quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Quando o robô vai à vinha

O Douro volta a receber o robô que promete uma revolução da monitorização das vinhas. A máquina permite uma recolha de informação mais rápida com dados mais precisos sobre a qualidade da vinha e a forma como pode ser potenciada.
Autónomo, simples de manusear e de leitura fácil. Chama-se VineScout e está de regresso ao Douro. O projeto, desenvolvido pela Comissão Europeia, foi acolhido com entusiasmo pelo departamento de investigação e desenvolvimento de viticultura da casa Symington. O responsável, Fernando Alves, apresenta o robô que promete aumentar a qualidade do produto final, através da monitorização de dados importantes, como o estado hídrico da vinha.

O VineScout permite, ainda, selecionar zonas de qualidade diferenciadas - ajudando a separar as melhores uvas das restantes - e a recolha de dados de mais pontos de observação. Fernando Alves explica a diferença entre a máquina e o ser humano.

"Enquanto uma equipa consegue recolher, por dia, dados em vinte pontos da vinha, o robô consegue milhares no mesmo período de tempo".

No ano passado, o VineScout já foi testado no Douro, a circular numa vinha para reconhecer obstáculos e o tipo de vegetação que está a monitorizar. Esta quarta-feira será desenvolvida a segunda fase de testes e em 2019 a terceira e última fase.

O lugar escolhido para os testes foi a Quinta do Ataíde, distrito de Bragança, propriedade da família Symington, onde por estes dias se juntam especialistas europeus em robótica e vitivinicultura portugueses, mas também oriundos de países como Espanha, França, Reino Unido.

O robô está numa fase "intermédia" de desenvolvimento, para um projeto que tem uma duração prevista de três anos e que poderá ser dilatado conforme as necessidades das pastes envolvidas no projeto que é financiado pela União Europeia.

No projeto "VineScout" além da empresa Symington, estão incluídos a Universidade Politécnica de Valência e a Universidade de La Rioja (Espanha), a Wall-YE Robots & Software (França), e a Sundance Multiprocessor Technologies (Reino Unido).

Dentro de três anos, a casa Symington espera que este protótipo passe a ser uma realidade nas vinhas do Douro.

Sónia Santos Silva
TSF
Foto: Francisco Pinto/ Lusa

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