quinta-feira, 31 de agosto de 2023

Miranda do Douro: XI Concentração Motard vai animar a cidade

1851 – O liceu de Bragança conta com 93 alunos

Feira dos Gorazes 2023

Publicidade antiga - BRAGANÇA

Obra de Reabilitação da Estação Ferroviária de Macedo de Cavaleiros é uma das finalistas do Prémio Nacional de Arquitetura em Madeira

 O Prémio Nacional de Arquitetura em Madeira (PNAM) tem como objetivo premiar obras permanentes, feitas em Portugal, tendo a madeira como material relevante na arquitetura e que sejam da autoria de arquitetos inscritos na Ordem dos Arquitetos.


Na sétima edição do PNAM, a candidatura submetida pelo Município de Macedo foi selecionada como finalista pelo júri, que vai agora concorrer com as restantes que também foram escolhidas.

O vencedor irá beneficiar de 10.000 euros e recebe ainda um troféu, projetado pelo arquiteto Álvaro Siza Vieira.

A cerimónia da entrega do prémio deste ano será realizada em Matosinhos.

Esta distinção surgiu em 2011 é atribuída de dois em dois anos. Conta com o alto patrocínio da Presidência da República.

Escrito por ONDA LIVRE

Incêndio destruiu parte de uma casa em Morais

 Um incêndio consumiu esta manhã parte de uma casa na aldeia de Morais, no concelho de Macedo de Cavaleiros


A parte de baixo da habitação foi a mais afetada, onde vive sozinho José Pinheiro, de 67 anos, que estava ausente no momento do incêndio.

Conta que não sabe o que poderá ter dado origem ao fogo mas desconfia que possa ter começado fora da habitação, num terreno próximo.

“Senti um estrondo, que deve ter sido de alguma botija a rebentar. Estava ali em cima em casa de uma amiga, saí à varanda e vi já o fumo alto. Vim a correr e ainda cheguei antes dos bombeiros. Ainda não entrei dentro de casa mas ficou tudo queimado. Não tenho para onde ir mas ainda tenho aqui um quarto do outro lado, na casa, que está disponível. Desconfio que possa ter começado num terreno aqui ao lado mas ninguém viu. Aqui não tenho familiares, porque sou de Torre Dona Chama. Tenho uma irmã que tem casa aqui mas está na Espanha", contou.

O alerta para este incêndio foi dado cerca das 10h e no local estiveram 20 operacionais, apoiados por seis viaturas

O caso vai ser investigado pelo Polícia Judiciária.

Escrito por Onda Livre (CIR)
Foto: Rádio Onda Livre

Jovem de Macedo de Cavaleiros é finalista do Miss Portuguesa 2023

 A jovem macedense Maria Helena Rodrigues, de 16 anos, é finalista do Miss Portuguesa 2023


Conta que até chegar à selecção para a final, teve de passar por várias etapas.

“Isto começou entre junho/julho porque a minha chefe é miss de sete continentes, eu inscrevi-me por brincadeira para tentar e fui aceite.

 

 Tive de passar por cinco etapas, à base de vídeos e fotografias que eles me pediram para mandar, em que aparecia a desfilar, a falar, a apresentar quem sou e o que faço no meu dia a dia entre outros temas, como por exemplo falar sobre os motivos pelos quais os adolescentes e jovens não evoluírem tanto”, contou.

E para ser aceite, Maria teve de respeitar algumas regras.

“A altura mínima é 1,75m, temos de andar de forma correta, elegante, nem muito destapadas nem muito cobertas, não publicar fotos menos elegantes, não fazer publicações que envolvam festas e bebidas alcoólicas, esta última é mesmo proibida. A idade mínima é 16 anos”, disse.

Segue-se agora o estágio, que vai acontecer no Luso, a partir do dia 10 de Setembro, também aqui com algumas exigências.

“Depois, na final, dizem se ganhei algum prémio, como por exemplo miss talento, miss fotogénica, miss modelo, ou então miss finalista 2023”.

O mundo das passarelas é uma das paixões desta jovem macedense, embora reconheça que traz consigo várias obrigações.

“Sempre gostei muito e até participei em alguns desfiles que aconteceram aqui em Macedo e em outras localidades. Foi algo que sempre me chamou a atenção e que gosto muito. Acho que me imagino a seguir uma vida profissional nesta área, por um lado, mas por outro sei que é uma vida bastante complicada, temos de ter bastante atenção às coisas que fazemos, ao que dizemos e a quem, mas acho que me imagino a fazê-lo”, disse.

A final do concurso está marcada para 16 de Setembro, no Luso.

Maria vai concorrer com mais 13 finalistas, entre elas mais duas jovens do distrito de Bragança: Carla Couraceiro, de Alfândega da Fé e Margarida Oliveira, de Mirandela.

Escrito por Onda Livre (CIR)
Foto: Rádio Onda Livre

Nota de Imprensa | Alfândega da Fé vai acolher primeira sessão das Jornadas da Sustentabilidade

Alfândega da Fé vai acolher primeira sessão das Jornadas da Sustentabilidade

Foco na gestão estratégica para a sustentabilidade

No dia 7 de setembro de 2023, Alfândega da Fé recebe na Casa da Cultura Mestre José Rodrigues, as primeiras Jornadas da Sustentabilidade - Os desafios das PME. Trata-se de um ciclo de 4 sessões, que vão decorrer em vários municípios, com o objetivo de promover práticas sustentáveis nas empresas. Em 2027 entrará em vigor a legislação que obrigará à apresentação do relato de sustentabilidade pelas PME. A organização pretende alertar e preparar os empresários locais para essa mudança.

Nesta primeira sessão, que acontece em Alfândega da Fé, vão ser trazidos a debate temas como o impacto e importância da gestão estratégica para sustentabilidade nas PME e nos municípios, o enquadramento dos ESG (Dados Não Financeiros); os desafios e oportunidades que as PME poderão encontrar e as interações com o município e os exemplos de boas práticas de sustentabilidade.

A organização desta primeira sessão resulta da parceria entre o Município de Alfândega da Fé, a Associação de Municípios do Baixo Sabor, a AICAF - Associação Comercial de Alfândega da Fé, o NERBA - Associação Empresarial do Distrito de Bragança e a empresa de consultoria MB-UP, Lda.

As Jornadas destinam-se a empresários, gestores e dirigentes, empreendedores, organizações e instituições com ou sem fim lucrativo do concelho. As inscrições são gratuitas mas obrigatórias através do link https://forms.gle/C2NgnmAVcAFFo4228 .

