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Com o calor e o bom tempo a chegar, estão a começar os trabalhos agrícolas nos campos e, por isso, a utilização de tratores e outras máquinas é mais frequente por esta altura. Sendo que no ano passado, no distrito de Bragança, registaram-se 19 acidentes, é preciso ter cuidados simples, mas determinantes, até porque, segundo o major do Comando Distrital de Bragança da GNR, Hernâni Martins, “em praticamente todos os acidentes há feridos ou mortos”. Conhecer bem a máquina é essencial. “As pessoas devem ter conhecimento da máquina antes de a operar, perceber quais são as limitações mínimas para ela não estar em esforço. Há que ter cuidado e perceber o terreno que se vai enfrentar, porque há determinadas inclinações que são mais propícias ao capotamento. É importante que o arco de proteção esteja colocado na posição correta. Bem sabemos que fruto da agricultura que existe as pessoas baixam o arco de proteção, para conseguir passar debaixo das árvores em determinados locais, mas efetivamente estão-se a colocar em risco. Devem ter também noção que as máquinas agrícolas precisam de uma inspeção ordinária”, frisou.
Além disso, deve ser evitado o excesso de confiança. “As pessoas devem ter cuidados redobrados a operar a própria máquina, porque as máquinas industriais e agrícolas não são veículos ligeiros e, muitas vezes, a falta ou o menor cuidado por parte dos operadores é aquilo que leva a ocorrências de acidentes normalmente com consequências graves”, sublinhou.
Além da fiscalização, Hernâni Martins reforçou que a sensibilização é fundamental. “Temos uma operação dedicada exclusivamente a isto, que é a Operação Campo Seguro. Decorre ao longo de vários meses do ano, que é quando se desenvolve um maior volume de trabalhos. As nossas patrulhas vão ao terreno e aconselham agricultores, freguesias e associações”, explicou.
Este ano, até ao momento, em apenas dois acidentes houve duas mortes. O primeiro causou a morte a um idoso, de 84 anos, em fevereiro, no concelho de Mirandela. Já o segundo aconteceu este mês, no concelho de Carrazeda de Ansiães, lamentando-se a morte de um homem de 42 anos.
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