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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira..
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 17 de setembro de 2024

Eurobirdwatch 2024 | Passeio Ornitológico - Vila Chã de Braciosa (Miranda do Douro) - 5 de outubro

 No próximo dia 5 de outubro, vamos realizar uma atividade de observação de aves em Vila Chã de Braciosa, uma aldeia do concelho de Miranda do Douro inserida no Parque Natural do Douro Internacional, um santuário para a avifauna. Venha observar as aves presentes na região, com os olhos postos no céu, e descobrir a sua riqueza natural.
Este é o décimo ano em que a Palombar - Conservação da Natureza e do Património Rural participa no Eurobirdwatch, uma iniciativa criada em 1993 que tem como objetivo chamar a atenção da comunidade internacional para a importância das aves migradoras e dos seus habitats.

Junte-se a nós e participe nesta jornada dedicada às aves!

Data limite para inscrições: 3 de outubro

Mais informação e inscrições AQUI.

15 de FEVEREIRO de 1974 - MDB

𝗣𝗿𝗼𝗷𝗲𝘁𝗼 + 𝗧𝗲𝗺𝗽𝗼

 Início a 23 de Setembro/2024
Centro Escolar Visconde Vila Maior de Torre de Moncorvo

Inscrições até 20 de Setembro através do email educacao@torredemoncorvo.pt

Ficha de inscrição e normas disponíveis AQUI.

MIRANDÊS: Uma Língua Ancestral que passa de geração em geração

Mirandês assinala hoje 26 anos como segunda língua oficial de Portugal

 O Instituto Politécnico de Bragança quer estudar a língua mirandesa e promover o seu ensino


Hoje, no dia em que o mirandês comemora 26 anos de segunda língua oficial portuguesa, a Associação de Cultura e Língua Mirandesa e o IPB vão celebrar um protocolo. Alfredo Cameirão, presidente da associação, explica que o objectivo é facilitar o estudo da língua e quem sabe, um dia a instituição poder vir a formar professores. “Uma das grandes carências eu diria que é a falta de professores. Portanto, há dois professores que estão no activo, mas fazem falta muito mais professores”.

O aniversário é assinalado com várias actividades. Uma das novidades é a apresentação, no agrupamento de escolas, do audiolivro “Mensagem”, de Fernando Pessoa, em Mirandês. “Há uma tradução do Amadeu Ferreira, que já tem alguns anos, seguramente, e, portanto, agora, este é o primeiro audiolivro. Vai ser a Imprensa Nacional da Casa da Moeda disponibiliza alguns audiolivros em língua portuguesa. Têm um protocolo connosco e entenderam por bem disponibilizar alguns audiolivros em língua mirandesa, que é uma excelente forma de divulgar a língua e de dar a conhecê-la aos portugueses e ao mundo”.

Foi ainda estabelecido uma parceria com a RTP para a promoção da língua. “A RTP Ensina é uma plataforma também de divulgação de conteúdos de aprendizagem e vai divulgar alguns conteúdos em língua mirandesa. Essa também é uma maneira muito importante de chegar às pessoas, mormente às mais novas”.

Durante a tarde, será ainda apresentado o livro “Monólogos de Solidão”, da escritora mirandesa Adelaide Monteiro.

As comemorações contam ainda com a presença da vice-presidente da Assembleia da República, Teresa Morais, numa sessão solene no Salão Nobre da Câmara Municipal de Miranda do Douro.

Escrito por Brigantia
Jornalista: Ângela Pais

“𝗔 𝗥𝗲𝘃𝗼𝗹𝘁𝗮 𝗻𝗼 𝗦𝗲𝗺𝗶𝗻𝗮́𝗿𝗶𝗼 𝗱𝗲 𝗕𝗿𝗮𝗴𝗮𝗻𝗰̧𝗮”, de António Pinelo Tiza.

 📖 É já na próxima sexta-feira que apresentamos o romance histórico “𝗔 𝗥𝗲𝘃𝗼𝗹𝘁𝗮 𝗻𝗼 𝗦𝗲𝗺𝗶𝗻𝗮́𝗿𝗶𝗼 𝗱𝗲 𝗕𝗿𝗮𝗴𝗮𝗻𝗰̧𝗮”, de António Pinelo Tiza.

