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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Páscoa e Carnaval.

A época da Páscoa tinha uma característica muito própria. O tempo começava a convidar para o espaço exterior. A visita Pascal era obrigatória e, ai de quem falhasse mesmo que “outros valores mais altos” se levantassem. Espaço livre não faltava e era costume naquele dia, a rapaziada toda praticar jogos tradicionais até ouvirmos ao longe a campainha que anunciava a chegada do Padre.

Fito, Paus, Bilharda e as meninas jogavam ao ringue.

Inevitável era o jogo do Cântaro, jogado sempre de uma maneira pouco simpática pelos catraios que tudo faziam para que quando o cântaro fosse atirado para uma rapariga já estivesse pior que um bêbado em final de festa. 
A Dina era quase sempre a sacrificada. Cântaro a caminho das mãos da Dina, era cântaro de barro no chão partido em bocados.

O Carnaval, trazia sempre na bagagem, A Morte, O Diabo e a Censura. A Morte toda vestida de negro, a Censura de branco com listas pretas e o Diabo de vermelho e com os respectivos chifres. 
O Mais terrível era o Diabo e as raparigas fugiam a sete pés ainda o trio vinha quase a quilómetros de distância. Os rapazes chamavam os terríficos a altos gritos: - Óh Morteeee e Óh Diabo e Óh Censura. Claro que como eles tinham muitos clientes para atender demoravam. 
Mas quando se vislumbravam à distância era ver as raparigas a correrem e a fecharem-se em casa a sete chaves. Havia algumas que fechavam a porta mas deixavam a janela aberta, mesmo sujeitas a levarem umas chicotadas. Essa, de fecharem a porta e deixarem a janela aberta, nunca percebi muito bem. Talvez soubessem quem se acoitava por detrás da fantasia…




HM

1 comentário:

  1. Era isso mesmo Henrique. A malta costumava jogar em frente da casa da Isabel Ramos. Além de jogarmos o cântaro, fazíamos também rodas e cantávamos musicas da época, jogávamos ao anel, etc. Era muito bom e fico emocionado ao relembrar esses momentos.

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