O programa definitivo das Jornadas será apresentado em breve.

quarta-feira, 30 de agosto de 2023

Pousada da Juventude vai alojar estudantes

 A pousada da juventude de Bragança está incluída na lista das 19 que o governo disponibilizou para alojar estudantes a preços acessíveis.


Segundo a informação que a Secretaria de Estado do Desporto enviou ao Mensageiro o programa de alojamento nas pousadas da juventude vai aumentar em 9% o número de quartos e camas disponíveis para estudantes, no ano letivo que agora se inicia.

Trata-se de um programa da Movijovem que integra o Plano Nacional para o Alojamento no Ensino Superior, com o objetivo de apoiar jovens que ingressam nas universidades e politécnicos.

O valor mensal dos quartos varia entre 200 e 300 euros, por pessoa (conforme a unidade e tipologia), em quartos duplos ou múltiplos, e inclui pequeno-almoço, internet wi-fi, limpeza diária, troca de roupa de cama e atoalhados semanalmente e utilização da cozinha de alberguista.

Sobre os valores praticados pode incidir desconto do Cartão Jovem Europeu: 10% em duplo/twin e 20% em quarto múltiplo. Os estudantes bolseiros poderão ter um valor equivalente ao desconto de um mês para utilizar em vale de alojamento na rede de Pousadas de Juventude.

A oferta está disponível em 19 unidades das Pousadas de Juventude, nomeadamente em Abrantes, Almada, Aveiro, Beja, Bragança, Castelo Branco, Coimbra, Évora, Faro, Guarda, Guimarães, Lisboa Centro, Lisboa Parque das Nações, Oeiras, Ponte de Lima, Portimão, Porto, Viana do Castelo, Vila Nova de Cerveira.

Glória Lopes

Série Televisiva - Histórias da Montanha - Contos de Miguel Torga

Se tu soubesses, Lila!...

 “… às vezes, a imaginação consegue mudar tudo…”
(Carlos Lascano, no trailer de ‘Lila’)

Por: Paula Freire
(colaboradora do Memórias...e outras coisas...)


Pelo avançar dos dias surgem-nos, por vezes, coincidências às quais podemos chamar, no mínimo, de curiosas. Ainda assim, gosto de pensar que serão, porventura, muito mais do que isso.

Foi, quem sabe, uma dessas coincidências aquela que me sucedeu quando, há tempos atrás, uma pessoa me falou numa bela estória de fantasia, enquanto me garantia que, se não a conhecesse, a iria apreciar bastante. “Porque nela te revi.”, disse-me.
E certa de que quem isto afirmava me conhecia suficientemente bem para fazer tal constatação, foram poucos os minutos que demorei a descobrir do que se tratava.
Com os olhos postos no monitor do computador, a emoção ganhava terreno à medida que o coração se envolvia na ternura das imagens que visualizava. E as memórias faziam-se presentes, ao transportar-me para a minha infância e para a minha boneca de eleição e estimação que me ofereceram ainda criança, e à qual, assim que a vi e sem hesitação, dei o nome de Lila.
Lila cresceu ao meu lado, amiga de confissões e confidências. Com ela partilhei o jardim secreto dos meus sonhos, o meu desejo maior de transpor a realidade e, através de um simples desenho, transformar a vida numa aguarela. Porque, afinal, a imaginação é essa sensível arte de ser capaz de viver de mãos dadas com a própria arte.
Lila, a boneca em que me inspirei para escrever histórias de pessoas feitas de luzes e sombras delicadas, que dão esperança aos outros para avançar e brilhar no mundo e para o mundo.
E assim, o meu espanto aumentava à medida que descobria as estórias dessa outra “Lila”, naquela curta-metragem, de 2014, dirigida pelo produtor argentino Carlos Lascano, onde cruzamos os sentidos com uma rapariga que detém em si a capacidade de tornar o mundo um lugar mais especial. A enternecedora história de Lila, a menina que vê com os olhos da alma.
A simplicidade imaginativa e inocente de uma sonhadora que, através do desenho, transforma a tristeza em alegria com o desejo das mãos e do coração, em uníssono. Magia apenas ao alcance de quem consegue brindar a vida com fantásticas matizes coloridas e a certeza confiante de conseguir transpor o impossível.
A criatividade e a ilusão num mundo real. E a vida deixa de ser apenas num mundo para passarem a ser mundos de vida. Os mundos de vida de Lila que, com o silêncio agasalhado no olhar, namora a pureza das próprias quimeras e cuja felicidade lhe nasce da linguagem interior, revelada no dom de semear o perfume dos seus sentimentos mais nobres.
Lila segue, meiga, entre a última estrela da noite e a primeira respiração do entardecer, a colorir a alma dos que a rodeiam, com o encanto do feitiço na pontinha dos dedos. Desse modo se vai compreendendo também a si mesma na emergência dos afetos.
Um olhar sobre os gestos mais simples da vida e talvez todos fossemos capazes de algum dia, tal como Lila, ser fazedores de histórias. Das extraordinárias histórias que guardamos dentro de nós, a esperar um sopro que lhes dê vida. Porque, acredito, é da vontade e das aspirações que o coração do universo ganha outra dimensão.
A minha Lila viveu até há uns poucos anos atrás. Mas também teve que partir, como partem todas as mais bonitas conquistas que nos iluminam a vida. O mais incrível é que, dentro do seu vestidinho azul salpicado de pequeninas flores, tinha igualmente o mesmo rosto alvo, os mesmos olhos verdes e os mesmos cabelos louros da Lila de Lascano. Uma boneca com semblante de menina.
Em ti, Lila, encontrei a pureza que tão só o enlevo dos devaneios compreende e contigo abracei a minha infância de doces e sentidas afeições que continuam, ainda hoje, a sorrir-me. Naquele dia, vieste recordar-me a beleza dessa memória.

