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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 23 de abril de 2024

Já se gastaram 60 milhões de euros para destilar vinho que não tem saída

 Duas das organizações de viticultores da Região Demarcada do Douro concordam com o ministro da Agricultura, que disse, em entrevista ao jornal Público, que é preciso pôr um travão nos apoios à plantação de vinhas em Portugal.


José Manuel Fernandes realçou que o país tem um problema brutal de stock de vinho e que, até agora, se gastaram 60 milhões de euros em destilação.

Em suma, apoia-se a plantação de vinhas novas e a seguir, como não se consegue vender o vinho todo, apoia-se a sua destilação para aliviar as adegas.

No Douro, há quem entenda que as ajudas às novas plantações já deviam ter parado.

Rui Soares, presidente da Associação dos Viticultores Profissionais do Douro, defende que a reestruturação e modernização da vinhas em Portugal foi uma boa aposta nos últimos ano, mas, atualmente, é preciso repensar as prioridades:

“Neste momento, com a conjuntura atual, o aumento da inflação, dos custos de produção e a diminuição do consumo de vinho em termos mundiais, que não são problemas exclusivamente do nosso país, temos de repensar as prioridades e, portanto, temos de ver se, efetivamente, devemos continuar a investir nos apoios comunitários, no sentido do aumento da produção e da modernização das nossas vinhas, ou se devemos reorientá-los para uma gestão da oferta mais adequada.”

Rui Paredes, presidente da Federação Renovação Douro, refere que já tinham alertado para o problema do excesso de vinho problema na Assembleia da República:

“O que nós sentimos é que, neste momento, com a instabilidade que se vive e com alguma crise que está instalada, há uma redução substancial nas candidaturas e as pessoas sentem que, neste momento, não é razoável fazerem qualquer tipo de investimento.

Este problema foi levantado porque não faz sentido o Estado estar a financiar para produzir mais e, ao mesmo tempo, estar a financiar para fazer a destilação.

Estamos perfeitamente de acordo e alinhados, pois é um problema que já levantámos em reunião da Comissão Parlamentar.”

Rui Soares, da Prodouro, acrescenta que ajudas pontuais não devem ser recorrentes:

“As ajudas à destilação devem ser feitas e praticadas em situações excecionais, em determinado contexto, não transformar isso em algo que todos os anos acontece, caso contrário não faz sentido.

Por outro lado, também não tem lógica estarmos a produzir uva e vinho para depois destilar. Queremos produzir para comercializar e não para destilar.”

Prodouro e Federação Renovação Douro de acordo com a posição do ministro da Agricultura, que defende um travão nos apoios à plantação de vinhas em Portugal.

E isto porque se continua a apoiar a plantação de vinhas novas e depois, como há vinho a mais, financia-se a sua destilação.

INFORMAÇÃO CIR (Rádio Ansiães)

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