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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

domingo, 16 de junho de 2013

LIVRO NOVO - O RESGATE DOS JUSTOS DA TERRA

O nosso conterrâneo, Henrique Pedro, escreveu nos últimos anos três bons romances: «Códice da Pátria Luanca», «Cruzes de Guerra» e «O Resgate dos Justos da Terra». Do primeiro, que nunca li, chegaram-me as melhores referências. O «Cruzes de Guerra» tive o prazer de ser eu a apresentá-lo em Mirandela e dei a conhecer aos leitores a minha agradável surpresa de um romance bem concebido e com um enredo apelativo.
O autor teve a gentileza de me fazer chegar este seu mais recente livro e que novamente me surpreendeu. São mais de 311 páginas que se lêem com entusiasmo, editado pelo autor na sua «Prosa y Poesia» e com sugestivas fotos da capa reproduzindo uma das pinturas do tecto da Capela Sistina, em Roma, de Miguel Ângelo, sobre o Juízo Final.
O escritor preocupa-se com a vida no Além, como já o tinha feito no romance anterior. Mas, «O Resgate dos Justos da Terra» puxa o correr da sua trama para bem perto da terra onde vive e tem as suas raízes. A acção e o enredo decorrem maioritariamente no coração da Terra Quente, no eixo Mirandela-Bragança, abrangendo outros concelhos da região, ultrapassando fronteiras até Valladolid e à Casa Branca, em Washington.
É o completar de uma «trilogia», como diz o ilustre crítico literário mirandelense, Jorge Golias, apresentando-se, assim, como um romancista de fôlego. Henrique Pedro é, ainda, um poeta de qualidade que se prepara para lançar mais dois livros de poesia.
Avisa que só deve ler o livro quem o fizer desapaixonado e sem preconceitos.
Claro que aqui entram americanos para haver uma intervenção justa, moralizadora ou de descoberta. E já agora a força da Nato que é quase a mesma coisa.
Um romance discreto na Casa Branca em que o centro da acção se situa próximo da Ponte de Valtelhas, com o coração cósmico no IEIE (Instituto de Energias e Interfaces Espirituais) numa «gruta inexpugnável», «onde estão depositadas as derradeiras esperanças de paz na Terra e Salvação da Humanidade».
O móbil do romance poderá ter alguma motivação no facto de o escritor ter feito parte dum elenco autárquico mirandelense, meio que bem conhece e que critica com tanto azedume. Algumas das personagens deste romance, já vêm do livro anterior, podendo colocar-se o autor como o personagem Daniel Vaz e Manuel Maldonado (influências de estudante em Chaves e de Terras de Monforte de Rio Livre) faz de Presidente do Município de Mirandela, com quem ainda não enterrou o quixotesco machado de guerra.
Outras personagens foram inspiradas em gente que esteve ou está dentro do município e cabe ao amigo leitor esse exercício de descoberta, com intrigas traições conjugais e alguma espionagem.
O desenrolar da acção, muito bem arquitectada, tem como pretexto a visita mística ou exotérica do Presidente Americano ao IEIE, entrando em acção as forças do mal ou «irmandade planetária (muçulmana) do terror» e o FBI e a CIA ao mais alto nível.
Agora que o mundo parece estar à beira do Apocalipse bíblico este romance, que se desenrola em tempos cronológicos diferentes, ganha uma actualidade surpreendente e cabe ao leitor saboreá-lo. Nele encontrará as preocupações com uma mortífera guerra nuclear, com as alterações climáticas e a falência dos recursos naturais, com o colapso dos países emergentes (China e Índia) e com o desmoronar das principais igrejas cristãs.
O autor pinta com mestria a situação lusitana apelidando-a de «falsa democracia», com «corrupção visceral» e «vive-se para saldar dívidas». A velha e falida Europa, seja de valores, seja na economia, é uma «morta-viva União Europeia».
Devido à degradação de outras zonas prevê (em 2030) o regresso à agricultura em Trás-os-Montes, assumindo uma visão messiânica do mundo.
É um romance moralista em que as forças do Bem conduzem a Deus e as do Mal afastam-nos, como defendem alguns teólogos e estudiosos, entre eles os franciscanos.
A espionagem árabe e da Mossad rondam um laboratório nas profundezas duma pedreira (IEIE), entre Vale de Salgueiro e a Ponte de Valtelhas.
Pelo que conheço dos dois últimos romances de Henrique Pedro, tudo começou, no livro anterior, «Cruzes de Guerra», com o rapto por extraterrestres, nos Andes, das esposas do americano, Peter Pi, e do mirandelense, Daniel Vaz.
Termina com a morte do personagem Dinis da Silveira, que, também, o fora do romance anterior pela Irmandade do Terror e com a comunicação com os familiares no Além, no planeta Romã e os justos serão resgatados da Terra a 5 de Maio de 2040, tudo mais será devorado pelo fogo.
Curioso é verificar que já na minha infância gente que vivia em cidades do litoral alvitrava que o Mundo acabaria por ser devorado pelo fogo.
Caro leitor, as férias estão próximas e ler um bom livro é um acto de cultura, pelo que aconselho bom romance de Henrique Pedro e que pode ser pedido para: hacpedro@hotmail.com.

Jorge Lage
in:jornal.netbila.com

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