Quem chegava à escola, absorvia a vida “do maior poeta português”, seguindo uma linha cronológica, como ressalvou Armando Queijo, o diretor da escola:
“O objetivo foi dar uma imagem muito clara do que foi a vida e a obra de Camões. Portanto, começamos exatamente pela vida, seguindo os passos desde o nascimento até à morte de Camões, que celebramos na próxima terça-feira, dia 10 de junho. Depois, procuramos dar vida àquilo que foi a história de Camões, que foram os seus poemas, no fundo aquilo que é a culturalidade de Portugal. O dia 10 é designado, e bem, dia de Portugal e das Comunidades, porque nesta figura de Camões revê-se, de facto, toda a Portugalidade e as escolas têm efetivamente esse dever e nós quisemos dar esse contributo também”.
Um dos convidados foi o escritor trasmontano, Fernando Calado, que esclareceu os alunos e a plateia sobre a vida e obra de Camões, que critica que não tem sido muito valorizado:
“Foi um homem que passou por mil e uma aventuras, quase numa dimensão da sobrevivência. Foi imigrante, foi combatente, perdeu um olho, fez-se ao mundo, regressou, lutou em tabernas. O único que lhe deu algum valor e o reconheceu no seu tempo foi um monarca muito jovem, de 14 anos, D. Sebastião, que lhe atribuiu também uma pensão e ouviu a declamar os seus poemas. Mas, de facto, foi um homem extremamente ignorado no seu tempo e hoje, de facto, é um símbolo da nossa língua e da nossa nacionalidade. Estes 500 anos do nascimento de Camões têm havido manifestações, de leitura, de análise, em várias instituições, nomeadamente no meio escolar. Mas acho que deveria ter havido um programa mais vasto sobre esta grande figura da nacionalidade portuguesa, um homem que deu voz a outros homens que deu mundos ao mundo”.
Quem chegava à sessão era recebido pelo aluno Gonçalo Esteves, que estava caraterizado do autor do verso “As armas e os Barões assinalados”:
“É uma sensação muito diferente e é bom fazer isto para reunir o pessoal que gosta disto.
Apesar de haver um pouco de timidez ao enfrentar palcos, da minha parte. Mas vestir o papel de Camões é uma responsabilidade também grande e ser o rosto da escola. Foi uma atividade interessante”.
A iniciativa contou com diversas declamações de poemas, pelos alunos da escola e também da Universidade Sénior de Macedo de Cavaleiros, pequenas performances teatrais e um lanche convívio.
Amanhã, é o dia do poeta, de Portugal e das Comunidades Portuguesas.
A Escola Profissional Jean Piaget acolhe muitos alunos de São Tomé e Príncipe e do Brasil.


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