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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 13 de maio de 2014

Língua e cultura mirandesas com organismo para promoção e divulgação

A língua e cultura mirandesas vão, pela primeira vez na sua história, dispor de um organismo responsável pela promoção e divulgação para além da influência do seu espaço geográfico, anunciou fonte ligada ao processo.
«A apresentação pública da nova Associação de Língua e Cultura Mirandesa (ALCM) está agendada para sábado (17 de Maio), no Centro de Musica tradicional Sons da Terra e Sendim, concelho de Miranda do Douro.
A ACLM pretende «alargar» o estudo da língua mirandesa e da sua vertente cultural e de ensino para além do concelho de Miranda do Douro, passando igualmente a representar os municípios de Mogadouro, Vimioso, Bragança e parte do concelho de Vinhais onde esta «peculiar» forma de cultura está igualmente enraizada.
«Queremos englobar nesta nova associação todos concelhos de área de Trás-os-Montes que têm uma forma de cultura similar à mirandesa. Do ponto de vista da promoção linguística do mirandês, pretendemos para além do concelho de Miranda do Douro e englobar aquilo que foram os falares leoneses na região trasmontana», acrescentou.
Outras das ideias base da nova associação é aprofundar o ensino do mirandês e sobretudo encontrar uma instituição que reúna «as principais forças vivas» que se mostrem interessadas na preservação da língua e da cultura mirandesas.
Durante vários anos houve a esperança da criação de «uma figura jurídica», sob a forma de «fundação ou instituto», mas tal nunca chegou a acontecer, o que na opinião das entidades locais e investigadores aconteceu «muito por falta de vontade política».
«Estas entidades deveriam envolver um conjunto de instituições a nível nacional e nível local. Os políticos nunca quiseram saber do mirandês para nada, quer os nacionais, quer os locais. Até agora apenas se oficializou o mirandês pela mão do então deputado socialista Júlio Melrinhos, mas tudo isso passou e pouco ou nada se fez», enfatizou o também promotor da ACLM.
«Houve muito esforço da minha parte e de outras pessoas para se criar uma fundação ou instituto da língua mirandesa. Porém, os políticos só ligam àquilo que querem e convenceram-se que o mirandês não lhes dava votos», apontou Amadeu Ferreira.
Esta nova associação pretende preencher a lacuna deixada pela «não-criação» de uma fundação ou instituto da língua mirandesa e que «diversas vezes chegou ser apontada por diversos elementos dos sucessivos governos».
A direção da ACLM mirandesa será constituída por sete elementos. Juntando-lhe os representantes nos outros órgãos sociais, estão envolvidas cerca de 30 pessoas, entre os quais um presidente honorário.
Em 2008, foi estabelecida uma convenção ortográfica, patrocinada pela Câmara de Miranda do Douro e levada a cabo por um grupo de linguistas, com vista estabelecer regras claras para escrever, ler e ensinar o mirandês, bem para como estabelecer uma escrita o mais unitária possível e consagrar o mirandês como a segunda língua oficial em Portugal.
A Lei n.º 7/99, de 29 de Janeiro, reconhece o direito a preservar e promover a língua mirandesa, enquanto património cultural, instrumento de comunicação e de reforço de identidade da terra de Miranda.

Café Portugal/Lusa

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