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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 20 de maio de 2013


A crise económica fez aumentar o roubo de arte sacra nas igrejas portuguesas para venda no estrangeiro a preços "low cost", admitiu o responsável da Polícia Judiciária (PJ) pela área de bens culturais e obras de arte.
O coordenador de investigação criminal da PJ na área do combate à criminalidade dos bens culturais e obras de arte, João Oliveira, explicou à agência Lusa que a crise económica influencia o aumento de roubos de arte sacra nas igrejas em Portugal "por causa das dinâmicas dos mercados estrangeiros".
"Existe um mercado que está recetivo a este tipo de bens [arte sacra]. E quando falo em mercado, estou a falar em mercado em sentido amplo, não só o mercado interno, mas também o estrangeiro", observa o investigador da PJ.
Segundo João Oliveira, "Portugal tem um património cultural riquíssimo, máximo de património cultural religioso" e, portanto, os bens portugueses são "apetecíveis", "têm procura" e "têm mercado".
João Oliveira admitiu que o aspeto da crise "eventualmente poderá ter algum peso", sobretudo no que diz respeito à "dinâmica do funcionamento dos mercados".
Segundo o investigador, em Portugal há "claramente uma diminuição" e "uma dificuldade de venda de peças" de arte sacra, enquanto no estrangeiro esse fenómeno não ocorrerá tão tanto.
Neste contexto de crise, colecionadores, antiquários e outros conhecedores de arte sacra sabem das dificuldades de Portugal e dos portugueses e percebem que podem fazer "aquisições de peças de valor cultural por um valor pecuniário muito mais baixo do que aquele que seria em tempos ditos normais", acrescentou.
Em entrevista à Lusa, no âmbito do aumento do aumento de furtos nos templos religiosos portugueses, João Oliveira assinalou ainda que o "encerramento das igrejas meses a fio" e a "diminuição de fiéis" são outras razões que influenciam o aumento dos furtos de arte sacra.
"É inequívoco que é possível estabelecer, embora com algum cuidado, uma certa relação de causalidade, entre o abaixamento do número de fiéis frequentadores das igrejas e o aumento dos furtos (...) porque, a partir do momento em que um templo está fechado durante meses a fio, fica muito mais vulnerável".
A título de exemplo, a Guarda Nacional Republicana já registou, este ano, 33 assaltos a igrejas só no distrito de Bragança, ou seja quase o triplo das ocorrências verificadas no período homólogo de 2012. E na última sexta-feira desenvolveu, através do Comando de Bragança, uma operação conjunta com a Guarda Civil espanhola que resultou na detenção de 12 pessoas alegadamente envolvidas em 40 furtos em igrejas de amboos os lados da fronteira. 

CCM // JGJ
Lusa/Fim

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