Paula Freire
- Natural de Lourenço Marques, Moçambique, reside atualmente em Vila Nova de Gaia, Portugal.
Com formação académica em Psicologia e especialização em Psicoterapia, dedicou vários anos do seu percurso profissional à formação de adultos, nas áreas do Desenvolvimento Pessoal e do Autoconhecimento, bem como à prática de clínica privada.
Filha de gentes e terras alentejanas por parte materna e com o coração em Trás-os-Montes pelo elo matrimonial, desde muito cedo desenvolveu o gosto pela leitura e pela escrita, onde se descobre nas vivências sugeridas pelos olhares daqueles com quem se cruza nos caminhos da vida, e onde se arrisca a descobrir mistérios escondidos e silenciosas confissões. Um manancial de emoções e sentimentos tão humanos, que lhe foram permitindo colaborar em meios de comunicação da imprensa local com publicações de textos, crónicas e poesias.
O desenho foi sempre outra das suas paixões, sendo autora das imagens de capa de duas obras lançadas pela Editora Imagem e Publicações em 2021: Cultura sem Fronteiras (coletânea de literatura e artes) e Nunca é Tarde (poesia).
Prefaciadora do romance Amor Pecador, de Tchiza (Mar Morto Editora, Angola, 2021) e da obra poética Pedaços de Mim, de Reis Silva (Editora Imagem e Publicações, 2021).
Autora do livro de poesia Lírio: Flor-de-Lis (Editora Imagem e Publicações, 2022).
Em setembro de 2022, a convite da Casa da Beira Alta, realizou, na cidade do Porto, uma exposição de fotografia sob o título: "Um Outono no Feminino: de Amor e de Ser Mulher".
Atualmente, é colaboradora regular do blogue "Memórias... e outras coisas..."-Bragança, da Revista HeliMagazine e da Revista Vicejar (Brasil).
Há alguns anos, descobriu-se no seu amor pela arte da fotografia onde, de forma autodidata, aprecia retratar, em particular, a beleza feminina e a dimensão artística dos elementos da natureza, sendo administradora da página de poesia e fotografia, Flor De Lyz.

Hoje é dia de festa no nosso Parque Natural de Montesinho. Esta área protegida celebra 44 anos

Município de Vila Flor abre loja para divulgação da imagem da vila e dos produtos da terra

 Os produtos característicos de Vila Flor estão agora expostos numa loja criada pelo município


O objectivo é divulgar a imagem da vila, através da venda de produtos personalizados com o brasão da terra, mas também o artesanato. As peças estarão a ser feitas ao vivo pelos artesãos da vila.

“Temos artesãos que estão ligados à Rota do Saber fazer, convidámo-los para estarem na loja presencialmente e alternadamente. Termos um artesão lá cativa o interesse de quem visita, que vê como é que as obras são feitas, conhece o artesão e torna a loja mais viva”, disse o presidente da câmara municipal, Pedro Lima.

Ali também estão expostos produtos como queijo, azeite, vinho, entre outros. No entanto, a compra tem que ser feita online através de uma plataforma que o município está a criar, permitindo que o produto seja enviado para casa do cliente.

“A pessoa pode ir à nossa loja, vê o produto, interactivamente faz a sua encomenda através da internet na loja ou poderá também fazê-lo no conforto de sua casa. É essa a nossa preocupação, arranjar uma ligação directa com os diversos produtores e o público”, explicou.

O município acredita que desta forma ajudará os agricultores do concelho na venda dos produtos.

A loja "Vila Flor, Terra de Ama e Cor" está junto às piscinas municipais descobertas, num edifício que foi aproveitado para o efeito.

Escrito por Brigantia
Jornalista: Ângela Pais

BRAGANÇA SERÁ A PRIMEIRA CIDADE PORTUGUESA LIGADA DIRETAMENTE À ALTA VELOCIDADE

 A capital do distrito vai ser a primeira cidade portuguesa que terá ligação direta aos comboios de alta velocidade. De momento a estrada que liga Bragança a Puebla de Sanábria, em Espanha, já está a ser alvo de requalificação e melhoramento. A localidade espanhola tem AVE- um comboio que pode atingir 300 quilómetros por hora. A empreitada estará concluída em 2026 e tem um investimento de 29 milhões de euros.


Esta era uma ambição já há muito desejada, pelo menos há 20 anos. Uma estrada “sem buracos” e “com menos curvas” que fizesse uma ligação entre Bragança e a vizinha Espanha.

Desde 2021 que Puebla de Sanábria tem ligação de alta velocidade ao TGV espanhol. Esta linha rápida, também conhecida como AVE, pode chegar aos 300 quilómetros, ligando Sanábria a Madrid em menos de duas horas.

No entanto, há um seque. O problema que está agora à vista é a estrada que liga a capital do distrito à estação localizada em Sanábria que tem uma extensão de 45 quilómetros e um percurso cheio de desafios onde é necessário ter especial cuidado.

“Precisamos de um tapete novo daqui a Bragança, a cada meio ano tenho de mudar as rodas do carro. Não ganhamos para as rodas”, critica uma das 76 pessoas que vive em Rio de Onor, aldeia de Bragança que faz fronteira com Espanha, em declarações ao Porto Canal. “Uma nova estrada vai ajudar muito Bragança, em vez de demorarem 50 minutos, os espanhóis vão demorar dez ou 15 minutos a cá chegar” adianta um habitante de Varge ouvido pelo Porto Canal.

O melhoramento da estrada vai ter um custo de 29 milhões de euros do Plano de Recuperação e Resiliência. A autarquia de Bragança já abjudicou a execução da via, que não pode ser transformada em autoestrada ou IP pelo simples facto de atravessar o Parque Natural de Montezinho.

“Uma ligação rodoviária ao AVE espanhol é premente”, avalia o presidente da Câmara Municipal de Bragança. “A obra consiste na reabilitação da estrada existente, com a correção do traçado”, explica Hernâni Dias. A estrada vai alargar e ficar mais segura. “Vai haver uma variante na aldeia de Varge e em Rio de Onor, mas fica a faltar um ponte internacional, que vai depender do Governo português e do Governo espanhol, por forma a evitar que estejamos a fazer uma estrada até um determinado ponto, os espanhóis também reabilitem do lado de lá, e depois não haja uma ligação que é obrigatório ser feita”.

Jornalista: Lara Torrado

Festa da Carrapatinha

Registo Civil de Bragança com filas à porta e horas de espera deixa pessoas indignadas

 Agosto traz filas de espera à porta dos serviços públicos


O Registo Civil de Bragança, durante este mês, praticamente todos os dias tinha a sala de espera cheia e um aglomerado de pessoas à porta, o que está a gerar indignação.

Carlos Miguel precisa de uma certidão de óbito e há uma hora que está à espera para ser atendido. A sua senha é o número seis, mas o atendimento vai apenas no número dois. A viver há seis anos na cidade, diz que a experiência não está a ser muito boa no que toca aos serviços públicos.

“Aqui em Bragança estou a notar uma diferença muito grande. Eu vim da zona do Alentejo, de uma cidade completamente diferente, Évora, muito mais ágil a tratar de qualquer situação e aqui Bragança falam tanto da qualidade de vida e eu não acho qualidade de vida nenhuma desde que cá estou. Se têm a noção de que em Agosto Bragança duplica ou triplica a população por causa dos emigrantes, acho que deviam ter o bom senso de ter mais pessoal, funcionarem de outra forma e porque não abrir outro balcão”, disse.

