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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite, Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues, João Cameira e Rui Rendeiro Sousa.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

domingo, 8 de junho de 2025

O PERIGO DE CATIVAR

Por: Humberto Pinho da Silva 
(colaborador do "Memórias...e outras coisas...")


 No início da tarde de domingo, de 31 de julho de 1944, o escritor e aviador, Antoine de Sant- Exupéry, desapareceu, para sempre, no mar Mediterrânico. O avião, incendiado, caiu entre a baía dos Anjos e Saint-Raphael, ao meio-dia e cinco minutos.
O P 38, foi abatido pelo piloto alemão Robert Heichele, perto da costa de Saint Raphael. - Estávamos em plena Grande Guerra.
Várias buscas se realizaram, mas o corpo nunca foi encontrado; apenas nas cercanias de Marselha, o pescador Jean Claud Bianco, encontrou, no mar perto da cidade, correnteinha gravada com o nome de Sant- Exupéry e de sua mulher, Consuela Suncin
Ao encetar a crónica não pretendia, nem pretendo, abordar a biografia do autor de: " O Principezinho", famosa obra que se encontra traduzida em 102 línguas e dialetos, considerada best-sellers da literatura mundial.
A passagem do livro que me despertou maior interessa, foi a da raposa, quando esta explicava o que significa - "cativar":
É criar laços? - Pergunta-lhe o menino
-Isso mesmo, disse a raposa. Para mim não passas, por enquanto, de um rapazinho. Eu não preciso de ti. E tu não precisas de mim. Para ti não passo de uma raposa, igual a cem mil raposas. Mas se me cativares, precisamos um do outro. Serás para mim único no mundo. Serei única no mundo, para ti".
Conheci dois colegas de trabalho, de sexo diferente, que eram camaradas. Por mero acaso, a menina descobriu que o rapaz podia ser um bom partido, e tentou cativá-lo.
De início, o jovem, que era tímido, não parecia perceber, mas aos poucos a moça começou, para ele, a ser única, e apaixonou-se.
A jovem, talvez, receando que o "namoro", não terminasse no altar, como interesseiramente pretendia, afastou-se repentinamente, argumentando, que já namorava, e pretendia casar. Deixando o colega, que cativara, destroçado e humilhado, por descobrir que foi usado.
Namorar para encontrar companheira de jornada, não deve ser divertimento juvenil, porque pode advir dai, consequências desastrosas, como: depressões, psicoses nefastas, e até suicídio, se a vítima verificar que foi enganada e usada, como se fosse simples objeto
Quem cativa voluntariamente ou involuntariamente, fica responsável moralmente, pelo mal que vier a causar, se a vítima, por ingenuidade, acreditar, nas boas intenções do namorado.


Humberto Pinho da Silva
nasceu em Vila Nova de Gaia, Portugal, a 13 de Novembro de 1944. Frequentou o liceu Alexandre Herculano e o ICP (actual, Instituto Superior de Contabilidade e Administração). Em 1964 publicou, no semanário diocesano de Bragança, o primeiro conto, apadrinhado pelo Prof. Doutor Videira Pires. Tem colaboração espalhada pela imprensa portuguesa, brasileira, alemã, argentina, canadiana e USA. Foi redactor do jornal: “NG” e é o coordenador do Blogue luso-brasileiro "PAZ".

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