🏠 𝗕𝗶𝗯𝗹𝗶𝗼𝘁𝗲𝗰𝗮 𝗠𝘂𝗻𝗶𝗰𝗶𝗽𝗮𝗹 𝗱𝗲 𝗕𝗿𝗮𝗴𝗮𝗻𝗰̧𝗮
📅 𝟮𝟬 𝗱𝗲 𝘀𝗲𝘁𝗲𝗺𝗯𝗿𝗼
⌚𝟭𝟴𝗵𝟬𝟬

🚴‍♂️ Vinhais recebe a 1ª etapa da Volta ao Nordeste em Bicicleta DAITSU! 🚴‍♀️

 De 27 a 29 de setembro de 2024, o ciclismo vai agitar as estradas do Nordeste Transmontano com a 5.ª Edição da "Volta ao Nordeste em Bicicleta DAITSU". Com início em Bragança e passagens por Miranda do Douro, Vinhais e Mirandela, a prova promete desafiar cerca de 100 ciclistas nacionais e estrangeiros, destacando as paisagens deslumbrantes e a calorosa hospitalidade da região.
Vinhais será um dos pontos altos do percurso, recebendo a chegada da primeira etapa no dia 28 e a partida da segunda e última etapa no dia 29.

Chegada: 28 de setembro 2024
Partida: 29 de setembro 2024
Emoção, paisagens deslumbrantes e a hospitalidade única do Nordeste Transmontano!

Sobre "A Caixa do Mal"

Por: Manuel Amaro Mendonça
(colaborador do "Memórias...e outras coisas...")

Este texto é uma obra de ficção. Embora possa incluir referências a eventos históricos e figuras reais, a história, os diálogos e as interpretações são fruto da imaginação do autor. Qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, é mera coincidência.


O objeto conhecido por Caixa do Mal, ou a Caixa de Orações, é uma caixa esculpida em antiquíssima madeira de cedro do Líbano sobre a qual já foram feitos alguns reparos em folha de cobre. Da simbologia arcana que a recobre, destacam-se os selos dos demónios Lilith e Asmodeus. Possui dois suportes móveis para poder ser colocada na vertical e abrir as duas portas, simulando um altar portátil.

No seu interior, repousam finíssimas esculturas, do mesmo material da caixa, representando ambas as terríveis divindades. Na base do demónio masculino estão gravados os numerais romanos VI e nos do feminino XI. Acredita-se que se refiram à superstição romana do número dezassete (XVII), que pode ser convertida em VIXI (em latim, “Eu vivi”) e se viveu, então já não vive mais…

Todo o conjunto apresenta os danos do peso dos séculos e da manipulação por gerações de adoradores e curiosos. A madeira encontra-se ressequida e coberta de fendas, embora continue extraordinariamente dura. Reza a tradição oral ter sido esculpida a partir de um dos destroços provenientes da destruição do Templo de Salomão em 587 AC.

Na realidade, a origem da Caixa do Mal perde-se nas brumas do tempo. Não se sabe quando tal artefacto foi construído, nem quando foi consagrado às duas maléficas entidades. A primeira referência escrita ao objeto, estava dentro dele próprio; uma carta do imperador romano Calígula, que foi um dos seus proprietários, algures entre os anos 32 a 41 DC.

No Dia de Todos os Santos, 1 de novembro de 1755, durante o terramoto que destruiu a cidade de Lisboa, o tsunami que lhe sobreveio atirou com vários navios para terra, entre eles um veleiro de nome e proveniência desconhecida que se destruiu próximo do palácio do Duque de Aveiro. Do meio dos destroços, os criados do Duque serão atraídos pela estranha caixa que entregarão ao seu amo.

