O alerta é do coordenador da Comissão Saúde Municipal, que frisa que é indiscutível a necessidade deste serviço, que funciona com grandes limitações.
José Madalena quer que o conselho de administração da Unidade Local de Saúde do Nordeste reveja a situação que se vive atualmente, e relembra que o serviço de análises clínicas, não tem ao dispor dos utentes um técnico aos fins-de-semana e feriados, que em muito tem penalizado quem se desloca ao hospital.
E dá como exemplo um caso que remonta ao passado feriado do dia 25 de abril, em que por 12 vezes foram necessárias deslocações ao Hospital de Bragança.
“No passado dia 25 de abril houve um conjunto de transportes para Bragança que terá totalizado 12, num só dia.
Ora, isto faz-nos pressionar mais uma vez, à semelhança do que já aconteceu por diversas vezes no passado, a política de encerramento do laboratório de análises clínicas durante o fim-de-semana na unidade hospitalar de Macedo de Cavaleiros.
Parece-nos que a poupança realizada é muito duvidosa. Para além de penalizar muito os doente que acorrem à unidade de Macedo de Cavaleiros.
Os doentes que recorrem à urgência nesse período, sejam a estar várias horas à espera que as mesmas se realizem, e dos resultados.
Cria, de facto, uma grande ansiedade, mais a perturbação que causa no sistema.
Por isso nós contestamos isso há muito tempo, e acho que este dia mais recente vem dar-nos razão e apelas ao Conselho de Administração da ULS Nordeste que mude essa política durante o fim-de-semana.”
A racionalização de custos levou à subtracção de recursos humanos e à centralização de serviços.
Algo que o coordenador considera que seja uma antítese à política de diminuição de despesas implementada pelo Governo, pois com o serviço limitado obriga a deslocações de cerca de 80 quilómetros até ao hospital de Bragança.
Um facto que já sucede desde 2010 e que levou José Madalena a elaborar uma moção que foi subscrita por todos os partidos representados na Assembleia Municipal.
Pelo supremo interesse dos utentes, o líder pede às entidades competentes para reverem a política interposta sobre o serviço de análises clínicas, e pede um técnico disponível aos fins-de-semana e feriados, a fim de evitar morosos tempos de espera dos utentes, e alguns constrangimentos nos outros serviços.
“Causa muita perturbação não só ao serviço de urgência, como ao pós-operatório de ortopedia, da unidade de AVC, cuidados paliativos…
Todo o hospital sofre com este encerramento.
Tem-se revelado contraproducente esta posição do conselho de administração de não ter, pelo menos, um técnico à chamada durante o fim-de-semana, e obrigar a que as amostras sejam transportadas para Bragança.
E já temos conhecimento que isso já tem levado a que muitos utentes, em caso de necessidade de recorrer já nem venham a Macedo de Cavaleiros por recearem ter que estar à espera.
Naturalmente que isto é fundamentado na diminuição de custo. Mas nós duvidamos que leve a alguma redução, e, pelo contrário, causa uma grande perturbação no serviço.”
De sublinhar que o laboratório de análises clínicas da Unidade Hospitalar de Macedo de Cavaleiros encerra entre as 18 horas de sábado até às 8 horas de 2ª feira.
Um assunto que mereceu uma preocupação generalizada entre os membros com assento na Assembleia Municipal votando a favor da moção apresentada pela Comissão de Saúde.
Documento que segue agora para o conselho de administração da ULS do Nordeste, Administração Regional de Saúde do Norte (ARS Norte) e Ministro da Saúde.
Lídia Martins
Informação ONDA LIVRE
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