MAIO DE 1966
A cidade foi profundamente abalada pelos rumores da existência de petróleo na adega do Sr. Manuel João e, porque a minha memória pode-me trair, recorro a extratos do artigo publicado na Revista Flama, do dia 20 de Maio, do referido ano:
-“Nos primeiros dias do mês, a notícia correu: há petróleo em Bragança. E logo centenas de pessoas correram ao “jazigo”, admirados, entusiasmados, algumas talvez a pensar numa transformação rápida da pacata cidade do nordeste transmontano.
Mas o “petróleo” apareceu onde logicamente, devia existir apenas vinho: na cave da taberna do Sr. Manuel João Esteves…
E o Sr. Manuel João, logo que apareceu na cave da sua casa um líquido que ardia com chama fuliginosa, de cor escura e cheiro a gasolina e petróleo, correu para a Câmara Municipal onde, por causa das dúvidas, procedeu ao registo de um jazigo de petróleo...”
Reportagem de Óscar Fernandes e fotos de Víctor...
No MEMÓRIAS...e outras coisas...
Lembro-me bem desta situação e de toda a agitação que causou.
ResponderEliminarTratava-se de uma infiltração das bombas de gasolina.
Por causa disso orientei eu o meu estudo de ciências Naturais no sexto e sétimo anos do liceu para a "investigação" do subsolo de toda a região de Bragança para saber se reunia condições para a existência de jazidas de petróleo ou gás natural. Por "escassez de meios" acabei o liceu sem ter concluído nada. 😀
ResponderEliminarTinha eu 19 anos e acompanhei este acontecimento, do princípio ao fim. Na pensão onde eu estava, era hóspede o inspetor da Direção Geral de Combustível (creio ser o nome do organismo), que ordenou que fosse desenterrado a cubado Largo do Toural e que estava rota. Obrigado a quem me trouxe esta memória.
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