Suporte para esta publicação:

Imagens da caixa e do veleiro: IA https://designer.microsoft.com/
Imagens dos demónios, arte de Artur Mósca https://www.facebook.com/arturmosca

Manuel Amaro Mendonça
nasceu em Janeiro de 1965, na cidade de São Mamede de Infesta, concelho de Matosinhos, a "Terra de Horizonte e Mar".
É autor dos livros "Terras de Xisto e Outras Histórias" (Agosto 2015), "Lágrimas no Rio" (Abril 2016), "Daqueles Além Marão" (Abril 2017) e "Entre o Preto e o Branco" (2020), todos editados pela CreateSpace e distribuídos pela Amazon.
Foi reconhecido em quatro concursos de escrita e os seus textos já foram selecionados para duas dezenas de antologias de contos, de diversas editoras.
Outros trabalhos estão em projeto e sairão em breve. Siga as últimas novidades AQUI.

Máscaras de Ouro em Almas de Vidro

 Por: Paula Freire
(colaboradora do Memórias...e outras coisas...)

"O mundo das artes, ao mesmo tempo que encanta com sua aparente beleza, desilude com a realidade crua e nua dos bastidores." 


Assim passaram pouco mais de três anos do meu percurso pela Revista Vicejar, após convite de um dos seus fundadores para colaborar com esta excelente “colecionadora” de belíssimos textos: Paulo Cesar Paschoalini. Hoje, um grande amigo de longa distância, mas sempre próximo do coração. Ser humano de M maior, porque revestido de uma nobre humildade e elevada sensibilidade, qualidades raras que em poucos podemos vislumbrar, numa sociedade fortemente lesionada nos seus sentimentos e na sua ética.

A ele agradeço e agradecerei sempre, profundamente, a confiança depositada em mim e nesta minha forma de expressão, com a certeza de que a oportunidade que me foi concedida, em paralelo com o privilégio inestimável de todo o seu apoio, têm constituído, garantidamente, uma experiência feliz e enriquecedora, de enorme crescimento pessoal, que permanecerá comigo infinitamente.

Mas não me basta apenas desempenhar, com orgulho, o papel de colaboradora na Vicejar. Também aqui procuro, regularmente, o aconchego da leitura e o consolo na qualidade do que leio. Num tempo de saber que se vai construindo em terreno cada vez mais inóspito, e espaços onde predomina a iliteracia de uma cultura aleijada e vastamente despida de conteúdo, é gratificante encontrar-me, sempre que me é possível, com a qualidade das palavras e emoções descritas e a notável mestria de quem, ao meu lado, segue este mesmo caminho. Cada autor no seu estilo único e particular, com a peculiaridade da sua escrita, vão contribuindo para um mosaico de perspetivas e narrativas que nos permite descobrir, enquanto leitores, mundos interiores repletos de vivências, de sonhos e diferentes perceções.

Mundos esses que são, para mim, uma bonita fonte de inspiração. Porque, talvez inocentemente, acredito que o mundo literário deverá ser mesmo assim, não somente uma busca sôfrega por aplausos com o intuito de massajar a vaidade do ego, mas também, muito e sempre, a capacidade de perceber no outro os seus dons. Aprender e inspirarmo-nos neles com humildade genuína. Não ser feliz nas palavras apenas quando a nós mesmos nos dizem respeito, mas também ter a dignidade de apreciar, compreender e nos deixarmos encantar com o mundo de quem lemos, quando é ele que, tantas vezes, afinal e tão certeiramente, nos lê por dentro.

Infelizmente, o mundo das artes, particularmente o da escrita, mencionando aquele que me é mais próximo, muitas vezes idealizado como um santuário de sensibilidade, lugar onde as almas se podem encontrar para partilha de experiências, ideias e reflexões, acaba por ser mais um espelho quebrado a refletir fragmentos de vaidades e hipocrisias. Ainda que, diria Álvaro de Campos, cansado de semideuses, “são todos o ideal, se os oiço e me falam, quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?”.

Virginia Woolf que, nas suas obras e ensaios, tão profusamente explorou a complexidade das relações humanas e as inconsistências entre o discurso e a prática, objetivamente considerou que “escrever é como um fio que segura o tecido da vida, mas muitos se embaraçam nele, perdendo-se no seu próprio reflexo”. E assim temos esse universo da arte onde se espera encontrar o espírito altruísta que deveria vestir a alma do artista e nele nos deparamos com atos que desmentem a sensibilidade poetizada pelos seus protagonistas. As belas metáforas e as narrativas que projetam, mas que escondem uma postura de superioridade e uma luta incessante pelo reconhecimento. A ironia cruel do escritor que prega a humildade e a compreensão, mas que, efetivamente, abriga em si o profundo desejo de ser idolatrado. A presunção do presumível guardião da verdade e da beleza, a erguer muros intransponíveis enquanto percorre o labirinto do seu próprio narcisismo e sucumbe à ilusão da sua grandeza. O amor à arte frequentemente superado pelo amor a si mesmo.

