Sector carece de investimento de uma nova reorganização
Numa região como a de Bragança e Nordeste transmontano a caça constituiu uma importante fonte de receitas. Actualmente, pela escassez de espécies cinegéticas, como a perdiz e o coelho bravo, já não são tantos os caçadores que procuram a região para esta prática, tendo, desse modo, a caça, deixado de contribuir, no volume desejado, para a economia regional. O alerta, que já foi lançado por muitas pessoas ligadas ao sector, foi sublinhando por Rui Caseiro, na apresentação da Norcaça, Norpesca e Norcastanha.
O vice-presidente da Câmara de Bragança considera que, para que o contributo da caça para a economia regional volte a ser relevante é necessário investimento organizado nos recursos cinegéticos, como, por exemplo, fazendo sementeiras de cereal, para alimentação das perdizes, ou colocando bebedouros. Isto porque, actualmente, a maioria dos campos agrícolas que alimentavam estas espécies deixaram de ser cultivados.
Para que essa gestão possa ser feita, Rui Caseiro sugere uma organização conjunta das muitas zonas de caça criadas no âmbito do ordenamento do território de caça. Apesar de considerar esse ordenamento positivo, referiu que “o número de zonas de caça criadas foi excessivo face à área que cada uma delas comporta”. Mantendo a mesma estrutura directiva, considera necessária uma organização conjunta das várias associações, que permita a gestão de vastos territórios.
“Aí passamos a ter uma área territorial maior, para termos massa critica suficiente para gerirmos os recursos cinegéticos de outra forma”, disse, acrescentando que não vê grande viabilidade em zonas de caça com 500 hectares e que as áreas a gerir, de forma sustentada, teriam de ter entre 10 a 15 mil hectares.
in:mdb.pt
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