu numa idade que o meu imaginário aliado a alguma ingenuidade me obrigaram a reter tal imagem que hoje revejo com clareza e respeito.
Há na minha vida recordações inolvidáveis e que me afloram à ideia, diversas vezes e que são mais nítidas quando as reponho no meu cérebro e as passo uma vez mais para recordar factos vividos por mim. Quase todos têm que ver com a minha vida de rapaz que se escoou como água que corresse para um mar desconhecido. Para que lembranças de coisas como esta que menciono com receio de ser mal compreendido por incapacidade de descrever este momento em que alguém que não sendo das minhas relações próximas, fica gravada para sempre para e hoje como quando tinha oito anos continuo a recordar, primeiro a classe da Senhora que soube decorar as janelas que por si só eram de nobreza bastante para o efeito, como a disposição das meninas que ela sabia essenciais no quadro me marcou até hoje.
Do prédio que já não é e que não voltará a ser não restarão partes ou réplicas das coisas que o formavam, porque infelizmente a roda da vida tudo muda e eu quando a minha estrada terminar perderei também estas memórias que me são tão queridas por serem de sítios, casas e gente, que anonimamente fizeram parte da minha vida.
A minha mágoa é a de constatar que nada se sobreporá ao envelhecimento acelerado que se faz em nós e nas nossas coisas, muito por incúria e egoísmos bacocos impossíveis de combater porque o homem tem destas coisas que são dele desde o princípio do mundo.
À Dona Ofélia que foi alguém que eu admirei pela sua classe inata faço votos para que Deus a tenha consigo, o mesmo para o Snr. Cândido Velasco . Às meninas desejo as maiores felicidades e lembrem-se que havia em Bragança quem vos admirasse pela vossa forma de ser e estar.



Gaia, 29/07/2023
A. O. dos Santos
(Bombadas)

ONDE SE FALA DE LARES: DE ESTUDANTES E IDOSOS

Por: Humberto Pinho da Silva 
(colaborador do "Memórias...e outras coisas...")

Acabo de conhecer que o Município de Anadia, concelho onde muitas vezes veraneio, e conservo bons e íntimos amigos, vai remodelar a antiga Escola Secundaria, há muito desocupada.
O "novo" edifício será adaptado a lar de estudantes universitários, com capacidade de 36 quartos. As obras foram orçadas por 1,57 milhões de euros.
Pretende-se criar, futuramente, um pólo universitário, mas para já servirá de alojamento a quem frequenta as Universidades de Aveiro e Coimbra.
Iniciativa de louvar e aplaudir, e sem dúvida, irá desenvolver essa bela região.
Mas, sabendo-se que a população se encontra bastante envelhecida, e conhecendo-se, que devido aos preços, as Casas de Repouso, continuam vedadas à Classe Media Baixa, penso ser de inteira justiça, edificar ou adaptar velhos e desocupados quartéis, e antigos palacetes em ruínas, a lares de idosos.
Julgo que é obrigação do Estado e também dos Municípios, proporcionarem alojamentos dignos, aos cidadãos de avançada idade, a preços compatíveis com as reformas e pensões, pagas no nosso país.
Admiro-me que assim não se faça. Admiro-me, porque sendo os idosos numerosos, podem, se desejarem, influenciarem de forma determinante, os resultados eleitorais. Admiro-me, ainda, que não apareçam políticos, que ventilem, em grades brados, essa premente necessidade.
Será que se convenceram que os nossos velhinhos não merecem esses cuidados?

Humberto Pinho da Silva
nasceu em Vila Nova de Gaia, Portugal, a 13 de Novembro de 1944. Frequentou o liceu Alexandre Herculano e o ICP (actual, Instituto Superior de Contabilidade e Administração). Em 1964 publicou, no semanário diocesano de Bragança, o primeiro conto, apadrinhado pelo Prof. Doutor Videira Pires. Tem colaboração espalhada pela imprensa portuguesa, brasileira, alemã, argentina, canadiana e USA. Foi redactor do jornal: “NG” e é o coordenador do Blogue luso-brasileiro "PAZ".

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PSP pede que a população esteja alerta para burlas

 A burla “Olá pai/Olá mãe”, feita através do WhatsApp, surgiu em 2020


O fenómeno registou-se e continua a registar-se por todo o país e no estrangeiro.

