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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite, Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues, João Cameira e Rui Rendeiro Sousa.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 16 de abril de 2025

E-Redes abateu árvores no Parque Natural de Montesinho mas não terá tido autorização

 Associação de Baldios de Cova de Lua denunciou abate. A população e a associação estão indignados porque a E-REDES abateu árvores na aldeia, alegadamente sem qualquer licença no ICNF. Em pleno Parque Natural de Montesinho denunciam ter sido cortada lenha de espécies protegidas à revelia


A Associação de Baldios de Cova de Lua denuncia a empresa E-REDES por abater árvores sem licença e acusa o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas de não ser coerente. No início do mês de abril, a população desta aldeia de Bragança apercebeu-se que uma firma subcontratada pela E-REDES estaria a cortar várias árvores perto das linhas de alta tensão, em terrenos privados, sem qualquer aviso. O presidente dos baldios, David Fernandes, contactou o ICNF e foi aí que percebeu que não havia qualquer autorização. “Vimos que não houve qualquer critério e cortaram carrascos, azinheiras e carvalhos. Isso causou, como é óbvio, incompreensão e alguma revolta nos privados. Entramos em contacto com o ICNF. Aquilo que nos foi dito foi que não haveria nenhuma licença, não havia nenhuma previsão de corte de lenha na freguesia de Espinhosela nesse período e então tomámos esta posição pública no sentido de denunciar aquilo que foi uma dualidade de critérios do ICNF, porque controla as pessoas ao máximo, não as deixa tirar algum proveito das suas propriedades e o Estado chega aqui e faz o que quer e lhe apetece”.

A aldeia está situada em pleno Parque Natural de Montesinho, onde são colocados diversos entraves ao abate de árvores, por se tratar de espécies protegidas. Já em 2023, a associação de baldios tinha solicitado uma autorização para cortar lenha, que só após “muita insistência”, o ICNF autorizou o corte do “carrascal jovem”, em quantidades “insuficientes”, que nem para uma família servia. David Fernandes mostrou-se indignado por agora não terem sido colocados entraves sobre um abate de árvores que considera “abusivo”. “Já não adianta dizer que não havia autorização, o corte está feito, os privados foram lesados e, portanto, houve aqui um excesso de descontrolo por parte do ICNF. Se não fossem os baldios a alertar para esta situação, eles não paravam em Cova de Lua, já estariam muito mais para a frente e, nesse sentido, nós entendemos que foi cometida uma injustiça, para com as pessoas da aldeia, em particular”.

O presidente da Associação de Baldios alertou ainda que na área protegia é proibido cortar árvores a partir de 31 de março.

Quando se apercebeu do que estava a acontecer contactou o ICNF e, no mesmo dia, vários técnicos deslocaram-se ao local e impediram que mais árvores fossem cortadas. O morador Leonardo Afonso testemunhou esse momento. Foi um dos proprietários lesados e nem foi informado de que iriam entrar no seu terreno. Assinalou que houve “falta de comunicação”, um “aspeto importante”, que falhou. Além disso, vincou que algumas das árvores cortadas “não eram impeditivas paras as redes” e “não prejudicavam os postes de alta tensão”. “Não percebemos como é que uma entidade, que não é da região, que não comunica com a região, tem a possibilidade de fazer esse corte, nomeadamente árvores que são protegidas”, frisou ainda.

A lenha cortada fica no terreno do proprietário e se não for levantada, a empresa E-REDES fica com a madeira.

Segundo o edital da empresa, ao qual tivemos acesso, iria ser feita a gestão de combustível em várias freguesias do concelho de Bragança, mas não está incluída a freguesia de Espinhosela, à qual Cova de Lua pertence. Contactámos por escrito a E-REDES, mas não obtivemos qualquer declaração.

Também contactámos a diretora regional do ICNF para pedir esclarecimentos, que pediu que fosse enviado um email, que até ao momento não teve qualquer resposta.

Escrito por Brigantia
Jornalista: Ângela Pais

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