PROFESSORES. Faço-vos um APELO!

Apesar de a mente apontar, ainda, para esse desiderato, o corpo impede-me.
Pensareis vós, lá está este a tentar filosofar.
Não amigos, foi apenas um fim de tarde.
Então foi assim…
Vamos beber uma bejeca? Não. Dormi mal e vou já diretinho.
Blá blá blá…tens razão, vamos lá beber uma.
Como sempre, a tertúlia é direcionada, consciente ou inconscientemente, para algo que nos interessa, não falamos de futebol nem das coxas das gajas do Big Brother. Mas podíamos.
Uma cerveja, a Praça da Sé de outrora, o Mercado de outrora em contraste com a Praça Camões de agora. O Parque Eixo Atlântico, que podia ser um dos ex-libris da cidade e não passa, na minha opinião, de uma eira…
Mas, bom, a conversa seguiu naturalmente para o estado da Nação.
Vou direto ao assunto.
No grupo estavam alguns professores. Entretanto, entra uma colega, professora, já reformada.
Diz ela:
- Colegas, eu estou pronta para empunhar a bandeira da greve. Estão-me a descontar 1.100 €.
Pensei para os meus botões, ou para o meu botão mais precisamente, já que apenas tinha um na camisa que estava a usar.
Lá estamos nós… depois admiram-se que o estado do ensino esteja como está.
Fez mais três entradas na tertúlia e sempre insistindo no mesmo tema…os descontos que fazia.
Não teci nenhum comentário na sua presença, mais que não fosse porque não tenho confiança com a senhora.
O que não consegui evitar foi o meu olhar de reprovação, tenho esse direito, sou um homem livre.
EU! EU! EU!. Quando os professores não se apercebem que o problema é global, coletivo, e não SEU/DELES…está tudo dito. E depois admiram-se que a sociedade os desvalorize, para não utilizar um termo mais forte e acintoso. 
Posto isto:
PROFESSORES:
A hora é de luta. Ou lutais agora, ou passais a ser, definitivamente, uns badamecos.
O que fizeram de vós, estes putos que nos governam a todos? Relativamente aos vencimentos só vos apercebeis quando recebeis a folha de vencimento ao final do mês.
Milhares de vós, já andais de cangalhas a mudar fraldas aos filhos dos outros e os papás desses filhos, que se acham cansados por estarem na esplanada do café, entendem que vós podeis mudar a fralda a 30/35 todos os dias e a todas as horas.
Sois vilipendiados, agredidos e insultados, pelos papás e pelas mamãs, sois roubados pelo estado, sois desrespeitados pelos putos ranhosos. O ministro cria-vos estigmas, divide-vos. Tentam transformar-vos em piratas. E vós que fazeis? Que fizestes até agora?
Há uns tempos atrás, até faria sentido dizer coisas como sendo…faço greve o tanas…perco o dia e os que não fazem, em caso de mais-valias retiradas da greve, têm as mesmas…
O vosso tempo para lutar está a acabar.
FECHAI AS ESCOLAS DIA 17 DE JUNHO DE 2013!
Não deveria ser só um dia. 3 dias seria o ideal. Não, não perdeis o vencimento. GANHAIS!
Parai o País.
Não? Pois olhai que para vós é fácil.
Tá bem, faço-vos um desenho.
Ficai no sofá e aproveitai para pegar ao colo nos vossos filhos ou netos. Óh surpresa...talvez a comunicação social se lembre de vos fazer um convite para uma filmagem. E pasme-se...o Povão vai ver que os professores também são, Pais, Mães e Filhos. Óh pasme-se...nunca pensei. Sempre pensei que os professores eram máquinas programadas para aturarem os meus filhos e os meus caprichos de novo rico ou pseudo democrata.
Os papás não têm onde depositar os meninos ranhosos (não estou a generalizar obviamente). Consequentemente, ou não, terão que faltar aos empregos para fingir que tomam conta deles. Param as outras instituições, empresas, comércio. Nesse dia, MILAGRE, as mamãs até têm de fazer almoço…ou mandar vir...
Nesse, ou nesses dias, não precisais de morder nenhum menino, para defender a vossa dignidade ou, inclusive, a vossa integridade física. Claro que a vós, qualquer menino vos pode arrancar uma perna ou um braço, ou partir uns dentitos...ora, ainda ficais com alguns até aos 67 anitos e talvez ainda vos cresçam os que os meninos vos partirem. Mas se optareis por ficar desdentados, é fácil. Arregalais os olhos a um aluno, daqueles que ides ser obrigados a passar sem saberem ler nem escrever, que no dia seguinte, ou no mesmo, lá tereis o papá ou a mamã...a reivindicar uma indemnização por teres violentado e agredido o príncipe.
Tadinhos deles…não fazem os exames. E que importa isso? Com o estado em que está o ensino e as perspetivas de futuro era melhor aprenderem a arrumar o quarto.
LUTAI, ADERI À GREVE! FECHAI AS ESCOLAS!
Deixai de trabalhar em casa até tarde e a más horas, uma da manhã…duas três quatro cinco…até às horas que bem calha. Deixai de utilizar as VOSSAS impressoras e o VOSSO papel. Deixai de corrigir as provas na vossa casa. Onde está escrito que tem que ser assim? Onde está escrito que sois obrigados/as a trabalhar em casa para o patrão?
O futuro do País, novamente, está nas vossas mãos.
LUTAI! FAZEI TREMER ESTA CORJA DE BANDALHOS QUE NUNCA FIZERAM NADA NA VIDA A NÃO SER ROUBAR…FAZEI-OS TREMER E FUGIR.
Será que vós, PROFESSORES, tendes a noção do poder intrínseco que possuis? Sinceramente, acho que não.
Alheai-vos…até que seja tarde.
Quem vos avisa, passe a presunção, vosso amigo é.
LUTAI AGORA. AMANHÃ VAI SER TARDE.
PARALIZAI O PAÍS SEM MEDO!
O futuro assim vos exige. Ou então, sereis culpados, e acusados, de só sabereis defender os vossos interesses corporativistas e não o FUTURO DA EDUCAÇÃO, consequentemente o futuro do País, dos nosso filhos e netos! Quereis entregar o comando aos construtores de barragens e estradas? Muros e quintais? Quereis ser um grupelho de acomodados exatamente iguais a outros grupos “desqualificados” como deputados e restantes políticos? No meu tempo…tínheis prestígio, capacidade e poder.
E agora? Que quereis ser? Que responsabilidades querem assumir?
Vocês é que sabem.
Provem que as tretas que dizem em tertúlias são sérias. PROVEM!
O problema não é vosso, é de todos. Só que a hora e a obrigação de LUTAR, agora, É VOSSA!
TIME IS UP!

Ao correr da pena...
HM