A iniciativa aconteceu no âmbito do Plano Nacional das Artes, inserido no Projeto Cultural de Escola, e culminou com dois espetáculos para apresentação ao público.
” Da Terra em Diante ” foi o primeiro a subir ao palco e contou com a participação de alunos do 2° ano do 1° Ciclo, alunos do 3° Ciclo e Ensino Secundário, no qual a tradição oral e musical da região estiveram em destaque, como refere o artista, Diogo Araújo:
“A dificuldade foi gerir mais de 90 crianças com sete anos.
A Inês Falcão gostou do meu trabalho e quis que o trouxesse para cá.
Eu também quis trazer este espetáculo para pegar numa ideia de reivindicar e pôr em valor as questões etnográficas, através do palco. O espetáculo abarca sobretudo temas da tradição oral mas também tenta ilustrar um pouco da dicotomia que as gentes sentem entre o rural e o urbano, e o que realmente é bom. Quis ilustrar isso em cenas muito curtas, para mostrar que às vezes as coisas não são tão negro e branco, há muitas matizes de cinzento. E de uma forma muito clara tentar reivindicar a força, as músicas e danças da tradição oral.”
Estas residências artísticas são importantes para os alunos mas também para a população perceber o objetivo deste trabalho, como refere a Coordenadora Intermunicipal do Plano Nacional das Artes, Inês Falcão:
“Para os macedenses também perceberem o que é que o artista, na área do teatro, do drama e da oralidade, fez no território, o que acho que é muito importante.
No fundo ele foi buscar as raízes daquilo que efetivamente se passa dentro do território, para sensibilizar os alunos do 2º ano do 1º ciclo a interagir com o público, o que é importante, e a desconstruir a ideia do que é o teatro e o drama em si.
Penso que o balanço destes três meses é positivo. Vamos fazer essa avaliação juntamente com os professores com um questionário.”
O projeto foi financiado pelo Município de Macedo de Cavaleiros.
Para o autarca, Benjamim Rodrigues, esta é uma atividade estruturante para os alunos:
“Foi muito positivo porque mostrou a adesão, não só dos alunos, professores e comunidade escolar, mas também dos familiares que estiveram presentes.
Notou-se ali um envolvimento muito grande de todos mas também a procura das raízes das nossas tradições.
É uma forma lúdica de ir ao encontro do perfil do aluno, principalmente à saída da escolaridade obrigatória.
Considero que este tipo de investimentos que fazemos são estruturantes para o futuro da nossa juventude e do concelho, educando-os e sensibilizando-os para estas formas de manifestação de arte.”
A residência artística terminou esta sexta-feira com um espetáculo de encerramento com os alunos de 2º ciclo e Ensino Secundário.
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