Alexandra Costa é emigrante, mas em breve deixará de ser. Vem da Suíça definitivamente para Portugal e começa a querer tratar de alguns assuntos. Há uma hora à espera para obter umas senhas para mudar o endereço do cartão de cidadão, admite que já começava a ficar “impaciente”.

“É difícil vir ao registo civil nestas alturas e nas outras também. Estive cá no ano passado na Páscoa e também não consegui tratar de nada, não sei se é por falta de pessoal, ou por falta de organização. Acho que devia haver outra loja de Registo Civil, uma não é suficiente para tanta população que tem Bragança”, salientou.

Maria Guerra não está numa situação muito diferente. Foi para a porta do Registo Civil logo às nove da manhã, mal abriu, para levantar o passaporte de uns amigos, já que estes não o conseguiram fazer no dia anterior porque já não havia mais senhas para os atender. Não entende porque está há tanto tempo à espera.

“Quando cheguei tirei a senha e depois perguntei ao segurança e ele disse-me que apesar de ser só para levantar os passaportes tinha que estar uma hora à espera. Não faz sentido, porque quando estão a fazer um cartão de cidadão ou um registo vão demorar mais tempo, portanto no intervalo, enquanto as pessoas estão a assinar ou o que quer que seja chamavam estes casos”, afirmou.

Ao que conseguimos apurar, na manhã de quinta-feira havia cinco funcionários atender ao público no Registo Civil de Bragança. No entanto, a sala de espera estava cheia e à porta era visível o aglomerado de pessoas. O tempo de espera chegava a ser superior a uma hora. As senhas são limitadas. Na porta está até afixado um papel onde é possível ler “não há senhas toleráveis”.

Contactámos o Ministério da Justiça para perceber se foi tomada alguma medida ou feito reforço no mês de Agosto para dar resposta ao aumento de afluência com a vinda dos emigrantes. No entanto, até ao momento não conseguimos qualquer esclarecimento.

Escrito por Brigantia
Jornalista: Ângela Pais

Câmara de Vinhais aprova moção contra falta de caixas multibanco no concelho

 O município de Vinhais aprovou por unanimidade uma moção contra a falta de caixas multibanco naquele concelho do distrito de Bragança, informou hoje a autarquia.


O presidente da Câmara Municipal de Vinhais, Luís Fernandes (PS), disse à Lusa que neste momento há quatro caixas multibanco em todo o concelho, para servir cerca de oito mil pessoas.

"Há uma destas caixas multibanco, [a] que está junto aos bombeiros, que foi o município que fez obras e os bombeiros cederam o espaço, para podermos ter mais uma caixa multibanco", contou Luís Fernandes.

Em comunicado, o município detalha a realidade do concelho, referindo que “não existem caixas multibanco na maior parte das freguesias, apenas em duas das 26, e a distância a percorrer entre o extremo de uma freguesia e um ponto de acesso é de 25 quilómetros [km]".

Três dos equipamentos estão na sede de concelho e um em Rebordelo.

No mesmo comunicado, a câmara adianta que esta moção “surge depois de ser conhecido o estudo do Banco de Portugal que avalia a cobertura da rede de acesso a numerário em Portugal, em 2022, e em que este concelho é mais uma vez 'prejudicado'”.

“O estudo conclui que a quase totalidade da população (99%) dispõe de um ponto de acesso a menos de 5 km de distância (em linha reta) da freguesia de residência e das 3.092 freguesias, menos de 50 estão localizadas a uma distância superior a 10 km de um balcão ou de um CA", descreve a autarquia.

Segundo a câmara, tendo em conta as condições demográficas do concelho e a importância que o numerário em papel continua a ter para a maioria das pessoas, Vinhais pretende com a moção que sejam colocadas caixas multibanco, sobretudo nas freguesias mais distantes dos pontos de acesso.

Desta forma, acrescenta, será possível aumentar “a qualidade de vida das populações e os meios de acesso aos mais idosos".

"Acho que não faz sentido o Banco de Portugal ter este estudo, e bem, mas depois, sendo uma instituição do Estado, que não haja uma forma de, pelo menos, facilitar a instalação de mais caixas multibanco", disse à Lusa Luís Fernandes.

O autarca de Vinhais considera que é, mais uma vez, o peso da interioridade que está em causa.

"Hoje em dia, as caixas multibanco são fundamentais, não só para levantar dinheiro, mas para outro tipo de operações que as pessoas possam fazer. É, mais uma vez, um problema para estas regiões. Isto cria, mesmo em termos económicos, dificuldades. Temos regiões do concelho onde [as pessoas] vão fazer levantamentos de dinheiro e pagamentos a Espanha, o que é complemente surreal”.

E deslocam-se a Espanha porque “lhes fica mais perto" do que se dirigirem a um multibanco no concelho, descreveu ainda o presidente do concelho raiano.

Esta moção vai agora chegar à Assembleia Municipal de Vinhais e a várias entidades, designadamente Presidente da República, primeiro-ministro, Ministério das Finanças, Banco de Portugal e ao parlamento.

TYR // JAP
Lusa/Fim

1969 – A contribuição do produto industrial bruto do Concelho de Bragança para a produção industrial bruta do país desce para 0,2%.

Dia Nacional das Bandas Filarmónicas - CARVIÇAIS - MONCORVO

Aldeia de Lamas de Orelhão regressa à Época Medieval a 15, 16 e 17 de setembro 👑⚔️

terça-feira, 29 de agosto de 2023

Estudo alerta para "perigo crítico" em que se encontram mexilhões de água doce

 Um estudo que envolveu investigadores de várias instituições científicas nacionais alertou hoje para o “perigo crítico” em que se encontram os mexilhões de água doce em Portugal, um grupo de bivalves com mais de 900 espécies “altamente ameaçado globalmente”.


Liderado pelo investigador Manuel Lopes Lima, do Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos (BIOPOLIS-CIBIO), da Universidade do Porto, e da Estação Biológica de Mértola, o trabalho foi realizado em colaboração com membros de outros cinco centros de investigação (CBMA, CIMO, CIIMAR, CITAB e MARE), representando seis instituições académicas portuguesas – Politécnico de Bragança e universidades do Porto, do Minho, de Trás-os-Montes e Alto Douro, de Lisboa e de Évora.

