O Município de Vila Flor já recebeu o visto do Tribunal de Contas e já consignou a construção da rede de rega do Aproveitamento Hidroagrícola de Freixiel. Uma obra no valor de cerca de cinco milhões de euros que tem um prazo de execução de 14 meses.
No total, esta infraestrutura representa um investimento de cerca de 17,3 milhões de euros, que inclui a construção da Barragem Redonda das Olgas, cujo concurso público internacional se encontra em fase de análise de propostas, e a Rede de Rega, empreitada no valor de 5 milhões de euros que já foi consignada.
“Este projeto financiado a 100% pelo Plano Estratégico da Politica Agrícola Comum, é o maior investimento de sempre no concelho de Vila Flor”, destaca o presidente da Câmara Municipal, Pedro Lima.
A infraestrutura a instalar é composta por uma rede gravítica, com abastecimento de água sob pressão, para dois blocos de rega que totalizam uma área com 570 hectares.
Este empreendimento, construído na área das freguesias de Samões, Freixiel e União de Freguesias de Vilas Boas e Vilarinho das Azenhas, promovido pelo município em parceria com a Direção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR), abrange cerca de nove quilómetros, integrando principalmente terrenos de várzeas nas proximidades das povoações de Freixiel e Vieiro, nas margens da ribeira redonda das Olgas e outras linhas afluentes, das quais se destacam a ribeira do Pelão e a ribeira da Cabreira.
A zona abrangida tem enorme interesse para a agricultura, sendo que mais de 90% da área do Aproveitamento Hidroagrícola corresponde a terrenos agrícolas e agroflorestais, em que se destaca a vinha, que ocupa dois terços da totalidade da área. “É de salientar que o futuro Aproveitamento Hidroagrícola de Freixiel se encontra na Região Demarcada do Douro, mais propriamente Zona Especial do Alto Douro Vinhateiro, o que não constitui uma condicionante ao desenvolvimento do regadio, mas sim no favorecimento do valor económico das produções futuras”, refere o autarca. “Essa rede irriga áreas agrícolas, aumenta a produtividade das culturas, promove a segurança alimentar e impulsiona o desenvolvimento rural”, acrescenta.
A agricultura é o principal pilar económico do concelho e possibilidade de rega é uma mais-valia, que se torna a cada ano mais necessária, tendo em conta as cada vez mais frequentes temporadas de seca, consequência das conhecidas alterações climáticas e aquecimento do planeta.
Para além da componente agrícola, Pedro Lima considera a construção da Barragem Redonda de Olgas “fundamental para o armazenamento e distribuição controlada de água, garantindo o abastecimento, principalmente em períodos de maior escassez de água, em quantidade e qualidade”.
Quanto aos trabalhos para a construção da Barragem Redonda das Olgas, após o término do prazo para a submissão de propostas do Concurso Público Internacional, “o processo encontra em fase de análise das propostas submetidas”, adianta.
Feitas as contas, o Aproveitamento Hidroagrícola de Freixiel representa um investimento total de 17,3 milhões de euros, mais 7 milhões do que inicialmente previsto, dos quais 5 milhões se destinam à construção da Rede de Rega, 10 milhões à construção da Barragem Redonda das Olgas, e mais de 2 milhões destinados ao centro de custos, onde se incluem as expropriações/indeminizações, assistência técnica e fiscalização, e estudos e projetos.
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