Já Manoel de Barros, no seu estilo característico de poético olhar agudo, escrevia sobre a superficialidade de muitos e a falta de substância na produção literária. Dizia ele, no seu Caderno de Mudas, que “a beleza das palavras não preenche o vazio que está por trás das palavras”. E que “é por isso que temos poetas que não sabem o que dizem, escrevem palavras bonitas, mas o que está dentro é um buraco negro”.

Num acréscimo doloroso a estas constatações, é preocupantemente reveladora a notável inveja, camuflada sob os falsos elogios, incapaz de suportar as capacidades, potencialidades e brilho alheios, sombra constante nas relações entre tantos artistas. É lacónico Bukowski, cujas obras, seguindo uma abordagem honesta e dura, foram uma crítica contundente aos falsos intelectos e à superficialidade que encontrou ao longo da vida, ao afirmar ter acreditado que ser escritor significava ser honesto mas descobriu, posteriormente, que é mais sobre saber mentir bem.

Porquanto, a crítica supostamente construtiva, e que poderia e deveria constituir-se como alicerce de crescimento, transforma-se no ataque disfarçado, fruto de uma visceral insegurança pessoal. Os trajes elegantes feitos de palavras floridas, a mascarar a pequenez do caráter e a promessa de uma fraternidade literária a dissolver-se face à crueza das relações.

Não bastasse já todo este cenário dantesco, deparamo-nos ainda com uma outra realidade aniquiladora das potencialidades inerentes ao verdadeiro saber e genuíno sentir de quem se move a gosto – ou contragosto – por estes meandros artísticos. Uma realidade contra a qual, a peleja exige forças descomunais: a posição marcadamente excludente levada a cabo pelos pequenos grupos e por elites que, com as mãos e o pensamento fechados em torno de estéticas específicas e critérios ideológicos, ignoram a diversidade e a inovação de quem se apresenta fora dos principais circuitos ou permanece distante da moda institucionalizada.

Evidentemente, quando a consagração artística não depende de talento mas, substancialmente, da habilidade em navegar por relações de poder e dentro das “redes certas”, a obra perde toda a sua relevância e a criação é concebida para satisfazer tais elites, desligando-se aquela do seu efetivo valor e sentido fundamental e que é, claramente, o de buscar um propósito mais elevado, sacrificando-se, pois, toda a integridade criativa em nome da aceitação social e do sucesso comercial. Um sistema opressor do talento genuíno, o qual empobrece fortemente a cultura!

“Fiz de mim o que não soube, e o que podia fazer de mim não o fiz”, a afirmação que já ressoava como espantosa verdade, na Tabacaria de Pessoa! Mestre na palavra terá sido igualmente Emerson, ao referir que “o grande homem é aquele que, no meio da multidão, mantém, com perfeita doçura, a independência da solidão”. Porque toda a arte, a escrita, a poesia, têm que ser orientadas por princípios de excelência e não por vãs políticas ou modismos vazios.

Deste modo, o mundo das artes, ao mesmo tempo que encanta com a sua aparente beleza, desilude com a realidade crua e nua dos bastidores. Como bem escreveu Oscar Wilde, “raramente a verdade é pura, e nunca é simples”.

Do descompasso entre a escrita e o comportamento dos autores emerge o dito popular de que nem tudo o que reluz é ouro, pelo que, no teatro de vaidades onde a máscara e o rosto se confundem, resta ao verdadeiro amante da arte navegar com discernimento, separar o trigo do joio e fazer pela diferença.