Os mexilhões de água doce, um grupo de bivalves com mais de 900 espécies que podem ser encontradas em rios e lagos de todos os continentes, onde eram abundantes, desempenham um papel importante nos ecossistemas, melhorando a qualidade da água e do substrato, e fornecendo habitat fundamental para outras espécies.

Em Portugal não existiam até agora dados sobre as tendências populacionais destes animais, mas através de um levantamento minucioso das populações de mexilhões de água doce em 132 locais, abrangendo 15 bacias hidrográficas distintas, verificou-se que os dados são “dramáticos e extremamente preocupantes”.

O estudo revela “um declínio generalizado de 60% no número de locais e uma redução impressionante de 67% na abundância total de mexilhões de água doce em Portugal ao longo das últimas duas décadas”.

Estes resultados estão em linha com os observados no decorrer do projeto EdgeOmics, financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia, cujo objetivo é avaliar e prever o impacto resultante das alterações climáticas nestes mexilhões.

Segundo Manuel Lopes Lima, “todas as espécies de mexilhões de água doce estão em declínio rápido e em risco de extinção em Portugal, sendo que esta informação foi já incluída na produção do recente Livro Vermelho dos Invertebrados de Portugal, onde todas as espécies se encontram como ameaçadas e protegidas”.

Os mexilhões de água doce têm geralmente uma vida longa e são “altamente sensíveis” a perturbações do habitat, tornando-as bons indicadores da integridade ecológica dos ecossistemas de água doce.

A investigação aponta como principais causas dos declínios relatados o aumento de secas prolongadas, a alteração de habitat ribeirinho por barragens e a introdução de espécies exóticas, tais como a amêijoa asiática.

De acordo com os investigadores, as espécies de mexilhões de água doce protegidas na União Europeia são “inadequadamente monitorizadas”.

“Mesmo as espécies classificadas como comuns deveriam receber mais atenção, pois poderão estar impropriamente avaliadas, tal como se mostrou no presente estudo. Esta questão é particularmente alarmante na região do Mediterrâneo, onde o endemismo das espécies é elevado e os habitats de água doce severamente afetados pela escassez de água”, salientam.

Para reverter as “alarmantes tendências populacionais em declínio”, o estudo enfatiza “a necessidade urgente de uma gestão mais eficiente da água, da implementação de restrições de irrigação em áreas de biodiversidade vitais, da mitigação de alterações hidrológicas e da restauração da conectividade perdida dos habitats aquáticos devido a anteriores alterações físicas, tais como barragens e açudes”.

Por outro lado, sublinham os autores do estudo, “para prevenir a extinção das espécies mais criticamente ameaçadas, incluindo Margaritifera margaritifera, Potomida littoralis e Unio tumidiformis, cujas populações caíram para níveis quase residuais, é imperativo agir com ações de conservação urgentes tais como o estabelecimento de programas de reprodução em cativeiro, proteção estrita das populações restantes e restauração de habitats em larga escala”.

Este trabalho foi recentemente publicado na revista Biological Conservation.

PM // JAP
Lusa/Fim

OS CARETOS DE PODENCE

Por: José Mário Leite
(colaborador do Memórias...e outras coisas...)

Os Caretos de Podence são hoje uma imagem de marca, conhecida internacionalmente que atrai, de forma consistente e sustentada, milhares de turistas, interessados, curiosos ou simples foliões àquela aldeia de Macedo. Trata-se, sem sombra de dúvida, de um paradigma de desenvolvimento e combate à desertificação do interior, pela valorização da cultura autóctone, por contraponto aos “enlatados” que, imitando festas e romarias comerciais (e comercializadas) podendo ter algum sucesso no imediato, não tendo raízes, não garantem a sustentabilidade necessária e requerida na utilização dos dinheiros públicos. Desde há muito que defendo que o lastro necessário para as políticas de combate ao empobrecimento humano, social e económico do nordeste está, precisamente, nas iniciativas genuínas e diferenciadoras.
Estranhamente (ou talvez não), quando realço este sucesso macedense, noutras localidades da nossa terra, esperando obter um comentário de congratulação e regozijo por este feito que a todos deveria orgulhar, ouço, com frequência, críticas e reparos de difícil entendimento. Que os caretos não são exclusivos de Podence, que é um fenómeno extensivo a todo o nordeste, quiçá com manifestações mais expressivas noutras localidades, tendo havido, neste caso, uma apropriação (indevida?) de um património comum.
É verdade que os rituais festivaleiros dos mascarados com trajes garridos e chocalhos à cintura não se restringem a esta freguesia nordestina. Mas foi ela que, com o apoio da autarquia e de outras forças vivas da região, fez o trabalho de promoção, divulgação e sistematização, conducente ao reconhecimento internacional do fenómeno. Que é seu. Não é exclusivo, mas também não foi enxertado! Dando uma pancadinha na base de um ovo, de forma a provocar um ligeiro achatamento, qualquer um pode colocá-lo, de pé, sobre uma superfície lisa. Porém a autoria do feito é, desde há séculos, atribuída, e bem, a Cristóvão Colombo por ter sido o primeiro a fazê-lo. É, igualmente, justo pois que seja a gente de Macedo, liderada pela sua autarquia, a beneficiar do sucesso da festa dos garridos mascarados chocalheiros. Não é correto, nem tão pouco útil, para quem quer que seja, a crítica de quem, podendo, não fez o que ali foi feito.
A atitude certa não passa pela disputa (inútil) da primazia de um fenómeno que já atingiu o topo da notoriedade, bem pelo contrário, o adequado é a associação ao evento, incorporando o que puder enriquecê-lo (ganhando Macedo, em maior ou menor proporção, ganhamos todos) e, se houver engenho e arte, aproveitar o exemplo, seguir a boa prática, identificando e trabalhando outras especificidades locais que, felizmente, abundam na cultura tradicional da nossa terra.
É de referir que, Benjamim Rodrigues, um dos autarcas que não “beneficiou” da limitação de mandatos (havemos de falar nisso, brevemente), apesar do estrondoso êxito com os carnavalescos personagens, não ficou à sombra deste troféu. O Geopark Terras de Cavaleiros e a distinção internacional do Parque Urbano são um bom exemplo.
Estou certo que, antes que a perversa lei do “iluminado” Relvas o afaste do Jardim 1.º de Maio, ainda irá acentuar a marca da sua originalidade, competência e eficácia no progresso de Macedo e, por arrasto, de todo o nordeste.

