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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Os Dias Seguintes

Nas grandes cidades, os amordaçados pelo antigo regime através da censura e da P.I.D.E, gritavam liberdade. A revista à portuguesa atingia o seu auge. 
Portugal respirava após 48 anos de repressão e de costas voltadas para o resto do mundo.
Os presos políticos eram libertados, os exilados regressavam ao País e aos braços dos seus familiares e amigos. A sociedade civil começava a organizar-se. Associações múltiplas de carácter Desportivo e Cultural, Movimentos Cívicos, Grupos de Teatro, Agremiações de Bairro, Organizações de Trabalhadores e Sindicatos…
Os movimentos independentistas das colónias ultramarinas ganhavam mais força e legitimidade e a contestação interna aumentava.
Não há mudança sem dor. 
A minha homenagem aos espoliados do ultramar a quem sempre convenceram que estavam em Portugal e que podiam sonhar, ali, um futuro eterno. Apesar do esforço do País, acho que nunca nenhum governo lhes devolveu o que sempre mereceram e era deles. Muitos perderam tudo, o trabalho de uma vida.
A euforia era grande e o povo entendeu que nada iria ser como antes e que tinha um papel fundamental a desempenhar no País que estava a renascer.
As convulsões políticas emergentes pela disputa do poder causavam preocupação, mas o povo estava mais preocupado em gritar liberdade. Eles que se entendam, nada voltaria atrás, O POVO É QUEM MAIS ORDENA!
Finalmente as mulheres portuguesas tinham voz.
A Senhora Professora já não necessitava de pedir autorização ao Ministro para se casar e muito menos precisava de apresentar a declaração de rendimentos do noivo. As Senhoras Enfermeiras também não.
As mulheres portuguesas já podiam VOTAR. Uma pessoa um voto. Os políticos, nos seus discursos, faziam questão de acentuar!!! Portugueses e Portuguesas. 
O António de Oliveira Salazar (o botas), dizia sempre e apenas, com voz rouca e quase tétrica…Portugueses.
A descolonização passou a ser uma questão de tempo e emergente. Era a hora de cumprir o que o resto do mundo já nos pedia há muito tempo. Retirar do Mapa de Portugal, o Portugal Ultramarino.

(H.M.)

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