Mas tão só, isso não basta. Urge a coragem para deixar de lado o politicamente correto, a conversa afiada no banco do cafezinho da esquina, a maledicência pequenina das redes sociais e a indirectazinha cobarde do “cabe a carapuça a quem a enfiar”. É imperiosa a ousadia de ir além das convenções que se julgam estabelecidas, desafiar sem receio de ferir suscetibilidades, enfrentar com dignidade e lutar com franqueza, pelo rigor e por uma mudança de mentalidades e de práticas, para que o mérito artístico seja o principal critério de reconhecimento, e não a adesão a círculos de influências.

Mais uma vez, Oscar Wild estava certo ao lembrar-nos que "a maioria das pessoas morre como imitadores, não como criadores." Portanto, há que dizer um NÃO retumbante e implacável a essa franca traição perpetrada – e perpetuada – à essência própria da arte que, enquanto construção genial e autêntica, permanece enforcada e a agonizar, submissa, aos pés da mediocridade de uns quantos grupos elitistas, amiudamente provincianos, e da sua crítica vulgar e trivial, ainda que por eles legitimada e que, tantas vezes, não é senão o resultado de um fracasso reunido para julgar os que se arriscam, como sabiamente identificou Henry Miller.

Afinal, e Nietzsche que me perdoe por reinventar as palavras que lhe cabem, mas o que se faz por amor deve estar sempre além do mal.

Agora e por fim, a todos deixo o meu honesto e fidedigno abraço poético.

Paula Freire
- Natural de Lourenço Marques, Moçambique, reside atualmente em Vila Nova de Gaia, Portugal.
Com formação académica em Psicologia e especialização em Psicoterapia, dedicou vários anos do seu percurso profissional à formação de adultos, nas áreas do Desenvolvimento Pessoal e do Autoconhecimento, bem como à prática de clínica privada.
Filha de gentes e terras alentejanas por parte materna e com o coração em Trás-os-Montes pelo elo matrimonial, desde muito cedo desenvolveu o gosto pela leitura e pela escrita, onde se descobre nas vivências sugeridas pelos olhares daqueles com quem se cruza nos caminhos da vida, e onde se arrisca a descobrir mistérios escondidos e silenciosas confissões. Um manancial de emoções e sentimentos tão humanos, que lhe foram permitindo colaborar em meios de comunicação da imprensa local com publicações de textos, crónicas e poesias.
O desenho foi sempre outra das suas paixões, sendo autora das imagens de capa de duas obras lançadas pela Editora Imagem e Publicações em 2021, “Cultura Sem Fronteiras” (coletânea de literatura e artes) e “Nunca é Tarde” (poesia), e da obra solidária “Anima Verbi” (coletânea de prosa e poesia) editada pela Comendadoria Templária D. João IV de Vila Viçosa, em 2023. Prefaciadora dos romances “Amor Pecador”, de Tchiza (Mar Morto Editora, Angola, 2021), “As Lágrimas da Poesia”, de Tchiza (Katongonoxi HQ, Angola, 2023), “Amar Perdidamente”, de Mary Foles (Punto Rojo Libros, 2023) e das obras poéticas “Pedaços de Mim”, de Reis Silva (Editora Imagem e Publicações, 2021) e “Grito de Mulher”, de Maria Fernanda Moreira (Editora Imagem e Publicações, 2023). .Autora do livro de poesia Lírio: Flor-de-Lis (Editora Imagem e Publicações, 2022).
Em setembro de 2022, a convite da Casa da Beira Alta, realizou, na cidade do Porto, uma exposição de fotografia sob o título: "Um Outono no Feminino: de Amor e de Ser Mulher".
Atualmente, é colaboradora regular do blogue "Memórias... e outras coisas..."- Bragança e da Revista Vicejar (Brasil).
Há alguns anos, descobriu-se no seu amor pela arte da fotografia onde, de forma autodidata, aprecia retratar, em particular, a beleza feminina e a dimensão artística dos elementos da natureza.

Mulher morre numa queda com trotinete em Bragança

 Uma mulher morreu, ao início da tarde de hoje, numa queda de trotinete, perto da estação dos autocarros, em Bragança.

A mulher tinha entre os 25 e os 30 anos e não usava capacete. 