José Mário Leite
, Nasceu na Junqueira da Vilariça, Torre de Moncorvo, estudou em Bragança e no Porto e casou em Brunhoso, Mogadouro.
Colaborador regular de jornais e revistas do nordeste, (Voz do Nordeste, Mensageiro de Bragança, MAS, Nordeste e CEPIHS) publicou Cravo na Boca (Teatro), Pedra Flor (Poesia) e A Morte de Germano Trancoso (Romance), Canto d'Encantos (Contos) tendo sido coautor nas seguintes antologias; Terra de Duas Línguas I e II; 40 Poetas Transmontanos de Hoje; Liderança, Desenvolvimento Empresarial; Gestão de Talentos (a editar brevemente).
Foi Administrador Delegado da Associação de Municípios da Terra Quente Transmontana, vereador na Câmara e Presidente da Assembleia Municipal de Torre de Moncorvo.
Foi vice-presidente da Academia de Letras de Trás-os-Montes.
É Diretor-Adjunto na Fundação Calouste Gulbenkian, Gestor de Ciência e Consultor do Conselho de Administração na Fundação Champalimaud.
É membro da Direção do PEN Clube Português.

Miranda do Douro acolhe encontro ibérico de raças autóctones a 05 de setembro

 A Associação para o Estudo e Proteção do Gado Asinino e o município de Miranda do Douro promovem a 05 de setembro um encontro ibérico de raças autóctones para demonstrar a utilidade e o potencial genético destes animais.


“O Encontro pretende promover o diálogo e a reflexão sobre o presente e o futuro das raças autóctones ibéricas e dar a conhecer as suas mais diversas utilidades na preservação meio ambiente e da biodiversidade, numa altura em alterações climáticas são uma realidade, dado que este animais têm um papel importante prevenção de incêndios florestais ou na organização da agricultura”, disse hoje à o secretario técnico da Associação para o Estudo e Proteção do Gado Asinino (AEPGA), Miguel Nóvoa.

De acordo com o especialista em gado asinino, no distrito de Bragança pretende-se igualmente que este seja um evento que potenciem o desenvolvimento de atividades e projetos de investigação e desenvolvimento, através da colaboração e da criação de sinergias entre a comunidade local e académica e os vários grupos de interesse externos, nomeadamente empresas e outras entidades públicas e privadas.

“Para além do burro mirandês, pretendemos associar a este evento raças autóctones de bovinos ou ovinos para se perceber como este património genético pode ajudar de uma forma mais sustentada na gestão de habitats prioritários e de alguma forma se poder estabelecer pontes e redes de trabalho”, explicou Miguel Nóvoa.

O também veterinário acrescentou que este encontro visa lançar as bases para se construir projetos que possam ser financiados pela União Europeia e pelo Governo para se demonstrar de forma prática a evidência de que as raças autóctones têm um papel a desenvolver no futuro

Para os especialistas em raças autóctones, como é caso da AEPGA, no tempo de uma agricultura multifuncional que se pretende também prestadora de serviços, estas raças devem ser conservadas quer pelo seu contributo para preservar biodiversidade quer pela sua adaptação ao meio ambiente, pela proteção ambiental que propiciam, pela produção biológica que permitem e pelo fomento de produtos tradicionais de qualidade, “ou seja, pelo papel insubstituível que desempenham no desenvolvimento rural”.

“Atendendo a que quase todas estas raças se encontram atualmente ameaçadas de extinção, fruto da sua substituição por raças mais produtivas e mais eficazes na resposta aos alimentos concentrados e da introdução e expansão da mecanização agrícola, acreditamos enquanto impulsionadores deste encontro que estas raças desempenham um papel importantíssimo na economia nacional, regional e local”, indicou Miguel Nóvoa.

Estes animais, na opinião dos especialistas envolvidos neste encontro, devem ser encarados como “uma salvaguarda de uma diversidade genética” e não apenas produtores de carne, lã ou leite com os seus derivados de qualidade reconhecida através da chancela de Dominação de Origem Protegida (DOP).

 Este encontro ibérico está programado para a Senhora do Naso, no concelho de Miranda do Douro, onde se realiza uma das mais importantes feiras de gado asinino do Norte de Portugal e de Castela e Leão, em Espanha.

FYP // MSP
Lusa/fim

Concurso público para construção de parte do troço Vinhais-Bragança abre no início de 2024

 Está previsto abrir já no início do próximo ano o concurso público para a construção de uma parte do troço da estrada Vinhais-Bragança


Segundo avançou o presidente da câmara de Vinhais, Luís Fernandes, a empreitada vai ser dividida em duas fases.

“Aquilo que me foi transmitido pela Infra-estruturas de Portugal e pelo ministério é que fazem desta forma porque há uma parte que é mais fácil em termos de pareceres e problemas que são necessário resolver para pôr a concurso”, disse, acrescentando que o concurso público para a outra parte do troço será lançado meses mais tarde.

A construção da estrada vai ter financiamento do Plano de Recuperação e Resiliência e, por isso, a obra tem que estar concluída até 2026. O autarca está confiante que o prazo vai ser cumprido.

“Todos nós sabemos que as obras, pelas dificuldades que há a vários níveis, poderão sofrer alguns atrasos. Aquilo que nos interessa é que ela comece e seja feita. Se terminar em 2026 óptimo, se terminar antes ou dois ou três meses depois não é por aí”, afirmou.

Neste momento decorre ainda a elaboração do projecto de execução. A construção da ligação que vai ligar Bragança e Vinhais vai custar entre 30 a 40 milhões e é da responsabilidade da Infra-estruturas de Portugal. Além da requalificação da estrada já existente, está previsto a criação de variantes, a Variante de Vila Verde, a Variante de Castrelos e a Variante da Câmara Municipal de Bragança, reduzindo assim o tempo de percurso. 

Escrito por Brigantia
Jornalista: Ângela Pais

O Motoclube Alfandeguense apresenta a 3ª Concentração Motard 🏍

Cebola atrai compradores a São Pedro de Sarracenos

 A Feira das Cebolas de São Pedro de Sarracenos, em Bragança, atrai várias pessoas de outras partes do concelho que procuram ali uma boa cebola


Este domingo, não faltou gente para comprar a famosa cebola de São Pedro de Sarracenos. Adélia Pereira é uma das produtoras da aldeia. Admite que dá muito trabalho plantá-la.

“Dá muito trabalho. Tem de se plantar o cebolo, tem de ser cavado muitas vezes, tem de ser regado, todos os dias me levantava às seis da manhã para regar as cebolas”, contou.

Fábio Pires é outro dos produtores. Este ano colheu duas toneladas de cebola, por isso diz ter sido uma boa campanha. Mas que cebola é esta e porque a procuram tanto?