Em Bragança já houve várias queixas, sobre esta burla em concreto. Durante um determinado período de tempo não se registaram situações mas, segundo o Comissário Eusébio Gonçalves, chefe do Núcleo de Investigação Criminal da PSP de Bragança, nos últimos dias têm chegado algumas participações a esta força policial. “No início do ano tivemos menos e agora tivemos alguns acontecimentos. Mas tivemos um período em que este fenómeno parou e agora tivemos novamente algumas denúncias, queixas, desta tipologia. Não sei se isto significa que vai aumentar ou se são episódios esporádicos”.

As burlas através da Internet intensificaram-se durante a pandemia. Além desta que se realiza através do WhatsApp, há outras que preocupam a PSP. Uma delas é a burla por Mbway, que se realiza em contexto de vendas online. O criminoso vende produtos que não tem e as vítimas acabam por comprar algo que não existe. O falso arrendamento, em que os criminosos tentam arrendar imóveis que não têm e depois pedem uma caução, também é outro problema. Mas há mais situações. “Há outro fenómeno que também nos preocupa que é o suposto criminoso fazer-se passar por agente da autoridade, da PSP, da GNR, da Polícia Judiciária, das Finanças, EDP. Manda um email fraudulento fazendo acreditar que é de uma entidade credível e diz que as pessoas têm uma dívida ou coima, que têm que resolver aquela questão urgentemente. Propõe o pagamento de uma quantia muito inferior à dívida, que não existe, e a pessoa que é contactada, para evitar problemas com a justiça, faz esse pagamento para acabar com o processo”.

O Comissário Eusébio Gonçalves deixa alguns alertas. “As pessoas têm que se proteger, têm que ter antivírus no computador e no telemóvel, não podem carregar em links suspeitos, sempre que receberem emails e mensagens com links que possam parecer suspeitos não carreguem nesses links, sempre que receberem uma mensagem ou email de uma entidade contactem a entidade. Procurem evitar o pagamento por entidade e referência, peçam o NIB. Quando fizerem compras pela internet evitem pagar antes de o produto chegar. É importante não acreditar no que aparece logo no ecrã”.

Quanto à burla do WhatsApp, as vítimas são escolhidas aleatoriamente. E, segundo o comissário Eusébio Gonçalves, em caso de burla ou tentativa de burla, é essencial contactar as autoridades porque a polícia está atenta e as investigações “dão frutos”.

Escrito por Brigantia
Jornalista: Carina Alves

sexta-feira, 28 de julho de 2023

...MEMÓRIAS

Por: Fernando Calado
(colaborador do Memórias...e outras coisas...) 


Hoje foi dia de arrumação dos livros. Uma viagem dolorosa às memórias... interesses... saberes úteis... e muitos inúteis...  a vida toda plasmada em livros... alguns esquecidos há anos.
Mas houve três livros que me devolveram a juventude por inteiro... lembro-me do fascínio e do fulgor revolucionário quando José Mário Leite , rapaz do meu tempo, publicou o teatro: "Cravo na boca"... e Abril tão  perto.
Depois "O lodo e as estrelas" de Telmo Ferraz,  um padre que desafiava o regime  Salazarista e dava voz à velha mais velha de Feixiosa: "Num queremos la corta... num queremos acá la barraige". Que orgulho!
Finalmente o livro de poesia de Fernando Pacheco: "Maria milagre" com magníficas fotografias de Luís Cangueiro. A cidade fez-se multidão para adquir o pequeno livro... e o amor tão perto... pelo poema é que vamos...
... Memórias... que doem... mas que nos deixam felizes.
..  valeu a pena!

Fernando Calado
nasceu em 1951, em Milhão, Bragança. É licenciado em Filosofia pela Universidade do Porto e foi professor de Filosofia na Escola Secundária Abade de Baçal em Bragança. Curriculares do doutoramento na Universidade de Valladolid. Foi ainda professor na Escola Superior de Saúde de Bragança e no Instituto Jean Piaget de Macedo de Cavaleiros. Exerceu os cargos de Delegado dos Assuntos Consulares, Coordenador do Centro da Área Educativa e de Diretor do Centro de Formação Profissional do IEFP em Bragança. 
Publicou com assiduidade artigos de opinião e literários em vários Jornais. Foi diretor da revista cultural e etnográfica “Amigos de Bragança”.

Recolha de Monstros Domésticos em Bragança