Segundo os bombeiros de Bragança, 

"a mulher seguia na ciclovia de trotinete em direção à ponte 25 de Abril vindo da estação de camionagem e por motivos ainda por apurar terá caído, embatido com a cabeça provocando- lhe ferimentos graves que lhe comprometeram a possibilidade de vida". 

Os operacionais estiveram 40 minutos e manobras de reanimação, mas o óbito acabou por ser declarado no local. 

A PSP está a investigar as causas da morte.

Os bombeiros informavam ainda que o contacto foi feito por chamada telefónica para a corporação, devido à dificuldade em contactar através do 112, pela situação de emergência que se vive no país. Ainda assim, pedem "que se ligue sempre 112 e em simultâneo caso não haja atendimento imediato que se ligue para o número dos bombeiros de Bragança 273 300 210", devendo manter a chamada ligada para o 112.

segunda-feira, 16 de setembro de 2024

📸 𝐄𝐱𝐩𝐨𝐬𝐢𝐜̧𝐚̃𝐨 𝐅𝐨𝐭𝐨𝐠𝐫𝐚́𝐟𝐢𝐜𝐚 "𝐌𝐚𝐫𝐜𝐨𝐥𝐢𝐧𝐨 𝐂𝐨𝐧𝐭𝐫𝐚𝐛𝐚𝐧𝐝𝐢𝐬𝐭𝐚"

 A Casa da Cultura Mirandesa vai acolher a Exposição Fotográfica "Marcolino Contrabandista" com fotos de Félix Marban. A exposição estará disponível de 19 de setembro a 5 de novembro de 2024, e a entrada será gratuita.

📲 Saiba mais AQUI.

O "MENO" TINHA RAZÃO OU QUEM INVENTOU O TELEFONE?

Por: Humberto Pinho da Silva 
(colaborador do "Memórias...e outras coisas...")

António Meucci
Na cidade de Curitiba (Brasil,) existe o bairro de Bigorrilho. Elegante zona turística, onde abundam magníficos restaurantes e pisarias.
Nesse pitoresco e elegante bairro, encontra-se, na Alameda Princesa Isabel, a famosa igreja dos " Passarinhos".
Templo moderno, de teto em madeira, conhecido pelas gaiolas de passarinhos, que enfeitam o altar-mor - parece-me que já os retiraram, - que trilhavam, para regalo dos fiéis, durante o culto.
Tinha a igreja sacerdote dinâmico, que certa ocasião pensou levar uma mula para o templo, em procissão, de homenagem a nossa Senhora das Dores. Não o fez, porque os fiéis discordaram da original ideia.
O Padre Gabriel Figura foi, durante anos, diretor do: " Passarinho", periódico que se editava em Bigorrilho, jornal, em que fui colaborador, a convite do sacerdote.
Conta o Professor Sergio Kirdziej, no " Passarinho", que acompanhado pelo Maestro Oswaldo Hohmann, visitaram o amigo Ottorino de Meucci, o " Meno", como carinhosamente era tratado.
Nessa ocasião, Ottarino, contou-lhes que seu tio António Santi Giuseppe, que estudara na Academia de Belas-Artes, na Toscana, e cursara, paralelamente, Engenharia Química e Industrial, fora o verdadeiro inventor do telefone, e não Bell.
O tio, nascido em Florença, a 13 de abril de 1808, emigrara para os Estados Unidos, em 1850. Sentindo necessidade de ligar o escritório ao quarto, tanto matutou, que acabou por surgir o telefone.
Realizada a descoberta, registo-a provisoriamente, por dificuldade financeira; acabando, mais tarde, de a vender a Bell, que a registou definitivamente, em Março de 1876, em seu nome.
Escreve o Professor, que o " Meno" difundia, pelo bairro, a todos que o quisessem ouvir, que fora seu tio António que inventara o telefone, mas ninguém o levava a sério, até havia quem se risse, à socapa, dele.
Mas...a 11 de junho de 2002, pelo Congresso dos Estados Unidos, foi reconhecido Meucci, como o verdadeiro inventor do telefone.
O "Meno" tinha razão...