“Esta cebola é a Valenciana tardia, conserva-se até muito tarde, por isso haver muita procura”, explicou Fábio Pires, realçando que é tratada de “forma natural”.

Luzia Esteves foi uma das pessoas que não perdeu a oportunidade de comprar levar cebola para casa.

“São boas estas cebolas, acho-a mais macia e menos picante”, disse, admitindo que compensa comprá-las na feira, porque “a cebola é um dos produtos que dá bastante trabalho, exige muito trato, muita rega, e não é cara em relação ao trabalho que dá”.

A Feira da Cebola de São Pedro de Sarracenos vai já na vigésima primeira edição. Para o presidente da junta de freguesia, Humberto Santos, é um dia que anima a aldeia.

“É mais uma festa, mobiliza as pessoas e ao mesmo tempo temos dois produtores que se dedicam à produção da cebola e fazem o seu negócio”, referiu.

Além de cebolas, foram também vendidos produtos da terra, como batatas, mas também pão feito no forno de lenha e artesanato.

Escrito por Brigantia
Jornalista: Ângela Pais

O Cativo - Na Madrugada dos Tempos - Parte 13

 O número dos nossos inimigos varia na proporção do crescimento da nossa importância. Acontece o mesmo com o número dos amigos.

Paul Valéry
Filósofo, escritor e poeta francês
(1871-1945)
Por: Manuel Amaro Mendonça
(colaborador do "Memórias...e outras coisas...")

Indecisos sobre o que fazer com o ladrão, amarraram-no a uma estaca no centro do povoado, mesmo em frente à casa de Erem. Na fúria vingativa, os aldeãos despojaram-no das roupas, encheram-no de pancadas e atiraram-lhe toda a espécie de objetos inomináveis. As tentativas para extrair algo de inteligível dele, porém, foram infrutíferas. Não conseguiam perceber a algaraviada do invasor, apesar de, por vezes, uma ou outra palavra parecer familiar. Chamaram vários dos estrangeiros residentes, mas nenhum conseguiu entabular uma comunicação. Por gestos, conseguiram perceber que ele provinha de algum lugar distante para lá das montanhas a norte e que eram um clã numeroso.

O pequeno e improvisado, “conselho” com Erem, Lemi e os recém-admitidos, Alim e Tailan, discutiu o pouco que sabia. Se por um lado sentiam-se mais descansados por saber que os ladrões estavam longe, por outro, o facto de chegarem até ali, significava que se movimentavam… talvez na direção da aldeia. Além disso, possuíam armas de cobre; facas, espadas curtas, as pontas das flechas e até os próprios arcos estavam decorados com finas folhas trabalhadas do metal. Estavam obviamente perante um povo bem armado e com conhecimentos para além dos deles.
Distribuíram as armas pelos melhores guerreiros, mas Erem, satisfeito com o punhal que lhe fora oferecido há algum tempo por Alim, abdicou da espada que lhe caberia e permitiu que fosse entregue a outro.
Como havia trabalhos a desempenhar, gradualmente, o grupo que circundava o cativo foi ficando menor, reduzindo-se apenas às crianças que começaram a divertir-se atirando-lhe pedras. O homem gritava na sua língua incompreensível e rosnava-lhes sem sucesso, para alegria dos petizes. Foi Zia quem interveio fazendo-os dispersar. Antes dela própria se ir embora, ainda deitou um olhar preocupado ao prisioneiro; que haveriam de fazer com ele? Deveriam simplesmente matá-lo como muitos sugeriam? Oferecê-lo a Swol no círculo de pedra? Seria ser uma honra para os deuses ou iriam conspurcar o lugar sagrado?
Já não chovia há uns dias e as planícies estavam forradas de erva tenra que veados e auroques pastavam livremente. Havia muito trabalho a caçar e a desmanchar as carcaças para secar as carnes. Além disso, também beneficiando dos dias que cresciam, a operação de construção do santuário recomeçou e as equipas para arrastar as pedras já saíam todos os dias para a sua atividade.
Ao anoitecer, todos regressavam e a fogueira no centro da aldeia já ardia, acendida pelas mulheres. Apesar da casa da reunião já ter sido terminada, desde que não nevasse ou chovesse, muitos preferiam continuar ali ao ar livre, em vez de fechados atrás de paredes.
Há medida que a luz desaparecia e o número de pessoas em volta da fogueira crescia, também os murmúrios acerca do prisioneiro se faziam ouvir. À semelhança das crianças, também os adultos atiravam pedras, ossos, ou mesmo brasas ao cativo.
A chegada de Erem e Zia impôs algum respeito e os grupos familiares retomaram as suas atividades normais colocando pedaços de carne sobre as brasas que depois dividiam entre si. Alguns bebiam uma pasta de água e cereais mal triturados, acompanhados de carne seca. Tudo era melhor quando havia fruta, mas, para já, tinham de se contentar com algumas bagas ou amêndoas e nozes bolorentas.
Faltava apenas um dos grupos de caça… especificamente o de Naci e Fikri, que era o que normalmente se arriscava mais a afastar-se mais da aldeia, mas também era frequentemente o mais bem-sucedido.
Em volta da fogueira, as famílias faziam a refeição e falavam entre si ou em conversas cruzadas com os grupos vizinhos. Erem e Lemi, em grupos separados, debatiam o que deveriam fazer com o prisioneiro. Este último era de opinião que tinham de o matar; era culpado de roubo e quase de certeza matara ou colaborara nas mortes do último assalto. Ou entregavam-no aos familiares das vítimas para se vingarem, como muitos exigiam, ou sacrificavam-no aos deuses.
Nehir, normalmente silenciosa nestes debates, interveio: “Swol e Mensis acasalaram e velam pelos homens desde Manu[1]. Trazem a noite e o dia, as plantas e os animais que comemos, tudo isso para que os seus filhos não precisem de se matar e comer ou serem comidos. Matar outros homens é mau. Os deuses não gostam.”
Zia assentiu para os outros gravemente e depois sorriu e acariciou carinhosamente o braço da filha.
Apesar da conversa importante, Erem estava distraído, atento a todos os movimentos para além da fogueira, sempre na esperança de ver chegar Naci e o seu grupo de caça. Ele era o seu eterno rival, que contestava a maioria das suas decisões, mas era também o alvo da sua admiração, amor e desvelo. Amava os outros filhos, claro; Nehir, a curandeira, sempre serena, atenta e mística, Asil, que escavava as pedras e bocados de madeira transformando-os em objetos de culto, Altan e Tekin, os mais velhos e mais sensatos. A angústia instalou-se-lhe no peito ao lembrar Nuri, morto pelos homens-macaco. Ninguém poderia duvidar do seu amor por todos os filhos e orgulho em todas as suas conquistas, mesmo as de Asil, que alguns homens desprezavam como sendo fraco e pouco dado a lutas; as suas esculturas de madeira levavam longe o nome de Barinak e as pedras do seu amado santuário ficavam maravilhosas após terem sido escavadas por ele… só era pena que demorasse tanto tempo. Às vezes ia espreitá-lo nas suas visitas ao santuário, a bater diligentemente com um pedaço de basalto num dos enormes monólitos até conseguir extrair da sua superfície o focinho de um leão, um cervo, ou mesmo um gafanhoto. Mas era Naci a sua eterna fonte de preocupações; arrojado, atirava-se de peito aberto a qualquer luta e saía quase sempre vencedor. Os deuses sorriam-lhe desde o nascimento, que acontecera numa noite escura, de grandes relâmpagos e trovões que abafavam os gritos de Zia. Durante o seu crescimento revelou-se um líder nato; os outros jovens seguiam-no cegamente deslumbrados com a sua coragem e ímpeto… mas Erem temia faltar-lhe ainda muita sensatez. Era demasiado jovem e as suas ações punham muitas vezes todos em risco, além dele próprio. Lemi dizia que Birol, o avô, também fora assim, mas foi gradualmente ganhando calma e discernimento.
Erem queria a opinião do filho, embora soubesse que na maior parte das vezes realizaria precisamente o oposto, deixando-o furioso. Servia-se dele como um dos pratos de uma balança onde tentava equilibrar a impetuosidade dele e a sua própria sensatez. Ao mesmo tempo, mostrava ao filho que, na maior parte das vezes, agir sem refletir seria um erro. Naci, porém, achava que o pai ficava velho e fraco e já tardava a hora em que um dos irmãos, ou mesmo ele, deveria tomar o seu lugar.
O chefe estava envolvido nesses pensamentos, com o olhar fixo no miserável prisioneiro amarrado ao poste, rodeado por imundícies e pedaços de comida que adultos e crianças lhe atiraram. Estava completamente nu e a sua pele clara marcada pelas equimoses das pancadas que levara. Só não estava já morto pelo respeito que Erem exigira. Como um animal selvagem encurralado, mantinha-se curvado e os olhos vivos circulavam pelos seus captores, sempre pronto a esquivar-se ao que lhe arremessavam. “Tenho de lhe deixar umas peles para dormir” — Refletiu de si para si. — “Não quero que morra gelado. Precisamos de saber o máximo que pudermos dele e do seu clã. Só então se decidirá o que fazer com ele.”
Murmúrios alterados e pequenos gritos de algumas mulheres fizeram-no olhar para além das casas mais próximas, a distância limitada pela escuridão. Ali pareciam materializar-se dois guerreiros magros, vestidos com túnicas compridas. Traziam o cabelo em finas tranças decoradas com pequenas esferas, empunhavam lanças bem direitas, mais altas um palmo do que eles. Vários membros do clã levantaram-se alarmados e preparavam-se para enfrentar a ameaça, quando, pelo meio dos recém-chegados, passou a trote um dos lobos que Cemil, o irmão de Erem criou desde filhote. O predador domesticado atravessou calmamente o centro do aldeamento, rosnando aos que estavam demasiado próximos, em direção ao amontoado de troncos onde dormia. Atrás dos estranhos, que se mantiveram imóveis, começavam a sair da escuridão os esperados membros do grupo de caça, seguidos por Fikri e Cemil. Dois homens arrastando uma padiola fechavam o cortejo.

