Chega assim ao fim o pagamento de portagens na A4 – Autoestrada Transmontana e Túnel do Marão, bem como noutras vias do Interior e do Algarve.
Isabel Ferreira, deputada do PS por Bragança, assume que está cumprido o compromisso que foi feito durante a campanha. Relembra ainda que esta foi uma proposta coerente, sendo que primeiro foram feitas reduções no preço das portagens e que este é um grande passo em termos de coesão territorial:
“Desde 2021 que se tem feito uma redução progressiva das portagens, primeiro com uma introdução de 25% de redução em descontos de quantidade, depois com uma redução de 50% e atualmente com uma redução de 65% face aos preços de 2011. E portanto, agora trata-se de um esforço adicional, de mais 35%, para a eliminação total das portagens nas ex-SCUT do Interior e do Algarve. É uma medida de coesão territorial uma vez que são autoestradas que, muitas vezes, são a única alternativa.”
Durante a reunião plenária vários deputados acusaram o PS de hipocrisia já que, por exemplo no ano passado, o partido, com maioria absoluta, chumbou projetos do PSD, Chega e PCP para acabar com o pagamento de portagens. Isabel Ferreira diz que não havia oportunidade de acabar em definitivo com o pagamento mas sim fazer reduções. Considera que foi algo responsável:
“Quanto a esse comentário é mesmo ignorar. Aquilo que tem sido feito, desde 2021, é um processo responsável de redução das portagens até à sua eliminação. E portanto, nós fizemos essas reduções de forma gradual, porque isso sim é coerente e responsável. E agora, sabemos que este custo adicional, dos 35 pontos percentuais que faltam, significam 157 milhões de euros. Está perfeitamente quantificado e há condições para que se possa implementar.”
Tendo sido secretária de Estado da Valorização do Interior e, depois, do Desenvolvimento Regional, como deputada, Isabel Ferreira garante que não vai deixar morrer os interesses do Interior:
“Essa será sempre, sempre, a minha missão, aqui, também, neste caso em particular, como deputada por Bragança, onde é tão importante esta medida.”
Esta proposta do PS foi aprovada pelo Chega, Bloco de Esquerda, PCP, Livre e PAN. O PSD e o CDS votaram contra e a Iniciativa Liberal absteve-se.
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