Humberto Pinho da Silva
nasceu em Vila Nova de Gaia, Portugal, a 13 de Novembro de 1944. Frequentou o liceu Alexandre Herculano e o ICP (actual, Instituto Superior de Contabilidade e Administração). Em 1964 publicou, no semanário diocesano de Bragança, o primeiro conto, apadrinhado pelo Prof. Doutor Videira Pires. Tem colaboração espalhada pela imprensa portuguesa, brasileira, alemã, argentina, canadiana e USA. Foi redactor do jornal: “NG” e é o coordenador do Blogue luso-brasileiro "PAZ".

Mercado Medieval "REI D'ORELHÃO" chegou ao fim e pode não voltar a acontecer por falta de apoios

 Ontem, caiu o pano sobre a quarta edição do mercado medieval "Rei D"Orelhão", que voltou a ter muita gente a presenciar os três dias intensos de atividades que passaram pelas danças medievais, falcoaria, espetáculos de fogo, música e tasquinhas tradicionais.


Mas esta pode ter sido a última edição da iniciativa. Devido à falta de apoios, Vanda Preciso, presidente da junta de freguesia de Lamas de Orelhão, eleita nas listas do PS, admite que o seu executivo não terá condições para realizar o mercado medieval, em 2025. "O mercado tem toda a razão de existir, deve continuar e acho que deve ser mantido. Mas, nestes moldes, a exigir este esforço da junta de freguesia, acho que é impensável", afirma a autarca sublinhando mesmo que este ano "foi um bocadinho, até uma certa teimosia nossa, mas foi um esforço muito grande", acrescenta.

Vanda Preciso lamenta a falta de apoios para uma iniciativa que diz ser "diferenciadora e muito dinâmica" com todas as condições para ser uma referência na região. "Não são aprovados subsídios para este tipo de eventos. A Câmara atribui-nos um subsídio, que é público, de 10.600 euros ano, que neste momento ainda só recebemos a primeira tranche do valor, mas, como é lógico, este mercado não se faz com 5.000 euros. E é muito difícil para uma junta de freguesia estar a assumir um evento destes, na totalidade, sem grande apoio, nomeadamente logístico. Acho que desta forma é impensável continuar a fazê-lo. No próximo ano penso que será financeiramente impossível de fazer", diz.

Esta pode ter sido a última edição do mercado medieval "Rei D'Orelhão", devido à falta de apoios.

Artigo escrito por Fernando Pires (jornalista)
Foto: créditos André Lopes

A última 𝗠𝗮𝘁𝗶𝗻𝗲́ acontece já no 𝗽𝗿𝗼́𝘅𝗶𝗺𝗼 𝗱𝗼𝗺𝗶𝗻𝗴𝗼, 𝟮𝟮 𝗱𝗲 𝘀𝗲𝘁𝗲𝗺𝗯𝗿𝗼, com a música dos Bad Bangs e oficina artística e ambiental pelas Runiska Animações.

🎵 𝗕𝗿𝗮𝗴𝗮𝗻𝗰̧𝗮 𝗰𝗼𝗻𝘁𝗶𝗻𝘂𝗮 𝗮 “𝘀𝗲𝗱𝘂𝘇𝗶𝗿” 𝗰𝗼𝗺 𝗺𝘂́𝘀𝗶𝗰𝗮 𝗲𝗿𝘂𝗱𝗶𝘁𝗮 🎼

 🎹 Quatro edições depois, o 𝗕𝗿𝗮𝗴𝗮𝗻𝗰̧𝗮 𝗖𝗹𝗮𝘀𝘀𝗶𝗰𝗙𝗲𝘀𝘁 continua a fazer de Bragança uma referência nacional e internacional na área da música erudita. Com um importante papel social, o de descentralizar a cultura, o evento contribui, também, para a divulgação do património histórico da região, ao levar a música a locais tão inusitados, como a Igreja de Santa Maria e a Igreja de São Francisco.


“É uma iniciativa que projetou Bragança para outro patamar no que toca à música clássica. Além de atrair apreciadores deste género musical, já é procurada por músicos de renome internacional”, destacou o Presidente da Câmara Municipal de Bragança, Paulo Xavier, durante a apresentação do IV Bragança ClassicFest, que teve lugar, hoje, no foyer do Teatro Municipal de Bragança.

Mais informação AQUI.