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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Fernando Calado - “Vou dedicar-me ao Jornalismo”

Um olhar do escritor transmontano sobre a mais recente obra “E já não havia rosas”, sobre a sua vida literária, as suas inspirações e escolhas.

Jornal Nordeste (JN) - Como surge a escrita na sua vida?
Fernando Calado (FC) - Surge através da leitura. Na minha infância não existia televisão e a rádio era muito escassa. A única motivação da descoberta do mundo, das emoções era a leitura. 
JN - Fale-nos um pouco de “E já não havia Rosas”
FC - Este livro é essencialmente um livro de emoções, de alegrias, de tristezas, numa viagem por todo o Nordeste Transmontano. Procurei encontrar um fio condutor de uma história, uma mulher que chega, que estondia e que um dia vai embora, não houve tempo para fazer uma viagem por todo o Nordeste Transmontano, eu faço essa viagem por ela e por mim. Uma história de ficção que pretende, sobretudo, realçar valores como a amizade, os afectos, as coisas simples da vida como uma rosa. Não deve haver coisa mais simples que uma rosa, mas tão bonita. Tentei também retratar o que é o quotidiano de pessoas simples que vivem numa aldeia, com os seus medos, com os seus lutos, as suas tristezas e alegrias. 
JN - A quem se destina este livro?
FC - Acho que é um livro universalista, os jovens reveem-se no livro, talvez peguem mais na história amorosa, embora eu livro nunca fale em perdas de amor, mas sim numa perda de amizade, porque o amor pode ser muito volátil, as amizades são mais permanentes e ficam. Os adultos vão-se rever mais na sua aldeia, em alguns temas abordados como a violência doméstica e as problemáticas da terceira idade. 
JN - Onde é que poderemos encontrar este livro?
FC - Na minha loja virtual que se chama “Casa do Soto” ou então nas livrarias, essencialmente do nordeste transmontano. O mundo virtual tem a possibilidade de colocar o livro em todo o mundo, o que uma pequena editora não tem meios de fazer, por outro lado vai de encontro aos leitores mais jovens. Já dei o salto para esse mundo virtual, não sei se qualitativo, já tenho uma tablet em que tenho imensos livros, mas ainda continuo a preferir o livro, o papel, o cheiro, o tacto. 
JN - Está a terminar a sua carreira de professor. O que vem a seguir?
FC - Vou dedicar-me ao jornalismo. Durante alguns anos tive cartão de Jornalista, suspendi a actividade porque desempenhei funções que não eram compatíveis, vou pedir o cartão de novo e ligar-me de alguma forma não profissional, de uma forma amadora com uma crónica, um apontamento, uma rubrica.
JN - Já pensou no próximo livro?
FC - Ainda estou a fazer o nojo deste último, que foi um livro intimista. Foi feito em Milhão, onde fiz quase um retiro de um ano, em longas noites. Costumo dizer, por brincadeira, que a minha avó Maria Oliveira, os homens e as mulheres de Milhão, também vinham para um serão imaginário e eu estava ali com eles a ouvi-los. “E já não havia Rosas” está agora a chegar ao público, mas acho que com ele ganhei estrutura para escrever um romance. Será o próximo.

Retrato
Ensino e Jornalismo
Fernando Calado, nasceu em 1951, em Milhão, Bragança. É licenciado em Filosofia pela Universidade do Porto e professor de Filosofia na escola Secundária Abade Baçal em Bragança. Foi ainda professor na Escola Superior de Saúde de Bragança e no Instituto Jean Piaget de Macedo de Cavaleiros. Exerceu os cargos de delegado de bragança dos Assuntos Consulares, coordenador do Centro da Área Educativa e de director do Centro de Formação Profissional do IEFP, em Bragança. Publicou com assiduidade artigos de opinião e literários em vários jornais regionais. Foi um dos fundadores do jornal “A Voz do Nordeste” e director da revista “Amigos de Bragança”.
Bibliografia
Verdes de Sangue (1973)
O Dito e o Feito (1996)
Há Homens atrás os Montes (1998)
E já não havia Rosas (2013)

in:jornalnordeste.com

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