Manuel Amaro Mendonça
nasceu em Janeiro de 1965, na cidade de São Mamede de Infesta, concelho de Matosinhos, a "Terra de Horizonte e Mar".
É autor dos livros "Terras de Xisto e Outras Histórias" (Agosto 2015), "Lágrimas no Rio" (Abril 2016), "Daqueles Além Marão" (Abril 2017) e "Entre o Preto e o Branco" (2020), todos editados pela CreateSpace e distribuídos pela Amazon.
Foi reconhecido em quatro concursos de escrita e os seus textos já foram selecionados para duas dezenas de antologias de contos, de diversas editoras.
Outros trabalhos estão em projeto e sairão em breve. Siga as últimas novidades AQUI.

segunda-feira, 28 de agosto de 2023

1853 – Extinção do Município de Outeiro, por decreto de 31 de dezembro, sendo incorporadas no Concelho de Bragança várias freguesias suas

1100 entraram no IPB na primeira fase de acesso ao ensino superior

 Mais de 1100 alunos foram colocados no Instituto Politécnico de Bragança na primeira fase de acesso ao ensino superior


Um número idêntico ao do ano passado, o que para o presidente do IPB, Orlando do Rodrigues, é uma satisfação, uma vez que a nível nacional houve uma diminuição de estudantes a entrarem no ensino superior.

“Num contexto em que houve um decréscimo do número de candidatos e de número de colocados no país, num contexto em que a maioria das instituições do litoral aumentaram as vagas, sobretudo cursos de engenharia, naturalmente o número de candidatos disponíveis para as instituições do interior era menor. No nosso caso não houve essa redução, foi aproximadamente o mesmo número do ano passado e obviamente que é motivo de satisfação”, disse.

Alguns cursos de engenharia não tiveram qualquer candidato, como já tem vindo acontecer noutros anos. Por outro lado, os cursos de saúde ficaram com as vagas preenchidas.

“Na área da saúde, os cursos de Enfermagem e Fisioterapia ficam sempre cheios na primeira fase, mas também outros cursos como Gestão, um curso que tem revelado uma grande procura, Arte e Design também encheu, Línguas Estrangeiras também encheram dois cursos nessa área, Marketing e Solicitadoria também”, adiantou.

Para a segunda fase, o IPB pode ainda acolher mais 900 estudantes. No entanto, no total, Orlando Rodrigues disse ter havido uma redução do número de vagas, uma vez que as instalações já começam a ser pequenas.

“Atingimos a nossa capacidade máxima de admissão de alunos, as nossas instalações estão cheias, vamos procurar fazer algumas obras e alargarmos. Por outro lado, as regras de colocação e fixação das vagas a nível nacional também obrigaram também a uma redução de vagas. Não foi muito significativa”, explicou.

Este ano, em todo o país entraram no ensino superior mais de 49 400 estudantes. São menos 0,7% de colocados do que no concurso de 2022. Mais de 19 mil estudantes entraram em politécnicos.

Escrito por Brigantia
Jornalista: Ângela Pais