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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Alfândega da Fé - Cerejais - Imaculado Coração de Maria

Painel de azulejos: a fuga para o Egipto
Este santuário está implementado numa vasta área consagrada ao culto Mariano e constitui um pólo de dinamização de numerosas actividades de espiritualidade, recolhimento e apoio social. Na sua génese, está a resposta das populações do nordeste transmontano à mensagem de Fátima, através de uma acção liderada por um sacerdote natural da região: o P. Manuel Joaquim Ochôa.
Começou a ser edificado em 1961. Para a sua construção foi necessária a colaboração de todo o povo de Cerejais, homens e mulheres; eles com quatrocentos carros de bois de pedra e elas com o transporte de toda a água necessária à construção, muita da qual foi transportada em cântaros, à cabeça.
Além da capela principal, fazem parte do conjunto do santuário:
l O Calvário (fig.1.1) com uma capelinha onde se encontra um conjunto escultórico, em tamanho natural, que representa o encontro da Mãe Dolorosa com o seu Divino Filho.
l Uma Via-sacra que percorre o caminho entre a Capela e o Calvário e cujas cruzes foram esculpidas em granito da aldeia de Romeu.
Dois anos mais tarde, em 28 de Maio de 1967, celebrou-se a “festa dos Bispos” como ficou conhecida a inauguração dos quinze Mistérios do Rosário, que estão representados por outras tantas figuras esculpidas que se distribuem à beira do caminho entre a capela e a Loca do Cabeço. Com efeito, nas cerimónias desta inauguração, estiveram presentes os bispos de Bragança-Miranda, Leiria, Lamego e Dili.
Em 1976 foi edificado o primeiro pavilhão da Casa dos Pastorinhos e foi ampliada a torre sineira.
1977 foi o ano da comemoração do 60º aniversário das aparições em Fátima e o Santuário dos Cerejais foi o ponto central das comemorações na diocese de Bragança-Miranda.
seu desejo ao rei que logo pensou juntar o útil ao agradável: fez a vontade à esposa e aproveitou o pretexto para construir uma fortificação militar nas proximidades, dado que se tratava de um local estratégico para a segurança do reino.
A administração da capela e dos seus folgados proventos determinados por D. Dinis foi entregue aos frades beneditinos do mosteiro do Castro da Avelãs, que se localiza a cerca de 30 km de distância, próximo a Bragança. No reinado de D. João III, foi construída a catedral de Miranda, que passou a ser a sede da diocese para quem passou a administração do santuário.
Durante todos estes anos, as actividades de culto foram promovidas pela confraria que contava sempre com um mordomo castelhano, o que confirma a grande influência que o santuário exerce do outro lado da fronteira. Do lado espanhol o Santuário é designado por “La Ribeiriña”.
Apesar da grande quantidade de romeiros e da celebração anual das grandes romarias, o templo chegou ao final do século XIX num estado de apreciável degradação. Providencialmente surgiu um benemérito, próspero emigrante no Brasil, natural de Castrelos, de seu nome António do Carmo Pires.
Este, entre as diversas benfeitorias que fez por terras de Bragança e não só, decidiu tomar a seu cargo o restauro da capela, para o que ofereceu a quantia de um conto de reis. Este gesto valeu-lhe não só o reconhecimento dos seus conterrâneos e da confraria (como consta na acta de 18-06-1899) como também uma condecoração com o grau de Comendador da Ordem Militar de Nosso Senhor Jesus Cristo, que lhe foi atribuída por D. Carlos em 26-04-1900. Cinco anos mais tarde, em reconhecimento das suas obras meritórias foi o comendador António do Carmo Pires agraciado por aquele monarca com o título de Visconde da Senhora da Ribeira.
É ainda de salientar um valioso enxoval que foi oferecido à Senhora da Ribeira por vários Reis de Portugal
Romaria. As primeiras romarias que tiveram lugar neste local eram em honra de Nossa Senhora dos Prazeres, (celebrada na segunda-feira de Pascoela) e já no século XVIII atraíam imensos romeiros não só de Trás-os-Montes como das vizinhas terras de Castela.

Roteiro do Culto Mariano em Terras de Bragança e Zamora
Publicação da C.M.B.

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