Apesar da chuva e do frio, os brigantinos não faltaram ao certame onde se vendem os pequenos cântaros de barro, que dão nome à feira e que são um dos grandes símbolos identitários do concelho. Claro que houve menos gente mas os comerciantes dizem que a feira foi boa. “A feira correu bem. O tempo não foi o melhor mas dentro dos possíveis correu bem. Houve bastante gente, mesmo à noite”, disse Camila Coelho Santos. “Houve pessoas. Na Feira das Cantarinhas há e sempre houve pessoas”, disse Susana Castro, que admitiu que toda a gente compra. “O turismo compra sempre, ficam maravilhados ao ver estas peças. Aqui já há bastante turista espanhol, os que costumam estar em Miranda do Douro, que procuram e gostam”, frisou ainda. “Costuma ser uma feira muito boa, que atrai muita gente”, referiu Teresa Ferreira, de Amarante.
Maria de Lurdes Barros, de Bragança, ainda as faz cantarinhas à moda antiga e, tendo produzido mais de 400 para a feira, diz que se vendem todas. “Quem apreciar o artesanato vem comprar o tradicional. Tive uma senhora que aqui passou e me disse que já tinha comprado das outras mas reconheceu que estas são as verdadeiras e levou duas. São um pouco mais caras mas são as verdadeiras”.
A feira traz gente a Bragança e disso não há dúvidas. Dina Mesquita é proprietária do Baixa Hotel e tem o espaço cheio por estes dias. “Nesta altura tem bastante procura. Temos até mesmo acordos com alguns feirantes para os dias de feira. Também há muita procura por parte de espanhóis e até mesmo por parte de turistas nacionais”.
A Feira das Cantarinhas é uma grande oportunidade de negócio para a restauração. Alguns empresários sofreram as consequências do mau tempo mas há outros que não têm queixas. “Tem estado óptimo. A feira traz muita gente. Estamos na boca do lobo, ou seja, junto à feira, por isso é mais fácil termos o restaurante cheio. Não nos podemos queixar”, disse Vítor Cordeiro. “Pode ter havido menos gente na feira mas eu não tenho razão de queixa. Tive várias reservas, por parte de espanhóis, mas não só. Foram duas semanas em que o restaurante esteve praticamente cheio todos os dias, sobretudo à hora de almoço”, explicou Dina Mesquita. “Retiraram, este ano, os feirantes, desta rua pedonal, onde o restaurante está, e, por isso, os visitantes não passam muito por aqui e não veem o restaurante. Isto foi mau para nós que não tivemos a mesma clientela que no ano passado”, lamentou Leonor Bento.
A feira é organizada pela câmara e pela Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Bragança. O vice-presidente da associação, Jorge Varejão, reconhece que houve menos gente mas destaca que este é um certame que traz muita dinâmica à cidade. “Estamos perante uma das maiores feiras de artesanato do país. A ideia é trazermos pessoas de fora e houve várias excursões. A ideia é também ajudarmos o comércio local. O balanço final, tirando a chuva, é positivo. Correu bem”.
Já a vice-presidente da câmara, Fernanda Silva, afirma que o certame deverá crescer. “Vamos estudar, com a ACISB e com as outras entidades organizadoras, de que forma podemos estender e aumentar o número de expositores porque são muitos aqueles que querem participar. Vamos estudar a situação e tentar responder positivamente”.
A Feira das Cantarinhas começou sexta e terminou ontem. A par desta aconteceu a Feira de Artesanato de Bragança, que começou dois dias antes e que fechou portas também ontem.
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