Primeiramente pároco de Mairos, passou depois para a paróquia da sua terra, Baçal, dedicando-se a estudo arqueológico e histórico da região. Os seus estudos foram muito abrangentes, desde a numismática e etnografia à epigrafia, arqueologia e paleografia, pretendendo publicar toda classe de escritos que pudessem ter importância para a região, preservando a sua memória e trazendo à luz aspectos desconhecidos. Na altura, e com os meios que possuía, esta tarefa era grandiosa, o que o torna uma personagem de valor excepcional.
Autodidacta, com um gosto pelas antiguidades despertado pela sua tia, Luzia Alves, foi membro da Associação dos Arqueólogos Portugueses, do Instituto Etnológico, da Academia das Ciências e de outros do estrangeiro.
Pelos notáveis conhecimentos que possuía nomearam-no em 1925 director do Museu Regional de Bragança, tendo sido denominado este mesmo museu em sua honra dez anos depois.
Recebeu uma condecoração do Grande Oficialato da Ordem de Santiago como recompensa do trabalho desenvolvido em prol do progresso cultural transmontano.
Faleceu a 13 de Novembro de 1947, em Bragança.
Escritor extremamente prolífico, entre as suas obras mais importantes contam-se as Memórias Arqueológico-Históricas do Distrito de Bragança (1947), Arqueologia e Etnografia (1947), Castro de Avelãs, Mosteiro Beneditino (1910), Restauração de 1640 no Distrito de Bragança, 1940, Correcção de uma notícia errónea dos escritores espanhóis referentes às Guerras de Restauração (1940), Catálogo dos Manuscritos de Simancas, respeitantes à História Portuguesa (1933), Lista de Provesende e Sepulcros Luso -Romanos (1938), Notabilidades antigas e modernas da villa de Anciães (1916) e Arqueologia, Etnografia e Arte (1934). Destacam-se também as suas inúmeras participações nos mais variados periódicos e revistas de todo o país.
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